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Interações Medicamentosas

INTRODUÇÃO

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA é a associação de dois ou mais


fármacos que podem produzir efeitos não esperados. Esses efeitos podem
ser positivos ou negativos, ou seja, alteração dos efeitos de uma droga por
uma administração anterior ou simultânea de uma outra droga (interações
droga-droga) ou por alimentos.

Existem interações desejáveis ou benéficas e aquelas que podem


causar reações adversas graves e diminuição da eficácia do medicamento.
A importância da Medicina Veterinária se dar quando ainda se consideram
as diferenças anatomofisiológicas entre as diversas espécies animais, e
conhecer a segurança e a eficácia do uso de medicamentos é
imprescindível para a prática clínica. O medico veterinário de estar ciente
de que, quando não for possível obter informações na literatura sobreo
efeito de uma interação medicamentosa, em determinada espécie animal.

MECANISMOS GERAIS DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

SINERGISMO: é um tipo de resposta farmacológica obtida a partir da


associação de dois ou mais medicamentos, cuja resultante é maior do que
simples soma dos efeitos isolados de cada um deles.

• Sinergismo por adição → o efeito combinado de dois medicamentos


é igual à soma dos efeitos isolados de cada um deles. Exemplo:
Medicamento Drontal: controle de endoparasitos que acometem
cães. Possui 3 princípios ativos diferentes (praziquantel, pamoato de
pirantel, febantel) e cada componente atua de forma isolada em seu
respectivo verme dentro do organismo do cão. Uma ação não
atrapalha a outra.

• Sinergismo por potenciação → o efeito combinado de dois


medicamentos é maior do que a soma dos efeitos isolados; os
medicamentos não utilizam o mesmo mecanismo de ação, a
potencialização ocorre por interferência na absorção,
biotransformação ou eliminação. Exemplo:
Medicamento Trissulfin: antimicrobiano injetável. Composto por 2
princípios ativos (sulfadimetoxina e trimetoprin) que trabalham juntos,
uma droga potencializa o efeito da outra.

» Sulfadimetoxina → antibacteriano que interfere na síntese de DNA da


bactéria.
» Trimetoprin → potencializa o efeito da sulfadimetoxina.

Antagonismo: interação de dois medicamentos que pode levar, também, à


diminuição ou anulação completa dos efeitos de um deles.

• Antagonismo farmacológico competitivo: há competição pelo mesmo


receptor → impede ou dificulta a formação do complexo agonista-receptor.

• Antagonista farmacológico não competitivo:

O aumento do agonista não desfaz o bloqueio do antagonista. O


antagonista impede em algum ponto a cascata de eventos
farmacológicos.

• Antagonismo farmacológico parcial reversível: dois medicamentos são


agonistas, porém, com capacidades diferentes de desencadear efeitos
farmacológicos, o agonista menos eficaz atua como antagonista.

• Antagonismo farmacológico irreversível: o antagonista se dissocia


lentamente ou não dos receptores, mesmo aumentando a concentração do
agonista, ele não chega ao efeito máximo.
Exemplo:
Medicamentos Trissulfin e Zelotril: duas drogas diferentes com
mecanismos de ação semelhantes. Ao administrar o Trissulfin, a
sulfadimetoxina vai se ligar nos receptores da bactéria. Administrando o
Zelotril, a enrofloxacina irá competir pelos mesmos receptores da
sulfadimetoxina. Desta forma, o efeito de um fármaco anula o do outro.

• Antagonismo não farmacológico não há o envolvimento direto do


antagonista com um receptor, pode ser classificado em: farmacológico,
fisiológico e químico.

- Antagonismo farmacocinético é uma substância química que reduz

efetivamente a concentração plasmática de outra administrada a um animal.

- Antagonismo fisiológico ocorre quando os dois agonistas interagem em

sistemas de receptores independentes, porém produzindo efeitos opostos que

se anulam.

- Antagonismo químico as duas substâncias não reagem com os receptores

do organismo, mas sim reagem quimicamente, em solução, entre si se

antagonizando, ou seja inativam o agonista antes de ele ter a oportunidade de

atuar (por exemplo, através de neutralização química).


https://anestesiologia.paginas.ufsc.br/files/2015/02/Farmacodinamica-texto.pdf

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/191146/Webpalestra_Intera
%C3%A7%C3%A3oMedicamentosa.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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