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Princípios de Farmacodinâmica
Prof. Cá Cardoso
Aula 12.1
1. INTRODUÇÃO
• Ativador
Agonista • “Efeito semelhante”
• Inibidor
Antagonista • “Efeito Oposto” - Bloqueio
Fármaco +
Via Sinalização Efeito biológico
Receptor
2. CONCEITOS EM TERAPIA
SELETIVIDADE
Propriedade que o fármaco tem de atuar SELETIVAMENTE em um grupo de
receptores.
Quanto MAIS Seletivo, em MENOR grupo de receptores um fármaco age. Isso
garante que MENOS efeitos adversos.
AÇÃO EM MENOS
SELETIVO EFEITOS
GRUPOS DE
ADVERSOS
RECEPTORES
A
Perceba que o fármaco A atua em 5 grupos de receptores. Desses, apenas
2 grupos são responsáveis pelos efeitos terapêuticos. Os outros 3 grupos
apenas são responsáveis por efeitos adversos (os quais também são
causados pelos grupos responsáveis pelo efeito terapêutico).
B
Já o fármaco B atua unicamente em um grupo de receptores. A atuação
nesse grupo gera tanto o efeito terapêutico como os efeitos adversos.
Entretanto, por ser mais seletivo, tende a gerar menos efeitos adversos
do que o fármaco A.
JANELA TERAPÊUTICA
Medicamentos Dose
Medicamentos
com índice Terapêutica é
pouco seguros.
Terapêutico muito próxima
Ex: digoxina
baixo (estreito) à dose tóxica
Medicamentos Medicamentos
Dose Terapêutica é muito seguros.
com índice
muito distante à
Terapêutico Alto Ex:
dose tóxica
(amplo) Benzodiazepínicos
3. RECEPTORES
3. Receptores
2. Receptores Transmembrana com
1. Canais iônicos
acoplados a Proteínas domínios citosólicos
transmembrana
G enzimáticos (ligado à
quinase)
D. Receptores Nucleares
o Ligam-se ao DNA. Vejamos como:
o Fármaco (lipofílico) sofre difusão através da membrana plasmática
e ligar-se a fatores de transcrição intracelulares.
o A ligação do ligante desencadeia uma mudança na conformação
do receptor que determina o transporte do complexo ligante–
receptor para o núcleo.
o O complexo ligante–receptor liga-se ao DNA e, a seguir, pode
recrutar co-ativadores e co-repressores.
o Esses complexos alteram a taxa de transcrição gênica,
resultando em alteração (para cima ou para baixo) na expressão
das proteínas celulares.
E. Enzimas Extracelulares
o Tratam-se de enzimas localizadas no meio extracelular e que são alvos
da ação de fármacos.
o Ex: A enzima Conversora de Angiotensinogenio (ECA) é um tipo de
enzima extracelular, sendo o alvo dos IECA’s, como o captopril.
F. Receptores de Adesão
o A região de contato entre duas células é denominada adesão, e as
interações de adesão entre células são mediadas por pares de
receptores de adesão sobre as superfícies de cada célula.
o Ex: Receptores de adesão envolvidos na resposta inflamatória são alvos
para inibidores seletivos
Tipo de Força da
Características
Ligação Ligação
Representa a maior parte de ligações entre
Van der Waals Fraca (+)
fármaco e receptor
Os átomos de hidrogênio ligados ao N ou O
Ligação de Intermediária tornam-se mais positivamente polarizados,
Hidrogênio (++) permitindo a sua ligação a átomos de
polarização mais negativa.
Ocorrem entre átomos de cargas opostas,
Intermediária • mais fortes do que as ligações de
Iônica
(+++) hidrogênio;
• menos fortes do que as ligações covalente
São tão fortes que na maioria dos casos são
Covalente Forte (++++)
irreversíveis (estáveis)
GABARITO: D
4. RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA
Maior a afinidade
Quanto menor é a Kd
Maior é a afinidade
Receptores
ocupados
Concentração do fármaco
Logo, o Fármaco A, que apresenta uma Kd mais baixa, irá se ligar a uma maior
proporção de receptores totais do que o Fármaco B em qualquer concentração
de fármaco.
GABARITO: B
Curva- Dose-Resposta
Eficácia Potência
AGONISTAS
Agonistas
ANTAGOSNITAS
Os antagonistas não apresentam atividade intrínseca (eficácia = 0), isso porque
os antagonistas são moléculas que unicamente inibem a ação de um agonista,
mas que não exerce nenhum efeito na ausência do agonista.
Podem ser classificados em: Competitivos e Não Competitivos.
