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TOXICOLOGIA GERAL E CLÍNICA

https://www.google.com/search?q=toxicologia+forense&rlz=1C1CHZO_pt-BRBR896BR896&sxsrf=
BRBR896BR896&sxsrf=
• Pré-história
história : observação de qual alimento
produzia ou não efeitos tóxicos ou doenças.

IDADE ANTIGA
1500 a.C.: “Papiro Ebers
Ebers”” (Egito) descreve 800 ingredientes ativos, entre
eles:
- Metais (Pb
(Pb e Cu)
- Vegetais tóxicos: cicuta, acônito
- Venenos de animais:
animais: cobras, escorpiões, aranhas

Prof.. Felix G. R. Reyes


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IDADE ANTIGA - Grécia

• 470-399 a.C. Sócrates – condenado à morte com cicuta


• 460-364 a.C. Hipócrates – Pai da Medicina – relação de venenos e princípios
da Toxicologia clínica
• 370-286 a.C. Theophrastus – referências às plantas tóxicas no livro De
Historia Plantarum
• 204-135 a.C. Nicandro – fez poemas descrevendo venenos,
envenenamentos e antídotos (Alexipharmaca e Theric)
• 40- 90 a.C. Dioscórides – Pai da Farmácia – classificação dos venenos
(animais, vegetais e minerais), descrição e desenhos dos venenos; uso de
eméticos em envenenamentos e ventosas p/ picadas de cobras

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IDADE ANTIGA - Roma

120- 63 a.C. – Midrídates – rei do Ponto – experimentos com


envenenamentos agudos e modos de evitar seus efeitos:
ingestão voluntária de mistura de 36 diferentes ingredientes.
Mithridaticum: mistura de gordura de víbora e enxofre.

37-68 d.C. – Nero –usou


usou veneno para matar
Britanicus (seu meio--irmão)

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IDADE MÉDIA

1135-1204 – Maimonides (Moses bem Maimon)-


Maimon) escreveu
um texto sobre tratamento dos envenenamentos por
insetos, cobras e cachorros loucos.

Venenos usados largamente com finalidade política –


envenadores “ profissionais” :

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IDADE MÉDIA

Marquesa de Brinvillers – testava suas “ receitas”


em crianças, anotando seus efeitos (início dos
efeitos, potência, local e modo de ação, sinais e
sintomas)
Catherine Deshayes, La Voisine – envenenadora na
corte de Luís XIV – a qual é atribuída a morte de
2000 crianças

Chambre Ardente – comissão judicial para


punir envenenadores.
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RENASCENÇA – IDADE
MODERNA
1493-1541 - PARACELSUS – desenvolvimento do aspecto
médico, científico da Toxicologia;
Toxicologia necessidade de
experimentação; dose diferencia remédio de veneno e outras
ideias revolucionárias no campo da medicina e terapêutica.
Publicou o primeiro tratado de doenças em mineradores.

Revolução Industrial – relatos de doenças profissionais por


Ramazzini e Pott´s

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IDADE CONTEMPORÂNEA

Século XIX – desenvolvimento extraordinário da Química


Orgânica e síntese de novos compostos (fosgênio, gás
mostarda – gases de guerra).

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IDADE CONTEMPORÂNEA

1787-1853 – ORFILA – chamado de “Pai da Toxicologia”


escreve o primeiro tratado voltado exclusivamente para a
Toxicologia – Traitè de Toxicologie – e este conhecimento
passa a ser uma Ciência.

Desenvolvimento do aspecto forense da Toxicologia,


principalmente de métodos de detecção de toxicantes em
material biológico.

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IDADE CONTEMPORÂNEA
Segunda Guerra Mundial: síntese de SQ, entre as quais os inseticidas
organofosforados e organoclorados – visando uso na Guerra.
Paralelamente, houve o desenvolvimento de antídotos, como o BAL
(dimercaprol).

