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FARMACOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR – PROF˚ ANTÔNIO

19/02/19
M1: avaliação com peso 8 e projeto com peso 2

Droga: qualquer substância quim


́ ica capaz de interagir com o organismo receptor e produzir
um efeito farmacológico.

Conceitos
• Terapêutica: uso de substâncias químicas, no diagnóstico, prevençaõ e tratamento das
doenças.
• Fármaco: substância quim ́ ica, de estrutura conhecida, que interage com o organismo
receptor, exercendo um efeito farmacológico benéfico.
• Medicamento: 1 ou mais fármacos associados, que exerce um efeito farmacológico benéfico.
• Efeito colateral: efeito conhecido que ocorre em todas as pessoas.
• Reaçaõ adversa: efeito que acontece em alguns individ́ uos e em outros naõ .
• Polifarmácia: termo aplicado à fórmula farmacêutica que encerra um número muito grande
de componentes, em geral sem base cientif́ ica.
• Fórmula ou formulaçaõ : representa o conjunto de componentes de uma receita prescrita pelo
médico ou entaõ a composiçaõ de uma especialidade farmacêutica.
• Especialidade farmacêutica: o nome comercial do medicamento.
• Iatrogenia: problemas adicionais ou complicações resultantes de um tratamento cliń ico ou
cirúrgico.
• Idiossincrasia: São reações nocivas, às vezes fatais, que ocorrem em uma minoria dos
indivíduos, geralmente por variabilidade genética.
• Placebo: substância destituid́ a de qualquer açaõ terapêutica, porém exerce uma açaõ
psicológica ao paciente que está administrando-o.
• Dose efetiva: dose necessária para que haja uma reposta terapêutica.
• Índice terapêutico: refere-se aos niv́ eis plasmáticos de um fármaco em que há maior
probabilidade de ocorrer o efeito terapêutico.
• Posologia: correta dosagem do medicamento a ser administrado.
• Medicaçaõ : medicamento prescrito e administrado a um paciente.
• Pró-droga: fármaco que exerce efeito apenas após o metabolismo.
• Efeito paradoxal; Simplesmente ocorre o efeito contrário do esperado. Não pode ser previsto
e ainda não há uma explicação lógica para o fato.
• Teratogenia; o medicamento atravessa a placenta e atinge a formação do embrião, criando
má formações congênitas.
*FASE QUÍMICA VEM ANTES DA PRÉ-CLÍNICA (MILHARES DE COMPOSTOS).
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Fase Clinica I

• Uso do medicamento pela primeira vez em um ser humano,


• Geralmente um indivíduo saudável e que naõ tem a doença para a qual o medicamento está
sendo estudado.
• Saõ avaliadas diferentes vias de administraçaõ e diferentes doses
• Realiza-se testes iniciais de segurança e de interaçaõ com outras drogas ou álcool.
• Cerca de 20 a 100 indivíduos participam dessa fase.

Fase clínica II
• Cerca de 100 a 300 indivíduos que têm a doença ou condiçaõ para a qual o procedimento
está sendo estudado;
• Tem como objetivo obter mais dados de segurança e começar a avaliar a eficácia do novo
medicamento ou procedimento.
• Os testes de fase II, geralmente testam-se diferentes dosagens assim como diferentes
indicações do novo medicamento também saõ avaliadas nesta fase.

Fase clinica III


• Grandes estudos multicêntricos acompanham milhares de pacientes, 5 a 10 mil, em geral,
dependendo da patologia em questaõ com a doença em questaõ , por um perió do maior de
tempo, geralmente sendo comparados a outros tratamentos existentes e recomendados para o
mesmo problema.
• Durante esta fase se espera obter maiores informações sobre segurança, eficácia e interaçaõ
de drogas.
• Ao participar de uma pesquisa em fase III, o voluntário poderá receber ou o novo tratamento
ou o tratamento habitual (ou placebo).
• Recebendo o tratamento habitual, o paciente será tratado com o qual os especialistas avaliam
como o melhor tratamento da atualidade.
• Se o paciente receber o novo tratamento, será tratado com uma alternativa de tratamento que
os especialistas esperam obter vantagens significativas sobre o habitual.
• O objetivo desta fase de estudo é comparar ambos os tratamentos e estabelecer a
superioridade de um sobre o outro.
• Os testes de fase III devem fornecer todas as informações necessárias para a elaboraçaõ do
rótulo e da bula do medicamento.
• A análise dos dados obtidos na fase III pode levar ao registro e aprovaçaõ para uso comercial
do novo medicamento ou procedimento, pelas autoridades sanitárias.

Fase clínica IV
 Após um medicamento ou procedimento diagnóstico ou terapêutico ser aprovado e levado
ao mercado, testes de acompanhamento de seu uso saõ elaborados e implementados em
milhares de pessoas, possibilitando o conhecimento de detalhes adicionais sobre a
segurança e a eficácia do produto.
 Um dos objetivos importantes dos estudos fase IV é detectar e definir efeitos colaterais
previamente desconhecidos ou incompletamente qualificados, assim como os fatores de
risco relacionados.
 Esta fase é conhecida como Farmacovigilância.

Farmacodinamica  local e mecanismo de acao, efeito


Farmacocinética  via de administração, dissolução, absorção, distribuição
biotransformação, excreção e eliminação.
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SISTEMA NERVOSO

SN é dividido em SNC e SNP.


- 12 pares de nervos cranianos
- 31 pares de nervos medulares ou raquidianos.

SNP se divide em SNA e SN Somático.


- SNA controla as funções básicas involuntárias do
organismo/Reflexo  Simpático, Parassimpático e
Entérico.
SN somático controla as ações voluntárias/conscientes
do organismo  Transmite ordens do sistema nervoso
central aos músculos estriados esqueléticos.

SN Somático vs Autônomo
A via eferente autônoma consiste em dois neurônios dispostos em série, enquanto no sistema
motor somático, um único neurônio motor conecta o SNC à fibra muscular esquelética.
- Ach: contração do musculo esquelético
- Ach ou NOR: contração ou relaxamento do musculo liso; aumento ou redução da FC e força
de contração; mudança na secreção glandular.

SNP: Crâniossacral
SNS: Toracolombar
Os SNS e SNP estabelecem um vinculo entre o SNC e os órgãos periféricos.
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SNA
O SNA é a parte do sistema nervoso periférico responsável por regular as funções
neurovegetativas, cujo controle é involuntário: sistema respiratório, SCV, sistema renal,
digestório e endócrino.
Desempenha papel principal em manter a homeostase a cada momento, diante de diferentes
situações e desafios ambientais.

SNA é dividido em:


 Simpático: ativado em situações de estresse, é catabólico e adapta o organismo pra
situações de luta e fuga.
 Parassimpático: Ativado em estado de repouso e pós-refeições, adapta o organismo
para otimizar a digestão e absorção de alimentos.
 Entérico: rede independente que controla funções digestórias básicas. Presente na
parede do TGI, desde o esôfago até o colon distal. Compreende o plexo mioentérico
(Auerbarch) e plexo submucoso (Meissner).
Os termos “simpático” e “parassimpático” são designaç ões anatô micas e não dependem do
tipo de transmissor químico liberado das terminaç oẽ s nervosas, nem do tipo de efeito –
excitatório ou inibitório – evocado pela atividade nervosa.
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Os corpos celulares dos neurô nios simpáticos pré-ganglíonares situam-se no corno lateral da
substância cinzenta dos segmentos torácicos e lombares da medula espinal, e as fibras deixam
a medula espinal em nervos espinais como emergência simpática toracolombar. As fibras pré-
ganglionares fazem sinapse nas cadeias paravertebrais de gânglios simpáticos, situadas em
ambos os lados da coluna vertebral. Esses gânglios contêm os corpos celulares dos neurô nios
simpáticos pós-ganglionares, cujos axô nios se reúnem no nervo espinal. Muitas das fibras
simpáticas pós-ganglionares alcançam seus destinos periféricos por meio de ramos dos nervos
espinais. Outras, cujos destinos são as vísceras abdominais e pélvicas, têm seus corpos
celulares em um grupo de gânglios pré-vertebrais desprovidos de par e localizados na cavidade
abdominal. A única exceç ão a essa estrutura formada por dois neurô nios é a inervaç ão da
medula da glândula suprarrenal. As células secretoras de catecolaminas da medula
suprarrenal são, na realidade, neurô niossimpáticos pos-ganglionares modificados, e os nervos
que inervam a glândula são equivalentes as fibras pré-ganglionares.
Os nervos parassimpáticos emergem de duas regioẽ s diferentes do SNC:
1) A emergência craniana consiste em fibras pré-ganglionares de certos nervos
cranianos, ou seja, do nervo oculomotor (que transporta fibras parassimpáticas
destinadas aos olhos), dos nervos facial e glossofaríngeo que transportam fibras para
as glândulas salivares e para a nasofaringe) e do nervo vago (que transporta fibras
para as vísceras torácicas e abdominais). Os neurônios pós ganglionares
parassimpáticos são mais curtos do que o SNS.
2) A emergência sacral corresponde às fibras parassimpáticas que se destinam às
vísceras abdominais e pélvicas. Trata-se de um feixe de nervos conhecidos como nervos
eretores, por provacarem a ereção genital quando estimulados. Esses nervos fazem
sinapse com gânglios pélvicos que inervam a bexiga, reto e genitais.
*Os gânglios pélvicos transportam tanto fibras simpáticas quanto parassimpáticas, não
sendo possível distingui-las nessa região.
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Via simpática: tem um neurônio partindo do SNC. Um pré-ganglionar (fibras curtas e bastante
mielinizadas) e um pós-ganglionar (fibras longas). Principal neurotransmissor é a NOR. Seus
corpos neuronais encontram-se na IML nos níveis toraco-lombar. Apenas fibras pré-
ganglionares são mielinizadas.
Via parassimpática: principal neurotransmissor é a acetilcolina através de receptores
muscarínicos. Neurônios encontram-se nos níveis crânio-sacral. Fibras pré-ganglionares longas
(pouco mielinizadas) e pós-ganglionares curtas.
ESTRUTURA DO SNA

O neurônio ligado à medula adrenal é a exceção, pois não tem um par de neurônios, apenas
um neurônio que vai se ligar ao tecido alvo.

