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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Instituto Superior de Educação – ISE/FAEMA

TOXICOLOGIA BÁSICA

Profº Ms. André Tomaz Terra Júnior


TOXICOLOGIA
Ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações entre
as substâncias químicas com o organismo, com a finalidade de
prevenir, diagnosticar e tratar a intoxicação.
HISTÓRICO
 Papiro de Ebres (1500 ac)  é um dos tratados médicos mais
antigos e importantes que se conhece, que foi escrito no Antigo
Egito contém mais 700 formulas de venenos a base de ópio, cicuta,
chumbo, cobre, beladona, venenos animais e agentes tóxicos
vegetais.

 Mitridates (120-63 a.C.)  “Primeiro a realizar experiências toxicológicas”,


era conhecido por experimentar os efeitos de substâncias tóxicas com
criminosos condenados e, em si mesmo, buscando um antídoto para mantê-lo
a salvo de possíveis tentativas de assassinato . Sua experiência o levou a
construir um antídoto universal , mitridato ou mithridatium (Antídoto Mithridates
– mistura gordura de víbora e enxofre ) que foi usado extensivamente.
HISTÓRICO
 Avicena – Abu Ali Husain ibn Abdullah ibn Sina (980-1037)  publicou
aproximadamente 240 trabalhos que chegaram aos nossos dias, 150 destes tratados
se concentram em filosofia e 40 em medicina. e seu principal trabalho, o Cânone da
Medicina continuou a ser utilizado como manual de medicina nas Universidades da
Europa e no mundo Islâmico até o início do período moderno. Mecanismo de ação e
efeitos tóxicos de venenos e o uso da pedra de bezoar (estômago de cabras)
considerado um antidoto universal.

 Phiippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim –


Paracelsus (1493-1541)  “Todas as substâncias são tóxicas, não
existe uma que não seja” “A dose certa é o que diferencia o veneno do
remédio”.
HISTÓRICO
 Grécia: idéia médica legal
 Sócrates (470-399 aC)  condenado a morte com cicuta.
 Hipócrates (460 - 364 aC)  Relação venenos x Toxicologia clínica.
 Theophrastus (370-287 aC)  Livro “Plantarum” (referência a plantas tóxicas).
 Discórides (40-90)  Classificação de venenos (desenhos e descrições) e uso de eméticos
em intoxicações.
 Nicandro (204 – 135 aC)  Poemas sobre venenos e antídotos: Theric e Alexipharmaca.

 Roma: idéia criminal, política


 Mitridates (120 – 63 aC)  experimentos de intoxicação aguda (escravos).
Antídoto = Mithridaticum (gordura de víbora + S)
 Sulla (82 a. C)  Lex Cornelia, para punir envenenadores
 Nero (37-68 d.C)  usou veneno para matar Britanicus (seu meio-irmão)
HISTÓRICO

“TUDO É VENENO. A DOSE CORRETA DISTINGUE UM


VENENO DE UM REMÉDIO”

 Mathieu Orfila (1787-1853)  Traitè de toxicologie, que


realça a importância da combinação de toxicologia forense,
clínica e química analítica. Considerada a base da toxicologia
forense.

 Frederick Accum (1769-1838)  Pioneiro na aplicação da


química analítica em toxicologia de alimentos e
medicamentos.
PARACELSUS (1493-1541)
HISTÓRICO
 Idade Média  durante o período da Renascença os italianos eram expert na arte de envenenar.
 Toffana (“água de Toffana”)
 Lucrécia Bórgia (família dos Bórgias)
 Catarina de Medici (exporta para a França os conhecimentos)

 1700 – Ramazzini  descrição de doenças profissionais (trabalhadores das minas). Marca o início da
Medicina e Toxicologia Ocupacional

 1787-1853 – Orfila  Médico e Químico da corte francesa. Toxicologia Moderna. A obra Traité de
Toxicologie realça a importância da combinação de Toxicologia Forense, Toxicologia Clínica e Química
Analítica. Desenvolveu estudos e ideias revolucionárias para a época.
FINALIDADE DA TOXICOLOGIA

Prevenir

INTOXICAÇÕES
Tratar

Diagnosticar
AGENTE TÓXICO
Metabolismo
Sistema
Biológico Efeito tóxico

Propriedades
Físico-químicas Condições de Exposição
do Agente Tóxico

Susceptibilidade biológica  Dose recebida


 Sensibilidade do receptor à
concentração recebida
 Vias de administração  Via de contato
 Duração da Exposição
 Frequência de Exposição
Áreas da Toxicologia
Áreas da Toxicologia

Toxicologia Toxicologia Toxicologia Toxicologia Toxicologia


de alimentos ambiental de medicamentos ocupacional social

Aspectos

Clínico Analítico Legislação Pesquisa


Áreas da Toxicologia

 Toxicologia Ambiental
 Objetivo estudar os efeitos nocivos produzidos pela interação dos contaminantes químicos
ambientais com os organismos humanos.

