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FREUD
1ª Parte
by Wagner Sousa
APRESENTAÇÕES
Informações pessoais:
• Wagner de Sousa
• Casado com Ângela há 32 anos
• Dois filhos: Esdras e Jônatas
• Candidato a avô (Outubro)
Informações Acadêmicas:
• Graduado em Bacharel em Teologia – UNICESUMAR
• Pós-Graduado em Psicanálise Clinica - FAVI – Curitiba
• Personal & Professional Coaching - SBCoaching
• Executive and Business Coaching - SBCoaching
• Mestrando em Psicanálise Clínica - FACTEBA
• Pós-Graduando em Musicoterapia
Informações profissionais:
• Superintendente Distrital da Igreja do Nazareno
• Psicanalista Clínico – Atendo em Campinas.
by Wagner Sousa
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Breve biografia de Freud
2. Psicanálise e Ciência
3. Teoria Topográfica (1ª. Tópica)
4. Teoria Estrutural (2ª. Tópica)
5. Teoria do Trauma
6. Conceituações sobre o narcisismo
7. Desenvolvimento Psicossexual
8. Complexo de Édipo
9. Sonhos
10. Transferência
11. Contratransferência
12. Mecanismos de Defesa
by Wagner Sousa
A VIDA DE
SIGMUND FREUD
by Wagner Sousa
A VIDA DE SIGMUND FREUD 1/1
by Wagner Sousa
A VIDA DE SIGMUND FREUD 4/4
by Wagner Sousa
O PERÍODO PRÉ-PSICANALÍTICO 1/2
by Wagner Sousa
CURIOSIDADE
2. Teoria da Seleção Natural (1859 d.c.) – de Darwin:
ocorrida a partir da publicação de sua obra A origem
das espécies que apresenta o homem como o
resultado de um processo de evolução natural, e não
um ser superior.
3. Teoria Psicanalítica – de Freud (1896 d.c.): revela que o
comportamento do homem é influenciado pelo
inconsciente e que não temos pleno controle sobre
isso.
by Wagner Sousa
DA HIPNOSE E CATARSE
À PSICANÁLISE
by Wagner Sousa
DA HIPNOSE E CATARSE À PSICANÁLISE 1/2
by Wagner Sousa
DA HIPNOSE E CATARSE À PSICANÁLISE 2/2
by Wagner Sousa
DA HIPNOSE E CATARSE À PSICANÁLISE 1/2
• Associação Livre:
• “Método que consiste em exprimir
indiscriminadamente todos os pensamentos que
ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento
dado (palavra, número, imagem de um sonho,
qualquer representação), quer de forma espontânea”
(Laplanche-Pontalis, 2001, p. 38).
• Chistes, atos falhos e sonhos, tornam-se material
importantíssimo na análise psicanalítica.
by Wagner Sousa
DA HIPNOSE E CATARSE À PSICANÁLISE 2/2
• Atenção Flutuante:
• Modo como o analista deve escutar o analisando: não
deve privilegiar a priori qualquer elemento do
discurso dele, o que implica que deixe funcionar o
mais livremente possível a sua própria atividade
inconsciente e suspenda as motivações que dirigem
habitualmente a atenção.
by Wagner Sousa
PSICANÁLISE
E CIÊNCIA
by Wagner Sousa
PSICANÁLISE E CIÊNCIA 1/2
by Wagner Sousa
PSICANÁLISE E CIÊNCIA 1/1
by Wagner Sousa
PSICANÁLISE E CIÊNCIA 1/2
by Wagner Sousa
CURIOSIDADE:
Carl Jung
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PSICANÁLISE E CIÊNCIA 1/1
by Wagner Sousa
PSICANÁLISE E CIÊNCIA 1/2
METÁFORAS
• Figura de linguagem em que uma palavra que denota
um tipo de objeto ou ação é usada em lugar de outra,
de modo a sugerir uma semelhança ou analogia
entre elas; translação.