SNP = Repouso e digestão


SNS = Luga ou fulga  Aumento do fluxo sanguíneo para os tecidos.
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Estes sistemas são antagônicos?

Neurotransmissores no SNA
Os neurotransmissores são mediadores químicos
liberados pelas terminações nervosas na fenda
sináptica, que irão reagir com seus receptores
específicos, inibindo ou excitando a célula pós-
sináptica.
Tanto o SNS quanto o SNP trabalham com Ach
na sinapse pré-ganglionar. Na sinapse pós-
ganglionar, o SNS utiliza NOR e o SNP utiliza
Ach.

Outros NT do SNA (não adrenérgicos, não colinérgicos)  NO, Peptideo vasoativo intestinal
(SNP), ATP, neuropeptídeo Y (SNS), 5-HT (serotonina), GABA, Dopamina.
ATP: localizado nos neurônios pós-ganglionares simpáticos, promove a
despolarização/contração rápida de células da musculatura lisa (ex: vasos sanguíneos, canal
deferente).
GABA, 5HT: localizado nos neurônios entéricos, promove reflexo peristáltico.
Dopamina: localizada em alguns neurônios simpáticos (ex: rim), promove vasodilatação.
Óxido nítrico: nos nervos pélvicos = ereção; nos nervos gástricos = esvaziamento gástrico.
Neuropeptídeo Y: É encontrado em muitos neurônios noradrenérgicos. Está presente em
alguns neurônios secretomotores no SNC e pode inibir a secreçaõ de água e eletrólitos pelo
intestino. Causa vasoconstriçaõ de longa duraçaõ . É também um cotransmissor em alguns
neurônios pós-ganglionares parassimpáticos
GnRH: localizado nos gânglios simpáticos, promove despolarização lenta; cotransmissor com
Ach.
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Substância P: localizado nos gânglios simpáticos e neurônios entéricos, promove


despolarização lenta; cotransmissor com Ach.
Peptídeo relacionado com gene da calcitonina: localizados nos Neuronios sensitivos não
mielinizados, causa vasodilatação, extravasamento vascular, finflamação.

Receptores colinérgicos

Existem 5 tipos de receptores muscarínicos para Ach:


 M1 neural: gânglios e SNC
 M2 cardíaco: coração
 M3 glandular: m lisa e glândulas
 M4 e M5: SNC
Receptores muscarínicos de numero par são inibitórios.
Receptores muscarínicos de numero impar são excitatório.

Já os receptores nicotínicos possuem vários subtipos.

 Receptores nicotínicos sao encontrados em todos os gânglios autonômicos, todas as


junções neuromusculares e diversas vias no SNC. #despolarizaçãorápida.
 Receptores muscarínicos são receptores acoplados a proteina G e provocam efeitos
parassimpáticos no coração, M liso e glândulas.

A hiperpolarização através da abertura de canais de K+ promove a inibição através de M2 e


M4. Quando os canais de K+ são fechados, ocorre a excitação através de M1, M3 e M5, levando
à contração da musculatura lisa do TGI.
M1, M3 e M5 ativados acoplam-se ao complexo Gq, induzem a ativação da fosfolipase C, que
promove a hidrólise de fosfoinositídeos e a produção de segundos mensageiros (DAG e IP3).
M2 e M4 ativados acoplam-se à proteina G inibitória, Gi, que inibe a adenilil ciclase e reduz
os nivels IC de AMPc.

RECEPTORES COLINÉRGICOS
 Nicotínicos: são ionotrópicos e promovem excitação quando despolarizados.
Encontrados em todos os gânglios autonomicos, todas as JNM e diversas vias do SNC.
 Muscarínicos: são metabotrópicos acoplados a proteina G e provavam efeitos
parassimpáticos no coração, musculo liso e glândulas. Promovem dois efeitos:
 Inibição (M2 e M4) pela hiperpolarização promovia pela abertura de canais de
K+: isso promove redução da FC e miose
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 Excitação (M1, M3 e M5) pela despolarização promovida pelo fechamento de


canais de K+: isso promove contração da musculatura lisa do TGI.

RECEPTORES ADRENÉRGICOS

1: ativa fosfolipase C promovendo: vasoconstricao (aumento da RVP e PA), midríase,


contração do esfíncter interno da bexiga, relaxamento do m liso do TGI, aumento da secreção
salivar, glicogenólise.
2: inibe adenilato ciclase => Receptor pré-sináptico, redução de liberação de NT.
1  Coração: aumento da força de contração e FC; Aumento da lipólise.
2 Pulmões: broncodilatação;
Vasos sanguíneos: vasodilatação;
Relaxamento do musculo visceral e uterino;
Aumento da gliconeogenese muscular e hepática,
Aumento da liberação de glucagon.
3: Lipólise (termogênese do tecido adiposo marrom).

Dr. Reid Hunt: extratos de glândulas suprarrenais aumentavam a PA, remoção da EPI de
extratos produziam queda na PA; descoberta da presença de colina  Ach (100 x mais potente).

Dr. Henry Dale: distinguiu dois tipos de Ach:


Muscarínica: injeção de muscarina (cogumelo Amanita muscaria)
Nicotínica: injeção de nicotina.

Bloqueio dos efeitos muscarínicos pela atropina.


Doses altas de Ach produzem efeitos da nicotina.
 Estimulação de todos os gânglios autônomos
 Estimulação da musculatura voluntária
 Secreção da EPI pelas suprarrenais.

*se aumenta muito a ação da Ach, aumenta o
sistema adrenérgico também.
Ach é sintetizada a partir da colina e acetil
CoA. Na fenda sináptica a Ach é quebrada pela
acetilcolinesterase. A colina é transportada de
volta ao terminal axônico e utilizada para a
síntese de mais Ach.
*Nunca existe excesso de Ach na fenda
sináptica, pois existe uma “reciclagem” da Ach
produzida.
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Enzimas no metabolismo da Ach


Colina-acetiltransferase: formação da Ach
Acetilcolinesterase; degradação da Ach
A colina é obtida a partir da alimentação e é disponibilizada ao neurônio, onde reagirá com a
Acetil-CoA.
Colina + acetil CoA  Acetilcolina
Colina acetil transferase 
A Ach fica armazenada em vesículas, sendo liberada através de exocitose mediante influxo de
Cálcio no neurônio.
Uma vez a Ach na fenda, sofrerá rapidamente hidrólise, através da enzima acetilcolinesterase.
Acetilcolina  colina + Acetil CoA
Acetilcolinesterase 
*Esta reação ocorre de forma muito rápida.
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EFEITOS DE FÁRMACOS SOBRE A TRANSMISSÃO COLINÉRGICA


 Agonistas muscarínicos

Mecanismo de ação dos agonistas muscarínicos


Os receptores muscarínicos da Ach no cérebro são na maioria M1 acoplados a proteina Gq (M1,
M3 e M5). A ativação destes receptores leva a excitação através do bloqueio dos canais de K+
do tipo M. Por outro lado, a ativação do M2 e M4 (acoplados a proteina Gi e Go) possui efeito
inibitório através da ativação dos canais de K+ internamente retificadores e da inibição dos
canais de Ca++ sensíveis a voltagem.
Os nervos parassimpáticos que se dirigem para os olhos inervam o músculo constritor da
pupila, cujas fibras estão dispostas concentricamente na íris, e o músculo ciliar, que ajusta a
curvatura do cristalino. A contraç ão do músculo ciliar em resposta à ativaç ão dos receptores
muscarínicos traciona o corpo ciliar para frente e para dentro e, como consequencia, relaxa a
tensão sobre o ligamento suspensor do cristalino, permitindo que o cristalino fique mais
abaulado e que sua distância focal fique reduzida. Esse reflexo parassímpátíco é, portanto,
necessário para que ocorra a acontodaç ãodosolhos no momento em que se quer observar algo
de perto. O músculo constritor da pupila é importante não só porque ajusta a pupilaem
respostaa alteraç ões na intensidade da luz, mas também porque regula a pressão intraocular.
O humor aquoso e secretado lenta e continuamente pelas células do epitélio que cobre o corpo
ciliar e drena para o canal de Schlemm (Fig. 13.5).

Agonistas muscarínicos (parassimpatomiméticos):


 Esteres de colina, estrutura semelhante a da Ach.
 Alcaloides vegetais
Esteres de colina Ach, metacolina, carbacol, betanecol.
Alcaloides vegetais  Muscarina (cogumelo), pilocarpina (Pilocarpus jaborandi), arecolina,
curare (em flechas).

Agonistas muscarínicos de acao direta:


 Esteres de colina, estrutura semelhante à da Ach.
 Utilizados na prática clínica:
o Betanecol (liberam)
o Pilocarpina (cloridrato de Pilocarpina)
o Civemelina (Exovac®)
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Efeitos dos agonistas muscarínicos


 Coracao (M2): reduz inotropia e cronotropia (por causa dos átrios)
 Endotélio vascular (M3): relaxamento da musculatura lisa via liberação de NO
Ambos acima levam à queda acentuada da PA.
 Sistema respiratório (M3): broncoconstricao e aumenta secreções.
 Secreções em geral (M3): das secreções salivar, sudoríparas e digestivas.
 Sistema digestório (M3): atividade peristáltica aumenta
 Efeitos oculares: contração contração do musculo ciliar, ajusta a curvatura do cristalino.
 Efeitos SNC (M1): tremores, hipotermina, aumento na atividade locomotora, melhora
na cognição.

