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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO

E EMPREENDEDORISMO GWAZA
MUTHINI
Licenciatura em Saúde Pública

Mecanismos de defesa do hospedeiro

Docente: Carlos Macuvele


MECANISMOS DE DEFESA DO HOSPEDEIRO

 Para tentar reduzir, em número, ou neutralizar, os


agentes responsáveis pelas infecções, ou
infestações, o organismo humano lança mão de
mecanismos que caracterizam o que foi
denominado em seu conjunto como resistência.
CLASSIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA
Total, ou absoluta: quando o parasita não dispõe de condições
que permitam sua instalação, seja por eficiência dos
mecanismos protetores do hospedeiro, ou mesmo, por não
existirem condições metabólicas básicas para o
desenvolvimento do parasita.

Relativa, ou parcial: quando a resistência se apresenta


reduzindo, significativamente, o número de formas
parasitárias, porém, permitindo manutenção do parasitismo
CLASSIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA
 Quanto à forma de instalação:
Resistência natural, ou inespecífica, ou, ainda, inata; os
mecanismos de resistência ao parasitismo que se comportam da
mesma forma, independente de contato anterior com o agente
parasitário, não determinando o que é denominado de memória.

Resistência adquirida: se o sistema linfocitário participa dos


eventos defensivos, determinando memória imunológica e
posterior alteração de resposta nos contactos com o parasita em
CLASSIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA

 Do ponto de vista operacional


a) Inespecíficos
b) Específicos
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA INESPECÍFICOS

 A. Tegumento cutâneo

A.1 Barreira mecânica: Impede, ou dificulta a penetração de agentes


parasitários.

A.2 Barreira química: O pH da pele humana é ácido, o que dificulta


a penetração, ou instalação, em sua superfície, de patógenos

A.3 Pêlos: Barreira mecânica que pode reduzir a penetração de


patógenos no organismo, como representado pelas vibrissas (pêlos
na porção anterior das fossas nasais).
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA INESPECÍFICOS

 B. Cavidades revestidas por mucosas


B.1 Barreira Mecânica: pelas características
histológicas do revestimento mucoso, esta condição se
apresenta com pouca eficiência.

B.2 Barreira química: Existe uma grande variedade de


produtos liberados nas cavidades mucosas, entre os
quais, HCl (estômago), enzimas digestiva, e outras
como a lisozima, sais biliares e suco pancreático que
atuam na degradação ou inativação de grande número
de microrganismo.
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA INESPECÍFICOS

 B.3 Muco: A mucina, proteína de alta viscosidade, atua

fundamentalmente:

 1) facilita a adesividade entre si de agentes biológicos e

virais, bem como partículas inertes, visando a posterior

remoção;

 2) mantém húmida a superfície mucosa, formando

camada protetora frente a agentes físicos e químicos.


MECANISMOS DE RESISTÊNCIA INESPECÍFICOS

 B.4 Cílios: a presença, e conseqüente movimentação celular em


determinadas mucosas, como a do trato respiratório, determina
remoção de elementos inanimados ou biológicos aderidos ao
muco.
 B.5 Microbiota: tal como acontece no tegumento cutâneo, nos
segmentos onde existe microbiota (cavidade oral, vagina, intestino
grosso), a mesma pode atuar competindo com patógenos.
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA INESPECÍFICOS

 C.Fagócitos

C.1 Neutrófilos: existem, predominantemente, em nível de

medula óssea e circulação sangüínea.

C.2 Eosinófilos: estas células apresentam potencial

fagocitário bem inferior ao dos neutrófilos

C.3 Macrófagos (Ms)


MECANISMOS DE RESISTÊNCIA INESPECÍFICOS

 D. Resposta inflamatória

É definida como um complexo processo defensivo


local, acionado por injúria determinada por agentes
biológicos e/ou físicos e/ou químicos, caracterizado
por seqüência de fenômenos irritativos, vasculares,
exsudativos, degenerativo-necróticos e de reparo.
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA INESPECÍFICOS

 E. Células Matadoras Naturais (“Natural Killer Cell” -


NK)
 A ação das células NK parecem se dar a partir de alterações
de permeabilidade da membrana plasmática da célula alvo,
determinando poros de membrana.
 Os principais elementos de atuação são os microrganismo e
células neoplásicas.
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA ESPECÍFICOS

 São os compreendidos pela acção de linfócitos ditos T e B e


suas consequências específicas, que participam da resposta
imunológica propriamente dita, determinando como já
assinalado o fenômeno da memória imunológica.
 A resposta imune de determinado hospedeiro, não
necessáriamente leva a um aumento de resistência, podendo
em alguns casos ser relevante no que se refere ao aspecto
diagnóstico e/ou prognóstico para determinada parasitose.
FIM

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