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Instituto Politécnico e Islâmico de Moçambique

5º Grupo
Ana Júlia Gavicho Raul
Djedje Arcanjo
Edgarda Bernardo
Josina Mário
Nandinha Victorino
Sarita Joaquim

Curso: Enfermagem Saúde Materno Infantil (ESMI – 10)

Triagem, Avaliação e Tratamento de Emergências (TATE)

Quelimane, Junho de 2022


5º Grupo
Ana Júlia Gavicho Raul
Djedje Arcanjo
Edgarda Bernardo
Josina Mário
Nandinha Victorino
Sarita Joaquim

Curso: Enfermagem Saúde Materno Infantil (ESMI – 10)

Triagem, Avaliação e Tratamento de Emergências (TATE)

Trabalho de caracter avaliativo a ser


entregue na cadeira de Atenção
Integrada de Doenças infantis (A.I.D.I),
lecionada pelo docente:
Edson Jackson

Quelimane, Junho de 2022


Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 5

1.1.1. Objectivo geral ........................................................................................................... 5

1.1.2. Objectivos específicos ............................................................................................... 5

1.2. Metodologia .................................................................................................................. 5

2. Conceito de TATE ABCD ............................................................................................... 6

2.1. Conceito de Triagem ..................................................................................................... 6

2.3. Importância da triagem ................................................................................................. 8

2.4.O objectivo da triagem................................................................................................... 8

2.5. Classificação da triagem médica .................................................................................. 8

2.6. Categorias de Triagem .................................................................................................. 9

2.7. Como fazer a triagem.................................................................................................... 9

2.8. Sinais de Emergência - ABCD ................................................................................... 10

3. Conclusão ...................................................................................................................... 11

4. Referencias bibliográficas ............................................................................................. 12

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1. Introdução
O presente trabalho fala sobre Triagem Avaliação Tratamento de Emergência, onde são
abordados conceitos de triagem bem como o seu objectivo.

A Triagem significa um processo sistemático para determinar quem vai ser visto e tratado
primeiro (MURRAY, 2003). Foi introduzido nos Serviços de Emergência (SE) para tentar
minimizar o problema da superlotação, permitindo cuidados imediatos para os pacientes mais
urgentes.

Considerando que o objetivo da triagem é identificar pacientes que necessitam ser vistos
primeiro e aqueles que podem esperar por atendimento em segurança, ela é fundamental em
qualquer serviço onde haja superlotação.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


• Compreender sobre Triagem Avaliação Tratamento de Emergência (TATE)

1.1.2. Objectivos específicos


• Definir os conceitos de triagem
• Identificar os objectivos de triagem
• Descrever os sinais de emergência

1.2. Metodologia
Para a efectivacao deste trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica, onde foram
consultados manuais que retratam do tema em alusão. Na perspectiva de Gil, A.C. (2002, p. 86), a
Pesquisa bibliográfica é aquela que se "desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o
conhecimento disponível a partir das teorias publicadas em livros ou obras congéneres. Já Serra
(2004, p.122) refere que, normalmente, neste tipo de pesquisa, são utilizados dados de natureza
teórica, identificando-as, analisando-as, e avaliando a contribuição dessas para a compreensão ou
explicação de um determinado problema.

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2. Conceito de TATE ABCD
A triagem de pacientes envolve a verificação de sinais de doença ou ferimento grave. Estes
sinais de emergência relacionam-se com a Vias Respiratória-Respiração-Circulação/Consciência-
Desidratação e são facilmente recordadas como “ABCD”.

Cada letra refere-se a um sinal de emergência que, quando positiva, devem alertá-lo para
um paciente que está gravemente doente e necessita de avaliação e tratamento imediato.

A Vias Aéreas

B Respiração

Circulação
C Coma
Convulsão

D Desidratação

2.1. Conceito de Triagem


É distribuição de doentes em grupos prioritários de acordo com as suas necessidades e
recursos disponíveis. Triagem é um processo que consiste na ação de separar objetos ou coisas de
acordo com características que identifiquem os grupos pela sua importância ou urgência.

Normalmente este processo é mais utilizado na área da saúde, em hospitais e centros de


saúde, para determinar a prioridade do tratamento dos pacientes com base na gravidade dos seus
estados de saúde. É a chamada triagem médica.

Para Bover e Lisboa (2005) a palavra triagem deriva do francês “triage” determinando a
classificação em grupos. A triagem é tida como um sistema eficiente, caracterizado por redução do
tempo de atendimento a pacientes com risco de vida. Estes autores divulgam para a classificação
de pacientes os termos de urgência, emergência e não urgência, com o objetivo de determinar os
casos por prioridades.