Antagonistas
Não
Competitivos Competitivos
(alostéricos)
ANTAGONISTAS COMPETITIVOS
o Ligam-se ao receptor estabilizando-o em sua forma inativa.
o Ligam-se ao mesmo receptor que o agonista (ligante endógeno) e
impedem a ligação deste agonistas (competem pelo receptor).
▪ Temos aqui uma situação de competição entre duas moléculas: o
ligante endógeno e o fármaco antagonista. Ambas, competem pelo
mesmo receptor.
▪ Pensando no exposto, facilmente conseguimos entender que o aumento
da concentração do ligante endógeno pode deslocar o fármaco
antagonista. Ou seja, é possível reverter a ação do antagonista
aumentando a dose do ligante endógeno.
▪ Parece óbvio, não é mesmo? Trata-se de uma competição. O “time”
com mais “jogadores” tem mais chance de “ganhar”.
Perceba que na presença de um antagonista competitivo, diminui a
POTÊNCIA do ligante endógeno, pois haverá necessidade de aumento da
concentração para deslocar o antagonista.
• Lembre-se: quanto MAIOR a concentração para atingir 50% da eficácia,
MENOR é a Potência.
É possível observar essa diminuição de potência na curva dose-resposta do
ligante endógeno (agonista), pois sua curva é deslocada para direita
(representando um aumento de dose).
Curva Dose-
Antagonista Resposta
Agonista Competitivo deslocada
para Direita
ANTAGONISTAS NÃO-COMPETITIVOS
o Podem ligar-se: ao mesmo sítio ativo ou a um sítio alostérico (diferente)
de um receptor.
Redução de Eficácia!
Agonista + Antagonista Não
Competitivo: Não alcança
100% de resposta
Não-Competitivo
Perceba a diferença:
• Na presença de Antagonista Não-Competitivo: há diminuição de
EFICÁCIA;
• Não presença de Antagonista Competitivo: há diminuição de
POTÊNCIA.
Mais Potente
Eficácia
Potência
GABARITO: E
GABARITO: C
A afinidade de um inibidor de uma enzima é dada pela Ki: quanto menor for
o Ki, maior a afinidade. Perceba que segue o mesmo raciocínio de Kd (apenas
especifica que trata-se de um fármaco inibidor enzimático).
Quanto MENOR a Ki, MAIOR a afinidade e MAIOR a potência.
Taquifilaxia (ou
Tolerância
Dessensibilização)
• Redução gradual da reposta • Perda de efeito em um
à droga após administração período muito curto
repetida, sendo necessário (minutos).
aumento de dose para obter
os mesmos efeito. • Tolerância rapidamente
adquirida.
Outras modificações dos efeitos dos fármacos pelo uso repetido (além de
tolerância e taquifilaxia) são:
3. Alterações de
4. Mudanças em componentes
número ou funções de
da resposta distais ao receptor
receptores
Taquifilaxia Rebote
A correlação entre:
concentrações do
efeito farmacológico fármaco no plasma e
dose administrada
obtido no fluido que banha o
sítio de ação
biofarmacêutica
farmacodinâmica farmacocinética
Fase Farmacocinética
• Como vimos em nossa última aula, na fase farmacocinética ocorrem os
processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção do
fármaco, os quais são influenciados por inúmeros fatores relacionados ao
indivíduo, ao fármaco e à via de administração.
• Está relacionada à curva de concentrações plasmáticas do fármaco
versus tempo, variando com a dose administrada, a formulação
farmacêutica, a frequência de dose e a via de administração
• É por meio da farmacocinética que o fármaco se torna disponível para a
ação farmacológica (farmacodinâmica).
Fase Farmacodinâmica
O monitoramento do efeito farmacológico após a administração da medicação
ocorre na fase farmacodinâmica, pela:
• variação das concentrações do fármaco no local de ação, em função do
tempo, relacionando-se:
7. INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS
Finalizamos aqui essa aula. Não deixe de resolver a lista de questões abaixo
para treinar! Até nosso próximo encontro!
LISTA DE QUESTÕES
a) Índice terapêutico.
b) Frequência de distribuição.
c) Concentração efetiva.
d) Potência relativa
e) Interação farmacogenética
12. (2014 – COSEAC – UFF) - Um fármaco com afinidade por seu receptor,
mas sem eficácia intrínseca, compete com o agonista pelo sítio de ligação
primário do receptor. O padrão característico desta interação é a produ ção
concentração-dependente de um desvio proporcional à direita da curva de
a) agonista parcial.
b) antagonista competitivo irreversível.
c) antagonista não competitivo.
d) antagonista competitivo reversível.
e) agonista.
GABARITO
1-A 2-B 3-D 4-C 5-A
6-D 7-C 8-A 9-B 10-E
11-E 12-D 13-C 14-D 15-D
16-B 17-E 18-C 19-D 20-C
21-B