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DELEGAÇÃO DE NAMPULA
Discentes Docente
Sifa Paulo
Farida Félix Antônio nᵒ 14
Miralda Erasto nᵒ 21
Miralda Erasto nᵒ 21
ii
Índice
1 Introdução ........................................................................................................................... 4
4 Conclusão ......................................................................................................................... 19
5 Bibliografia ....................................................................................................................... 20
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1 INTRODUÇÃO
As intoxicações representam um importante desafio de saúde pública em todo o mundo,
afetando indivíduos de todas as idades e grupos socioeconômicos. Esses eventos podem resultar
de exposição a uma ampla gama de substâncias tóxicas, incluindo produtos químicos
domésticos, medicamentos, plantas venenosas, drogas ilícitas e agentes ambientais. A
gravidade das intoxicações varia desde casos leves e autolimitados até situações potencialmente
fatais que exigem intervenção médica imediata. Além disso, as crianças estão particularmente
vulneráveis devido à sua curiosidade natural e à falta de discernimento sobre os perigos
associados a certas substâncias.
Neste contexto, este trabalho busca fornecer uma visão abrangente das intoxicações,
destacando a importância da vigilância contínua, da pesquisa e da colaboração interdisciplinar
para enfrentar esse desafio crescente e promover a saúde pública.
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2 INTOXICAÇÃO NO ADULTO
2.1 Definições Tóxico ou Veneno
2.2 Classificação
2.3 Epidemiologia
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As intoxicações exógenas agudas, constituem uma causa importante de procura dos
serviços de urgência nos adultos. A causa geralmente é acidental (ingestão de doses
inapropriadas de medicamentos, inalação de tóxicos no trabalho) ou por tentativa de suicídio,
associada à diversos factores como condição psiquiátrica, insucesso social, familiar, perda de
emprego, entre outros.
2.4 Etiologia
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activação do S.N parassimpático, gástrica. Iniciar preferivelmente
sintomas gastrointestinais, pela indução do vómito, pois
cardiovasculares, renais e neurológicos. pedaços grandes podem não ser
Muitos cogumelos provocam sintomas e eliminados por lavagem
sinais da intoxicação por gástrica.
organofosforados.
Bagas de rícino;
Ervilha-do-rosário;
Cicuta venenosa;
Cicuta de água;
Oleandro;
Dedaleira.
Vômitos intensos;
Diarreia (fezes frequentes, soltas e líquidas) que pode ser sanguinolenta;
Confusão;
Convulsões (quando o corpo tem movimentos e espasmos sem controle);
Coma (quando se fica inconsciente sem conseguir ser acordado);
Morte.
Boca seca;
Batimento cardíaco acelerado;
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Tremores;
Sudorese;
Convulsões;
Fraqueza muscular.
Vômitos;
Diarreia (fezes frequentes, soltas e líquidas);
Confusão;
Batimentos cardíacos anormais.
A intoxicação por medicamentos ocorre quando uma pessoa consome uma quantidade
excessiva de um medicamento, levando a efeitos adversos no organismo. Existem diferentes
tipos de intoxicação por medicamentos, incluindo overdose acidental, ingestão intencional
excessiva (tentativa de suicídio), interações medicamentosas prejudiciais e uso indevido de
substâncias.
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2.6.2 Quadro clinico e Tratamento
Os sintomas da intoxicação por medicamentos podem variar dependendo do tipo de
substância envolvida:
Inseticidas são substâncias químicas usadas para matar insetos. Alguns inseticidas
também são perigosos para humanos e podem causar intoxicações depois de ingeridos, inalados
ou absorvidos pela pele.
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2.7.1 Quadro clinico e tratamento
Toxico Quadro clinico Tratamento
Via de entrada:
pele, oral, inalação,
Fazer descontaminação (pele, olhos, vias
mucosas (olhos).
aéreas);
Sintomas e sinais
Fazer descontaminação gástrica:
sao: miose,
administrar carvão activado (se foi
salivação,
ingerido), se não houver, fazer lavagem
Organofosforados sudorese,
gástrica com VA protegida.
lacrimejamento,
Não induzir vómito.
bradicardia, tosse,
Fazer oxigenoterapia;
vomitos
Administrar antídotos (atropina e
Hipotensão
pralidoxina) se disponíveis.
arterial
Convulsões
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Aproximadamente 5 a 10% do álcool ingerido são excretados inalterados em urina, suor
ou no ar expirado; o restante é metabolizado, sobretudo, pelo fígado, no qual a álcool
desidrogenase converte o etanol para acetaldeído. O acetaldeído é finalmente oxidado para CO2
e água à taxa de 5 a 10 mL/hora (de álcool absoluto); cada mililitro fornece cerca de 7 kcal. A
álcool desidrogenase na mucosa gástrica é responsável por parte do metabolismo; mulheres têm
menor atividade de álcool desidrogenase gástrica do que homens.