 M1, M3 e M5
 Receptores acoplados à proteína Gq/11. A sua ativação promove a atividade da
fosfolipase C (PLC), causando em regra aumento da função do órgão a que estão
acoplados. São importantes dois mecanismos, tipificados nos seguintes exemplos:
 Na célula muscular lisa - A ativação da proteína Gq induz aumento da atividade da
PLC, que degrada fosfolípidos da membrana aumentando a concentração citoplasmática
de trifosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). O IP3 por sua vez leva à libertação
para o citoplasma do cálcio (Ca2+) sequestrado no interior da célula, induzindo a
contração (interação actina/miosina). O DAG tem, entre outros efeitos, um papel na fase
tardia (tônica) da resposta.
 Na célula endotelial - O aparente paradoxo colocado pela vasodilatação mediada por
agonistas muscarínicos, contrária à esperada vasoconstrição por acção na musculatura
da parede vascular, pode ser explicada pela acção das células endoteliais. A ativação da
proteína Gq induz aumento da concentração citosólica de Ca2+, pelo mesmo
mecanismo descrito acima. Na célula endotelial, que não possuiu um mecanismo
contráctil, o papel do Ca2+ passa ao invés por se ligar à calmodulina, ativando a
sintetase do óxido nítrico (NO). Este gás difunde-se facilmente para a musculatura
vascular, onde vai induzir uma ativação da guanilciclase e consequente aumento da
concentração intracelular de GMPc, um potente relaxador da musculatura lisa.

 M2 e M4
 Estes receptores estão acoplados a uma proteína Gi/0 ("inibitória"), que atua inibindo a
adenilciclase. Relembrando o papel dos nucleotídeos cíclicos no músculo, o AMPc e o
GMPc são relaxantes, com a exceção do AMPc no coração, onde seu o efeito é
estimulante. Tipificando o mecanismo:
 No músculo cardíaco - a ativação da proteína Gi propicia três efeitos, que têm como
consequência uma "diminuição" da atividade cardíaca:
 Diminuição da concentração de AMPc;
 Diminuição da concentração de Ca2+, por diminuição da atividade dos canais
de Ca2+ dependentes da voltagem.
 Aumento da concentração de K+, via canais dependentes de receptores;
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Pode haver receptores M2 nos neurônios pré-sinápticos que serve como FB para inibir por
exemplo a liberação de Ach para a fenda sináptica.

Pilocarpina é utilizada no tratamento do glaucoma de ângulo aberto.


 Humor aquoso: secreção e drenagem.
 Pressão ocular normal 10 a 15 mmHg.
 Diminui o liquido e a pressão ocular.
 Muito utilizada também na Xerostomia.
 O colírio de pilocarpina leva à constrição das pupilas (miose) e é utilizado para o tto de
glaucoma. Atua no musculo ciliar.
 A pilocarpina ou o agonista seletivo de M3 cevimelina podem ser utilizados para
aumentar a produção da secreção salivar e lacrimal em pacientes com boca ou olhos
secos. Ex: após irritação ou em pctes com lesão autoimune de glândulas salivares ou
lacrimais, como na síndrome de Sjögren).
 Posologia: A critério médico, usualmente 2 a 4 gotas. Enxerto ocular: 7 dias.
 Síndrome de Sjörgen: 5 mg, 2-4 vezes ao dia. Recomendado ajustar a dose de acordo
com a tolerância do paciente.
 Distúrbios gastrointestinais: casos de distençaõ abdominal pós-operatória, atonia
gástrica ou gastroparesia.

Betanecol ou a distigmina (inibidor de colinesterase) são agora raramente utilizados como


laxativos estimulantes ou para estimular o esvaziamento da bexiga.
Tto da retenção urinária (funciona) aguda em pós-operatório e pós-parto e da retenção urinaria
causada pela atonia neurogênica da bexiga.
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Cevimelina: usada na xerostomia e síndrome de Sjögren. 30 mg 3 vezes ao dia.


Posologia: A critério médicos, 2-4 gotas. Enxerto ocular: 7 dias.
Síndrome de Sjogren: 5 mg, 2-4 vezes ao dia.

26/02/19
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS (parassimpaticolíticos, anticolinérgicos ou
antiespasmódicos):
 Antagonistas competitivos, com grupo éster e grupo básico na mesma proporção
encontrada na Ach, mas apresentam um grupo aromático volumoso em vez do grupo
acetil.
o Atropina e Hioscina (escopolamina): alcaloides naturais encontrados em plantas
da família Solanaceae. >Possuem em sua estrutura molecular grupamento de
amônio quaternário
o Lipossolubilildade suficiente para atravessar a BHE.  Possuem ação central.

Efeitos dos antagonistas muscarínicos


 Inibição das secreções: salivares, lacrimais, brônquicas e sudoríparas.
 Efeitos sobre a FC: taquicardia moderada (80-90 bpm)
 Efeitos oculares: dilatação da pupila (midríase) e não responsiva à luz devido à
ciclopegia (paralisia da acomodação relaxamento do musculo ciliar) e portanto a visão
para perto fica comprometida.
 Efeitos sobre o TGI: inibacao da motilidade em doses mais altas. Fármacos seletivos
M1 como a pirenzepina inibem a secreção gástrica.
 Outros músculos lisos: relaxamento da musculatura brônquica e urinária levemente
afetada.
 Efeitos SNC: estimulante (atropina), causa depressor (escopolamina).

Antagonistas muscarínicos
 Butilbrometo de escopolamina/ hioscina (buscopan®): Não ultrapassa BHE.
 Propantelina
 Ipratrópio (Atrovent) e tiotrópio (spiriva ®).
 Mentatelina
 Metescopolamina
 Glicopirrolato
 Anisotropina
 Homatropina
 Biperideno.
 São compostos com grupamento amina quartenário com efeitos periféricos semelhantes
aos da atropina, porém, sem efeitos no SNC.

 Ciclopentolato (Ciclopégico ®)
 Tropicamida (Mydriacil ®)
 Cloreto de Triexifenidil (tryexidyl)
 Cloridrato de Diciclomina (bentyl)
 São compostos com grupamento amônio terciário.
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Usos terapêuticos
 Cólicas (antiespasmódico)
 Midriático
 Ciclopégico
 Pré-anestésico
 Asma brônquica
 Cólica uretral
 Doença de Parkinson

Na oftalmologia:
 Paralisia ciliar: uso no exame de erro de refracao em pacientes que não cooperam (cças).
 Midríase: exame de retina

Vias respiratórias
 uso na forma de aerossol para tto de DPOC e asma (ipratrópio, tiotrópio)
 Medicacao pré-anestéstica, visando diminuir as secreções e laringoespasmos.
 Não revertem broncoespasmo provocado pela histamina.

Cirurgias orais:
 Diminuem a secreção salivar, útil em cirugias orais.
 Uso em baixas doses 30 min a 2 h antes do procedimento

TGI
 Já foram amplamente utilizados para tto de úlcera, atualmeten apenas se o tto com anti-h2
ou inibidores de bomba protônica não forem tolerados ou eficazes
 Uso em diarreia comum do viajante ou de bebê.
 Atropina, escopolamina e homatropina.

SCV
 Possuem uso limitado
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 Podem ser utilizados durante a anestesia e cirurgia para evitar reflexos vagais (bloqueando
M2)
 Atropina

TGU
 Doença da hiperatividade vesical
 Enurese noturna
 Tolteradina e oxibutinina.

SNC
 Usados como antiparkinsonianos
 Ocorrem muitos efeitos colaterais
Usados também para reverter efeitos extrapiramidais de fármacos antipsicóticos
 Distúrbios motores

Antídoto para intoxicação com Organofosforados


 Osfanofosforados bloqueiam irreversivelmente a AchE.
 Antídoto: atropina

Efeitos colaterais
 Boca seca
 Fotofobia e visão borrada
 Retenção urinária
 Constipação
 Agitação
 Alucinações
 Cinetose (escopolamina).

ATROPINA
 Colírio com acao midriática longa
 1-2 gotas no saco conjuntival por dose

Uso em emergências:
 Bradicardia sintomática
 Assistologia
 Pré-anestésio ou pré-incubacao
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 Associação com reversões de curarizacao


 Antiespasmódico
 Intoxicação por organofosforados ou carbamatos.

Contra-indicações
 Glaucoma de ângulo fechado
 Doença obstrutiva intestinal
 Miastenia
 Uropatia obstrutiva
 Taquicardia
 Tireotoxicose

CICLOPENTOLATO E TROPICAMIDA
Ciclopentolato: colírio medriáticos de acao média-longa
 1-2 gotas
 Efeito máximo de 25-75 min. Recuperação de 6-24 h.

Tropicamida: colírio midriático de acao curta.


 1-2 gotas + 1 gota após 5 minutos.
 Efeito máximo de 20-40 min. Recuperação de 2-7 hrs.

Butilbrometo de escopolamina
 Cólicas (antiespasmódico)
 Adultos: VO ou IV – 10-20 mg/dose x 3-4
 Lactentes evitar.
 1 a 6 anos: 5 a 10 gts/dose x 3
 6 a 14 anos: 10 a 20 gts/dose x 3.
 Injeção iV precisa ser lenta (5. Min). Pode ser feita IM profunda, mas nunca subcutânea.
 Associação com analgésicos
 Utilizado também em casos de cinetose.

Contra-indicações: glaucoma de ângulo fechado, obstrução urinária ou intestina,, miastenia e


tireotoxicose.

