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Introdução ............................................................................................................................. 4
L-Glicina............................................................................................................................... 22
L-Glutamina ......................................................................................................................... 23
N-acetil-L-Cisteína.............................................................................................................. 27
Vitamina D3 .......................................................................................................................... 29
Referências ......................................................................................................................... 36
2
Índice de Figuras
Figura 1 - Distribuição de células no intestino delgado. ........................... 7
Figura 2 - Vitamina C e o sistema imunológico. ....................................... 9
Figura 3 - Relação estrutura-atividade β ‐ glucano. ............................... 10
Figura 4 - Internalização de β‐glucanos através das células M. ............ 12
Figura 5 - Apresentação dos Beta-glucans ao sistema PRRs. .............. 13
Figura 6 - Resumo dos efeitos já aceitos a, b ou postulados do consumo de
β-glucanos ........................................................................................................ 14
Figura 7 – Resposta da produção dos três principais SCFA após o
consumo de Fibregum por 3 semanas. ........................................................... 17
Figura 8 - Promoção da regulação imune pela microbiota durante estado
estacionário e inflamação ................................................................................. 18
Figura 9 - Estrutura básica dos nucleotídeos......................................... 19
Figura 10 – Representação da Glicina como um neurotransmissor
inibitório e um inibidor da ativação das células imunes. ................................... 23
Figura 11 - O fluxo metabólico entre tecidos da glutamina a partir do
músculo esquelético, fígado e intestino. ........................................................... 25
Figura 12 – Fotos de microscopia que demonstram o que tratamento com
NAC protege a função da barreira intestinal sob desafio com LPS .................. 28
Figura 13 – Representação da transcrição dos genes alvo (endócrinos)
pela ligação do 1,25(OH)2D3 as células intestinais ligada ao VDR. ................ 31
Figura 14 - Modelo de trabalho do VDR intestinal na regulação da
atividade da autofagia, função das células de Paneth e homeostase microbiana.
......................................................................................................................... 32
Figura 15 – Representação da imunidade inata e adaptativa durante a
deficiência de zinco .......................................................................................... 34
Índice de Tabelas
Tabela 1 -Dados sobre a produção de IL-6, IL-8 e IL-4 por biópsias
duodenais humanas em cultura, conforme medidas em meios de cultura ....... 26
3
Introdução
O sistema imune participa de maneira essencial da manutenção da
homeostase do organismo, e o faz por meio de interações celulares e
moleculares cada vez mais reconhecidas como complexas, envolvendo um
número cada vez maior de elementos identificados. É essencialmente composta
por componentes inatos e adaptativos (KLIMOV, 2019).
4
O sistema imune desempenha um papel vital para manter o corpo
saudável, fornecendo um bom equilíbrio entre a eliminação de patógenos
invasores e a manutenção da tolerância ao auto-tecido saudável. Os tecidos
linfoides associados à mucosa constituem o maior órgão imune do corpo,
atuando em várias interfaces ambiente-hospedeiro, incluindo o trato
gastrointestinal e os sistemas broncopulmonar e geniturinário. O trato
gastrointestinal representa um desafio único para o sistema imunológico.
(SANTAOLALLA; FUKATA; ABREU, 2011). O epitélio intestinal, composto por
uma única camada de células, é crucial para preservar a homeostase intestinal;
atua tanto como uma barreira física, quanto como um centro de coordenação
para defesa imunológica e interferência entre micro-organismos e células
imunológicas. O sistema imune da mucosa intestinal deve ser capaz de
discriminar patógenos que exijam uma resposta imune protetora da flora
bacteriana normal ou de antígenos alimentares, onde é necessário desenvolver
e manter um estado de não resposta (ALLAIRE et al., 2018; SANTAOLALLA;
FUKATA; ABREU, 2011; WERSHIL; FURUTA, 2008).
5
intestinal. O GALT (gut-associated lymphoid tissue), que se refere ao tecido linfoide
associado ao intestino, apresenta aspectos celulares e moleculares que o
diferenciam do sistema imunológico sistêmico (KLIMOV, 2019; WERSHIL;
FURUTA, 2008).