O álcool exerce seus efeitos por diversos mecanismos. O álcool se liga diretamente aos
receptores do ácido gama-aminobutírico (GABA) no sistema nervoso central, provocando
sedação. O álcool também afeta diretamente os tecidos cardíaco, hepático e tireoidiano.
Tratamento da intoxicação e abstinência de álcool
Medidas de suporte
Para a abstinência, benzodiazepinas e, às vezes, fenobarbital ou propofol
2.8.1.2 Abstinência
Pacientes com abstinência de álcool grave ou delirium tremens devem ser tratados em
unidade de terapia intensiva até que esses sintomas diminuam. O tratamento pode incluir
Pessoas tolerantes ao álcool têm tolerância cruzada com alguns drogas comumente
utilizados para tratar a abstinência (p. ex., benzodiazepinas).
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Benzodiazepinas são a base do tratamento. A dosagem e a via dependem do grau de
agitação, dos sinais vitais e do estado mental. O diazepam, administrado 5 a 10 mg IV ou por
via oral a cada hora até que ocorra sedação, é intervenção inicial comum; lorazepam 1 a 2 mg
IV ou por via oral é alternativa. Clordiazepóxido 50 a 100 mg por via oral a cada 4 a 6 horas,
depois retirado, é alternativa mais antiga aceitável para casos menos graves de abstinência.
Pode-se utilizar fenobarbital 10 mg/kg (peso corporal ideal) IV como uma alternativa,
ou em conjunto com benzodiazepinas se benzodiazepinas sozinhos forem ineficazes, mas a
depressão respiratória for um risco com o uso concomitante. Também pode-se utilizar
carbamazepina, gabapentina ou ácido valproico (na ausência de doença hepática ou gestação)
como um adjuvante às benzodiazepinas ou quando estas são contraindicados.
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O delirium tremens pode ser fatal e, portanto, precisa ser tratado prontamente com
doses altas de benzodiazepinas IV de preferência em uma unidade de terapia intensiva. A
dosagem é maior e mais frequente do que na abstinência leve. Doses muito altas de
benzodiazepinas podem ser necessárias e não existe uma dose máxima ou um regime de
tratamento específico. Diazepam 5 a 10 mg IV ou lorazepam 1 a 2 mg IV são administrados a
cada 10 minutos conforme necessário para controlar o delirium; alguns pacientes precisam de
várias centenas de miligramas ao longo das primeiras horas. Em pacientes com sintomas graves,
evidências sugerem que os esquemas de dosagem de diazepam a partir de 10 mg IV com
duplicação da dose a cada 10 a 15 minutos até que o paciente esteja sedado são eficazes.
Pacientes refratários a doses altas de benzodiazepinas podem responder a 120 a 240 mg IV de
fenobarbital a cada 20 minutos conforme necessário; contudo, se o fenobarbital é utilizado
depois das benzodiazepinas, a depressão respiratória pode ser significativa. Como alternativa,
pode-se usar fenobarbital como o primeiro agente.
DT grave resistente aos fármacos pode ser tratado com infusão contínua de lorazepam,
diazepam, midazolam, propofol ou dexmedetomidina, geralmente com ventilação mecânica
concomitante. Deve-se evitar as contenções físicas, se possível, para minimizar agitação
adicional, mas não se deve permitir que os pacientes fujam, removam acessos IV ou, do
contrário, coloquem a si mesmos em perigo. O volume intravascular deve ser mantido com
líquidos IV e tiamina, devem ser dadas prontamente. Temperatura apreciavelmente elevada
com DT é sinal de prognóstico reservado.
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Antecedentes pessoais relacionados com patologia psiquiátrica e /ou intoxicações
prévias;
Se foi intencional ou acidental;
O ambiente em que o paciente foi encontrado: cheiros estranhos ou característicos,
frascos de medicamentos ou outro tipo de recipientes, se houve incêndio, existência de
carta de suicídio.
O exame da roupa é importante porque pode dar pistas sobre o tipo de substância:
nódoas, medicamentos, manchas de sangue, cheiros (ex: petróleo, álcool);
O paciente deve ser completamente despido e todos aparelhos e sistemas devem ser
minuciosamente examinados, com enfoque para sinais vitais, nível de consciência e
exame neurológico (incluindo fundoscopia). Deve-se procurar vestígios do tóxico nas
vias de entrada (boca, nariz, pele, olhos).