 Toxicologia ocupacional
 Estuda os efeitos nocivos produzidos pela interação dos contaminantes do ambiente de trabalho
com o indivíduo exposto e o impacto sobre sua saúde na vida laboral.
Áreas da Toxicologia
 Toxicologia de Alimentos
 Estuda os efeitos adversos produzidos por agentes químicos presentes nos alimentos, sejam
estes contaminantes ou substâncias químicas usadas especificamente como conservantes,
edulcorantes, flavorizantes, sintéticos ou de origem natural.
 Estabelece as condições nas quais os alimentos podem ser ingeridos sem causar danos à
saúde.
 Principal parâmetro para estudo  IDA (Ingestão Diária Aceitável), que permite prever se
haverá ou não danos aos que fazem uso de determinado alimento.
Áreas da Toxicologia
 Toxicologia Social
 Estuda os efeitos nocivos das substâncias químicas (drogas) ou fármacos usados pelo homem
em sua vida em sociedade, seja sob o aspecto individual, social (de relação com ambiente) ou
legal.
 Busca o entendimento da relação íntima entre o indivíduo x droga, a sua forma de uso e sua
aceitação no seu meio social, ou seja, a interação das drogas com os indivíduos, o meio social
em que vivem e as consequências de determinadas drogas aos usuários.
Áreas da Toxicologia
 Toxicologia Forense
 Estuda os efeitos das substâncias químicas, geralmente post mortem.
 Objetivo principal é a busca de uma evidência consistente que irá permitir a identificação da
presença de uma substância química (agente tóxico) na investigação criminal e sua identificação
é o instrumento fundamental tal para elucidação em casos de incidentes, como acidentes,
suicídios e homicídios.
Áreas da Toxicologia
 Toxicologia Medicamentosa
 Atua na pesquisa e busca de novas drogas e fármacos usados no tratamento e prevenção de
doenças, as quais são cada vez mais necessárias em razão do desenvolvimento de resistência dos
agentes infecciosos;
 Estuda os efeitos nocivos produzidos pela interação dos medicamentos com os organismos
decorrentes do uso inadequado dos primeiros ou da suscetibilidade individual dos últimos.
Áreas da Toxicologia
 Toxicologia Descritiva
 Realiza testes para obter informações que possam ser utilizadas para avaliar o risco que a
exposição à determinada substância química oferece para o homem e o meio ambiente, e procura
determinar como as substâncias químicas exercem efeitos deletérios nos organismos vivos.
 É essencial para o desenvolvimento de testes de precisão de riscos, para facilitar a busca de
fármacos mais eficientes, seguros e com menor potencial de efeitos colaterais.
Áreas da Toxicologia
 Toxicologia Clínica
 Concentra-se nas doenças que são provocadas por substâncias tóxicas ou que estão
excepcionalmente ligadas a elas;
 Trata os pacientes intoxicados ou que sofrem danos pela ingestão de medicamentos e de
outras substâncias químicas;
 Desenvolvimento de novas técnicas para o diagnóstico, tratamento e prevenção dessas
intoxicações.

 Toxicologia Oficial
 Atua em órgãos do Estado, a quem cabe julgar se certa droga, medicamento, saneante,
pesticida ou substância química exibe ou não riscos, e se o riscos são suficientemente baixos
para que permita sua colocação no mercado para a finalidade pretendida.
Aspectos da Toxicologia
 Com base nos estudos dos três ramos da Toxicologia (Químico, Clínico, Experimental), torna-

se possível identificar aspectos que determinam a finalidade da abordagem ao problema e a

sua possível resolução.

 Aspecto Preventivo  Prevenção de Risco

 Aspecto Curativo  Tratamento do Quadro de Intoxicação

 Aspecto Repressivo
Aspectos da Toxicologia
 Aspecto Preventivo

 Através do reconhecimento dos riscos que uma dada substância oferece, podem estabelecer

padrões de segurança em relação à exposição.

 É o mais importante aspecto da Toxicologia, pois determina os meios de relação segura com

substâncias químicas por extrapolação, hipóteses ou fatos, à luz dos conhecimentos

existentes, com vistas à prevenção da intoxicação.


Aspectos da Toxicologia
 Aspecto Preventivo

 Exemplos:

 Estabelecimento de prazos de carência na aplicação de praguicidas nas lavouras até que o

alimento chegue à mesa do consumidor;

 Controle da atmosfera nas grandes cidades;

 Estabelecimento de concentrações máximas permitidas de aditivos e contaminantes de

alimentos;

 Controle terapêutico de medicamentos de uso prolongado.


Aspectos da Toxicologia
 Aspecto Curativo

 A Toxicologia curativa trata o indivíduo de acordo com o tipo de intoxicação.

 Através do diagnóstico clínico ou laboratorial, oferece meios de recuperação do intoxicado,

identificando as alterações fisiológicas e bioquímicas e restaurando a saúde.

 Através da Toxicologia Curativa:

 Recuperação de um indivíduo farmacodependente  Toxicologia Medicamentosa, Social;

 Recuperação de um trabalhador com alterações da saúde causadas pela exposição a

substâncias químicas no ambiente de trabalho Toxicologia Ocupacional

 Desintoxicação de indivíduos expostos a poluentes ambientais  Toxicologia Ambiental


Aspectos da Toxicologia
 Aspecto Repressivo

 Estabelece a responsabilidade penal dos indivíduos envolvidos em situações ilegais no uso

de substâncias químicas.

 Presença de aditivos químicos nos alimentos não permitido por lei;

 Utilização de agentes de dopagem em competições esportivas;

 Emissão de poluentes atmosféricos por uma fonte acima dos limites permitidos.

 O caráter repressivo da Toxicologia está estreitamente relacionado à Toxicologia Forense, área

especializada que estuda os aspectos médico-legais dos danos que as substâncias químicas

causam no sistema biológico.


CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA

“...todas as substâncias são venenos, não existe nenhuma que não seja. A dose
correta diferencia um remédio de um veneno”. Paracelso 1443-1541

 TOXICOLOGIA  é a ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações de


substâncias químicas com o organismo. A toxicologia abrange uma vasta área do conhecimento,
onde atuam profissionais de diversas formações: Química Toxicológica, Toxicologia Farmacológica,
Clínica, Forense, Ocupacional, Veterinária, Ambiental (Ecotoxicologia), Aplicada a Alimentos,
Genética, Analítica, Experimental e outras áreas.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA
 Efeito nocivo
 Ao ser produzido uma exposição prolongada que resulte em transtornos da capacidade funcional
e/ou da capacidade do organismo em compensar nova sobrecarga;
 Diminui perceptivelmente a capacidade do organismo de manter a homeostasia;
 Aumenta a susceptibilidade aos efeitos indesejáveis de outros fatores ambientais.

 Droga  É toda substância capaz de modificar o sistema fisiológico, com ou sem intensão de
benefício.

 Toxicologia  é o estudo dos efeitos nocivos de substâncias estranhas sobre os seres vivos.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA

 Toxicidade  é a capacidade relativa de uma substância provocar um dano a um sistema

biológico. É determinada por meio exaustivos de estudos envolvendo organismos biológicos e não

pode ser determinada diretamente utilizando-se os recursos típicos de laboratórios químicos.

 Efeitos Toxicológicos  são estudos mediante a administração oral ou injeção das substâncias

em animais, observando-se como a saúde deles é afetada.

 Estudos epidemiológicos  derivam de pesquisas realizadas com grupos de indivíduos

específicos expostos a determinados poluentes, em função de seu local de moradia ou seus

hábitos de consumo.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA
 Xenobiótico  Um termo muito usado na área de Farmacologia e Toxicologia para definir qualquer
substância estranha ao organismo.

 Venenos  São as substâncias químicas com as mesmas características que os tóxicos, mas de
origem vegetal ou obtidas a partir das secreções de determinados animais. É agente tóxico que altera
ou destrói as funções vitais , e/ou um termo utilizado para designar substâncias provenientes de
animais, com função de autodefesa ou predação.

 Agente Tóxico  É toda substância química que, dependendo da concentração, vai atuar sobre os
sistemas biológicos, levando a alterações morfológicas, funcionais ou bioquímicas que ocasionam
efermidades ou até mesmo a morte, sob certas condições de exposição. A intensidade da ação do
agente toxico será proporcional a concentração e ao tempo de exposição. Essa relação de
proporcionalidade, por sua vez, pode variar de acordo com o estágio de desenvolvimento do organismo
e de acordo com seu estado de funcionamento biológico.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA
 Intoxicação  é a manifestação do efeito tóxico e corresponde ao conjunto de sinais e sintomas que
revelam o desequilíbrio produzido pela interação do agente tóxico com o organismo.

 Toxicidade  é a capacidade inerente e potencial do agente tóxico de provocar efeitos nocivos em


organismos vivos. O efeito tóxico é geralmente proporcional à concentração do agente tóxico ao nível
do sítio de ação (tecido alvo).