Introdução dos aditivos para alimentos e seu controle


Após a Segunda Guerra – desenvolvimento extraordinário da Toxicologia:
condições da exposição, e não apenas a dose, como desencadeantes de efeitos
tóxicos; estabelecimento do risco x segurança no uso de SQ (padrões de
segurança); conhecimento de mecanismos de ação tóxica; aspectos preditivos
e preventivos da Toxicologia; Toxicologia comportamental, Imunotoxicologia,
Toxinologia, Ecotoxicologia, entre outros.
outros

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O campo da Toxicologia na época atual está
consideravelmente aumentado, tornando-se
tornando uma verdadeira
ciência social, que tem como principal objetivo proteger a
população e permitir que a mesma se beneficie com segurança
dos progressos da era contemporânea.
(René Truhaut – Universidade de Paris)

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Conceitos Gerais em Toxicologia

Espectros dos efeitos Tóxicos


Áreas da
Toxicologia

Toxicologia Toxicologia Toxicologia Toxicologia Toxicologia


de alimentos ambiental de medicamentos ocupacional social

Aspectos

Clínico Analítico Legislação Pesquisa


TOXICOLOGIA
CIÊNCIA MULTIDISCIPLINAR

Farmacologia Farmacologia

Patologia Citologia/ Histologia

Saúde Pública
Fisiologia

Bioquímica Química

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Probabilidade estatística de aparecer um
efeito nocivo.
RISCO

Probabilidade estatística de não


SEGURANÇA aparecer um efeito nocivo.

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Risco aceitável
RISCO
Probabilidade de que um efeito ou
dano seja tolerado por um
X organismo. Ou seja, que o benefício
real trazido pelo uso da substância
seja maior do que o risco
BENEFÍCIO

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INTOXICAÇÃO

 Intoxicação: É o conjunto de sinais e sintomas que


revelam os efeitos tóxicos provocados pelas
substâncias químicas no organismo - a quebra do
estado homeostásico do organismo, ou seja, a
presença de uma patologia.
patologia

É a manifestação dos efeitos nocivos

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DOSE LETAL 50 (DL 50)

Dose ou concentração de um agente químico


que pode causar a morte de 50% de uma
população de organismos, em condições
experimentais definidas.

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TOXICOLOGIA
CONCEITOS BÁSICOS

COMPARAÇÃO DA TOXICIDADE DE 2 SUBSTÂNCIAS


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1 - FASE DE EXPOSIÇÃO
• Corresponde ao CONTATO com o agente tóxico
2 - FASE TOXICOCINÉTICA
Consiste no MOVIMENTO do agente tóxico
dentro do organismo pelos processos de
Absorção, Distribuição e Eliminação
(Biotrasnformação e Excreção).
Excreção)
3 - FASE TOXICODINÂMICA
Corresponde a AÇÃO do agente tóxico no
organismo, consequentemente o
aparecimento de desequilíbrio
homeostático.
4 - FASE CLÍNICA
Corresponde a MANIFESTAÇÃO CLÍNICA dos
efeitos resultantes da ação tóxica.
EFEITO
TÓXICO
PAINEL DOS EFEITOS TÓXICOS
1. Quanto a região atingida:
- local
- sistêmico
2. Quanto à duração do efeito
agudo, subcrônico e crônico
3. Efeito idiossincrático

4. Exacerbação de doença pré-existente


existente

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Efeitos indesejáveis
• O espectro de efeitos indesejáveis é amplo.

• Na terapêutica, cada fármaco produz um número de


efeitos, mas apenas um está relacionado com o papel
terapêutico procurado. Todos os outros efeitos são
indesejáveis
Efeitos adversos ou nocivos
• Aqueles que:
– Ocorrem com uma exposição continuada;

– São reversíveis logo cessada;

– Realçam a suscetibilidade do organismo aos fatores nocivos


de outras influências ambientais .
Efeitos tóxicos
• São os efeitos adversos causados por substâncias
químicas e são, na maioria das vezes, dose-
dependentes. Todo o efeito tóxico é indesejável e
adverso, mas nem todo efeito adverso é tóxico.
Reações Idiossincráticas

• Respostas quantitativamente anormais a certos


agentes tóxicos provocados, geralmente, por
alterações genéticas.
Reações Alérgicas ou Alergia Química
• São reações adversas que ocorrem somente após uma
prévia sensibilidade do organismo ao agente tóxico ou
a um produto quimicamente semelhante.
semelhante
Efeito Imediato, Crônico e Retardado

IMEDIATOS OU AGUDOS: aqueles que aparecem

imediatamente após uma exposição aguda  exposição única

ocorre, no máximo, em 24 horas.


Efeito Imediato, Crônico e Retardado

EFEITOS CRÔNICOS: aqueles resultantes de uma exposição crônica

 exposição a pequenas doses  durante vários meses ou anos.


