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FARMACODINÂMICA
MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS
- enzimas - receptores
Por exemplo: ação direta sobre o canal como os anestésicos locais e alguns
diurético
OU
OU
OBS2: algum fármaco não tem ação específica, e não entram nessa
classificação, agindo de forma inespecífica por não agirem em um
receptor ou proteína em especial. Por exemplo: manitol (diuréito osmótico
que induz a passagem da água para o sangue e consequentemente sua
eliminação para urina, sem agir em uma substância específica).
receptor pode ser quantificada, sendo que a curva dose resposta obtida
tem forma de uma sigmóide.
Esta teoria apresenta limites como: não considerar receptores de
reserva; admite que todos os receptores são igualmente acessíveis; admite
que a molécula combina-se reversivelmente com um único receptor.
Desensebilização VS Tolerância
Desensibilização:
- ocorre em poucos minutos
-administração continua ou repetida
-alteração nos receptores
-exaustão dos mediadores
-aumento do metabolismo da subtância e mecanismos fisiológicos
compensatórios
-extrusão do fármaco das células
Tolerância
-redução da resposta
-gradual podendo durar dias ou semanas
GRUPOS FARMACOLÓGICOS
I. SISTEMA NERVOSO (CENTRAL e PERIFÉRICO)
1.2. AGONISTAS
Seletivos α1: fenilefrina; metoxamina
Não seletivos: efedrina; pseudoefedrina (também libera)
Seletivos α1e β1: metaraminol (também libera)
Seletivos α2: clonidina; alfametilnoradrenalina; guanabenzo
Seletivos β1e β2: isoproterenol (isoprenalina)
1.3. ANTAGONISTAS
Seletivos α1: prazosin; doxazosina; alfuzosina; terazosina
β1: proctolol; atenolol; metaprolol e bisoprolol
β1e β2: proponolol; sotalol; nodolol; labitolol
α1; β1 e β2: Carvedilol
2.4. Antagonistas:
Ação cardíaca: atropina (M); hioscina ou escopolamina (M)
Ação nos brônquios: ipratrópio.
Ação gastrintestinal: metantilina; propantelina; piperidolato;
diciclomina.
2. OUTROS ANTICONVULSIVANTES
a. HIDANTOÍNAS: fenitoína.
b. DIBENZAZEPINAS: carbamazepina; oxicarbamazepina.
c. ÁCIDO VALPROICO
d. DERIVADOS DO GABA: gabapentina; vigabatrina.
e. OUTROS:Topiramato, lamotrigina.
4. ANTIPARKINSONIANOS
6. ANTIDEPRESSIVOS
a. TRICÍCLICOS (ADT – inibe receptação de NA e SE): amitriptilina
(tryptanol), imipramina (tofranil), clomipramina (anaflanil), trimipramina
8. ANTIVERTIGINOSOS
a. Anticolinérgicos: fisiostigmina; neostigmina.
b. Anti-histamínicos: betaistina; dimenidrinato; prometazina.
c. Outros: difenidol; flunarizina (vasodilatador central e periférico).
Outros mediadores
HISTAMINA:
É uma amina básica encontrada na maioria dos tecidos, porém em maiores
concentrações no pulmão, pele e trato gastrointestinal e ficaarmazenada
nos mastócitos e basófilos (com exceção do estômago e em neurônios
histaminérgicos no cérebro). São conhecidos até hoje 4 receptores para a
histamina: H1, H2, H3 e H4.
o Suas principais ações são:
Estimulação da secreção gástrica (H2);
Contração da maioria da musculatura lisa (por exemplo: músculo liso
brônquico e do TGI) com exceção dos vasos sanguíneos (H1);
Estimulação cardíaca: efeito inotrópico e cronotrópico (H2);
Vasodilatação (H1);
Aumento da permeabilidade vascular (H1);
Mediador das reações de hipersensibilidade tipo I;
Inibição de liberação de neurotransmissores (H3);
Recrutamento de eosinófilos (H4).
BRADICININA
É um peptídeo ativo formado pela quebra de proteínas circulantes.
Existem 2 tipos principais de receptores: B2 (fisiológico) e B1 (nos
processos inflamatórios).
Suas principais ações são:
Vasodilatação dependente da liberação de NO e prostaglandina I2;
Aumento da permeabilidade vascular;
Estimulação de terminações nervosas da dor;
Estimulação do transporte epitelial de íons e da secreção de líquidos nas
vias aéreas e no trato gastrointestinal;
IECA (inibidores da enzima conversora de angiotensina) aumenta sua
capacidade de ação.