 Ação tóxica  é a maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas
teciduais. O grau de toxicidade de uma substância é avaliado quantitativamente pela medida da DL 50,
que é a dose de um agente tóxico, obtida estatisticamente, capaz de produzir a morte de 50 % da
população em estudo.

 Antídoto  Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de substâncias.


CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA

 Risco tóxico  Pode-se definir o risco como sendo a probabilidade existente para que uma
substância produza um efeito adverso previsível, em determinadas condições específicas de uso.

 Fracionamento da Dose total  reduz a probabilidade que o agente venha a causar efeitos tóxicos. A
razão para isso é que o corpo pode reparar o dano, ou neutralizar o efeito de cada dose subtóxica se
ocorrer um intervalo de tempo suficiente até a próxima dose.
 Dose total é muito tóxica quando administrada dose única e passa a ser pouco ou atóxica se
administrada em doses menores por um determinado período de tempo.
 Ex: 30 mg de estricnina ingerida de uma só vez pode ser fatal para um adulto, enquanto que 3 mg
ingeridas a cada dia por 10 dias podem não ser fatais.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA

 Efeito aditivo  quando o efeito final e igual a soma dos efeitos de cada um dos agentes envolvidos.

 Efeito sinérgico  quando o efeito final e maior que a soma dos efeitos de cada agente separado.

 Potencialização  quando o efeito de um agente e aumentado se combinado com outro agente.

 Antagonismo  quando o efeito de um agente e diminuído, inativado ou eliminado se combinado com


outro agente.

 Reação Idiossincrática  é uma reação anormal a certos agentes tóxicos. Nesses casos, o individuo
pode apresentar uma reação adversa a doses extremamente baixas (doses consideradas atóxicas) ou
apresentar tolerância surpreendente a doses consideradas altas ou ate mesmo letais.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA

 Reação alérgica  é uma reação adversa que ocorre apos uma previa sensibilização do organismo
a um agente toxico. Na primeira exposição o organismo, após incorporar a substância, produz
anticorpos, que após atingirem uma determinada concentração no organismo, ficam disponíveis para
provocarem reações alérgicas no individuo, sempre que houver nova exposição aquele agente
toxico.

 Intoxicação  é um processo patológico causado por substâncias endógenas ou exógenas,


caracterizado por desequilíbrio fisiológico, consequente das alterações bioquímicas no organismo. O
processo de intoxicação é evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais e pode
ser desdobrado em quatro fases: Exposição, Toxicocinética, Toxicodinâmica, Clínica.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA
 Periculosidade  É um fator intrínseco ao xenobiótico que mede a sua capacidade de induzir
efeitos adversos nos sistemas biológicos.

 Avaliação de Risco  Caracterização Científica e sistemática do potencial dos efeitos adversos


para a saúde resultantes da exposição do homem a agentes químicos ou situações de exposição.

Ato Inseguro  não cumprimento das normas de segurança


durante o trabalho. Os acidentes ocorrem por imperícia,
negligência e por imprudência dos profissionais.
Ex: Não uso de EPI, cabelos soltos, fumo no laboratório etc.
“Acidentes são causados”

Condição Insegura  deficiência ou irregularidade técnica


existente no local de trabalho.
Ex: Armazenamento incorreto, Desordem, etc.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA
 RISCO:
 Probabilidade da ocorrência de um efeito indesejável à saúde ou ao ambiente e da gravidade
deste efeito (magnitude);
 A probabilidade de uma substância produzir danos sob determinadas condições de exposição.
 Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento
perigoso.

 PERIGO:
 Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à
propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes;
 Situação de exposição a um agente de risco.
CONCEITOS BÁSICOS DA TOXICOLOGIA

 RISCO
 POSSIBILIDADE de uma perda ou dano
 INCERTEZA de que tal perda ou dano ocorra
 Biossegurança, Toxicologia, Epidemiologia e outras, RISCO (R) é diretamente relacionado com:
EXPOSIÇÃO (E) e o PERIGO (P)

Risco (R) = Perigo x Exposição


PERIGOS X RISCOS
Controle de Riscos
RISCO = PROBABILIDADE X CONSEQUÊNCIA

Perigo
Risco =
Controle
PERIGOS X RISCOS

RISCO

PERIGO
RISCO

Risco (R) = Perigo x Exposição


FASES DA TOXICOLOGIA

 A Toxicologia tem sido caracterizada através dos séculos por circunstâncias que podem situá-la

em três fases:

 Descoberta dos tóxicos na natureza: Alimentos, Plantas e Animais;

 Fins primitivos e homicidas: Arsênico, Cianeto, Estricnina, etc;

 Toxicologia Moderna: Intoxicações profissionais, Alimentares, Iatrogênicas, etc.