• por metáfora se diz: que uma pessoa bela e delicada é
uma flor, que uma cor capaz de gerar impressões
fortes e quente, ou que algo capaz de abrir caminhos
é a chave do problema; símbolo. (Michaelis, 2015).
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PSICANÁLISE E CIÊNCIA 2/2
METÁFORAS FREUDIANAS:
• Freud, valendo-se do que Leonardo da Vinci afirmara
sobre as artes, teceu considerações a respeito de qual
seria a proposta da psicanálise, contrastando-a com as
terapias sugestivas.
• As sugestivas, corresponderiam à per via di porre, que
é o modo de operar a pintura, acrescentando partículas
de cores em uma tela branca onde antes nada existia.
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PSICANÁLISE E CIÊNCIA 2/3
METÁFORAS FREUDIANAS:
• Na escultura, por outro lado, processa-se a per via di
levare, pois se retira do bloco bruto da pedra o que jaz
oculto, e surge então uma obra que estava ali contida,
método que, para Freud, correspondia à psicanálise.
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PSICANÁLISE E CIÊNCIA 3/3
METÁFORAS FREUDIANAS:
per via di porre per via di levare
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TEORIA TOPOGRÁFICA
(1ª TÓPICA)
by Wagner Sousa
TEORIA TOPOGRÁFICA (1ª TÓPICA) 1/2
by Wagner Sousa
TEORIA TOPOGRÁFICA (1ª TÓPICA) 2/2
by Wagner Sousa
TEORIA TOPOGRÁFICA (1ª TÓPICA) 1/1
by Wagner Sousa
TEORIA TOPOGRÁFICA (1ª TÓPICA) 1/4
Ics
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TEORIA TOPOGRÁFICA (1ª TÓPICA) 2/4
Ics
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TEORIA TOPOGRÁFICA (1ª TÓPICA) 3/4
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TEORIA TOPOGRÁFICA (1ª TÓPICA) 4/4
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TEORIA ESTRUTURAL
(2ª TÓPICA)
by Wagner Sousa
TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 1/3
by Wagner Sousa
TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 2/3
by Wagner Sousa
TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 1/2
• Id (Isso)
• O Id é analogamente comparado a “caos, caldeirão
cheio de agitação fervilhante” (FREUD, 1932, p. 94) onde
se encontram as pulsões que, de maneira simplificada,
referem-se a uma fonte de excitação ou energia interna
que direciona o comportamento na satisfação de
necessidades fortes e muitas vezes indispensáveis à vida.
• É regido pelo princípio do prazer.
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TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 2/2
by Wagner Sousa
TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 1/3
• Ego (Eu)
• O Eu corresponde à parte do aparelho psíquico mais
próxima da realidade externa, com a qual apresenta
íntima relação.
• Ao Eu cabe a difícil tarefa de assegurar saúde, segurança
e sanidade à personalidade ou ao indivíduo.
• Essa parte se originou de uma diferenciação do id que
foi modificada em virtude de sua proximidade e
influência do mundo externo.
by Wagner Sousa
TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 2/3
• Ego (Eu)
• “... o Eu destronou o princípio de prazer que
domina o curso dos eventos no Id sem
qualquer restrição, e o substituiu pelo
princípio de realidade que promete maior
certeza e maior êxito (...) O Eu deve, no geral,
executar as intenções do Id, e cumpre sua
atribuição descobrindo as circunstâncias
em que essas intenções possam ser mais
bem realizadas”. (FREUD, 1932, p. 97-98)
by Wagner Sousa
TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 3/3
• Ego (Eu)
• A formação do “Eu”, se dá com o processo de castração:
• Em psicanálise, o conceito de "castração" não
corresponde à mutilação dos órgãos sexuais
masculinos, mas designa uma experiência psíquica
completa, inconscientemente vivida pela criança por
volta dos 5 anos de idade, e decisiva para a realização
da sua futura identidade sexual.
by Wagner Sousa
TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 1/1
• Superego (Supereu)
• O Supereu é uma instância que se separou do Eu e carrega
os códigos morais, os modelos de conduta e os parâmetros
que constituem as inibições da personalidade, que se
construíram a partir da internalização de objetos e que,
geralmente, assumem caráter persecutório (de perseguição).