6
Vários tipos celulares diferenciados são encontrados no epitélio intestinal
e cada um deles desempenha funções únicas e especializadas (Fig.1). Esses
tipos de células incluem: enterócitos, o tipo de célula mais proeminente do
epitélio intestinal, responsável pela absorção de nutrientes e água, várias células
secretoras, como caliciformes, que secretam mucinas, células
enteroendócrinas que secretam hormônios e células Paneth que liberam
fatores antimicrobianos para proteger as células-tronco, próximas na base das
criptas do intestino delgado. Finalmente, existem as células tufos, células
quimossensoriais que desempenham um papel fundamental na defesa contra
helmintos, e as células M que são essenciais para a captação e eventual
apresentação de antígenos luminais ao sistema imunológico. Em geral, a maioria
dos tipos de células localizadas no cólon também é encontrada no intestino
delgado; incluem os enterócitos (também chamados de colonócitos no cólon),
células enteroendócrinas, células caliciformes e células de tufo. No entanto,
alguns tipos de células são exclusivos do intestino delgado, como as células de
Paneth, que se intercalam com células-tronco na parte inferior das criptas e
células M sobrepostas aos adesivos de Peyer, que por sua vez é constituído
7
por um grande número de células B, células T, macrófagos e células dendríticas
(ALLAIRE et al., 2018; DELGOBO et al., 2019; SODERHOLM; PEDICORD,
2019).
Ácido ascórbico
O ácido ascórbico, comumente conhecido como vitamina C, é um
micronutriente hidrossolúvel, essencial para seres humanos e não é produzido
em nosso organismo. Ele é responsável por uma potente ação antioxidante e é
um cofator para uma família de enzimas biossintéticas e reguladoras de genes
(CARR; MAGGINI, 2017).
8
fagocitose, promove a renovação dos agentes oxidantes e a morte microbiana
(Fig. 2). Existem três subconjuntos principais de linfócitos: células T, células B e
células NK. A suplementação de vitamina C pode melhorar as respostas imunes
mediadas por diferentes subconjuntos de linfócitos, como atividades
antimicrobianas e de células NK, proliferação linfocitária e resposta de
hipersensibilidade do tipo retardada (JAFARI et al., 2019).
9
componentes da dieta, como os β-glucanos, podem ajudar na defesa do
hospedeiro contra patógenos, modulando a atividade inflamatória e
antimicrobiana de neutrófilos e macrófagos (CASTRO; CALDER; ROCHE,
2020).
10
cerevisiae foi o início dos estudos de que os β-glucanos, derivados de leveduras,
se comportam como imunomoduladores. Inicialmente foi observado que eles
modulam a resposta imune inata e que esse reconhecimento desempenha
papéis importantes na defesa do hospedeiro com uma oportunidade específica
para modulação clínica da resposta imune (EL KHOURY et al., 2012;
GOODRIDGE; WOLF; UNDERHILL, 2009).
11
Figura 4 - Internalização de β‐glucanos através das células M.
12
principalmente em macrófagos, seguida por granulócitos, mas ausente nas
células NK (CASTRO; CALDER; ROCHE, 2020; GOODRIDGE et al., 2011).
13
ativação do sistema imunológico e redução dos processos inflamatórios no
intestino. (ATANASOV, A, SCHLÖRMANN, U, W, TRAUTVETTER, GLEI, 2020)
14
de IgE, os pacientes relataram aumento da saúde física e bem-estar. Esses
dados foram obtidos durante a temporada de alergia a ambrósia. O mesmo foi
observado por Fuller quando avaliou a frequência e a gravidade dos sintomas de
infecção do trato respiratório superior (ITRI) por 90 dias, durante o pico da
temporada de ITRI em estudantes universitários saudáveis (FULLER et al.,
2012).
15
patógenos fortalecem o sistema imunológico (SLAVIN, 2013; TERPEND et al.,
2013).
16
de acácia foram capazes de modular a concentração de espécies como
Roseburia sp., F. prausnitzii e Bifidobacterium spp., principalmente no nível da
Figura 7–Resposta da produção dos três principais SCFA após o consumo de Fibregum por 3
semanas.