CIÊNCIAS DA TOXICOLOGIA
 A Toxicologia busca o conhecimento das manifestações produzidas pelos venenos no organismo e tudo que
se relaciona aos mesmos. Por suas variadas áreas de interesse é uma ciência multidisciplinar, pois é
integrada por várias ciências:
 Química Toxicológica: Estrutura Química e Identificação dos Tóxicos.
 Toxicologia Farmacológica: Efeitos Biológicos e Mecanismos de Ação.
 Toxicologia Clínica: Sintomatologia, Diagnóstico e Terapêutica.
 Toxicologia Ocupacional: Prevenção, Higiene do Trabalho.
 Toxicologia Forense: Implicações de Ordem Legal e Social.
 Epidemiologia das Intoxicações.
 Toxicologia Ambiental.
 Toxicologia dos Alimentos.
 Estas ciências interessam, portanto, aos profissionais de várias áreas: médicos, sanitaristas, Farmacêuticos,
Ecologistas, Veterinários, Biólogos, Psicólogos, etc., cada um visualizando o veneno por uma determinada
ótica.
TOXICOVIGILÂNCIA

 É um processo ativo de identificação, investigação e avaliação dos efeitos tóxicos que aparecem na

população, com o objetivo de tomar medidas para reduzir e controlar a exposição às substâncias que

as produzem.

 É o conjunto de ações que objetivam diminuir situações em que a integridade física, mental e social

dos indivíduos possam ser afetadas devido à exposição às substâncias químicas, sejam elas

solventes, tintas, esmaltes, inseticidas de uso doméstico, agrotóxicos, etc;

 Deve identificar possíveis efeitos tóxicos que podem ocorrer durante todas as etapas de vida de um

produto.
PROGRAMAS DE TOXICOVIGILÂNCIA

 Centros Antiveneno têm como missão e responsabilidade o controle, prevenção, diagnóstico e o


tratamento das intoxicações exógenas, e para isto devem desenvolver ações de Toxicovigilância
permanentes.

 Ações de Toxicovigilância
 Identificação de problemas: estudos epidemiológicos, avaliação de riscos;
 Medidas de controle dos produtos: proibição, restrição, uso controlado;
 Desenvolvimento de ações conjuntas com órgãos de Saúde, Vigilância e Meio Ambiente públicos
e privados, Justiça, Órgãos de Classe, etc.;
 Capacitação de profissionais em Toxicologia;
 Conscientização da população: campanhas educativas, divulgação das medidas de prevenção e
controle.
EPIDEMIOLOGIA DAS INTOXICAÇÕES

 Produtos químicos são indispensáveis para o desenvolvimento das atividades do homem, à

prevenção e cura das doenças e ao aumento da produtividade agrícola;

 Uso inadequado e abusivo tem causado efeitos adversos à saúde humana e à integridade do meio

ambiente  Acidentes individuais, coletivos e de grandes proporções (Catástrofes químicas);

 Envenenamentos é um grave problema de saúde pública mundial

 Dobrou nos últimos 10 anos;

 Grande quantidade de produtos químicos lançados e disponíveis no mercado.


EPIDEMIOLOGIA DAS INTOXICAÇÕES

 EUA  4 milhões de exposições tóxicas / ano, sendo registrados cerca de 2 milhões, 50% em menores

de 5 anos;

 Brasil  3 milhões de intoxicações anuais, a maioria sem registro devido à subnotificação e às

dificuldades de diagnóstico;

 Intoxicações:

 Países desenvolvidos  Produtos químicos e Medicamentos;

 Países em desenvolvimento  Produtos químicos, Medicamentos e por animais peçonhentos,

plantas venenosas e pesticidas agrícolas.


EPIDEMIOLOGIA DAS INTOXICAÇÕES

 Brasil
 Pólo industrial tem elevado percentual de intoxicações por produtos químicos em todas as
fases: fabricação, manipulação, transporte, e descarte.
 Medicamento  intoxicações provocadas por automedicação, superdosagens, iatrogenias
(efeitos colaterais devido a administração de medicamentos), acidentes e tentativas de suicídio.
 Pesticidas
 Intoxicações devido ao uso excessivo e indiscriminado destes produtos;
 Desconhecimento dos trabalhadores rurais dos perigos;
 Falta de EPI;
 Uso doméstico de pesticidas de elevado potencial tóxico, fabricados exclusivamente para
fins agrícolas.
EPIDEMIOLOGIA DAS INTOXICAÇÕES

 Há muitas fontes de Iatrogenia:


 Erro médico;
 Negligência ou Falhas em procedimentos;
 Suicídio assistido (Ex: Eutanásia );
 Má caligrafia nas prescrições;
 Interação medicamentosa;
 Efeitos adversos dos medicamentos;
 Má utilização dos antibióticos, levando à criação de resistências;
 Tratamentos radicais;
 Erros de diagnóstico;
 Infecções Nosocomiais (Hospitalar);
 Transfusões sanguíneas.
AGENTES QUE CAUSAM INTOXICAÇÕES

 Medicamentos  Tipo mais frequente de intoxicação em todo o mundo, inclusive no


Brasil. Ocorre frequentemente em crianças e em tentativas de suicídio.