2. ANALGÉSICOS
4. ANTIINFLAMATÓRIOS
4.1. NÃO HORMONAIS (AINES):
Classificação de acordo com inibição de COX: nem todos AINES
manifestam na mesma intensidade a ação antiinflamatória e os efeitos
analgésicos e antipiréticos, já que seus efeitos e ações variam conforme a
seletividade, isto é, de acordo com a inibição do tipo de COX.
Tipos de Cox:
a) COX1: essencial constitutiva (encontrada na maioria das células e
tecidos), relacionada à produção de prostaglandinas para
manutenção das funções fisiológicas, principalmente em órgãos como
vaso, estômago e SNC
b) COX 2: encontrada em situações fisiológicas, principalmente renal,
cardíaco e hepático e em situações patológicas, já que COX2 é
induzida pelo processo inflamatório e por interleucinas e está
relacionada à produção de prostaglandinas para inflamação, dor e
febre.
Fosfolipídios de membrana
Araquidonato
Via da Ciclooxigenase
(COX1, COX2). Via da lipooxigenase
(LOX).
Prostanóides: Prostaglandinas e Leucotrienos
tromboxanos.
Ações e efeitos
Os AINES ao inibir a ciclooxigenase (COX1 e/ou COX2) e,
consequentemente, diminuir a síntese de prostaglandinas
apresentam:
efeito antiinflamatório: ao diminuir a prostaglandina
vasodilatadora, reduz a vasodilatação e reduz o edema
efeito analgésico
- efeito no sistema periférico: ao
diminuir a produção de
prostaglandinas, diminui a
sensibilização das terminações
nervosas nociceptivas;
- efeito no SNC: ao inibir COX1
presente no SNC, reduz a síntese
de prostaglandina local,
impedindo que essa diminua o
limiar da dor no centro da dor)
efeito antipirético (inibição da síntese local de
prostaglandinas, que são mediadoras no centro
termorregulador do hipotálamo).
Reações Adversas:.
Ao inibir COX1 (como é o caso da Aspirina que é um inibidor
seletivo, irreversível de COX1) prevalente fisiologicamente em
órgãos como vasos, estômago e SNC podem resultar em efeitos
adversos nesses órgãos:
o De ação intermediária
Fluprednisolona
o De ação prolongada (atividade biológica maior que 48h)
Dexametasona
1.Introdução
A principal importância dos fármacos que atuam no sistema
respiratório está relacionada à terapêutica da asma brônquica.
Asma: Condição em que as vias aéreas de uma pessoa ficam
inflamadas, estreitas e inchadas, além de produzirem muco extra, o
que dificulta a respiração. São resultado de uma resposta de
hipersensibilidade do tipo I. A obstrução da via aérea é reversível com
tratamento ou espontaneamente.
Asma crônica - consequências
Diminuição da capacidade de trocas gasosas já que o epitélio
respiratório é destruído, perdendo suas características normais .
Processo obstrutivo crônico irreversível devido a
alterações na membrana basal, com ruptura e deposito de
fibrina, hiperplasia e hipertrofiam da musculatura lisa brônquica
e aumento das glândulas produtoras de muco, alterações na
permeabilidade vascular, mudanças na função mucociliar,
ocorrendo assim um. Clinicamente o paciente
apresenta:dispnéia progressiva, tosse seca, sibilância e
aperto no peito.
2. GRUPOS de FÁRMACOS
b) Antiinflamatórios:
c) Corticóides (AIE’s)
2.2. DPOC
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por
sinais e sintomas respiratórios associados à obstrução crônica das
vias aéreas inferiores, geralmente em decorrência de exposição
inalatória prolongada a material particulado ou gases irritantes, sendo
Membrana basoleteral da
célula parietal gástrica
5. FÁRMACOS EMÉTICOS
São utilizados no caso de ingestão de substâncias tóxicas.
A regulação do vômito depende de duas áreas neurais: o centro do
vômito, que controla os movimentos inter-relacionados do músculo
liso e estriado; e a zona de gatilho quimiorreceptora, que por ser
sensível a estímulos químicos é o local de ação de certos fármacos
como a Apomorfina, Morfina e Glicosídeos cardíacos.