O processo de triagem constitui-se em uma avaliação clínica breve que determina o tempo
e a sequência em que os pacientes devem ser vistos em um serviço de emergência e podem ajudar

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as emergências a determinar com precisão a priorização clínica de um paciente e prever os recursos
que o paciente vai necessitar para ser acomodado (DERLET, 2006; JOINT COMMISSION
RESOURSES, 2008).

Este processo consegue racionar de maneira eficiente os cuidados médicos que cada
paciente deve ter, quando os recursos são insuficientes para tratar todos de maneira imediata.

A triagem médica pode ser de dois tipos: a triagem simples e a triagem avançada.

A triagem simples pode ser usada para pacientes que dão entrada nos serviços de urgência
ou utilizam os sistemas telefônicos de aconselhamento e orientação médica.

A triagem avançada tem como objetivo principal determinar a ordem e prioridade dos
cuidados de emergência, bem como qual o melhor meio de se transportar o paciente e o destino
dele

A avaliação da triagem deve ser feita por um clínico geral, que vai analisar os sintomas de
cada paciente. O médico não dará um diagnóstico, mas vai estabelecer qual será a prioridade no
atendimento daquele paciente através desta avaliação.

De acordo com as regras gerais, as prioridades nos cuidados médicos devem ser dadas às
pessoas com mais 65 anos, mulheres gestantes, crianças de colo e pessoas com algum tipo de
deficiência.

A triagem determina quem vai receber tratamento primeiro, e tem como objetivo organizar
e assegurar a assistência qualificada ao paciente, de acordo com o risco. Os serviços de emergência
fazem parte de hospitais e recebem pacientes de todos os níveis de gravidade, necessitando de
recursos humanos especializados.

Na realização da triagem são investigados alguns pontos importantes como, por exemplo:
sinais vitais, história, avaliação neurológica e níveis de glicemia quando necessário. Posteriormente
segue-se um protocolo desenvolvido pelo enfermeiro com base em suas experiências com a
finalidade de iniciar os exames radiológicos e laboratoriais (SMELTZER; BARE, 2002).

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2.3. Importância da triagem
A importância desse serviço está principalmente em prevenir complicações e identificar
quadros agudos que implicam riscos de vida. Para o funcionamento adequado do serviço de
triagem, é necessária a integração deste com outros serviços de saúde existentes no sistema,
estabelecendo vínculos com os mesmos, de modo a permitir o adequado encaminhamento dos
pacientes (AZEVEDO; BARBOSA, 2007).

Triagem vem da palavra trie cujo significado é “escolher”. O enfoque da triagem é priorizar
casos mais graves e estabelecimento de uma espera segura dos demais clientes. É caracterizada por
três categorias essenciais sendo estas: “emergente (doença ou lesão de risco de vida ou com risco
potencial que exige o tratamento imediato), imediato (lesão ou doença não-aguda sem risco de
vida) e urgente (doença ou lesão secundária que necessita de tratamento em nível de primeiros
socorros).

2.4.O objectivo da triagem


• O objectivo da triagem é identificar rapidamente todas as crianças gravemente
doentes logo à sua chegada ao hospital;
• O objectivo é reduzir as mortes evitáveis:
• O objetivo da triagem é identificar pacientes que necessitam ser vistos primeiro e
aqueles que podem esperar por atendimento em segurança,

2.5. Classificação da triagem médica


A triagem é determinada seguindo o uso de quatro cores específicas, que indicam o grau de
prioridade que deve ser dado no atendimento. As cores são: vermelho, amarelo, verde e branco.

O vermelho é aplicado nas situações onde o paciente se encontra em uma situação de perigo
de vida e precisam ser atendidos imediatamente, como paradas cardíacas, fraturas, acidentes
graves, etc.

O amarelo é utilizado para identificar pacientes que apresentem uma situação de


emergência com risco de vida e que podem desenvolver complicações a qualquer momento, como
sintomas de febre e tosse, sinais de infecção ou mulheres grávidas com sangramento.

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A cor verde é usada para identificar pacientes com algum tipo de problema de saúde e que
não representem perigo a sua integridade física, não precisando de atendimento com alguma
urgência, como casos de diarreia, alergias, doenças crônicas, etc.

A cor branca é utilizada em pacientes com doenças menos graves ou crônicas, mas que
vão ao setor de urgência para buscar atendimento, como resfriados comuns, cólicas menstruais.

