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AÇÃO DA IMUNIDADE INATA EM QUADROS

INFLAMATÓRIOS
Disciplina: Microbiologia / Imunologia / Parasitologia
Prof. Ms. Alexandre Daré de Almeida

LUIZ FERNANDO TURRA MARTINS


ENFERMAGEM – 1° SEMESTRE
BAURU/SP- 2022
1.INTRODUÇÃO
A imunidade inata atua em conjunto com a imunidade adaptativa e caracteriza-se pela
rápida resposta à agressão, independentemente de estímulo prévio, sendo a primeira
linha de defesa do organismo. Seus mecanismos compreendem barreiras físicas,
químicas e biológicas, componentes celulares e moléculas solúveis. O sistema
imunológico O
sistema imunológico inato envolve a participação
de componentes estruturais, moleculares e celulares E é
constituído por uma rede de órgãos, células e moléculas, e tem por finalidade manter a
homeostase do organismo, combatendo as agressões em geral.
reconhecimento molecular dos agentes agressores; ativação de vias bioquímicas
intracelulares que resultam em modificações vasculares e teciduais; produção de uma
miríade de mediadores com efeitos locais e sistêmicos no âmbito da ativação e
proliferação celulares, síntese de novos produtos envolvidos na quimioatração e
migração de células especializadas na destruição e remoção do agente agressor, e
finalmente a recuperação tecidual com o restabelecimento funcional do tecido ou
órgão.

2. DESENVOLVIMENTO
ETAPAS DE AÇÃO DA IMUNIDADE INATA:
homeostase do organismo, combatendo as agressões em geral.
reconhecimento molecular dos agentes agressores; ativação de vias bioquímicas
intracelulares que resultam em modificações vasculares e teciduais; produção de uma
miríade de mediadores com efeitos locais e sistêmicos no âmbito da ativação e
proliferação celulares, síntese de novos produtos envolvidos na quimioatração e
migração de células especializadas na destruição e remoção do agente agressor, e
finalmente a recuperação tecidual com o restabelecimento funcional do tecido ou
órgão.

Barreiras naturais
O organismo possui barreiras naturais que são inespecíficas, como a
da pele (queratina, lipídios e ácidos graxos), a saliva, o ácido
clorídrico do estômago, o pH da vagina, a cera do ouvido externo,
muco presente nas mucosas e no trato respiratório, cílios do epitélio
respiratório, peristaltismo, flora normal, entre outros.
A importância das barreiras naturais no combate às infecções
extracelulares é bem reconhecida. A integridade da pele e das
mucosas impede a aderência e a penetração de bactérias; o
movimento mucociliar elimina bactérias do trato respiratório; o pH
ácido do estômago destrói bactérias que penetram pelo trato digestivo
alto; e na saliva e secreções prostáticas existem substâncias com
atividade antimicrobiana.

Quando essas barreiras são vencidas pelo patógeno, outros


mecanismos estarão envolvidos na destruição ou
neutralização dessa ameaça.