6. FÁRMACOS ANTI-EMÉTICOS
Os anti-eméticos podem ser utilizados em diversas situações clínicas:
Tratamento adjuvante na quimioterapia do câncer
Combate de náuseas e vômitos causados por agentes
citotóxicos.
a. Antagonistas dos receptores H1:
Mecanismo de ação: São antagonistas competitivos da ação da
histamina nos receptores H1. Também atuam nos receptores de
serotonina. (Cinarizina; Ciclizina, Dimenidrato;Prometazina).
b. Antagonistas dos receptores muscarínicos: Hioscina
Mecanismo de ação: Antagonizam a ação da acetilcolina nos
receptores muscarínicos.
Obs: A Hioscina é ativa contra náuseas e vômitos de origem
labiríntica e contra os vômitos causados por estímulos locais no
estômago.
9. AGENTES ANTIDIARREICOS:
Os principais são os opiáceos (codeína, tifenoxilato e
lorepamida); e os antagonistas dos receptores muscarínicos.
Obs: O subsalicilato de bismuto é utilizado na diarréia do
viajante.
1. ANTI-HIPERTENSIVOS
A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial
caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140
e/ou 90 mmHg. Associa-se frequentemente a alterações funcionais
e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos
sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento
do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
1.1 CONCEITOS.
Para se efetuar o diagnóstico, é preciso que a pressão arterial esteja
aumentada, no mínimo, em duas posições - sentado e deitada, em
pelo menos 3 medidas.
A hipertensão primária ocorre em cerca de 90% e sua causa é
desconhecida
.
1.2.2. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
A escolha do esquema terapêutico deve basear-se então, no
mecanismo fisiopatogênico predominante, nas características
individuais do paciente, em sua situação econômica, na experiência
anterior com outros anti-hipertensivos e nas condições e doenças
associadas.
1)Diuréticos
Conceitos da Diurese:
o Taxa de Filtração Glomerular: Volume de líquido
flitrado dos glomérulos para dentro da cápsula renal por
unidade de tempo.
o Reabsorção: O papel da reabsorção é de recuperar as
moléculas que foram filtradas, mas são essenciais ao
organismo e devem retornar para a circulação. Esse
processo acontece, principalmente, no túbulo proximal do
néfron.
o Secreção: Do mesmo modo que existem moléculas que
devem retornar à circulação, existem as que precisam ser
Outros Diuréitos:
Antagonistas de aldosterona (espironolactona)
• Bloqueadores de canal de sódio (triantereno,
amilorida)
• Inibidores da anidrase carbônica
B) VASODILATADORES DIRETOS
2. CARDIOATIVOS: Digitálicos
Inibem reversivelmente a enzima Na+/K+ Atpase, impedindo o
funcionamento da bomba de sódio e potássio do coração.
Resumindo: Gera
Bradicardia (reflexa)
Aumento de volume sistólico
Aumento da força de contração
NÃO altera o débito cardíaco
3. ANTIARRITMICOS:
a) ARRITMIAS
A função dos canais iônicos pode ser alterada por isquemia aguda,
estí-mulo simpático ou lesão cicatricial miocárdica, e criar alterações
do ritmo cardíaco ou arritmias. Os fármacos antiarrítmicos suprimem
as arritmias, bloqueando o fluxo através de canais iônicos específicos
ou alterando a função autônoma.
b) FÁRMACOS ANTIARRITMICOS
BLOQUEADORES DE CANAIS DE SÓDIO: quinidina,
lidocaína
Classisficados em:
Classe I-A
▪ Mantém o portão H do canal de Na+ fechado de forma não
persistente.
▪ Aumento do tempo refratário; prolonga o tempo de
repolarização.
▪ Bloqueio intermediário da corrente de Na+
▪ Efeito mais atrial.
▪ Quinidina, Procainamida, Disopiramida.
• Classe I-B
▪ Bloqueio da corrente rápida de Na+ e aumento da
condutância ao K+
▪ Efeito mais ventricular.
▪ Lidocaína, Fenitoína, Mexiletina.
• Classe I-C
▪ Bloqueio lento; preferência pelos canais refratários.
▪ Efeito tanto atrial quanto ventricular.
▪ Flecainida, Propafenona, Moricizina.
3. ANTICOAGULANTES
Antiplaquetários:
Inibem agregação plaquetária sendo úteis na profilaxia de doenças
cardiovasculares, mas não para impedir coagulação.