HOMATROPINA
Cólicas (antiespasmódico)
2,5-10 mg/dose x 4.
Criancas e lactentes: 1 gt/kg/dose
Contra-indicacao: glaucoma de ângulo fechado, hemorragia, portadores de S. Down toleram
mal.

DICICLOMINA
Cólicas (antiespasmódico e anestésico local_
10-20 mg
Contra-indicacao: glaucoma de ângulo fechado, hemorragia, portadores de S. Down toleram
mal.

TOLTERODINA/OXIBUTININA
- Hiperatividade vesical, incontinência e urgência urinária, enurese.
21

Oxibutinina: 5 mg/dose x 2-4.


Crianças até 5 anos: 0,2 mg/kg/dose x 2-4.
Tolterodina:

Ipratrópio
 Não tem efeitos sobre o SNC, é utilizado no tto da asma, bronquite e DPOC para a
broncodilatação, principalmente sob a forma de brometo de ipratrópio através da via de
administração inalatória.
 As reações adversas sistêmicas são reduzidas sendo relatado principalmente boca seca,
desconforto como tosse dispneia (10%), sinusite e sintomas de resfriado (congestão
nasal, corisa, catarro e irritação na garganta).

Posologia:
 Crise aguda (asma ou DPOC):
 Nebulização: 500 ug (2 ml ou 40 gotas da solução de nebulização) por dose x 4. (Na 1ª
hora pode-se realizar 3 doses de 500 ug). Criancas: 20 gts/dose x 6-8.
 Spray: 2-8 jatos por dose x 4-6 por dia. Criancas: até 4 jatos/dose x 6.
 Asma (manutenção: 2-4 jatos/dose x 4-6.
 Crianças: nebulização: RN 20 ug/dose x 3.
 Até 2 anos: 50-125 ug (5-12 gotas x 3-4)
 Acima de 2 anos: 125-250 ug (12-25 gotas x 3-4)
 Spray: 1-2 jatos/dose x 3-4.

Tiotrópio
 Inibidor competitivo de receptores M1 a M5.
 Manutençaõ na DPOC:
 Inalar o conteúdo de uma cápsula 1 vez ao dia
 Efeitos colaterais: vertigem, boca seca, constipaçaõ , tosse, irritaçaõ na garganta,
taquicardia, arritmia, dificuldade em urinar.

Biperideno
Antagonista de receptores M1 (atua no SNC)
 Tratamento adjuvante nas síndromes parkinsonianas (idiopática, aterosclerótica, pós-
encefalite) com rigidez e/ou tremores.
Posologia: V.O. inicia-se com 1 mg/dose x 2 e ajusta-se pela resposta até 1-4 mg/dose x 3-4.
IV: Até 10-20 mg/dia (lento) ou IM.
 distúrbios extrapiramidais: IV 2,5 a 5 mg/dose (lento) ou IM
Contra-indicacao: glaucoma de ângulo fechado, obstrução intestinal, megacólon.

TRIEXIFENIDIL
- Tratamento de parkinsonismo idiopático, pós-encefalitico ou secundário a doença
cerebrovascular.
 Posologia: 1 mg/dia e aumentar a dose diária em 1 mg a cada 3 ou 4 dias até o efeito
desejado.
 Dose habitual: 5 a 15 mg/dia / 3-4
 Adjuvante ao tto com levodopa.
 Controle dos distúrbios extrapiramidais
 Posologia: ajustar até 5 a 10 mg/dia.
22

 Contra-indicação: uso de IMAO, glaucoma de ângulo fechado, semi-obstrucao pilórica


ou intestinal, semi-obstrução urinária, miastenia.

Orientações para pacientes que utiliza fármacos anticolinérgicos


 Ingerir dieta rica em fibras para evitar a constipação intestinal;
 Avisar imediatamente em caso de:
 Aumento da FC (palpitações, batimentos cardíacos)
 Boca seca
 Visão turca
 Dor ocular
 Dor à micção
 Dificuldade de urinar
 Erupção cutânea.

Nicotina
Agonista do SNP
 Auxiliar no abadono do tabagismo
 Apresentação: adesivos transdermicos ou gomas de mascar
 Risco na gravidez: D
 Interações medicamentos: Pode aumentar os efeitos terapêuticos de broncodilatadores,
insulina, propranolol e outros betabloqueadores.
 Farmacocinética: início de acao rápida, ligação a proeinas < 5%; metabolismo hepático;
meia-vida: 4 horas; excreção: urina.
 Orientacoes: não usar mais de 6 meses. Considerar risco-benefício ao paciente com
angina no peito, arritmias cardíacas, diabetes, hipertensão, hipertireoidismo, infarto e
ulcera péptica.

Graus de risco de medicamentos


A: podem ser utilizados
B e C: não é recomendado
D: não deve.

Vareniclina
 Agonista parcial dos receptores nicotínicos, impedindo a nicotina de se ligar a eles.
Estimula o SNC mesolímbico da dopamina (reforço e recompensa após fumar).
23

 Adjuvante na interrupção do tabagismo.


 Riscos na gravidez: C
 Farmacocinética: absorção completa não afetada por alimentos; Vd: 415 L, ligação a
proteínas: < 20%; meia-vida: 24 horas; excreção: urina.
 Cuidados: suspender o uso em casos de agitação, humor depressivo, pensamentos ou
comportamentos suicidas.

BLOQUEADORES GANGLIONARES
 Sem uso clínico, apenas para uso experimental no estudo do SNA.
 Efeitos números e complexos, devido ao bloqueio simpática e parassimpático ao mesmo
tempo.

BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
 Regiao pré-sináptica: inibem síntese ou liberação de Ach.
 Região pós-sináptica: bloqueiam receptores de Ach ou ativam de maneira a causar
despolarização persistente na placa motora terminal.
o Bloqueadores Não-despolarizantes
o Bloqueadores despolarizantes

o Bloqueadores não despolarizantes  Bloqueio da transmissão muscular.


 Curare, pancuranio, Vecurônio, Cisatracúri, Mivacúrio.
 Atuam como antagonistas competitivos dos receptores da Ach situados na placa
terminal.
 Efeitos resultantes da paralisia motora. Podem produzir outros efeitos
autônomos significativos.
 Afetam primeiramente músculos dos olhos (visão dupla) e da face,
seguido dos membros e faringe (dificuldade de deglutir). Os músculos
respiratórios são os últimos a serem afetados e recuperam por primeiro.
 Uso farmacológico: utilizados principalmente em anestesia para
produzir relaxamento muscular.
 Administrados IV
 Os diferentes fármacos variam com relação à velocidade de início de
acao e de recuperação.
 Metabolismo ocorre no fígado e eliminação na urina.
 Único fármaco utilizado é o Suxametônio, que possui acao curta por ser
rapidamente hidrolisado pela colinesterase.
 Ex: Pancurânio
 Bloqueador neuromuscular, não despolarizante.
 Adjuvante à anestesia geral: facilita a entubação endotraqueal,
relaxamento da musculatura esquelética, facilita a ventilação
mecânica em pacientes em UTI.
 Administracao IV
 Risco na gravidez: C
 Farmacocinética: acao em 30 a 45 seg; ligação a proteínas: 87%;
metabolismo hepático; meia vida: 2h, excreção urina
 Cuidados: monitoras FC, PA e ventilação.

o Bloqueadores despolarizantes
24

 Uso farmacológico: Utilizados principalmente em anestesia para produzir


relaxamento muscular.
 Administrados i.v.
 Ú nico fármaco utilizado é o Suxametônio, que possui açaõ curta por ser
rapidamente hidrolisado pela colinesterase.
 Ex: Suxametônio
 Bloqueador neuromuscular, despolarizante.
 Único fármaco despolarizante utilizado é o suxametonio, que possui
acao curta por ser rapidamente hidrolisado pela colinesterase.
 Produção de relaxamento muscular, sobretudo em intubação
endotraqueal, procedimentos cirúrgicos de curta duração; reducao de
intensidade das contrações musculares de convulsões induzidas
farmacológica ou eletricamente.
 Risco na gravidez: C
 Farmacocinética: IMC, 3 min, IV 30-60 seg, metabolismo:
pseudocolinesterase plasmática (butirilcolinesterase); excreção: urina.
 Cuidados: verificar saturação de O2 após administração. Atropina reduz
risco de bradicardia. Cuidado com histórico de hipertermia maligna.

Fármacos que inibem a colinesterase (anticolinesterásicos)


Parassimpaticomiméticos de acao indireta.
Inibidores da acetilcolinesterase e da buritilcolinesterase.
 Intensificam a transmissão colinérgica.
 Anticolinesterásicos de duração curta
 Anticolinesterásicos de duração intermediária
 Anticolinesterásicos irreversíveis (uma das classes que são irreversíveis são os
organofosforados).

Reversíveis  Neostigmina, piridostigmina, rivastigmina, tacrina, donezepil, galantamina.


Irreversíveis (veneno)  Paration, maltion, tabun, sarin, soman, ecotiofato.

Efeitos dos anticolinesterásicos


 Nas sinapses colinérgicas autonomicas: aumento da atividade da Ach.
 Efeitos sobre a JNM: aumentam a forca de contração do musculo. Pode ocorrer o
bloqueio por despolarização se a concentração for muito alto.
 Efeitos sobre o SNC: fisostigmina e organofosforados atravessam a BHE, podendo
causar excitação inciial, convulsões e depressão do SNC. Resutlado principalmente da
ativação de receptores muscarínicos, podendo ser revertido com o uso de atropina
 Neurotoxicidade por organofosforados: comprometimento progressivo causado por
inseticidade ou gases tóxicos.