Inflamação
As células danificadas no local da lesão podem liberar uma série de
substâncias que provocam a abertura dos canais iônicos nas
membranas dos nociceptores, que sinalizam quando o tecido corporal
está sendo lesado. Há liberação das proteases (enzimas que degradam
proteínas), ATP e íons K+. As proteases podem clivar um peptídeo
extracelular abundante, chamado cininogênio, formando o peptídeo
bradicinina. A bradicinina liga-se a uma molécula receptora
específica, que aumenta a condutância iônica de alguns nociceptores.
De maneira similar, o ATP causa a despolarização dos nociceptores
por meio da ligação direta a canais iônicos que dependem do ATP
para sua ativação. E o aumento da [K+] extracelular despolariza
diretamente as membranas neuronais. Também participam da
sensibilização as prostaglandinas (aumentam muito a sensibilidade
dos nociceptores a outros estímulos) e a substância P (sensibiliza
áreas ao redor da lesão). Os neutrófilos que são acionados na resposta
inflamatória são os leucócitos mais abundantes no sangue periférico,
com importante papel nas fases precoces das reações inflamatórias e
sensíveis a agentes quimiotáxicos como produtos de clivagem de
frações do complemento (C3a e C5a) e substâncias liberadas por
mastócitos e basófilos. Estão entre as primeiras células a migrarem
dos vasos para os tecidos atraídos por quimiocinas, como a IL-8, e
são ativados por diversos estímulos, como produtos bacterianos,
proteínas do complemento (C5a), imunocomplexos (IC), quimiocinas
e citocinas. A capacidade fagocitária dos neutrófilos é estimulada
pela ligação de seus receptores para opsoninas, Fc de IgG, C3b, e
TLRs. Essas células também sofrem degranulação, liberando três
classes de grânulos no meio extracelular: Grânulos primários ou
azurófilos, que contêm mediadores importantes como
mieloperoxidase, defensinas, elastase neutrofílica, proteína de
aumento da permeabilidade bacteriana e catepsina G; grânulos
secundários, que apresentam componentes secretados
especificamente por neutrófilos, sendo a lactoferrina o principal
exemplo; grânulos terciários, cujas principais proteínas são as
catepsinas e gelatinases.

Defensinas

Defensinas
As defensinas pode ser alfa e beta, separadas assim devido à
localização de pontes dissulfeto. As defensinas são produzidas pelas
células epiteliais das superfícies mucosas e pelos leucócitos contendo
grânulos, incluindo neutrófilos, células natural killer e linfócitos T
citotóxicos. O grupo de moléculas defensinas produzidas difere entre
os diferentes tipos celulares. As ações protetoras abrangem a
toxicidade direcionada aos microrganismos, incluindo bactérias,
fungos e vírus em envelope, e a ativação de células envolvidas na
resposta inflamatória aos microrganismos. As defensinas matam os
microrganismos por uma variedade de mecanismos, muitos dos quais
dependem de suas habilidades em se inserir e romper funções das
membranas microbianas.

Componentes celulares do sistema imune


inato
A imunidade inata não necessita de exposição anterior ao agente para
ser eficaz. Assim, responde imediatamente a um invasor. Reconhece
principalmente moléculas que estão difusamente distribuídas em vez
daquelas específicas de um organismo ou célula.

As células fagocíticas (neutrófilos no sangue e tecidos, monócitos no


sangue e macrófagos nos tecidos) ingerem e destroem os agentes
invasores. O ataque das células fagocíticas pode ser facilitado quando
os antígenos são recobertos proteínas complementares que
opsonizam antígenos.

As células NK destroem células infectadas por vírus e algumas


células tumorais. Os leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos,
basófilos e mastócitos) e as células mononucleares (monócitos,
macrófagos e mastócitos) liberam mediadores inflamatórios.

É importante lembrar que os componentes da imunidade inata e da


imunidade adaptativa se complementam. Funcionando em conjunto,
não separadamente.

3.Conclusão
A imunidade inata é a resposta inicial aos microrganismos que
previne, controla ou elimina a infecção do hospedeiro por muitos
patógenos. Deficiências, inibição ou eliminação de quaisquer dos
mecanismos da imunidade inata aumentam a suscetibilidade a
infecções, mesmo quando o sistema imune adaptativo está intacto.
Apesar de muitos microrganismos patogênicos terem estratégias para
resistir à imunidade inata, ela ainda é capaz de manter a infecção sob
controle até que as respostas imunes adaptativas mais especializadas
sejam ativadas.

A imunidade inata estimula as respostas imunes adaptativas e pode


influenciar a natureza das respostas adaptativas para torná-las
otimamente efetivas contra diferentes tipos de microrganismos.
Assim, a imunidade inata não atua somente em funções defensivas
logo após a infecção, mas também fornece sinais que alertam o
sistema imune adaptativo para responder.

É necessário que o médico seja capaz de diagnosticar deficiências no


sistema imune do paciente, tanto em quesitos de funcionamento
aquém do esperado quanto processos exacerbados. E é de suma
importância que se reconheça a natureza de infecção através dos
componentes celulares elucidados no hemograma do paciente.

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