Podem agir na via do ácido araquidonico (Ex: AAS – inibidor da COX)
ou na via do AMPc plaquetário (Ex: Clopidogrel - Inibidor do ADP
plaquetário)
Anticoagulantes orais (Varfarina):
inibição competitiva da enzima epóxido-redutase (semelhança
estrutural entre a Varfarina e a vitamina K), sem a ação dessa
enzima, a vitamina K não é convertida para sua forma ativa
(hidroquinona) e, consequentemente, não há síntese dos fatores de
coagulação dependentes de vitamina K.
5. ANTI-HIPERLIPIDÊMICOS
5.1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Principais lipídeos
Fosfolipídeos: formam a estrutura básica das membranas celulares.
B. Resinas (Colestipol)
Mecanismo de ação/ação:
- As resinas, ou sequestradores dos ácidos biliares, atuam reduzindo a
absorção enteral de ácidos biliares e, consequentemente, de
colesterol, pois sequestram ácidos biliares no intestino e impedem
sua reabsorção e circulação enterro-hepática.
-Com a redução da absorção, reduz-se o colesterol intracelular no
hepatócito e, por esse motivo, aumenta-se o número de receptores de
LDL e a síntese de colesterol endógeno.
Obs.: Como consequência deste estímulo à síntese, pode ocorrer
aumento da produção de VLDL e, consequentemente, de TG
plasmáticos.
Seu efeito é potencializado pelo uso concomitante das estatinas.
Indicações:
- A colestiramina (resina disponível no Brasil) pode ser usada como
adjuvante às estatinas no tratamento das hipercolesterolemias graves
não controladas com o uso de estatinas potentes;
- Crianças com hipercolesterolemia;
-Mulheres no período reprodutivo sem método anticoncepcional
efetivo (única medicação liberada nesse caso) e durante os períodos
de gestação e amamentação.
-Hipercolesterolemia poligênica, familiar heterozigótica e
hiperlipidemia combinada familiar na forma hipercolesterolêmica
Obs.: Não deve ser usada na presença de hipertrigliceridemia.
Efeitos não lipídicos:
Obstipação, plenitude gástrica, náuseas e meteorismo. Raramente,
pode ocorrer obstrução intestinal e acidose hiperclorêmica em idosos
e crianças, respectivamente. Diminui, eventualmente, a absorção de
vitaminas lipossolúveis (A, D, K e E) e de ácido fólico. A
suplementação destes elementos em crianças ou, eventualmente, em
adultos pode ser necessária.Interfere na absorção de muitos
fármacos, como digoxina, tiroxina, tiazídicos, vastatinas e fibratos,
devendo estas drogas ser administradas com intervalos de 1 hora
antes ou 4 horas depois do uso da colestiramina.
Mecanismo de ação/ação:
5.3. Indicações:
- Hipercolesterolemia isolada;
- Prevenção primária e secundária de efeitos cardiovasculares;
Efeitos não lipídicos:
Efeitos colaterais são raros no tratamento com estatinas. Dentre eles,
os efeitos musculares são os mais comuns e podem surgir em
semanas ou anos após o início do tratamento. Variam desde mialgia,
com ou sem elevação da Creatinoquinase (CK), até a rabdomiólise. A
dosagem de CK deve ser avaliada no início do tratamento,
principalmente em indivíduos de alto risco de eventos adversos
musculares, como pacientes com antecedentes de intolerância à
estatina; indivíduos com antecedentes familiares de miopatia; o uso
concomitante de fármacos que aumentem o risco de miopatia. A
avaliação basal das enzimas hepáticas (ALT e AST) deve ser realizada
antes do início da terapia com estatina. Durante o tratamento, deve-
se avaliar a função hepática quando ocorrerem sintomas ou sinais
sugerindo hepatotoxicidade (fadiga ou fraqueza, perda de apetite, dor
abdominal, urina escura ou aparecimento de icterícia).
A absorção das vastatinas pelo trato gastrointestinal recebe influência
da ingestão de alimentos. A absorção intestinal da lovastatina
aumenta aproximadamente 50% quando a droga é administrada com
alimentos. A biodisponibilidade da pravastatina é diminuída cerca de
30% quando tomada com refeições ricas em gorduras. As demais
vastatinas não parecem sofrer influência de ingestão alimentar.Em
razão do ritmo circadiano da HMG-CoA redutase, determinando maior
síntese de colesterol no período noturno, as vastatinas devem ser
administradas preferencialmente à noite, mas para a atorvastatina
não foram observadas diferenças em relação ao período de ingestão.
E. Ômega-3
Os ácidos graxos ômega 3 são derivados do óleo de peixes
provenientes de águas frias e profundas, de certas plantas e nozes e
de óleo de krill (crustáceo semelhante ao camarão). Seus efeitos no
perfil lipídico são dose-dependentes.