O EFEITO CRÔNICO PODE ADVIR DE DOIS MECANISMOS:

A) SOMATÓRIA OU ACÚMULO DO AGENTE TÓXICO NO


ORGANISMO:
Velocidade de eliminação é menor que a de absorção.
 Ao longo da exposição o agente tóxico (AT)  vai sendo
acumulado no organismo, até alcançar um nível tóxico.
B) SOMATÓRIA DE EFEITOS:
• Quando o dano causado é irreversível  aumenta a cada exposição,

até atingir um nível detectável;


• Quando o dano é reversível  o tempo entre cada exposição é
insuficiente para que o organismo se recupere totalmente.

EFEITOS RETARDADOS:
RETARDADOS aqueles que só ocorrem após um
período de latência, mesmo quando já não mais existe a exposição.
Efeitos Reversíveis e Irreversíveis
A manifestação de um ou outro efeito vai depender,
da capacidade do tecido lesado em se recuperar.

Ex: Lesões hepáticas são

geralmente reversíveis, já que

este tecido tem grande capacidade

de regeneração.
Lesões no sistema nervoso central (SNC) tendem a
ser irreversíveis, uma vez que as células nervosas são pouco
renovadas.
Efeitos Locais e Sistêmicos
EFEITO LOCAL: refere-se
se àquele que ocorre no local do
primeiro contato entre o AT e o organismo.
EFEITO SISTÊMICO : exige uma absorção e distribuição
da substância, de modo a atingir o sítio de ação  O
RECEPTOR BIOLÓGICO.

Algumas vezes uma lesão local intensa pode levar ao


aparecimento de um efeito sistêmico.
Efeitos Resultantes da Interação de Agentes
Químicos

Efeito Aditivo ou Adição


Produzido quando o efeito final dos dois agentes é
igual à soma dos efeitos individuais, que aparecem
quando eles são administrados separadamente (1 + 1 =
2).
Efeito Sinérgico ou Sinergismo
Ocorre quando o efeito dos agentes químicos

combinados é maior do que a soma dos efeitos individuais

(1 + 1 = 10).
Ex.: A hepatotoxicidade, resultante da interação entre tetracloreto de
carbono e álcool.

Potenciação: Ocorre quando um agente tóxico tem seu efeito


aumentado por atuar simultaneamente, com um agente “não tóxico”
Ex.: O isopropanol, que não é hepatotóxico, aumenta excessivamente a
hepatotoxicidade do tetracloreto de carbono.
carbono
Efeito Antagônico ou Antagonismo

Quando dois agentes químicos interferem um com a ação


do outro, diminuindo o efeito final.
Classificação dos Agentes Tóxicos
Os AT podem ser classificados de diversas maneiras
dependendo dos critérios utilizados:
Quanto à natureza:
Naturais (mineral, vegetal, animal)

Sintéticos
Quanto
Quanto ao órgão ou sistema onde atuam
nefrotóxico
neurotóxicos
hepatotóxicos
genotóxicos entre outros
Quanto às características físicas:

GASES são fluídos, sem forma, que permanecem no


estado gasoso em condições normais de pressão e
temperatura.
Ex.: CO, NO e NO2, O3 etc.
VAPORES:: são as formas gasosas de substâncias
normalmente sólidas ou líquidas nas condições
ambientais.
Ex: vapores resultantes da volatilização de solventes
orgânicos como benzeno, tolueno, xileno etc.
PARTÍCULAS OU AERODISPERSÓIDES:
PARTÍCULAS AERODISPERSÓIDES partículas de
tamanho microscópico, em estado sólido ou líquido.
Ex: poeiras e fumos; neblinas e névoas.
OBRIGADA

prof.daniela.freitas@unincor.edu.br
coord.farmacia@unincor.edu.br
@profadradaniela
profadradaniela
REFERÊNCIAS

-OGA, S.; CAMARGO, M. M. A.; BATISTUZZO, J. A. O. Fundamentos de Toxicologia.


4. Ed. São Paulo: Atheneu, 2014.

-LSON, Kent R. Manual de toxicologia clínica.


clínica 6. ed. São Paulo: McGraw-Hill ,2014.

-KLAASSEN, Curtis D.; WATKINS III, John B.. Fundamentos em toxicologia de


Casarett e Doull (Lange). 2. ed. São Paulo:
Paulo McGraw-Hill , 2012.

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