A. Produção dos três principais SCFA (acetato, propionato e butirato) expressos como a diferença entre
a média do controle e a dos períodos de tratamento em cada compartimento do cólon. B. DP médio da
produção de amônio durante o controle e os períodos de tratamento no cólon ascendente (AC),
transversal (TC) e descendente (DC)
Ácidos graxos de cadeia curta (SCFA); AG: Fibregum; FOS: fruto-oligosacarídeos; DP: Desvio padrão
Adaptado de TERPEND et al., 2013
17
O trabalho de Daguet (2016) mostrou que a fibras têm a capacidade de
modular a função da barreira epitelial, induzindo um aumento no TEER (medida
da resistência elétrica transepitelial) das células Caco-2 (adenocarcinoma de
cólon humano). Como a fibra acácia é degradada lentamente ela é capaz de
proporcionar o crescimento microbiano em todo o cólon, com alguns efeitos mais
proeminentes no cólon distal, como o aumento da produção de SCFA, por
consequência aumento da IL-10 pelo linfócito T, diminuição dos níveis de IL-6 e
da atividade de NF-κB / AP-1. (DAGUET et al., 2016; VINOLO et al., 2011).
Figura 8 - Promoção da regulação imune pela microbiota durante estado estacionário e inflamação
18
de neutrófilos. Após a entrada no tecido, os monócitos inflamatórios também
podem responder a ligantes de origem microbiana produzindo mediadores como
o PGE 2, que limitam a ativação de neutrófilos e os danos nos tecidos (BELKAID,
2015).
19
se beneficiar de um suprimento exógeno de NTs. (HESS; GREENBERG, 2012;
XU et al., 2013).
20
sugeriram que os nucleotídeos influenciam o crescimento, proteção e
manutenção intestinal no transplante de intestino delgado. Como suporte
adicional, os ratos mantidos em nutrição parenteral padrão suplementado com
uma mistura de nucleosídeo-nucleotídeo após ressecção intestinal maciça
demonstrou atrofia da mucosa inicial atenuada e renovação celular intestinal
melhorada (IIJIMA et. al., 1996).
21
um suplemento de nucleotídeo em comparação com os grupos de placebo e
controle. Os níveis de cortisol pós-exercício foram significativamente menores
após a suplementação de nucleotídeos em comparação com os grupos placebo
e controle. Portanto, os resultados indicam que a suplementação crônica de
nucleotídeos pode neutralizar a resposta hormonal associada ao estresse
fisiológico, resultando em uma resposta imune aumentada.
L-Glicina
A L-glicina é um aminoácido simples e não essencial, que consiste em
uma única molécula de carbono ligada a um grupo amino e um grupo carboxila
e é sintetizada a partir da serina, treonina, colina e hidroxiprolina (WANG et al.,
2013). Ela é um componente da glutationa tripipeptídica, do ácido glicocólico e
dos ácidos biliares secretados no lúmen do intestino delgado, sendo necessária
na conjugação de ácidos biliares para a digestão da gordura da dieta e na
absorção dos ácidos graxos de cadeia longa (RAZAK et al., 2017; WANG et al.,
2013).
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Figura 10–Representação da Glicina como um neurotransmissor
inibitório e um inibidor da ativação das células imunes.
L-Glutamina
A glutamina é o aminoácido mais abundante e versátil presente no
organismo humano e a sua taxa de consumo pelas células imunológicas é
semelhante ou superior à glicose. É um aminoácido não essencial e
proteogênico, ou seja, aminoácidos que são incorporados às proteínas e
representa 5 a 6% dos aminoácidos ligados. Os pulmões, fígado, cérebro,
músculos esqueléticos e tecido adiposo têm atividade de síntese de glutamina
específica do tecido do órgão. Sua concentração e disponibilidade dependem
do equilíbrio entre sua síntese e/ou liberação e a captação, que é feita
principalmente pela mucosa intestinal, os leucócitos e as células dos túbulos
renais, que apresentam alta atividade da glutaminase e cofatores capazes de
degradar a glutamina(CRUZAT et al., 2018).
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responsável pela hidrólise da glutamina, que a converte novamente em
glutamato e NH4+. Com relação à localização intracelular, a GS é encontrada
principalmente no citosol, enquanto a GLS (em sua forma ativa) é encontrada
principalmente nas mitocôndrias. Esses locais são compatíveis com as funções
das enzimas: o GS produz glutamina para a síntese de proteínas e nucleotídeos
citoplasmáticos, enquanto o GLS catalisa a conversão da glutamina em
glutamato como um passo importante para a entrada do ciclo de Krebs (ciclo do
ácido tricarboxílico -TCA). Portanto as concentrações sanguíneas de glutamina
são dependem das atividades da GS ou GLS (SCHOUSBOE; SONNEWALD,
2016).