Mecanismo de ação/ação:
- Diminuiem da produção de VLDLaumentam seu catabolismo;
-Reduzem os TG;
- Aumentam o HDL (altas doses).
Obs.: Pode aumentar o LDL.
Indicações:
F. Ezetimiba
Mecanismo de ação/ação:
- Atua inibindo a absorção do colesterol (tanto biliar quanto
proveniente da dieta) nas vilosidades intestinais, por ação direta na
borda em escova dos enterócitos. Provavelmente por inibição de
proteína transportadora de colesterol.
- Diminuição dos níveis de colesterol hepático;
- Estímulo à síntese de LDL-R, esses dois últimos como consequência
da inibição da absorção do colesterol.
Indicações:
- Pacientes com intolerância à estatina e que necessitam de redução
da sua dose, situação na qual a estatina pode ser associada com
ezetimibe;
- Intolerância do paciente a estatinas, fibratos e o ácido nicotínico.
1. HIPOGLICEMIANTES ORAIS
1.1. SULFONILURÉIAS
1ª Geração :Tolbutamida (Rastinon®); Tolazamida (Tolinase®);
Acetohezamida (Dymelor®); Clorpropamida (Diabinese®)
2ª Geração (100x mais potentes): Glibenclamida/Gliburida
(Daonil®); Glipizida (Minidiab®/Glucotrol®); Glicazida
(Diamicron®); Glimepirida (Amaryl®)
Análogos: Repaglinida (Novonorm®, Prandin®, Gluconorm®);
Nateglinida (Starlix®)
CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas ocorrem mais frequentemente nos pacientes que
fazem uso dos fármacos de primeira geração do que nos que usam os
de segunda geração. Podem causar reações hipoglicêmicas, entre as
quais o coma, principalmente nos indivíduos idosos com
comprometimento da função hepática ou renal, usando sulfonilureias
de ação prolongada.
Outros efeitos colaterais são as náuseas e vômitos, icterícia
colestásica, agranulocitose, anemias aplásica e hemolítica, reações
de hipersensibilidade generalizada e exantemas. Pacientes que fazem
uso do fármaco e ingerem álcool podem ter rubor, semelhante ao do
efeito dissulfiram. As sulfonilureias podem induzir a hiponatremia pela
potencialização dos efeitos da vasopressina no duto coletor renal
CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS
TEMPO DE MEIA-VIDA: Aproximadamente 2 horas.
LIGAÇÃO PROTEICA: Praticamente não há ligação protéica.
REAÇÕES ADVERSAS
Pode ocorrer diarreia, desconforto abdominal (cólicas), indigestão,
náuseas, gosto metálico e anorexia, efeitos minimizados pelo
aumento paulatino da dose e tomando o fármaco com alimentos.
Altas doses pode levar a acidose lática (mais na insuficiência renal).
1.3. INIBIDORES DA ALFA-GLICOSIDASE
Acarbose (Glucobay®/ Aglucose®)
Miglitol (Diastabol®/Plumarol®)
Voglibose
CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS
É parcialmente absorvida, sendo 51% excretados pelas fezes em 96
horas. Por ter ação local (GI) sua baixa disponibilidade é um fator
favorável, e a fração absorvida é praticamente excretada pelos rins. É
metabolizada no interior do trato GI por bactérias e enzimas.
MECANISMO DE AÇÃO: Estes fármacos atuam inibindo a enzima
alfa-glicosidase intestinal, presentes nos enterócitos, retardando a
hidrólise de carboidratos (amido, dextrina e dissacarídeos),
atenuando a hiperglicemia pós-prandial sem causar hipoglicemia. A
acarbose e o miglitol ainda inibem competitivamente a glicoamilase e
a sacarase, tendo, no entanto, poucos efeitos sobre a alfa-amilase
pancreática.
REAÇÕES ADVERSAS
É importante ressaltar que esse grupo de fármacos não causa
hipoglicemia, mas causa má absorção, flatulência, diarreia e
distensão abdominal proporcional à dose.
1.4. TIAZOLIDINEDIONAS (GLITAZONAS)
Rosiglitazona (Avandia®)
Pioglitazona (Actos®)
CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS
ABSORÇÃO: Ambas são absorvidas rapidamente, em quase sua
totalidade (poucas perdas).
PICO PLASMÁTICO: Menor que 2 horas.