• É popularmente chamado de “nossa consciência”, aquele
lado que se opõe à manifestação das pulsões, que faz
ameaças e um boicote às funções do Eu, além de distorcer a
realidade e ao mesmo tempo se submeter a ela,
determinando ao sujeito o que pode ou não fazer. by Wagner Sousa
TEORIA ESTRUTURAL (2ª TÓPICA) 1/1
• Com base nas duas tópicas, Freud explica
as instâncias que compõem o aparelho
psíquico a partir de três pontos de vista:
• Perspectiva tópica: como elas se
delimitam
• Perspectiva dinâmica: como as instâncias
se relacionam
• Perspectiva econômica: quanto de libido
é destinado para cada local
by Wagner Sousa
DERIVAÇÕES DO APARELHO PSIQUICO
by Wagner Sousa
A DINÂMICA ENTRE AS INSTÂNCIAS PSÍQUICAS:
by Wagner Sousa
TEORIA DO
TRAUMA
by Wagner Sousa
TEORIA DO TRAUMA 1/2
by Wagner Sousa
CONCEITUAÇÕES
SOBRE O NARCISISMO
by Wagner Sousa
CONCEITUAÇÕES SOBRE O NARCISISMO 1/2
by Wagner Sousa
CONCEITUAÇÕES SOBRE O NARCISISMO 2/2
by Wagner Sousa
CONCEITUAÇÕES SOBRE O NARCISISMO 1/3
• No narcisismo secundário a libido se desloca
do Id progressivamente em direção aos objetos
externos. No entanto, na medida em que o ego
infantil adquire força e sustentação (pois ele é
frágil no início do seu desenvolvimento), ele
retoma parte dessa libido incialmente investida
nos objetos externos, impondo-se ao id como
objeto amoroso, configurando a característica
secundária do investimento libidinal subtraído
dos objetos para o Eu. (FREUD, 1914)
by Wagner Sousa
CONCEITUAÇÕES SOBRE O NARCISISMO 2/3
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DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL
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DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 1/3
by Wagner Sousa
DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 2/3
by Wagner Sousa
DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 3/3
by Wagner Sousa
DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 3/4
* Uma forma de transformar uma pulsão em algo socialmente aceito (trabalho). by Wagner Sousa
DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 1/2
by Wagner Sousa
DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 2/2
A contribuição clínica
As fases do desenvolvimento
psicossexual nos oferece uma
valiosa contribuição clínica, na
medida em que as fixações e
regressões possam ser
compreendidas como uma
expressão de uma fase de maior
gratificação ou de profunda
frustração para o indivíduo.
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DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 2/2
A contribuição clínica
A fixação em uma determinada fase não só detém a
progressão do indivíduo para a fase seguinte, mas também lhe
subtrai uma parcela de sua energia para as preocupações adultas.
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COMPLEXO
DE ÉDIPO
by Wagner Sousa
COMPLEXO DE ÉDIPO 1/1
by Wagner Sousa
COMPLEXO DE ÉDIPO 3/3
4. A passagem bem sucedida pelo complexo de Édipo torna possível o
ingresso em uma genitalidade adulta. De forma oposta, a insolvência
do complexo edípico e as fixações parciais nas fases pré-edípicas
resultariam em distintas formas de “pseudogenitalidade” (por exemplo,
donjuanismo, ninfomanias). (Zimerman, 1999)
by Wagner Sousa
OS SONHOS
by Wagner Sousa
OS SONHOS 1/2
by Wagner Sousa
OS SONHOS 1/3
Os estímulos sensoriais externos(1) correspondem, por
exemplo a ruídos, odores, luz, frio, picada de um mosquito, ou seja,
qualquer elemento externo que possa ter força suficiente para
nos despertar do sono.
Muitos de nós possivelmente já tivemos a experiência de
sonharmos estar caindo de algum lugar e acordarmos na beira da
cama quase em direção ao chão.