 Domissanitários  Termo utilizado para identificar os saneantes destinados a uso domiciliar. Os


saneantes são substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação
domiciliar, tem a composição e toxicidade variada, sendo responsável por muitos envenenamentos.

 Inseticidas de uso Doméstico  São pouco tóxicos quando usados de forma adequada. Podem
causar alergias e envenenamento, principalmente em pessoas sensíveis. A desinsetização em
ambientes domiciliar, comercial, hospitalar, etc., por pessoa ou empresa não capacitada pode provocar
envenenamento nos aplicadores, moradores, animais domésticos, trabalhadores e principalmente em
pessoas internadas, ao se utilizarem produtos tóxicos nestes ambientes.
AGENTES QUE CAUSAM INTOXICAÇÕES

 Pesticidas de Uso Agrícola: São uma das principais causas de registro de óbitos no Brasil,

principalmente pelo uso inadequado e nas tentativas de suicídio.

 Raticidas: No Brasil, só estão autorizados os raticidas à base de anticoagulantes cumarínicos. São

grânulos ou iscas, pouco tóxicos e mais eficazes que os clandestinos, porque matam o rato, eliminam

as colônias. A utilização de produtos altamente tóxicos, proibidos para o uso doméstico tem provocado

envenenamentos graves e óbitos.


AGENTES QUE CAUSAM INTOXICAÇÕES

 Animais Peçonhentos

 Cobras, aranhas, escorpiões produzem intoxicação e requerem uma abordagem específica;

 É necessário, tranquilizar o paciente, dar-lhe um pouco de água e lavar o local com água e

sabão;

 Encaminhar para o hospital mais próximo, para um exame clínico criterioso, e em alguns casos

selecionados além do tratamento sintomático administrar-se soro anti-peçonhento.


Etiologia das Intoxicações

 Acidental: medicamentos e domissanitários em crianças. Animais peçonhentos em adultos;


 Iatrogênica: alergias, superdosagem - AAS, xaropes;
 Ocupacional: animais peçonhentos, agrotóxicos, produtos industriais;
 Suicida: medicamentos, agrotóxicos, raticidas;
 Violência: homicídios e maus tratos;
 Endêmica – água, ar e alimentos: metais, poeiras, resíduos;
 Social – Toxicomanias: tabaco, álcool, maconha, cocaína, crack;
 Genética: falhas genéticas, déficits enzimáticos;
 Esportivas: doping;
 Ambiental: gases e vapores industriais, transporte de cargas químicas, contaminações da
água e alimentos.
Diagnóstico das Intoxicações

 Para o diagnóstico de envenenamento existem em geral três hipóteses:


 Exposição a um veneno conhecido;
 Exposição a alguma substância desconhecida e que pode ser veneno;
 Agravo de saúde com causa desconhecida, onde o envenenamento deve ser considerado para o
diagnóstico diferencial;

 Nas três situações, o diagnóstico baseia-se em:


 Investigação: história da exposição e manifestações, roupas, recipientes, possível exposição;
 Informações: manifestação inesperada de doença, passagem brusca de estado de saúde para
intensos distúrbios;
 Relacionar quadros obscuros: ambiente, situações, profissões;
 Aparecimento simultâneo em várias pessoas;
 Achados clínicos de envenenamento;
 Amostras: conteúdo gástrico, urina e sangue
Diagnóstico das Intoxicações

 Escala de REED, para estado de consciência (+ adequada)

GRAU DE ACHADOS CLÍNICOS


0 Acordado, responde a perguntas
1 Coma, reflexos intactos, retira o membro ao estimulo doloroso.
2 Coma, reflexos intactos, não retira membro ao estimulo doloroso,
sem depressão respiratória ou circulatória.
3 Coma, reflexos ausentes, sem depressão respiratória ou circulatória.