Principais usos clínicos


 Ileo paralítico
 Atonia da bexiga
 Glaucoma de ângulo aberto
 Miastenia gravis
 Doença de Alzheimer
 Reversão da acao de bloqueadores neuromusculares não despolarizante ao término de
uma cirurgia.
25

Miastenia gravis
 Doença autoimune onde ocorre a destruição dos receptores colinérgicos nicotínicos.
 Sintomas: diplopia, ptose, fadiga muscular.
 Tratamento: Anticolinesterásicos + imunossupressores (glicocorticoides,
ciclosporinas).

Efeitos colaterais dos anticolinesterásicos


 Sudorese
 Miose, lacrimejamento, visão turva, perturbação da acomodação visual
 Salivação
 Vômitos, diarreia
 Incontinência urinária
 Broncoconstricao
 Bradicardia
 Ansiedade, confusão, convulsões
 Depressão circulatória e respiratória.

Contra-indicações
 Asma  Doença ácido-péptica
 Hipertireoidismo  Outras
 Insuficiência coronariana

Neostigmina
 Profilaxia e tratamento de miastenia gravis
 0,4 mg IM ou SC. Repetição das doses de acordo com a resposta do paciente.
Crianças 0,01 a 0,04 mg/kg/dose
 Profilaxia e tratamento de íleo paralítico pós-cirurgia (distensão abdominal)
 0,5 mg IM ou SC. Enquanto necessário.
 Profilaxia e tratamento de retenção urinária pós-operatória
 0,5 mg IM ou SC, a cada 3 horas; repetir pelo menos mais 5 doses após paciente ter
urinado ou a bexiga ter sido esvaziada.
 Antídoto da tubocurarina e outros agentes bloqueadores neuromusculares não
despolarizantes.
 0,5 a 2,5 mg/dose IM ou IV a cada 1 a 3 horas.
* OBS: manter seringa de atropina preparada em caso de necessidade.
 Risco na gravidez: C
 Contra-indicações: hipersensibilidade, obstrução intestinal ou urinária, peritonite,
gestação ou lactação.
 Principais interações: pode ter sua acao diminuída por aminoglicosídeos, anestésios
locais e gerais, atropina, anticolinérgicos, sulfato de magnésio
 Farmacocinética: início da acao IV+ 4 a 8 min e duração de 1 a 2 horas; IM: inicio de
20 a 30 min, duração de 2,5 a 4 horas; Vd: 0,5 a 1 L/Kg; ligação à proteínas:
insignificante; metabolismo: hepático; meia-vida: 0,5 a 2 h; prolongada por nefropatia;
excreção: urina.
OBS: ajustar dose em caso de insuficiência renal.

Piridostigmina
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 Indicacao para miastenia gravis e outras doenças que afetam os músculos, doença de
Little, EM e na ELA, mioatrofias espinhais e paresias consecutivas à poliomielite.
Também pode ser usado na prevenção dos distúrbios pós-punção lombar e do
meningismo pós-eletroencefalografia.
 Posologia: Na miastenia gravis = 30 a 60 mg a cada 3 ou 4 h (dose total podendo varias
de 60 a 1500 mg/dia). Crianças: 7 mg/kg 5-6 x ao dia.
 Doença de little, escleroses e mioatrofia: 60 a 360 mg/dia.
 Prevenção de distúrbios pós-punção e meningismo: 60 mg VO, 15 min ates da punção
ou do exame
 Contra-indicacao: bradicardia, obstrução do trato urinário ou intestinal.
 Farmacocinética
 Inicio de acao: 15 a 30 min
 Vd: 19 ± 12 L
 Metabolismo: hepático
 Biodisponibilidade: 10 a 20 %
 Meia vida: 1 a 2 horas, insuficiência renal: 6 h
 Excreção: urina
 Cuidados: avaliar risco/benefício em arritmias cardíacas, asma brônquica, diminuição
da função renal, DPOC, pacientes recebendo beta-bloqueadores.
 A superdosagem pode levar a crise colinérgica, com fraqueza muscular progressiva e
paralização da musculatura pulmonar, levando à morte.

Rivastigmina
 Tratamento de transtornos da função cognitiva associados à Doença de Alzheimer.
 Posologia: 1,5 mg 2 x ao dia, podendo ser aumentada para 3,0 mg 2 x dia após.2 semanas
de tto. Dose de manutenção: 1,5 a 6 mg/dia.
 Riscos na gravidez: B
 Interação medicamentosa: antibióticos aminoglicosídeos; bloqueadores
neuromusculares (aumento da acao farmacológica dos bloqueadores despolarizantes);
morfina (risco de depressão respiratória).
 Contra-indicação: hipersensibilidade a rivastigmina e derivados carbamatos.
 Farmacocinética
o Vd: 1,8 a 2,7 L/kg;
o Ligação a proteínas: 40%
o Metabolismo: via hidrólise mediada pela colinesterase no cérebro
o Biodisponibilidade: 36 a 40%
o Meia-vida: 1 h
o Excreção: urina (>90%) e fezes (<1%)
o Cuidados: atentar ao prescrever para pacientes com afecções pulmonares,
portadores de doenças do nó sinusal ou arritmia cardíaca, portadores de
obstrução urinária, antecedentes de convulsões.

Galantamina
 Utilizado para o tto de Alzheimer de intensidade leve a moderada
 Posologia: inicial 4 mg 2 x dia ou 8 mg 1 x ao dia (liberação controlada). Dose de
manutenção de 16 mg/dia podendo chegar a 24 mg/dia de acordo com o risco/benefício
para o paciente. Utilizado VO preferenciamente com alimentos.
27

 Farmacocinética: considerar aumento na concentração plasmática para pacientes com


insuficiência renal e hepática. Interacoes com inibidores da CYP2D6 ou da CYP3A4
(reducao da dose pode ser recomendada).

Donezepil
 Tto de Alzheimer de intensidade leve a moderada
o Posologia: dose inicial: 5 mg/dia e após 4 a 6 semanas pode-se aumentar a dose
para 10 mg/dia.
 Distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade em crianças
o Posologia: 5 mg/dia.
o Risco na gravidez: C
o Farmacocinética: Vd 12 L/Kg, ligação à proteínas: 96%, biodisponibilidade:
100%; metabolismo: hepático pela CYP2D6 e CYP3A4; meia vida: 70 a 100 h;
excreção: urina (57%) e fezes (15%)
o Cuidados: observar a função cognitiva, alteração de humor e comportamento,
função intestinal.

CASO CLÍNICO
Uma mulher de 25 anos de idade chega ao consultório médico geral queixando-se de problemas
de visão. Ela tem dificuldade em manter os olhos abertos e queixa-se de visão dupla.
Seus sintomas oscilam ao longo do dia. Sua ptose é mais comum no olho esquerdo, mas também
alcança o olho direito
Seus sintomas são em geral, menores na parte da manha e pioram ao longo do dia. Sua ptose
parece melhorar depois de descansar os olhos.
Ela faz exercícios regularmente mas notou que nos últimos 2 meses tem dificuldade em
completar sua corrida noturna, devido à fadiga em seu quadril.

 Miastenia gravis.
Você suspeita de miastenia gravis e realiza um teste com edrofonio (tensilon). O teste é positivo
e, portanto, a pcte inicia o tto com piridostigmina (mestinon).
 Como o teste de edrofonio ajuda no diagnóstico da miastenia gravis?
 Teste do edrofônio = Injetar 10 mg (1ml) EV como segue, para evitar sinais de
hipersensibilidade (bradicardia severa, broncoespasmo, náusea ou intensa fraqueza) :
iniciar com 2mg e esperar 45 segundos, se naõ houver melhora injetar mais 3mg e
esperar 45 segundos; se ainda naõ melhorar a força muscular injetar os últimos 5mg. A
resposta tem inić io imediato, durando de 4 a 5 minutos, com acentuada melhora da força
muscular. Este teste é muito útil para determinar se existe ou naõ crise colinérgica por
iatrogenia (náusea, vômitos, palidez, sudorese, salivaçaõ , cólicas, diarréia, miose,
bradicardia e priora da fraqueza muscular), pois entaõ a força muscular naõ melhora
com a injeçaõ de edrofônio e inclusive piora. Caso ocorram sinais de hipersensibilidade
aplicar 0.5mg de atropina EV.
Edrofonio tem acao rápida e eliminação rápida. Por isso é usado em exame mas não no
tto.
 Quais são os mecanismos de acao do edrofonio e da piridostigmina.
 A administração IV bloqueia a acao da acetilcolinesterase, aumentando os níveis de Ach na
fenda sináptica (JNM), atuando sobre receptores nicotínicos. Utiliza-se imunossupressores
também.

TRANSMISSÃO NORADRENÉRGICA
28

 Catecolaminas são compostos que contém um núcleo catecol (anel benzênico com dois
grupos hidroxil adjacentes) e uma cadeia lateral amina.
 Norepinefrina: liberada pelos neurônios simpáticos.
 Epinefrina: secretada pela medula adrenal
 Dopamina: precursos metabólico da NOR e da EPI. Atua como NT do SNC.
 A síntese é iniciada com os a.a fenilalanina ou tirosina, provenientes da dieta.
 A fenilalanina pode sofrer a acao de uma hidrolase plasmática, dando origem à tirosina,
que adentra a terminação nervosa simpática através de carregador específico
 No citoplasma da célula nervosa ocorre a conversão da tirosina em
(diidroxifenilalanina) DOPA, através da acao da enzima tirosina hidroxilase.