Os estímulos sensoriais internos(2) correspondem a
excitações sensoriais subjetivas e possuem a vantagem obvia de
não dependerem, como as objetivas, de circunstancias externas. É
quando eu imagino que estou sendo picado.
by Wagner Sousa
OS SONHOS 2/3
Os estímulos somáticos internos(3) apresentam pouca
representatividade na formação dos sonhos. Teríamos nas
sensações refletidas pelos órgãos internos uma fonte de excitação
que se desdobraria no conteúdo dos sonhos, como, por exemplo, a
fome, a sede ou até mesmo a patologia em algum órgão que
possa provocar alguma dor.
A fonte de formação dos sonhos mais relevante para Freud
era de caráter puramente psíquico(4). Aqui estamos nos referindo
ao que ele chamou de restos diurnos psíquicos, bem como à
existência de sentimentos, pensamentos e desejos reprimidos no
inconsciente e até mesmo lembranças trancadas nos porões da
mente que podem remeter a nossa infância. by Wagner Sousa
OS SONHOS 3/3
Os restos diurnos psíquicos, estes englobam as experiências
vividas durante o período corrente de vigília.
Tais experiências podem representar estímulos ambientais
que tenham sido bastante significativos, algum acontecimento
marcante, um filme ou ainda interesses e preocupações que
recorrentemente rondaram nossas mentes ao longo de um dia.
Porém o sonho teria outra função primordial: a realização de
desejos (reprimidos).
by Wagner Sousa
OS SONHOS 1/1
Elaboração Onírica
Inicialmente devemos levar a conhecimento a diferença
entre conteúdo manifesto e latente do sonho.
O conteúdo manifesto é aquele que se apresenta tal qual
está explicitamente aparente nos sonhos e, portanto, acessível ao
consciente no despertar daquele que sonhou. Trata-se de um
conteúdo compreensível.
Já o conteúdo latente se refere a um conjunto de desejos,
sentimentos, pensamentos, representações, angústias que estão
represados no inconsciente e, portanto, ininteligíveis à
compreensão mais imediata. by Wagner Sousa
OS SONHOS 1/2
Esse trabalho mental que transforma o sonho latente no
sonho manifesto é o que Freud chamou de elaboração onírica.
Dois processos essenciais participam na realização da
elaboração onírica: condensação e deslocamento.
A condensação revela que o sonho manifesto possui um
conteúdo menor do que o latente. Nesse processo, observa-se uma
pluralidade de elementos latentes que se combinam e se fundem
em uma unidade no sonho manifesto, fornecendo uma imagem
difusa e vaga.
by Wagner Sousa
OS SONHOS 2/2
Condensação:
Uma só imagem
contém várias
imagens
agregadas.
Nos conteúdos
inconscientes,
pode ocorrer o
mesmo.
*Surrealismo
by Wagner Sousa
OS SONHOS 1/2
Já o deslocamento se define no fato de “a importância, o
interesse, a intensidade de uma representação ser suscetível de
se destacar dela para passar a outras representações
originariamente pouco intensas, ligadas à primeira por uma
cadeia associativa” (Laplanche; Pontalis, 2001, p. 116).
Por exemplo: num sonho, a imagem que aparece é a de uma
pessoa, mas, no final das contas, a mensagem a ser transmitida diz
respeito à outra. Ou seja, uma pessoa substitui a outra no sonho,
para que a mensagem continue “cifrada”.
Ambos, condensação e deslocamento se apresentam de
forma inconsciente como mecanismos de defesa.
by Wagner Sousa
OS SONHOS 2/2
by Wagner Sousa
TRANSFERÊNCIA
by Wagner Sousa
TRANSFERÊNCIA 1/5
by Wagner Sousa
TRANSFERÊNCIA 2/5
Freud reconheceu apenas as transferências do tipo positiva e
negativa. Entretanto, a evolução do conhecimento psicanalítico
hoje nos permite considerar um leque maior de variações
transferenciais.