4 Reflexos ausentes, com depressão respiratória ou circulatória


Diagnóstico das Intoxicações

 Escala de GLASGOW para estado de consciência

ESCALA DE GLAGOW
O V M
Abertura dos olhos Resposta Verbal Resposta Motora

- - - - 6 Obedece a ordens

- - 5 Orientada 5 Localiza a dor


4 Espontânea 4 Desorientada 4 Reação de fuga
3 À voz 3 Palavras inapropriadas 3 Flexão anormal
2 À dor 2 Sons incompreensíveis 2 Extensão anormal
1 Ausente 1 Ausente 1 Ausente
INTOXICAÇÃO

 É o conjunto de sinais e sintomas causados pela exposição à substâncias químicas nocivas ao

organismo, como Medicamentos em doses excessivas, Picadas de animais venenosos, Metais

pesados (Chumbo, Mercúrio) ou Exposição a Inseticidas e Agrotóxicos.

 Podem provocar:

 Reações locais: Vermelhidão, Dor na pele;

 Reações sistêmicas  vômitos, febre, suor intenso, convulsões, coma e, até, risco de morte.
INTOXICAÇÃO
 TIPOS DE INTOXICAÇÃO:
 Intoxicação exógena
 Acontece quando a substância intoxicante está no ambiente, capaz de contaminar através da
ingestão, contato com a pele ou inalação pelo ar;
 Exemplo:
 Doses elevada de Medicamentos (Antidepressivos, Analgésicos, Anticolvulsivantes,
Ansiolíticos)
 Uso de drogas ilícitas;
 Picada de animais venenosos (Cobra, Escorpião)
 Consumo de álcool em excesso;
 Inalação de produtos químicos, por exemplo.
INTOXICAÇÃO
 TIPOS DE INTOXICAÇÃO:
 Intoxicação endógena:
 Nosso organismo produz substâncias tóxicas que, via de regra, são "purificadas" pelo fígado e
eliminadas pelos rins.
 Quando há uma falha no processo de depuração ou eliminação estas substâncias são
produzidas em excesso há um acumulo dessas substâncias que pode causar danos ao
organismo.

 Resumindo:
 É causada pelo acúmulo de substâncias maléficas que o próprio organismo produz
(Ureia), mas que costumam ser eliminadas através da ação do fígado e filtragem pelos
rins, e podem ser acumuladas quando estes órgãos apresentam uma insuficiência.
INTOXICAÇÃO

 INTOXICAÇÃO DE ACORDO COM O TEMPO DE EXPOSIÇÃO:

 Intoxicação Aguda:

 Decorre de um único contato (dose única  relacionado a potência da droga) ou múltiplos

contatos (efeitos cumulativos) com o agente toxico, num período de tempo aproximado de 24

horas.

 Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas.

 Estuda a relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50.


INTOXICAÇÃO
 INTOXICAÇÃO DE ACORDO COM O TEMPO DE EXPOSIÇÃO:

 Intoxicação sub-aguda ou subcrônica:

 Exposições repetidas a substâncias químicas.

 Intoxicação sub-aguda  ocorre exposição durante um período menor ou igual a 1 mês,

enquanto que, para períodos entre 1 a 3 meses, classifica-se como intoxicação subcrônica.

 Exposições repetidas a substâncias químicas – caracteriza estudos de dose/resposta após

administrações repetidas.
INTOXICAÇÃO
 INTOXICAÇÃO DE ACORDO COM O TEMPO DE EXPOSIÇÃO:

 Intoxicação crônica:

 Efeito toxico após exposição prolongada a doses cumulativas ao agente tóxico, num período

prolongado, geralmente maior de 3 meses chegando ate a anos.


INTOXICAÇÃO
 INTOXICAÇÃO SEGUNDO A SEVERIDADE:

 Leve  É aquela em que os distúrbios produzidos no corpo humano são rapidamente

reversíveis e desaparecem com o término da exposição ou sem intervenção médica;

 Moderada  É aquela em que os distúrbios produzidos no organismo são reversíveis e não são

suficientes para provocar danos físicos sérios ou prejuízos à saúde;

 Severa  É aquela em que ocorrem mudanças irreversíveis no organismo humano,

suficientemente severo para produzirem lesões graves ou a morte.


INTOXICAÇÃO

 INTOXICAÇÃO SEGUNDO A AGENCIA AMERICANA DE PROTENÇÃO AMBIENTAL (EPA):

 Local aguda  efeitos sobre pele, membranas, mucosas e olhos após exposição que varia de

segundos a horas.

 Sistêmica aguda  efeitos nos diversos sistemas orgânicos após absorção de substâncias por

diversas vias, a exposição pode ser de segundos ou horas.

 Local crônica  efeitos sobre pele e olhos após repetidas exposições durante meses e anos.

 Sistêmica crônica  efeitos nos sistemas orgânicos após repetidas exposições por diversas vias

durante longo período de tempo.


INTOXICAÇÃO
 OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE INTOXICAÇÃO:

 Desconhecida  É aquela em que os dados toxicológicos disponíveis sobre a substância são

insuficientes.