2.6. Categorias de Triagem


Todas crianças devem ser rapidamente examinadas ao chegarem e agrupadas em 3
categorias:

• Sinais de Emergência – as que requerem tratamento de emergência;


• Sinais Prioritários – aquelas que devem ter prioridade na fila, de forma a serem
rapidamente avaliadas e tratadas;
• Casos não-Urgentes – não demonstram nenhum sinal de emergência ou de
prioridade. Estas crianças podem esperar a sua vez na fila para avaliação e
tratamento.

2.7. Como fazer a triagem


• Avaliar cada grupo tendo em conta os sinais de emergência: ABC(3)D
• Iniciar imediatamente o tratamento se apresenta sinais de emergência
• Não esperar por aparecimento de outros sinais de EMERGÊNCIA “E” para iniciar o
tratamento
• Uma vez iniciado o tratamento continue a procurar outros sinais de EMERGÊNCIA “E”

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• Se não forem encontrados sinais de EMERGÊNCIA “E” procure sinais Prioritários
• Se forem encontrados sinais PRIORITÁRIOS “P” a criança deve ter prioridade para uma
avaliação completa e tratamento
• Se não tiver sinais de EMERGÊNCIA“E” ou PRIORITÁRIOS “P” então a criança não é
urgente, fica a espera da observação na fila.

2.8. Sinais de Emergência - ABCD


A Triagem envolve a procura de sinais clínicos de doença grave ou de trauma. Os Sinais de
Emergência são distribuídos por ordem de prioridade:

• A = Vias Aéreas
• B = Respiração
• C = Circulação, Coma, Convulsão
• D = Desidratação

Se a criança tem algum sinal ABCD significa que acriança tem um sinal ‘E’ e o tratamento
deve iniciar imediatamente.

Quando o ABCD estiver completo e não houver nenhum sinal de emergência, continue a
avaliar sinais de prioridade.

Para avaliar as vias aéreas e problemas respiratórios você precisa saber:

• A criança respira?
• As vias respiratórias estão obstruídas?
• A criança está azulada (cianose central)?
• A criança tem dificuldades respiratória grave?

Se forem encontrados alguns sinais de EMERGÊNCIA “E” por problemas respiratórios ou


com as vias aéreas, esta criança é classificada como EMERGÊNCIA “E” ou PRIORITÁRIOS “P”,
deve ser levada imediatamente para tratamento de emergência apropriado.

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3. Conclusão
Após ter feito este trabalho, concluiu-se que Triagem envolve a procura de sinais clínicos
de doença grave ou de trauma e os Sinais de Emergência são distribuídos por ordem de prioridade.

A triagem determina quem vai receber tratamento primeiro, e tem como objetivo organizar
e assegurar a assistência qualificada ao paciente, de acordo com o risco. Os serviços de emergência
fazem parte de hospitais e recebem pacientes de todos os níveis de gravidade, necessitando de
recursos humanos especializados.

A triagem é tida como um sistema eficiente, caracterizado por redução do tempo de


atendimento a pacientes com risco de vida.

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4. Referencias bibliográficas

ALBINO, R. M; GROSSEMAN, S; RIGGENBACH, V. classificação de risco: Uma


necessidade inadiável em um serviço de emergência de qualidade. Arquivos Catarinenses de
Medicina Vol. 36, no. 4, de 2007.

ANDRADE, L. M; CAETANO, J.F; SOARES, E. Percepção das enfermeiras sobre a


unidade de emergência. Rev RENE 2000; 1(1): 91-7.

BATISTA, K. M.; BIANCHI, R.F. Estresse do enfermeiro em uma unidade de emergência.


Rev. Latino-Americana. Enfermagem, vol.14, n°4. p 534-9, julho-agosto 2006.

BITTENCOURT, R. J; HORTALE, V. A. Intervenções para solucionar a superlotação nos


serviços de emergência hospitalar: uma revisão sistemática. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
25(7):1439-1454, jul, 2009.

Gil, A.C. (2002). Como elaborar Projecto de pesquisa. 4ª Ed. São Paulo.
https://www.significados.com.br/triagem/ acessado aos 09 de Junho de 2022, pelas
14:30min

Manual de TATE – Direcção Nacional de Saúde Pública – MISAU;

Serra. A. (2004) Manual de Metodologias de Organização de Projectos de Pesquisa.


Instituto Superior Politécnico. Maputo,
Triagem, avaliação e tratamento de emergência – Guião do facilitador, Julho 2010

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