Transferência positiva: corresponde às pulsões e representações
ligadas à libido, especialmente de fundo amistoso e carinhoso em
que se encontram os sentimentos de afeição e confiança.
• Freud dizia para não fazer nada com a transferência positiva e
sim para sentimo-nos gratos por ela, pois viabiliza o tratamento.
by Wagner Sousa
TRANSFERÊNCIA 3/5
Transferência negativa: nessa modalidade predominam
pulsões agressivas e hostis. Entretanto, uma dose de conteúdos
negativos na relação pode ter uma importante função terapêutica,
especialmente quando bem tolerados e trabalhados pelo analista.
• Tanto quanto os sentimentos afetuosos, os hostis indicam a
presença de um vínculo afetivo.
by Wagner Sousa
TRANSFERÊNCIA 4/5
Transferência erótica e erotizada: pode comportar um
espectro que vai de sentimentos afetuosos e carinhosos pelo
psicanalista (transferência erótica) até um desejo sexual ardente,
insistente e egossintônico pelo psicanalista (transferência
erotizada).
Transferência perversa: à tendência do paciente perverso a
erotizar a transferência e a utilizar as palavras e os silêncios para
excitar o analista, assim como sua passividade para provocar sua
impaciência e levá-lo ao acting-out*.
by Wagner Sousa
CONTRANSFERÊNCIA
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CONTRANSFERÊNCIA 1/2
A contratransferência é um
conceito psicodinâmico
fundamental na técnica
psicanalítica. Entende-se por
contratransferência as emoções
que o terapeuta experimenta no
decorrer de uma análise, em
relação ao paciente, e que são
relacionadas com circunstâncias
sentidas na sua própria vida, que o
afetaram consciente e
inconscientemente. by Wagner Sousa
CONTRANSFERÊNCIA 2/2
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MECANISMOS DE DEFESA 1/1
Os mecanismos de defesa
representam o produto de um
esforço do Eu em manter
protegida a integridade mental
contra impulsos, sentimentos e
pensamentos, ou ainda eventos da
realidade externa (do mundo real),
cuja natureza apresenta, em
algum grau, uma ameaça
geradora de conflitos.
by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
1. Recalque (repressão)
O Recalque, repressão ou recalcamento nasce do conflito
entre as exigências do Id e a censura do Superego.
Assim, é o mecanismo que impede que os impulsos que
causam ameaças, desejos, pensamentos e sentimentos dolorosos
cheguem à consciência.
O recalque é uma força contínua de pressão, que baixa a
energia psíquica do sujeito. Por isso, o recalque pode surgir na
forma de sintomas e o tratamento visa o reconhecimento do
desejo recalcado.
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MECANISMOS DE DEFESA 1/1
2. Negação
A negação é um mecanismo de defesa que nega a realidade
exterior e a substitui por outra realidade que não existe.
O bebedor excessivo ou o fumante acreditam que seus
hábitos não lhe farão mal, ainda que saibam conscientemente
disso, e, assim, distorcem, onipotentemente, essa realidade.
Assim, a negação pode ser pontual (e ser uma neurose) ou se
tornar sistêmica e combinar uma sequência de negações para a
criação de um universo paralelo, que é uma condição essencial
para o desencadeamento de uma psicose.
by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
3. Projeção
O mecanismo de defesa da projeção é um tipo de defesa
primitiva. Assim, é caracterizada pelo processo no qual o sujeito
expulsa de si e localiza no outro ou em alguma coisa, qualidades,
desejos, sentimentos que ele desconhece ou recusa nele próprio.
Eu reprimo minha raiva e acho que você está com raiva de
mim. Reprimo meu egoísmo e acho que você é egoísta. Reprimo
meus desejos de infidelidade e atração sexual por outra pessoa
que não meu (minha) namorado(a) e acho que ele(a) quer me
trair. Acabo por atribuir a outra pessoa um sentimento ou impulso
que na verdade é meu. by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
4. Regressão
A regressão é o recuo do ego, fugindo de situações de conflitos
atuais para o estágio anterior.
