Você está na página 1de 3

Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS

Medicina veterinária – 5° fase


CCR: Farmacologia

Introdução a farmacologia curvas dose-


resposta, eficácia e potência, antagonismo
 Curvas dose-resposta  utilizadas para calcular toxicidade e dose de eficácia
 Só existem dois itens de capacidade farmacológica. Sendo assim, o medicamento pode ser eficiente
ou potente
o Potência  quantidade do fármaco administrada para chegar ao efeito desejado
 Quanto menor a dose, mais potente o fármaco
o Eficácia  intimamente relacionada com a potência
 Depende da resposta máxima (efeito)
 Potência  representa a situação da curva ao longo do eixo das doses
o A potência é uma medida comparativa, refere-se às diferentes doses de dois fármacos para
produzir o mesmo efeito
o Isoladamente, a potência não tem demasiada importâncias. Uma droga não é melhor ou
pior de que outra levando-se em conta apenas a potência
o Um fármaco potente nem sempre é eficaz e uma droga eficaz nem sempre é potente
 Eficácia  representa a situação da curva ao longo do eixo das ordenadas
o A altura alcançada quantitativamente nos dá uma ideia de sua eficácia – descreve força de
um único complexo droga-receptor para provocar uma resposta ao tecido
o Embora seja um parâmetro mais importante, mas que pode ser limitado por efeitos
indesejáveis (baixo índice terapêutico)
 Índice terapêutico  comparação entre a quantidade de um fármaco necessária para causar um
efeito terapêutico desejado e a quantidade que causa efeitos tóxicos
o Quantitativamente, é a proporção dada entre a dose tóxica dividida pela dose terapêutica
o Um IT baixo condiz com drogas que podem atingir níveis tóxicos com extrema facilidade,
tais como a digoxina e a varfarina
 Quanto menor o índice terapêutico, mais perigoso é o fármaco
ANTAGONISMO ENTRE DROGAS
Obs 1: antagonistas são fármacos que perturbam o efeito dos agonistas totais e parciais. Seja diretamente
no receptor ou indiretamente nos sistemas bioquímicos, farmacocinéticos e fisiológicos das células
 Antagonismo químico
o Quando duas substâncias se combinam em solução de modo que o efeito da droga ativa é
perdida
 Reação química de neutralização
 Ex.: inativação de metais pesados por agentes quelantes
 Ácido + base = sal + água
o Anticorpos neutralizantes contra mediadores proteicos representam uma maneira de
antagonismo químico
 Antagonismo farmacocinético
o Situação em que o antagonista diminui a concentração da droga ativa em seu sítio de ação
o Corresponde a taxa de degradação metabólica da droga ativa pode ser aumentada
 Ex.: warfarina e fenobarbital
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS
Medicina veterinária – 5° fase
CCR: Farmacologia
 A warfarina reduz o efeito do fenobarbital
 Antagonismo fisiológico
o Interação entre duas drogas cujas ações são opostas no corpo (histamina e omeprazol;
histamina e NA)
 Noradrenalina  acetilcolina
 Em excesso de noradrenalina, a acetilcolina é liberada
 Em excesso de acetilcolina, a noradrenalina é liberada
ANTAGONISMO DOS RECEPTORES
 Antagonismo competitivo simples (reversível)
o Antagonistas ocupam o mesmo sítio do agonista receptor
o É superável baseado na reversibilidade da ligação
o Competição regida pela “56Lei de ação das massas”
o Ocorre deslocamento a direita da curva concentração-resposta devido a bloqueio do
receptor pelo antagonista. Serão necessárias cada vez maiores concentrações/doses de
agonistas para deslocar o antagonista do receptor e chegar na resposta máxima
 Antagonismo pelo bloqueio do receptor
o Antagonista competitivo, irreversível ou não equilibrado
o Utiliza-se com fármacos que formam ligações covalentes (aderentes) em nível de receptor
o Nesse caso, pode haver, ou não deslocamento a direita da curva concentração-resposta,
porém, nunca haverá a obtenção da resposta máxima mesmo com a adição de doses
submáximas. Ele é oriundo da utilização de quelantes de receptores que promovem ligação
covalente ou é o antagonismo dos agonistas parciais frente ao agonista total (agonista-
antagonista)
 Antagonismo não competitivo
o Situação onde o antagonista bloqueia algum ponto da corrente de eventos que leva a
produção de uma resposta pelo agonista
 Não bloqueia o receptor, atuando nos eventos pós-receptores
o Redução da inclinação e da resposta máxima do agonista na curva concentração-efeito
o Não há deslocamento a direita da curva-concentração resposta e sempre haverá
achatamento do efeito máximo
DESSENSIBILIZAÇÃO E TAQUIFILAXIA
 Diminuição gradual do efeito da droga quando dada contínua ou repentinamente
 Mecanismos
o Mudança nos receptores
o Perda de receptores
 Encapsulamento de receptores por conta de uma proteína que os recobre
 Formação de clatrina
o Esgotamento dos mediadores
o Degradação metabólica aumentada
 As enzimas aumentam a sua eficiência de degradação
o Adaptação fisiológica

INTERAÇÃO ENTRE FARMACOS


Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS
Medicina veterinária – 5° fase
CCR: Farmacologia
 Efeito aditivo ou somação (2 + 3 = 5) o efeito tóxico final é igual a soma dos efeitos produzidos
separadamente (Pb + As = alteração na síntese de heme
 Efeito sinérgico (2 + 3 = 10)  efeito final é maior que os efeitos individuais (etanol + barbitúrico,
hepatoxicidade sinérgica)
 Potencialização (3 + 0 = 8)  um grande agente tóxico tem seu efeito aumentado por interagir com
outro agente que, originalmente, não produziria aquele efeito (propanol

Você também pode gostar