Receptor : NOR > EPI > Isoprenalina


Receptor : Isoprenalina > EPI > NOR

RECEPTORES ADRENÉRGICOS

1: ativa fosfolipase C promovendo: vasoconstricao (aumento da RVP e PA), midríase,


contração do esfíncter interno da bexiga, relaxamento do m liso do TGI, aumento da secreção
salivar, glicogenólise.
2: inibe adenilato ciclase => Receptor pré-sináptico, redução de liberação de NT.
1  Coração: aumento da força de contração e FC; Aumento da lipólise.
2 Pulmões: broncodilatação;
Vasos sanguíneos: vasodilatação;
Relaxamento do musculo visceral e uterino;
Aumento da gliconeogenese muscular e hepática,
Aumento da liberação de glucagon.
3: Lipólise (termogênese do tecido adiposo marrom).
29

Sistema Fosfolipase com Fosfato de inositol


30

ARMAZENAMENTO DA NOR
 A maior parte da EPI nas terminações nervosas ou cels cromafins está contida em
vesículas e, em condições normais, apenas uma pequena quantidade encontra-se na
forma livre no citoplasma.
 A concentração nas vesículas é muito elevada (0,3 a 1,0 mol/l), mantida pelo
transportador vesicular de monoaminas (VMAT).
 A reserpina funciona como um fármaco bloqueador do transportador vesicular.

Mecanismo de retroalimentação autoinibitória


 O receptor  pré-sináptico inibe o influxo de Ca++ e resposta à despolarização
membranar através de uma ação das subunidade  da proteina G associada aos canais
de cálcio voltagem-dependentes.

Captura e degradação das Catecolaminas


 A acao da NOR liberada termina principalmente pela captura do transmissor nas
terminações nervosas noradrenérgica.
 Parte da NOR é também sequestrada por outras células da vizinhança
 As duas enzimas principais que metabolizam as catecolaminas localizadas
intracelularmente.
 Cerca de 75% da NOR liberada pelos neurônios simpáticos são capturadas e
reempacotadas dentro de vesículas.
 Cerca de 25% restantes são capturados por células não neuronais nas proximidades,
limitando sua disseminação local.
 Estes mecanismos dependerão de diferentes moleculares transportadoras: NOR
transporter (NET), extraneuronal monoamine transporter (EMT), transportador
vesicular de monoaminas (VMAT).

Degradação metabólica das Catecolaminas


 Ocorre pela acao de duas enzimas IC:
31

 MAO (monoamino-oxidase): Ligada à membrana externa das mitocôndrias;


abundante nas terminações noradrenérgica; presente no fígado, epitélio intestinal e
outros tecidos.
 COMT (catecol O metil-transferase): Encontrada na medula suprarrenal e outras
células; Ausente nos neurônios.
 Metabólitos como o ácido vanililmandélico (VMA) são eliminados através da urina.
 As catecolaminas circulantes são sequestradas e inativadas por uma combinação de
NET, EMT e COMT.
 Na periferia: maior parte da NOR liberada é rapidamente recaptada pelo NET e em
menor grau degradadas pela MAO ou COMT.
 No SNC: a MAO é mais importantes como mecanismo de término da acao do
transmissor que na periferia.

Fármacos que modulam a transmissão adrenérgica


Seletividade por receptores distintos:
 Simpaticomiméticos de acao direta: Agonistas (seletivos e não-seletivos)
 Simpaticomiméticos de acao indireta: inibição da recaptacao de NA, aumento da
liberação de NA e inibição da metabolização de NA/AD.
 Simpaticomiméticos de acao direta: antagonistas (seletivos e não-seletivos).

Agonistas 1-adrenérgicos: Simpaticomiméticos de acao direta


 Contração de mm lisos vasculares, cutâneos e esplanicos
 Contração de m dilatador pupilar
 Contração de m liso pilomotor (arrepio)
 Contração prostático (anel contrátil)

Nicotínico é mais rápido pq é canal iônico. Depois os adrenérgicos.

Usos clínicos
 Hipotensão (arteríolas)
o Ortostática: etilefrina
 Choque hipovolêmico (uso hospitalar)
o Metoxamina
o Midodrina (pró-fármaco desglimidorina)
 Hipotensão durante raquianestesia ou anestesia epidural
 Reducao do fluxo sanguíneo
o Anestesia local: EPI
o Cirurgias
 Midriático pré-operatório
 Descongestionante: fenilefrina, pseudoefedrina (não é o agonista puro).

Farmacos utilizados
Etilefrina Xilometazolina Tetaridrozolina
Fenoxazolina Fenilefrina Propilexedrina
Nafazolina Metoxamina Fenilpropanolamina
Oximetazoina Metaraminol

Descongestionante nasal
32

 Rinite alérgica ou vasomotora


 Uso oral e local
 Os faramcos diminuem o volume da mucosa nasal
 Limitação: tolerância e efeito rebote (organismo diminuir receptor 1)
 Lesão mucosa (hipóxia, isquemia)
 Cautela: hipertensos, hipertrofia prostática benigna.

Efeitos colaterais gerais


 Aumento da PA
 Retenção urinária
 Aumento da pressão intra-ocular em pacientes com glaucoma de ângulo fechado
 Fotofobia (midríase)
 Miose de rebote

Etilefrina
 Categoria terapêutica: hipotensão, vasopressor
 Apresentação: via oral e injetável
 Indicação oral: hipotensão ortostática (associada fadiga inexplicável, visão embaraçada
ou perda da visão, sensação de fraqueza)
 Indicacao injetável: hipotensão normovolêmica aaguda, síncope cardiovascular.
 Risco na gravidez: C.
 Farmacocinética e farmacodinâmica:
o Inicio de acao imediato (IV)
o Ligação a proteínas 25%
o Metabolismo hepático
o Biodisponibilidade: 8 a 12% VO
o Excrecao: urina
o Cuidados: monitorar ECG e PA (IV). Antes do inicio tto, deve-se excluir como
causa de hipotensão uma estenose das válvulas cardíacas ou das artérias
centrais. Ter muita cautela em pctes com taquicardia, arritmias cardíacas ou
distúrbios CV graves.

Fenoxazolina
 Categoria: descongestionante nasal.
 Apresentação: solução nasal
 Indicação: rinite vasomotora, sinutise
 Risco na gravidez: C
 Farmacocinética e farmacodinâmica: sem dados na literatura consultada.
 Cuidados: não deve ser usda por muito tempo. Idosos: possibilidade de efeitos
sistêmicos. Criancas: utilizar como com extrema cautela, mesmo em apresentação
infantil.

Nafazolina
 Categoria terapêutica: vasoconstritor oftálmico e descongestionante nasal
 Apresentacao: solução tópica: via nasal e oftálmica.
 Indicação nasal: descongestionamento nasal
 Indicação oftálmica: alívio da vermelhidão (causada por irritações em geral), inchaço,
coceira e alergias.
33

 Risco na gravidez: C
 Interacao medicamentosa: inibidores da MAO, fármacos que aumentam níveis
pressóricos e antidepressivos tricíclicos.
 Farmacocinética e farmacodinâmica: metabolismo e excreção desconhecidos.
 Cuidados: não recomendado o uso de lentes de contato durante o tto. Utilizam com
cautela em pacientes com problemas CV, hipertireoidismo e diabetes.

Oximetazolina (AFRIN)
 Categoria terapêutica: vasoconstritor otálmico e descongestionante nasal.
 Apresentação: solução tópica: via nasal e oftálmica.
 Indicação: descongestionamento nasal, edema nasal, processos alérgicos do TR superior
associado à obstrução nasal.
 Risco na gravidez: C
 Interacao medicamentosa: inibidores da MAO, fármacos que aumentam níveis
pressóricos, antidepressivos tricíclicos e maprotilina (potencialização dos efeitos da
oeximetazolina).
 Farmacocinética e farmacodinâmica: metabolismo e excreção desconhecidos.
 Cuidados: evitar o uso por mais de 3 dias, pois pode causar congestão recorrente.
 *Ao diminuir a congestão ao redor das tubas de Eustáquio, pode ser útil no tto
coadjuvante da infecção do ouvido médio. Também recomendada no consultório sob
forma de tampão nasal para facilitar o exame intranasal, ou antes de cirurgia nasal.

Fenilefrina
 Categoria terapêutica: vasoconstritor nasal, antiglaucoma, midriático
 Apresentação: solução tópica: via nasal e oftálmica.
 Indicacao nasal: descongestionamento nasal, rinites alérgicas agudas e crônicas
 Indicação oftálmica: dilatador da pipilar, oftalmoscopia, retinoscopia, uveíte com
sinéquia posterior.
 Risco na gravidez: C
 Interacao medicamentosa: inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e metildopa,
aumentam níveis pressóricos.
 Farmacocinética e farmacodinâmica:
o Inicio de acao: 10 a 15 min
o Duração da acao: 1 h (midríase)
o Metabolismo: hepático e via MAO intestinal
o Excreção: urina.
 Cuidados: monitorar a PA, pulso, excitabilidade, ansiedade e irritabilidade. Utilizam
com cautela em pctes com DCV, glaucoma, hiperplasia prostática e idosos. Congestão
de rebote.

Agonistas 2-adrenérgicos  Simpaticolíticos de ação central


 Receptor 2 pré-sináptico
 Usos clínicos:
o Hipertensao: combinação com diuréticos.
 Ativação dos receptores nos centros de controle CV no SNC: Clonidina.
 Diagnóstico diferencial de hipertensão primária x feocromocitoma (tumor da medula
adrenal e neurônios simpáticos).
34

 Adjuvante em anestesia geral.