Um exemplo é quando um adulto volta a um modelo infantil,
no qual se sentia mais feliz e mais protegido.
Imagine o exemplo de uma paciente adulta que sempre reagia
com choro a uma dificuldade enfrentada no relacionamento a ponto
de não conseguir conversar com seu parceiro sobre a situação que
ambos vivenciavam. Quando comparada a um bebê que não tem
outro recurso para conquistar o que deseja além do choro, ela pode
enfim compreender que o choro. by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
5. Formação Reativa
Esse mecanismo de defesa ocorre quando o sujeito sente o desejo de
dizer ou fazer alguma coisa, mas faz o oposto. Assim, surge como defesa de
reações temidas e a pessoa procura cobrir algo inaceitável por meio da
adoção de uma posição oposta.
Padrões extremos de formação reativa são encontrados na paranoia e
no Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), quando a pessoa se prende em
um ciclo de repetição de comportamento que ela sabe, a nível profundo, que
é errado.
Se analisarmos uma pessoa com fixação anal, não seria estranho nos
depararmos dentre os seus medos primordiais com o de sujeira e
desorganização. by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
6. Introjeção
É o mecanismo baseado na assimilação de características de outros,
que se transformam em modelos para o individuo.
Esse mecanismo é a base da constituição da personalidade humana.
Como exemplo podemos citar o momento em que as crianças assimilam
características parentais, para posteriormente poderem se diferenciar.
Apresenta uma relação bastante próxima com a identificação na
medida em que incorporo na minha personalidade essa parte do outro,
afastando a ansiedade de perder a outra pessoa por completo. Essa condição
específica é frequentemente relatada em pacientes enlutados que se
identificam com o objeto perdido a fim de se livrar da angústia da perda do
mesmo by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
8. Deslocamento
O deslocamento acontece quando os sentimentos e
emoções (geralmente a raiva) são projetados para longe da pessoa
que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais inofensiva. Ou
seja, quando muda os sentimentos da sua fonte provocadora de
ansiedade original, para quem você percebe ser menos provável
de lhe causar mal.
Por exemplo: posso alimentar muita raiva de minha mãe,
mas considero essa ideia, esse impulso intolerável e transfiro,
redireciono, desloco essa raiva para minha professora.
by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
9. Racionalização
A racionalização consiste em buscar uma explicação lógica,
aceitável e segura para comportamentos e sentimentos que
apresentamos e que nos despertam ansiedade, dos quais
certamente não nos orgulhamos.
É semelhante à ideia de Robin Hood que rouba dos ricos
com a justificativa de dar aos pobres. Possivelmente, a ideia de
roubar não seja um comportamento aceitável por seu Supereu e,
para tanto, o Eu permite uma satisfação parcial de impulso então
intolerável sobre a lógica de que é para dar a quem não tem ou
precisa ou de que não fará falta aos ricos. by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
10. Sublimação
A sublimação é uma defesa altamente sofisticada e trata de
uma conciliação genuína do Eu em relação à necessidade de
satisfação dos desejos do Id e as exigências impostas pelo Supereu
e as restrições do mundo externo.
Uma pessoa que apresenta impulsos agressivos, mas
consegue canalizá-los para a prática de esporte ou ainda para se
tornar um cirurgião.
Significa que não há um represamento do impulso, mas uma
transformação da finalidade do impulso ou do objeto de descarga
do impulso em algo socialmente aceito e útil. by Wagner Sousa
MECANISMOS DE DEFESA 1/1
Concluindo:
Freud diz que a psicanálise é o instrumento que permite ao
“Eu” uma conquista progressiva do Id, ampliando os seus recursos
na direção de ampliar seu nível consciente.
Na prática analítica, o foco do analista não está na defesa,
mas no que há atrás dela, ou seja, aquilo que ela reveste e tenta
esconder para que esse conteúdo possa ser expresso e,
principalmente, resignificado.
by Wagner Sousa
Wagner Sousa
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19 9 9988-2525
OBRIGADO
by Wagner Sousa