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metabólicas e mecanismos que dependem da disponibilidade de glutamina são
afetados, resultando em imunossupressão (KIM, 2011; WANG et al., 2015).
Figura 11 - O fluxo metabólico entre tecidos da glutamina a partir do músculo esquelético, fígado
e intestino.
Abreviações: Glutamina, GLN; glutamato, GLU; aspartato, ASP; arginina, ARG; leucina, LEU; alanina,
ALA; glicose, Gluc; piruvato, Pyr; piruvato desidrogenase; PDC; piruvato carboxilase, PC; malato desidrogenase,
MD; gliceraldeído-3-fosfato, G3-P; lactato, Lac; triacilglicerol, TG; 5-fosfato de ribose, R5P; alanina aminotransferase,
ALT; glutamato desidrogenase, GDH; glutamina sintetase, GS; glutaminase, GLS; óxido nítrico sintase indutível,
iNOS; proteína de choque térmico intracelular, iHSP; fator de choque térmico 1, HSF-1; elementos de choque térmico,
HSEs; sirtuína 1, SIRT1; via biossintética da hexosamina, HBP; amônia, NH 3; glutationa, GSH; GSH oxidado,
GSSG; glutationa S-redutase, GSR; proteína cinase B, Akt; Proteína quinase ativada por AMP, AMPK; complexos mTOR 1
e 2, mTORC1 / 2, cinases reguladas por sinal extracelular, ERK; c-Juncinases N-terminais, JNK; ácido gama-aminobutírico,
GABA.
25
expressão de proteínas de junção estreita (claudin-1, claudin-4, Ttightjunction).
Para mais, as vias de sinalização pró-inflamatória, como o fator nuclear κB (NF-
κB) e os transdutores de sinal e ativadores da via de transcrição (STAT), são
inibidos pela glutamina. A glutamina suprime a apoptose extensa, participando
da síntese da glutationa e regulando a expressão mediada pelo fator de choque
térmico (HSF-1) das proteínas de choque térmico (HSPs). A glutamina diminui o
estresse do retículo endoplasmático (ER) e promove a autofagia, inibindo o
mTOR (mammalian-target of rapamycin), protegendo as células intestinais de
condições estressantes(ACHAMRAH; DECHELOTTE; COEFFIER, 2017; KIM;
KIM, 2017).
(Tabela 1).
26
esquelético ocorre através da captação de glutamato pela corrente sanguínea,
fato que caracteriza parte do ciclo de glutamina-glutamato (CRUZAT et al.,
2018).
N-acetil-L-Cisteína
A L-cistina é um aminoácido não essencial, praticamente insolúvel na
água. Em função de sua insolubilidade, a L-cistina é pouco utilizada na
suplementação, sendo substituída pela sua precursora a N-acetil-L-cisteína
(NAC), sua forma mais biodisponível. A cisteína é um aminoácido sulfurado e
isso lhe confere a capacidade de neutralizar os radicais livres, não essenciais,
de cadeia lateral alifática e solúvel em água. Além disso ela é precursora da
glutationa, está presente na queratina dos cabelos, pele e unhas; entra na
formação do colágeno e atua como antioxidante juntamente com a vitamina E e
o selênio. No organismo, a L-cisteína é sintetizada a partir da homocisteína e da
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serina e depende das vitaminas B6, B12 e do ácido fólico. Na deficiência destas
vitaminas pode ocorrer um acúmulo da homocisteína por deficiência na sua
metabolização. (CHOVERT, 2013; HOU et al., 2013).