REAÇÕES ADVERSAS
Raramente associadas à hepatotoxicidade, devendo a função
hepática ser monitorada. Há relatos de que causam anemia, ganho
ponderal, aumento da diposidade corporal, edema e expansão do
volume plasmático, sendo o edema mais provável quando em uso
associado com insulina, pode haver retenção de líquidos. Um dos
problemas mais preocupantes é a incidência aumentada de
Insuficiência Cardíaca Congestiva. Recomendação do FDA: utilizar
quando o diabetes não foi adequadamente controlado com outros
medicamentos.
MECANISMO DE AÇÃO
Existem dois hormônios o peptídio inibitório gástrico (GIP) e o
peptídio-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) que são liberados nos
intestinos delgado e grosso, aumentando a secreção de insulina
dependente de glicose. Estes hormônios são denominados incretinas.
O GLP-1 aumenta significativamente a secreção de insulina
dependente de glicose, diminuem a secreção de glucagon, alentecem
o esvaziamento gástrico e diminuem o apetite. Assim, ela reduz os
Reações adversas
São bem tolerados, geram menos náuseas que os incretinomiméticos.
MECANISMO DE AÇÃO
É um análogo sintético do GLP-1, resistente ao DPP-IV, que degrada
rapidamente o GLP-1 fisiológico, e possui atividade agonista plena nos
receptores GLP-1, que ativados, aumentam significativamente a
secreção de insulina dependente de glicose, diminuem a secreção de
glucagon, alentecem o esvaziamento gástrico e diminuem o apetite.
Reações adversas
Os efeitos colaterais são as náuseas autolimitadas, pode ocorrer
hipoglicemia quando associados com secretagogos de insulina por via
oral.
Características farmacocinéticas
São administrados via oral, sendo rapidamente absorvidos e atingindo
pico plasmático de 1 a 2 horas após a administração, o tempo de
meia vida varia de 10 a 13 horas. São metabolizados no fígado, sendo
inativados.
MECANISMO DE AÇÃO
Os inibidores da SGLT-2, como o próprio nome diz, são inibidores
específicos dos transportadores de Na + e glicose de alta capacidade
presentes no TCP. Com esta inibição, diminui-se a taxa de reabsorção
de glicose, induzindo a glicosúria e a redução da glicemia.
Reações adversas
Em estudos clínicos foram identificados que de 3-5% dos pacientes no
tratamento inicial apresentaram poliúria e aumento da sede, sendo
estes sinais de desidratação. Dois terços dos pacientes tiveram
sintomas como tontura postural, e a maior parte relatou hipotensão
postural, tendo a maioria se recuperado sem intercorrências, muito
provavelmente pela correção do volume de sangue e fluidos
corporais. Todos esses sintomas foram mais comuns em pacientes
idosos, que estavam fazendo uso de anti-hipertensivos e/ou
diuréticos. Raros casos de hipercalemia foram reportados,
principalmente em pacientes com insuficiência renal, e todos os
pacientes que tiveram este aumento de K +, estavam fazendo uso de
diuréticos poupadores de potássio, IECA ou BRA, nenhuma
consequência séria da hipercalemia foi registrada. Os inibidores da
SGLT-2 aumentam a incidência de infecções do trato urinário baixo e
infecções genitais. Um estudo apontou que há uma pequena, porém
imporante diminuição sustentada por 104 semanas da pressão
sisstólica e diastólica com uma pequena elevação do LDL.
Iodo radiativo:
Há lesão da glândula com radiação ionizante por meio da
administração de isótopos radioativos, o de maior uso PE o I131, ele é
captado rapidamente pela glândula, incorporado às tirosinas e
depositado nos colóides e, então, liberados lentamente. Esses
isótopos emitem:
Partículas β: tem origem no interior dos folículos e atuam
principalmente sobre as células parenquimatosas da tireóide, sem
quase ação sobre o tecido circundante. Há piquinose enecrose das
células foliculares, seguidas do desaparecimento do colóide e fibrose
da glândula.
Raios gama: atravessa o tecido e pode ser quantificada por detecção
externa.
Iodeto:
Age com concentrações elevadas do próprio iodo, o chamado efeito
Wolff-Chaikoff. Há uma elevação rápida do iodeto, causando uma
concentração extracelular maior que a intracelular, bloqueando a
liberação dos hormônios tireoidianos. Isto é particularmente
importante na tireotoxicose, uma vez que seu efeito se dáde maneira
rápida, 24 horas, e eficaz.