2.11 Complicações
Alterações metabólicas
Choque
Coma
Morte
No contexto do TMG, os exames auxiliares disponíveis são de pouca valia para apoiar na
identificação do agente tóxico, contudo, após as medidas para estabilização inicial do paciente,
exames como hemograma, bioquímica devem ser feitos para identificar efeitos do tóxico no
organismo, e assim apoiar na orientação do diagnóstico:
Em todas as situações deve-se agir com brevidade para reduzir as complicações. Algumas
medidas são gerais e devem ser prestadas a todos os pacientes, enquanto outras, são específicas
para cada tipo de caso. Vide abaixo:
Intoxicação por via da pele: deve-se proceder com a descontaminação da pele, através dos
seguintes princípios:
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Toda roupa e acessórios devem ser removidos e conservados num saco selado com
rótulo;
Deve-se dar banho ao paciente com abundante água e sabão no mínimo por 10 minutos.
Intoxicação por via dos olhos: deve-se proceder com a descontaminação dos olhos, através dos
seguintes princípios:
Deve-se irrigar os olhos do paciente com soro fisiológico ou água limpa corrente no
mínimo por 10 a 15 minutos;
Deve-se evitar que o líquido da irrigação escorra para o outro olho;
O clínico deve fazer a eversão da pálpebra para lavar a parte interna;
Todos os casos devem ser referidos para a observação do técnico de oftalmologia ou
oftalmologista.
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3 INTOXICAÇÕES NA CRIANÇA E PREVENÇÃO DAS INTOXICAÇÕES
3.1 Epidemiologia
A época quente está associada a maior número de casos, pois as crianças têm tendência a
ingerir líquidos que estejam ao seu alcance, muitas vezes erradamente conservados em garrafas
de bebidas normais e sem rótulo.
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Não dormir com velas, candeeiros ou eletrodomésticos ligados;
Não comer alimentos de origem duvidosa ou com o prazo de validade vencido;
Conservar devidamente os alimentos;
Não usar inseticidas sem estar devidamente protegido, ou em locais fechados e na
presença de pessoas.
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4 CONCLUSÃO
Em conclusão, este trabalho destaca a complexidade das intoxicações no ambiente adulto
e infantil, abordando suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Por meio de uma
compreensão abrangente dos diferentes tipos de agentes tóxicos, vias de exposição e fatores de
risco associados, é possível desenvolver estratégias eficazes de prevenção e intervenção. A
educação pública sobre armazenamento seguro de substâncias tóxicas, medidas de segurança
no ambiente doméstico e reconhecimento precoce dos sinais de intoxicação desempenham um
papel crucial na redução da incidência e do impacto desses eventos. Além disso, a capacitação
dos profissionais de saúde para o manejo adequado das intoxicações é essencial para garantir
uma resposta rápida e eficaz, visando à minimização das complicações e à melhoria dos
desfechos para os pacientes. Em última análise, este trabalho reforça a importância da vigilância
contínua, da pesquisa e da colaboração interdisciplinar para enfrentar o desafio das intoxicações
e promover a saúde pública. Em conclusão, este trabalho destaca a complexidade das
intoxicações no ambiente adulto e infantil, abordando suas causas, sintomas, diagnóstico e
tratamento. Por meio de uma compreensão abrangente dos diferentes tipos de agentes tóxicos,
vias de exposição e fatores de risco associados, é possível desenvolver estratégias eficazes de
prevenção e intervenção. A educação pública sobre armazenamento seguro de substâncias
tóxicas, medidas de segurança no ambiente doméstico e reconhecimento precoce dos sinais de
intoxicação desempenham um papel crucial na redução da incidência e do impacto desses
eventos. Além disso, a capacitação dos profissionais de saúde para o manejo adequado das
intoxicações é essencial para garantir uma resposta rápida e eficaz, visando à minimização das
complicações e à melhoria dos desfechos para os pacientes.
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5 BIBLIOGRAFIA
Guilovica, M. (2013). Traumas e Emergências. Maputo.
Intoxicao por alcol. (18 de March de 2024). Fonte: Manual MSD Versão Saúde Para a Família:
https://www.msdmanuals.com/pt-
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Manuais MSD Edição Para Profissionais; Manuais MSD:
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-
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O’Malley, G. F., & O’Malley, R. (2 de May de 2022). Considerações gerais sobre a intoxicação
alimentar. Fonte: Manual MSD Versão Saúde Para a Família; Manuais MSD:
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-
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O’Malley, G. F., & O’Malley, R. (2 de May de 2022). Intoxicação por inseticidas. Fonte:
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envenenamentos/envenenamento/intoxica%C3%A7%C3%A3o-por-inseticidas
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