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genes relacionados à resposta imune, resposta inflamatória, processo de
redução da oxidação, interação do receptor de citocina-citocina e sinalização
mediada por citocinas, via de sinalização do receptor Toll-like, Jak-STAT via de
sinalização e via de sinalização de TNF. O tratamento com NAC também reduziu
significativamente o estresse oxidativo nas células IPEC-J2 induzidas por LPS e
aliviou a função da barreira intestinal e a cicatrização de feridas (Fig.12)
Vitamina D3
A vitamina D entra no corpo por meio da alimentação (cerca de 20% da
vitamina D3 é assumida com a dieta) ou é sintetizada pela pele (80%) após a
exposição à UVB. A vitamina D3 torna-se biologicamente ativa após a
hidroxilação no fígado pelas enzimas citocromo P450, tornando-se 25(OH)D3 ou
calcidiol. Isso é catalisado predominantemente pelo CYP2R1, mas outras
enzimas (CYP27A1, CYP3A4 e CYP2J2) também podem contribuir. Embora as
informações sobre a expressão e regulação do CYP2R1 no tecido intestinal
humano sejam limitadas, o CYP3A4 é expresso em células epiteliais do cólon
humano e é regulado pela sinalização de vitamina D (DIMITROV; WHITE, 2017;
SASSI; TAMONE; D’AMELIO, 2018).
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Além do rim, o CYP27B1 é expresso por outros tipos de células, incluindo
células imunológicas. Essas células produzem 1,25(OH)2D3 que tem efeitos
autócrinos e/ou parácrinos. A regulação da síntese do CYP27B1 nas células
imunológicas é diferente dos sinais que regulam a produção renal. Sinais
inflamatórios, como LPS e citocinas, induzem a produção de CYP27B1 em
monócitos e macrófagos (CARLBERG, 2019; STOFFELS et al., 2006).
30
Figura 13 – Representação da transcrição dos genes alvo (endócrinos) pela
ligação do 1,25(OH)2D3as células intestinais ligada ao VDR.
31
favorece a diferenciação e função das células T tolerogênicas, em vez de
inflamatórias. A função imune inata comprometida e a imunidade adaptativa
hiperativa, bem como a função defeituosa da barreira intestinal, foram
associadas à doenças intestinais inflamatórias e, coletivamente, estudos até o
momento revelam que a sinalização de vitamina D tem efeitos generalizados na
homeostase intestinal (DIMITROV; WHITE, 2017).
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WHITE, 2017). Verificou-se também que as células de Paneth - células epiteliais
intestinais conhecidas por secretarem peptídeos antimicrobianos - são reguladas
pelo VDR (Fig.14) (SUN, 2016).
Zinco TasteFree
O zinco (Zn) é um micronutriente essencial para atividades celulares
básicas, como crescimento, diferenciação e sobrevivência celular. A deficiência
de Zn deprime as respostas imunes inatas e adaptativas. Ele é o segundo metal
mais abundante no corpo humano, com 2 a 4 gramas distribuídas por todo o
corpo e a sua homeostase é fortemente controlada pela atividade coordenada
dos transportadores e metalotioneínas de Zn, que regulam além do transporte,
a distribuição e o armazenamento. Há evidências crescentes de que o Zn se
comporta como uma molécula de sinalização, facilitando a transdução de uma
variedade de cascatas de sinalização em resposta a estímulos extracelulares
(FUKADA; KAMBE, 2014; HOJYO; FUKADA, 2016).
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importância do zinco para a função dos granulócitos. Os números de células
imunes são, na maioria dos casos, diminuídos durante a deficiência de zinco. A
defesa imunológica imediata contra patógenos ainda é mantida, porque a
fagocitose e o rompimento oxidativo não diminuem em macrófagos e monócitos,
a menos que a deficiência de zinco se torne muito grave. A liberação de citocinas
é particularmente prejudicada, levando a comunicação e regulação intercelular
alteradas. (HASAN; RINK; HAASE, 2016; MAARES; HAASE, 2016).
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Tabela nutricional
GUARDIAN
Tecido Linfoide Associado ao Intestino
Caixas com 30 sachês de 8 gramas
Sugestão de Uso
Adicione um sachê (8g) em aproximadamente 200ml
(1 copo) de água gelada e misture até a total
homogeneização. Beba imediatamente após o preparo.
Tabela Nutricional
Em
Quantidade por porção
Miligramas
Ácido Ascórbico 500mg
Beta Glucanas de Levedura 70% 125mg
Fibregum - Fibra da Acácia 2850mg
Immunell Padronizado 60% de
Nucleotide 150mg
L-Glicina 1490mg
L-Glutamina 1500mg
N-acetilcisteína 300mg
Vitamina D3 1000 UI
Zinco TasteFree 7,5mg
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