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POLO DE AJURICABA-RS
AJURICABA/RS
DEZEMBRO/2018
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nuit“. Era algo louco e inusitado. Uma única oração dita em cinco línguas. Breuer
decidiu, intuitivamente, que trataria Anna O sem hipnose.
Desde então, Breuer focou o tratamento usando a escuta como sua principal
ferramenta. Ele incentivou Anna O. a falar e dizer o que quer que viesse à mente. Os
sintomas melhoraram e as bases do que seria a associação livre ou o método de
associação livre apareceram.
Ela começou a chamar essas sessões de “limpeza de chaminé” ou “cura pela
palavra”. Sob este último significado foi identificada a psicanálise na história. Breuer,
por sua vez, chamou esse procedimento de “método catártico”.
O processo terapêutico com Anna O. teve muitos altos e baixos.
Finalmente, ela se apaixonou por Breuer e desenvolveu uma forte dependência por
ele. Ele também se sentia atraído por ela. Sendo casado, decidiu encerrar o
tratamento. Algum tempo depois, Freud descobriu nestes eventos o fenômeno da
“transferência” e do desejo sexual que estava como pano de fundo da histeria.
Anna O. teve duas internações e várias recaídas. Mesmo assim, houve um
ponto em que ela conseguiu ter todos os sintomas que a afligiam sob controle. Ela
se tornou uma ativista dos direitos das mulheres e das crianças. Também foi
escritora e tradutora de alguma importância. Sua vida tomou um curso que poderia
ser chamado de “normal”.
Onze anos depois, Joseph Breuer e Sigmund Freud publicaram uma das
obras em que a psicanálise já aparecia como uma abordagem diferenciada. Trata-se
do livro “Estudos sobre histeria”. O caso Anna O. é, finalmente, o mais ilustrativo
desse trabalho. Muitos chegaram a dizer, de forma simbólica, é claro, que a histeria
de Anna O. inventou a psicanálise.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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O CASO DE ANNA O. E A CRIAÇÃO DA PSICNALISE. 2017. Disponível em: <
https://amenteemaravilhosa.com.br/caso-de-anna-o-psicanalise/> Acesso em: 18
dez. 2018.