 Imediata  É aquela que ocorre rapidamente após uma única exposição.

 Retardada  É aquela que ocorre rapidamente após um longo período de latência. Por exemplo,

as substâncias cancerígenas.
INTOXICAÇÃO
 COMO É FEITO O TRATAMENTO DE UM PACIENTE INTOXICADO?

 Varia de acordo com a sua causa e com o estado clínico da pessoa e envolve:

 Avaliação dos sinais vitais  PA, Batimentos cardíacos, Oxigenação do sangue,

Estabilização, com hidratação ou uso de oxigênio;

 Identificar as causas da intoxicação  Análise da história clínica, Sintomas e Exame físico;

 Descontaminação  objetivo diminuir a exposição do organismo à substância tóxica, através

de medidas como lavagem gástrica, irrigação de soro fisiológico através de uma sonda

nasogástrica, administração de carvão ativado no Trato digestivo para facilitar a absorção do

agente tóxico, ou lavagem intestinal, com laxativos (Manitol);

 Usar um antídoto  Específico para cada tipo de substância.


INTOXICAÇÃO
ANTÍDOTO AGENTE INTOXICANTE
Acetilcisteína Paracetamol
Atropina Inseticidas Organofosforados e Carbamatos (Chumbinho)

Substâncias Metemoglobinizantes, que impedem a oxigenação


Azul de Metileno do sangue, como Nitratos, Gases de escapamentos, Naftaleno e
alguns medicamentos (Cloroquina e Lidocaína);

BAL ou Dimercaprol Metais pesados (Arsênico e Ouro)


EDTA-cálcico Metais pesados (Phumbo)
Flumazenil Benzodiazepínicos (Diazepam, Clonazepam)

Naloxona Analgésicos Opiáceos (Morfina, Codeína)

Soro Antiescorpiônico, Picadas de Escorpião, Cobra ou Aranha venenosos;


Antiofídico ou Antiaracnídico
Vitamina K Pesticidas ou medicamentos Anticoagulantes (Varfarina).
Fases da intoxicação
Fases da intoxicação
FASES DA INTOXICAÇÃO

 Fase de exposição  é a fase em que as superfícies externa ou interna do organismo entram em

contato com o agente tóxico. É importante considerar nessa fase a via de introdução, a frequência e a

duração da exposição, as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a concentração do

xenobiótico e a suscetibilidade individual.

 Fase de Toxicocinética  inclui todos os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade

química e a concentração do agente nos diferente tecidos do organismo. Intervém nessa fase a

Absorção, Distribuição, Armazenamento, Biotransformação e a Excreção das substâncias químicas.

As propriedades físico-químicas dos agentes tóxicos determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos,

assim como a velocidade de sua eliminação do organismo.


FASES DA INTOXICAÇÃO

 Fase de Toxicodinâmica  compreende a interação entre as moléculas do agente tóxico e os sítios

de ação, específicos ou não, dos órgãos e, consequentemente, a alteração do equilíbrio homeostático.

 Fase clínica  é a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, alterações patológicas

detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela

interação do toxicante com o organismo.


FASES DA INTOXICAÇÃO AGENTE QUÍMICO

AR
ÁGUA
ALIMENTOS
FASE DE EXPOSIÇÃO AVALIAÇÃO
AMBIENTAL

VIAS DE INTRODUÇÃO

ABSORÇÃO
FASE
TOXICOCINÉTICA DISTRIBUIÇÃO
ELIMINAÇÃO AVALIAÇÃO
BIOTRANSFORMAÇÃO
BIOLÓGICA
FASE LIGAÇÃO EM MOLÉCULAS LIGAÇÃO EM MOLÉCULAS
TOXICODINÂMICA CRÍTICAS NÃO-CRÍTICAS

EFEITOS ADVERSOS EFEITOS NÃO ADVERSOS

FASE CLÍNICA
LESÕES PRÉ-CLINICA VIGILÂNCIA DA
SAÚDE
LESÕES CLINICA
FASES DA INTOXICAÇÃO
Morte
Alterações bioquimicas e Surgimento
fisiológicas se acentua a cada dos sintomas C
exposição B

T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11

Concentração Efeito

 ADIÇÃO  Efeito tóxico causado por exposições repetidas com acúmulo


FASES DA INTOXICAÇÃO

Início das Alterações


Limiar do efeito tóxico
bioquímicas e fisiológicas
D

Morte
C
A
Aparecimento dos sintomas
B

 Acúmulo
 Exposição prolongada
 Tecido adiposo sem efeito
T1 T2 T3 T4 T5 metabólico
 Jejum – Mobilização do
Concentração Efeito tecido adiposo
 Efeito tóxico no SNC

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