 Glaucoma
 Efeitos adversos gerais:
o Sedação  Efeitos de abstinência
o Xerostomia o Cefaleia
o Distúrbios do sono (sonhos o Apreensão
vívidos) o Tremores
o Inquietacao o Dor abdominal
o Depressão o Sudorese
o Disfunção sexual o Taquicardia
o Bradicardia

Fármacos utilizados
 Clonidina  Apracionidina
 Guanfacina  Brimodina
 Guanabenzo  Dexmedetomidina
 Tizanidina  Metildopa

Clonidina
 Categoria terapêutica: anti-hipertensivo, agonista 2 adrenérgico.
 Apresentação: comprimidos – via oral.
 Indicação: hipertensão arterial
 Risco na gravidez: riscos desconhecidos, orientar não utilizar.
 Interações medicamentosas: AINEs, antidepressivos tricíclicos (inibem o efeito da
clonidina), betabloqueadores, ciclosporinas (aumento da concentração séria da
ciclosporina).
 Farmacocinética:
o Inicio de acao: 30 min a 1 hora.
o Duracao: 6 a 10 hrs.
o Vd: 2,1 L/Kg (adultos): distribui-se nos sítios extravasculares.
o Ligação à proteína: 30 a 40%
o Biodisponibilidade: 75 a 95%
o Metabolismo: extensamente hepático.
o Meia-vida de eliminação: 6 a 20 h (18 a 41h em paciente com comprometimento
renal).
o Excreção: urina e fezes.
 Cuidados: não suspender abruptamente, orientar o pcte a não ingerir bebida alcoólica,
podendo aumentar depressão do sistema nervoso.

Tizanidina
 Categoria terapêutico: relaxantes musculares
 Apresentação: Comprimidos – VO
 Indicação:
 Espasmo muscular doloroso:
 Associado a distúrbios estáticos e funcionais da coluna (síndromes
cervical e lombar)
 Após cirurgia, como por ex, na hérnia de disco intervertebral ou
osteoartrite do quadril.
35

 Espasticidade decorrente de distúrbios neurológicos:


 Esclero múltipla, mielopatia crônica, doenças degenerativas da ME,
AVCs e paralisia cerebral.
 Risco na gravidez: dados não suficientes, não recomenda-se.
 Interações medicamentosas:
 Farmacos que inibem a atividade da CYP1A2 podem aumentar os níveis
plasmáticos da tizanidina.
 Fármacos que induzem a CYP1A2 podem diminuir os níveis da tizanidina.
 Orientar o paciente a não consumir álcool, sob risco de potencializar efeitos
depressivos do álcool no SNC..
 Fumantes (> cigarros por dia) podem necessitar de doses maiores do fármaco.
 Farmacocinética:
 Absorção rápida e quase completa, atingindo picos de concentração plasmática
aproximadamente uma hora após a administração da dose.
 Biodisponibilidade: 34%
 Distribuição: 2,6 L/Kg
 Ligação a proteínas: 30%
 Biotransformação: hepática
 Excreção: urina
 Cuidados: foram observadas hipertensão e taquicardia rebotes após a retirada repentina.
Em casos extremos, a hipertensão rebote pode levar a um AVC.

Brimonidina
 Categoria terapêutica: antiglaucoma.
 Apresentacao: solução tópica – colírio
 Indicacao: glaucoma de ângulo aberto, hipertensão intraocular.
 Riscos na gravidez: B.
 Interação medicamentosa: inibidores da MAO, barbitúricos, sedativos, analgésicos,
anti-hipertensivos, cardiotônicos, betabloqueadores.
 Farmacocinética:
 Meia-vida de eliminação: 3 h.
 Tmáx: 1 a 4 hrs.
 Metabolismo: hepático
 Excreção: urina.
 Cuidados: não dirigir ou operar máquinas. Não recomenda-se utilizar em crianças
menores de 2 anos.
Metildopa
 Categoria terapêutica: anti-hipertensivo, agonista 2 adrenérgico
 Apresentação: comprimidos – VO
 Indicação: tto da hipertensão moderada a grave. Tto da hipertensão grave durante
gravidez.
 Risco na gravidez: B.
 Interações medicamentosas: acetazolamina, anfetaminas, anticoncepcionais orais,
antidepressivos tricíclicos, bloqueadores -adrenérgicos, butirofenonas,
carbidopa+levodopa, fármacos hipotensores, IMAO, etc.
36

AGONISTA 1-ADRENÉRGICOS
Simpaticomiméticos de ação direta
- Quanto mais seletiva a molécula, menor efeito colateral.
Resumo dá pagina 182 – Rang.

 Receptor cardíaco
 Aumento da forca e da frequência de contração (condução atrioventriculo)
 Usos clínicos
o Tto de curto prazo de adultos para aumentar o DC em pacientes com
insuficiência cardíaca crônica grave
o Choque cardiogênico (provocado por infarte)
o Exames cardiológicos
 Farmacos: Dobutamina (uso hospitalar) e Prenalterol (agonista parcial).
 Dobutamina
o Cardiotonico não digitálico
o Apresentacao: bolsas contendo 1 mg/mL de dobutamina – sistema fechado 250
mL, IV
o Indicacao: suporte inotrópico em estados de hipoperfusao; risco de congestão
pulmonar e edema; insuficiência cardíaca aguda, tto de curto prazo em
descompensacao cardíaca.
o Risco na grvidez: B
o Interações medicamentosas: anestésicos: alta incidência de arrimias
ventriculares. -bloqueadores: antagonismo do efeito.
o Farmacocinética:
 Inicio da acao: 1 a 10 minutos
 Vd: 0,2 L/Kg
 Metabolismo: hepático, gerando metabólitos inativos
 Tmax: 10 a 20 minutos
 Excreção: urina (66%) e fezes (20%)
o Cuidados: usar com cautela em pacientes utilizando inibidores da MAO. Evitar
usar em pctes que possuem insufiencia cardíaca estável.
o A dobutamina também possui efeitos e receptores 1 em doses mais altas.
Aumenta a demanda de oxigênio pelo miocárdio, aumentando risco de infarto.

AGONISTA 2-ADRENÉRGICOS
 Receptor músculo liso (destaque sistema respiratório).
 Relaxamento
 Musculo esquelético: aumento da massa (actina e miosina, caso de dopping), tremor,
glicogenólise.
 Farmacos: Salbutamol, procaterol, terbutalina, fenoterol, clembuterol, metaproterenol,
salmeterol (inicio de acao lenta e acao prolongada – 12 h) e formoterol (acao longa –
12 h).
 Usos clínicos
o Profilaxia e tto do broncoespasmo observado na asma brônquica, bronquite
crônica e enfisema.
 Administracao em aerossol inalatório
 Ativação eficaz dos receptores em baixas concentrações
37

 Menor ativação de 1 e 2 de MM esqueléticos


 Rápida resposta terapêutica.
 Necessidade de treino de técnica
 Associados a esteroides
o Inibidor do trabalho de parto prematuro
 Ritodrina, VO ou IV.
 Efeitos colaterais/adversos:
o Ansiedade
o Taquicardia
o Risco em pctes com DCV adjacente
o Tremor de músculos esqueléticos – tolerância
o Hiper-reatividade brônquica (principalmente após retirada – rara, pouco notado
em pacientes com dosagens adequadas)
o Necrose do miocárdio (grandes doses)
o Agrava hiperglicemia em diabéticos (2, glicogenólise)
o Salbutamol
 2 adreneérgico de acao curta
 Apresentação: sptray, inalação, comprimido, xarope, injetável IV, IM e
SC
 Indicação: broncodilatador, reverte a obstrução das vias aéreas reversível
devido a asma ou a DPOC; prevenção de broncoespasmo induzido pelo
exercício.
 Risco na gravidez: C
 Interacoes medicamentosas: ipratróprio inalatório, inibidores da MAO,
antidepressivos tricíclicos, anfetamina, dopamina, dobutamina,
propranolol e bloqueadores -adrenérgicos, indutores da CYP3A4
(diminuição do efeito do salbutamol).
 Farmacocínetica:
 Inicio de acao: 3 a 5 min (inlacao); 2 a 3 horas (oral)
 Metabolismo: hepático
 Ligação a proteínas: 10%
 ½ vid eliminação: 4 a 6 hrs
 Excreção: urina (30% forma inalterada)
 Cuidados: uso prolongado pode causar tolerância, monitorar
VEF1 (Volume expiratório forçado), fluxo máximo e/ou provas
de função pulmonar, monitores pressão arterial, FC, glicemia e
potássio sérico.
o Terbutalina
 Categoria terapêutica: 2 adrenérgico de acao curta, medicamento para
asma.
 Apresentação: spray, inalação.
 Indicação: broncodilatador, reverte a obstrução das vias aéreas reversível
devido a asma ou a DPOC’
 Agente tocolítico (prevenção de parto prematuro)
 Risco na gravidez: B
 Interações: teofilina (reducao do efeito terapêutico da teofilina,
diuréticos de aça e tiazídicos, glicocorticoides, propranolol e
bloqueadores adrenérgicos)
 Farmacocinética:
38

 Inicio de acao: 6 a 15 min (SC); 30 min (VO) e 5 min (EV)


