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Lesão Tecidual
A lesão tecidual pode ocorrer por efeito direto ou indireto do patógeno:
Direto:
Liberação de exotoxinas.
Endotoxinas.
Efeito citopático direto induzido pela maioria das infecções virais.
Indireto:
Fagocitose:
A principal célula responsável pela fagocitose na resposta inflamatória é o Macrófago.
Gustavo Brazão - 2021.2
Para Vírus:
IFN tipo 1:
Ao penetrar nas células, os vírus as induzem a sintetizarem interferona do tipo 1 (IFN-α e IFN-
β).
As interferonas de tipo 1 são inibidores diretos da replicação viral e por ação parácrina
impedem a infecção de células adjacentes. Essas citocinas também induzem o aumento da
expressão de moléculas do MHC-I necessárias para apresentação de peptídeos virais aos
linfócitos T citotóxicos.
Gustavo Brazão - 2021.2
Células NK:
Outro mecanismo importante da imunidade inata é desencadeado por células NK que têm
função citotóxica reconhecendo as células infectadas independente de especificidade antigênica,
em geral pela baixa expressão de MHC induzida pelo patógeno. Esses mecanismos, se não
eliminam totalmente, são eficientes em controlar a infecção.
Para Fungos:
De maneira geral a resposta inata já é suficiente para combater infecções fúngicas, sendo essas
doenças oportunistas com maior presença em indivíduos com imunodeficiências, sejam elas
primárias ou adquiridas (p. ex.: AIDS).
Barreiras Físicas:
Todas as barreiras naturais dos indivíduos são importantes para bloquear a invasão fúngica
(pele, mucosas ciliadas, etc...).
Fagocitose:
Fagocitose é um dos mecanismos da imunidade inata mais importantes para conter esse tipo de
infecção. Em sua superfície, os fungos apresentam diferentes estruturas como lipídios,
polissacarídeos e glicoproteínas que podem se ligar aos fagócitos (via TLR, por exemplo) e
serem internalizados e destruídos pelo processo de fagocitose.
Sistema Complemento:
As proteínas do complemento também atuam de modo importante na eliminação do patógeno.
Moléculas de manana presentes na superfície dos fungos são substratos importantes para a
ligação de C3, ativando o complemento pela via alternativa.
Neutralização: toxinas bacterianas são neutralizadas pela ligação com o seu anticorpo
específico, impedindo sua ligação com a célula-alvo. Os anticorpos também
neutralizam o efeito patogênico de uma bactéria por inibir seu metabolismo e impedir
sua proliferação.
Ativação das proteínas do sistema complemento pela via clássica: imunoglobulinas
da classe IgM ou IgG, ao se ligarem no patógeno, modificam a conformação de sua
cadeia pesada expondo um local na porção Fc que torna possível a ligação de moléculas
C1q do complemento. A partir dessa ligação, toda a cascata é ativada, culminando na
formação do MAC, promovendo a lise do patógeno e no estímulo a inflamação por C3a,
C4a e C5a.
Opsonização e potencialização da fagocitose: as imunoglobulinas da classe IgG são
capazes de se ligar ao patógeno via porção Fab, revestindo-o, processo conhecido como
opsonização. Essa ligação do anticorpo ao patógeno expõe a região Fc do anticorpo.
Células como neutrófilos, monócitos, macrófagos e células dendríticas aderem ao
patógeno por esse mecanismo, iniciando o processo de fagocitose.
Gustavo Brazão - 2021.2
Linfócitos T-CD4+: As células Th1 liberam IFN-y e TNF-α, citocinas bastante importantes no
controle à infecção por meio da ativação inflamatória local e indução dos mecanismos
microbicidas de macrófagos infectados.
Linfócitos T-CD8+: Ac células APC apresentam peptídeos aos linfócitos T CD8+ por meio do
MHC-I ativando-os em T citotóxicos que migram para o local da infecção e agem de 2 formas:
1. Produz e secreta IFN-y: ativa os mecanismos microbicidas de macrófagos infectados.
2. Se ligam aos macrófagos infectados: induzem apoptose (perforinas e granzimas.
Gustavo Brazão - 2021.2
Para Vírus:
Para Fungos:
4. MECANISMOS DE EVASÃO
À medida que a complexidade do patógeno aumenta, aumenta também sua capacidade de
sobrevivência no ambiente hostil que por vezes o organismo do hospedeiro pode se revelar.
Portanto, os patógenos mais virulentos são mais bem adaptados e podem exibir melhor
estratégia de evasão da resposta imune, enquanto microrganismos avirulentos podem se mostrar
mais suscetíveis à ação do sistema imune.
Bactérias Extracelulares:
Algumas bactérias desenvolveram mecanismos específicos e têm um conjunto de genes que
contribuem para o estabelecimento de uma infecção crônica.
Cápsula: é capaz de inibir a ação de vários mecanismos do sistema imune inato, como a
fagocitose.
Moléculas de superfície: têm potencial para:
Gustavo Brazão - 2021.2
Bactérias Intracelulares:
Tendo como exemplo a M. tuberculosis, temos que essa bactéria desenvolveu mecanismos de
escape perante a resposta imune do hospedeiro, como:
Vírus:
Os vírus têm glicoproteínas de superfície que são reconhecidas pelos anticorpos e a variação
desses antígenos é uma das principais estratégias virais para evadir a resposta imune do
hospedeiro. A variação antigênica é gerada por mutações pontuais e rearranjos no genoma do
RNA, produzindo estados de deriva antigênica e desvio antigênico.
Deriva Antigênica: Mutações alteram epítopos antigênicos, gerando pequenas mudanças no
vírus e podendo diminuir a resposta imune.
Desvio Antigênico: Grandes mudanças nos antígenos (decorrente de recombinação com vírus
animal) produzindo vírus muito diferentes.
Outros mecanismos são:
Produção de proteínas homólogas a proteínas reguladoras que bloqueiam/inibem a ação do
sistema complemento.
Inibição da ação das células NK -> induzir a expressão de receptores inibitórios nas células
infectadas.
Produção de Moléculas Imunossupressoras como a citocina IL-10.
Vários vírus atuam em alguma das diversas etapas da cascata de expressão do MHC-I,
impedindo a ativação de Linfócitos T-CD8+.
Gustavo Brazão - 2021.2
Fungos:
Helmintos:
Protozoários: