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Universidade Federal do Acre

Centro de Ciências Biológicas e da Natureza


Bacharelado em Medicina Veterinária

ESTUDO DIRIGIDO – Receptores celulares da


imunidade inata

Disciplina: Imunologia Veterinária

Discentes: Gustavo Henrique P. A dos


Santos
Rio Branco - Acre
2021
Principais receptores celulares da imunidade inata.

Diversos agentes microbianos patógenos entram no organismo de um indivíduo,


produzindo estruturas moleculares que são associadas com esses agentes de diferentes
tipos de microrganismo, chamado PAMPS, sendo assim o sistema imune inato é
responsável por reconhecer essas estruturas, como por exemplo: ácidos nucleicos
exclusivos ou mais abundantes em microrganismo do que em células do hospedeiro.
O sistema imune inato usa vários tipos de receptores celulares, presentes em diferentes
locais nas células, e moléculas solúveis presentes no sangue e nas secreções de mucosas,
para reconhecer PAMPs e DAMPs. Como os receptores do tipo Toll, que são a mais
importante família de PRRs compostas pelos TLRs, sendo uma importante primeira linha
de defesa contra invasores, desempenhando um papel vital na percepção de micróbios.
Os TLRs são receptores transmembrânicos glicoproteico, localizados na membrana
plasmática e membranas endossômicas de DCs,fagócitos, células B, células endoteliais e
muitos outros tipos celulares, reconhecem ácidos nucleicos virais e bacterianos,
peptidoglicanos, lipoproteínas, giclolipídeo, flagelina, RNA, lipopeptídeos. Os
receptores do tipo NOD, são uma família de PRRs que detectam patógenos no citosol,
compartilham estruturas similares de percepção microbiana aos TLRs mas com função e
localização distintas, reconhecendo peptidoglicanos bacterianos e muramil dipeptídeo. O
NOD2 desencadeia produção de proteínas antimicrobianas defensinvas, então localizados
no Citosol de fagócitos, células epiteliais e outras células. Os sensores de DNA
citosólicos, são moléculas que detectam DNA de fita dulpas microbiano no citosol,
ativando vias de sinalização que iniciam respostas antimicrobianas, produção de
interferon do tipo I e autofagia. Podendo distinguir reagir ao DNA microbiano e não ao
DNA do hospedeiro, em que a via STING que é uma proteína adaptadora transmembrana
localizada no retículo endoplasmático, se liga ao cGAMP e ativas a TBK1 quinase,
forforilando a ativando o fator de transcrição IRF3. Os receptores tipo RIG, é uma
família de receptores citosólicos de RNA viral que respondem induzindo a produção de
interferons do tipo I antiviral, reconhecendo RNA de fita dupla e heterocomplexos RNA-
DNA, sendo assim, reconhecem diferentes conjuntos de RNAs virais atípicos de
mamíferos, como o dsRNA longo, recrutando para a membrana mitocondrial externa os
RLRs pela proteína MAVS, iniciando uma sinalização que leva a fosforilação e ativação
de IRF3 e IRF7, estão localizados no Citosol de fagócitos e outras células.
Inflamassomos, pela ativação de receptores similares a NOD na ligação de algum
patógeno, diversas proteínas celulares se ligam e formam grandes complexos de
multiproteicos os quais são denominados inflamossomas, cuja função é gerar formas
ativas de citocinas inflamatórias IL-1β e IL-18, os inflamassomos são compostos de
oligômeros de um sensor, a caspase-1, e de um adaptador que liga ambos, a inflamação
mediada por IL-1β e IL-18 ocorre quando há PAMPs ou DAMPs no citosol, indicando
infecção ou lesão celular. Receptores de Lectina, são proteínas que se ligam a
carboidratos, possuindo o nome de tipo C por precisar de Ca²+ para ligação, onde mais
de mil lectinas tipo C já foram identificadas em animais, encontradas em diversos tipos
celulares, possui diversas funções. Alguns PRRs de superfície celular, como o recptor de
manose, Dectina e Langerina, são responsáveis por reconhecer carboidratos em bactérias,
fungos e alguns vírus. Possui um importante papel da defesa fúngica, destruindo o
intracelular dos fungos, estão localizados nas membranas plasmáticas de fagócitos e em
células sentinelas. Receptores Scavenger, é uma coleção estrutural e funcional
diversificada de proteínas de superfície celular, agrupadas com a características de mediar
a captação de lipoproteínas oxidadas para dentro das células, alguns receptores como o
SR-A e o CD36, são expressos em macrófagos e medeiam a fagocitose de microrganismo,
além de atuar como correceptor no reconhecimento TLR2/6, de lipopeptídeos diacilados
e ácido lipoteicoico de bactérias. Várias estruturas moleculares se ligam a receptores
scavenger como, LPS, ácido lipoteicoico, ácidos nucleicos, β-glucana e proteínas, estão
localizados nas membranas plasmáticas de fagócitos (CD36). Receptores Formil-
Peptídeo, tem a função de reconhecer peptídeos bacterianos contendo resíduos de N-
formilmentionil e estimular o movimento direcionado das células. Pelas características
proteicas dos mamíferos o FPR1, permite que os fagócitos detectem e respondam
preferencialmente as proteínas bacterianas. Os ligantes peptídicos bacterianos que se
ligam a esses receptores são agentes quimiotáticos, que incluem vários tipos de moléculas
difusíveis, normalmente produzidas em sítios de infecções, se ligando a receptores
específicos nas células e direcionam seu movimento rumo à fonte do agente quimiotático.
Localizados na Membranas plasmáticas de fagócitos. Pentraxinas, localizadas no
plasma, é uma glicoproteína de fase aguda que exerce funções essenciais na imunidade
inata, controle de inflamação, deposição de matriz e na fertilidade femininas. PTX3 liga-
se, com grande afinidade e especificidade, aos Fatores de Crescimento de Fibroblasto do
tipo 2 e 8, inibindo a proliferação celular e angiogênese. As pentraxinas são caracterizadas
pela dependência de cálcio para ligação e uma estrutura chama de "flattened β-jellyroll",
executa diversas funções associadas com a defesa do hospedeiro como promoção de
aglutinação, inchaço da capsula bacteriana e fagocitose, além de ativar a via clássica do
complemento através da sua ligação dependente de cálcio à fosfocolina. Colectinas e
Ficolinas, localizadas no plasma alvéolos e plasma respectivamente, as colectinas são
uma família de proteínas triméricas ou hexaméricas, que atuam como moléculas efetores
solúveis no sistema imune inato, lectina ligante de manose (MBL) e as protreínas
surfactantes pulmonares SP-A e SP-D. A MBL, um receptor solúvel de reconhecimento
de padrão que se liga a carboidratos contendo manose e fucose terminais e também atua
como opsonina ligando-se e intensificando a fagocitose de microrganismos. O receptor
C1q, medeia a internalização de microrganismos opsonizados pelo MBL. As ficolinas são
proteínas plasmáticas estruturalmente similares às colectinas. Elas possuem um domínio
do tipo colágeno, mas, em vez de um domínio lectina tipo C, contêm um domínio de
reconhecimento de carboidrato do tipo fibrinogênio. Essas também (ficolinas) se ligam a
várias espécies de bactérias, opsonizando-as e ativando o complemento de modo similar
ao observado com a MBL. Os ligantes moleculares das ficolinas incluem a N-
acetilglicosamina e o componente ácido lipoteicoico das paredes celulares de bactérias
Gram-positivas. Agora que discutimos as propriedades gerais e diversos componentes do
sistema.

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