 Metabolismo: hepático (em conjugados sulfatos inativos)
 Ligação proteínas: 25%
 ½ vida eliminação: 11 a 12 h.
 Excreção: urina
 Cuidados: uso prolongado pode causar tolerância. Monitorar
VEF1 (volume expiratório forçado), fluxo máximo e/ou provas
de função pulmonar. Monitorar PA, FC, glicemia e potássio
sérico. Se usado como tocolítico, monitorar sinais de edema
pulmonar.
o Fenoterol
 Categoria: broncodialatador, antiasmático, agonista 2 adrenérgico
 Apresentação: gotas, comprimidos, aerossol, xarope.
 Indicação: tto e prevenção de sintomas de doenças pulmonares
obstrutivas reversíveis (asma e broncoespasmo agudo), bronquite
crônica e enfisema.
 Risco na gravidez: C
 Interacoes medicamentosas: teofilina (risco de toxicidade CV),
anestésicos halogenados (enflurano, halotano), anticolinérgicos, beta-
adrenérgicos, antidepressivos tricíclicos e inibidores da MAO.
 Farmacocinética:
 Inicio acao: 5 min
 Absorção: Via oral 30% é absorvido rapidamente e 70%
vagarosamente.
 Biodisponibilidade oral: devido ao intenso metabolismo de
primeira passagem, a biodisponibilidade cai para 1,5%
 Metabolismo: hepático (em conjugados sulfatos inativos)
 Tmax: 30 a 60 min.
 ½ vida eliminação: trifásico – 0,5 min., 14 min 3 h.
 Cuidados: evitar ou diminuir o consumo de cafeína e evitar
efedra, ioimbina, podem causar estimulação do SNC.
o Monitorar VEF 1, fluxo máximo e/ou provas de função
pulmonar. Monitorar a PA, FC, glicemia e K+ sérico.
o Salmeterol
 Categoria terapêutica: agonsita  adrenérgico de acao prolongada,
broncodilatador, antiasmático
 Apresentacao: spray (via inalatória)
 Indicação: tto de DPOC, asma, bronquite crônica e enfisema.
 Risco na gravidez: C.
 Interações medicamentosas: -bloqueadores (podem diminuir sua acao
e vice-versa)
 Farmacocinética:
 Inicio da acao: asma (30 a 48 min), DPOC (2 h)
 Metabolismo: hepático (Via CYP3A4)
 Ligação à proteínas: 96%
 ½ vida eliminação: 5,5 h.
 Excreção: fezes (60%) e urina (25%)
39


Cuidados: suspendem o tto caso ocorra broncoespasmo paradoxal. O uso
de salmeterol não substitui a terapêutica com corticoide inalatório, e sim,
deve ser utilizado em associação.
o Formoterol
 Categoria terapêutica: agonista 2 adrenérgico de acao longa
 Apresentação: spray inalatório
 Indicação: tto de DPOC, asma, prevenção de broncoespasmo causado
por exercício (>5 anos)
 Risco na gravidez: C
 Interações medicamentosas: simpaticomiméticos (podem aumentar o
efeito do formoterol) e -bloqueadores (podem diminuir sua a acao e
vice-versa).
 Farmacocinética:
 Inicio acao: 3 min (inalação)
 Absorção: rápida. Por VO produz efeito prolongado, mas um
inicio de acao bem mais lento que o inalado.
 Tmax: 30 a 60 min.
 Metabolismo: hepático
 Ligação à proteínas: 96%
 ½ vida eliminação: 10 a 14 h
 Excreção: fezes (30%) e urina (70%)
 Cuidados: cautela em pctes com DCV, diabetes, glaucoma, distúrbios
convulsivos, hipocalemia, hipertireoidismo.
 Monitoras VEF1, fluxo máximo e/ou provas de função
pulmonar. Monitorar PA, frequência cardíaca, glicemia e K+
sérico.

Caso clinico
Um menino de 8 anos de idade é levado ao consultório devido a uma tosse crônica. A mae diz
que ele tosse com frequenci ao longo do dia e também apresenta os sintomas duas ou três noites
por mês.
Isso tem sido um problema há cerca de um ano, mas parece piorar na primavera e no outono.
Ele também tosse mais quando está andando de bicicleta ou jogando futebol. Foi tratato duas
vezes no ano passado contra bronquite, com antibióticos e antitussígenos, mas nunca parece
melhorar completamente.
Seu exame é normal, exceto para os pulmões, que revelam sibilo à expiração.
Você diagnostica-o com asma.
Prescreve um inalador de salbutamol.

 Qual o mecanismo de acao do salbutamol?


 Quais são os efeitos colaterais mais comuns do salbutamol?
 Que medicamentos podem ser usados para fornecer controle em longo prazo dos
sintomas de asma?
 Medicamentos para o controle em longo prazo da asma:
o Corticosteroides inalados, agonista 2 de acao prolongada, cromolina ou
nedocromil, agentes de segunda linha incluem a teoflina oral, inibidores de
leucotrienos ou corticosteroides sistêmicos.
o ?
40
41

AGONISTA /
Adrenalina
 Vasoconstritor e estimulante cardíaco potente
 Utilizada em parada cardíaca (IM, IV ou intracardíaca)
 Utilizada no choque anafilático.
 Utilizada no broncoespasmo por asma (emergências)
Ação em 1, 1 e 2.
 Categoria terapêutica: agonista SNS
 Apresentação: solução injetável
 Indicação: parada cardíaca (ressuscitação: IV ou intracardíaca) IM, anafilaxia (IM) e
episódios severos de asma brônquica (SC).
 Aplicacao IM na coxa (vasto lateral)

Efedrina
 Parecida com adrenalina
 Derivado de Ephedra sp.
 Broncoespasmo agudo, choque, asma brônquica, descontegionante nasal, hipotensão
ortostática e idiopática
 Em desuso

ANTAGONISTAS -ADRENÉRGICOS
São simpaticolíticos.

Usos clínicos
 HAS
 ICC
 Hiperplasia prostática benigna
o Os dois primeiros não costumam ser de primeira escolha.

Hiperplasia prostática benigna


 Trigono da bexiga e uretra
 Hiperplasia prostática aumenta a resistência
 Relaxamento do M liso no colo vesical, na cápsula da próstata e na uretra prostática.

Tipos de Antagonistas -adrenérgicos


 Não seletivos entre os subtipos (p. ex., fenoxibenzanrina, fentolanrina)
 1 seletivos (ex.,prazosina,doxazosína,terazosina)
 2 Seletivos (ex., ioimbina,idazoxano)
42

Antagonistas -adrenérgicos não seletivos


São pouco usados na clinica devido efeitos colaterais.
 Fenoxibenzamina
 Não é especifica pois antagonista os receptores 1 e 2, além de receptores da
Ach, histamina e 5-HT.
 Ligação covalente com os receptores promove efeitos de longa duração.
 Indicação terapêutica:
 Hipertensao associado ao feocromocitoma.
 Taquicardia reflexa maior do que a dos antagonistas 1 seletivos.
 Fentolamina
 Perfil farmacológico similar ao da fenoxibenzamina
 Ligações não-covalentes nos receptores
 Indicacao terapêutica:
43

 Tto de disfunção erétil leve a moderada (tto de segunda linha).

Efeitos colaterais gerais e adversos dos seletivos e não seletivos


 1ª dose:
 hipotensão postural  um dos que  Tonturas
mais causam  Congestão nasal
 Taquicardia reflexa (barorreceptor)  Miose
 Rubor cutâneo, sensação de calor  Incontinência urinária
 Sincope  Inibição da ejaculação

Antagonistas 1 seletivos

Prazozina
 Categoria terapêutica: anti-hipertensivo
 Indicação: tto de hipertensão primária e secundária
 Risco na gravidez: C. excretado no leite materno.
 Interacoes medicamentosas: outros diuréticos aumentando o efeito hipotensivo.
 Reações adversas: hipotensão e sincope são os mais comuns.
 Farmacocinética:
 Inicio acao: 2 h
 Duração: 10 a 24 h
 Absorção: bem absorvido via oral.
 Tmax: 3 h.
 Biodisponibilidade: 43 a 82%
 Metabolismo: hepático
 Ligação a prroteinas: 92 a 97%
 Meia-vida eliminação: 2 a 4 h
 Excreção: urina
 Cuidados: podem ocorrer falsos-positivos nos testes de detecção de
feocromocitoma (ác vanil-mandélico urinário – VMA) e MHPG que são
metabólitos da NOR presentes na urina.

Doxazosina
 Categoria: antagonista 1
 Indicação: tto da hipertesao primária e da HPB.
 Risco na gravidez: C. excretado no leite materno desconhecida.
 Interações medicamentosas: outros diuréticos, -bloqueadores, bloqueadores de
fosfodiesterase S (sildenafila, tadalafila) podem aumentar o efeito hipotensivo.
 Farmacocinética:
 Início acao: 4 a 8 h (anti-hipertensivo) e até 2 semanas na HPB
 Vd: 1 a 3,4 L/Kg
 Ligação à proteínas: 98%
 T max: 2 a 3 h
 Biodisponibilidade: 62 a 69%.
 Metabolismo: hepático
 Meia-vida eliminação: 15 a 22 h.
 Excreçã: urina (9%), fezes (63%)
44

 Cuidados: monitorar PA. Pode ocorrer síncope em até 90 minutos após a primeira dose.
Antes de iniciar a terapia, descartar possibilidade de cancer de próstata.

Alfuzosina
 Categoria: antagonista 1
 Indicação: Tto da HPB
 Risco na gravidez: B.
 Interações medicamentosas: inibidores da CYP3A4, claritromicina, doxiciclina,
diclofenaco entre outros, podem aumentar os níveis de alfuzosina. Inibidores de
CYP3A4 podem diminuir os efeitos de alfuzosina.
 Farmacocinética:
 Absorção: diminuição de 50% em jejum
 Vd: 3,2 L/Kg
 Ligação a proteínas: 82 a 90%
 T max: 8 h após refeição
 Biodisponibilidade: 49% após refeições
 Metabolismo: hepático (CYP3A4)
 Meia-vida eliminação: 10 h
 Excrecao: urina (24%), sendo 11% como fármaco inalterado), fezes (69%)
 Cuidados: não deve ser utilizado como anti-hipertensivo; pode causar importantes
hipotensão ortostática e síncope, principalmente na primeira dose. Monitores fluxo
urinário e PA, suspender o tto caso ocorram (ou piorem) sintomas de angina. Descartar
carcinoma.

Tansulosina
 Categoria terapêutica: antagonista 1
 Indicação: tto da HPB (mais seletivo para receptores 1ª na próstata)
 Risco na gravidez: B. porém não indicado para mulheres
 Interações medicamentosas: diclofenaco e varfarina (pode aumentar a velocidade de
eliminação da transulosina)
 Farmacocinética:
 Absorção: adequada a partir do TG
 Ligação a proteínas: 82 a 90%
 T max: 4 a 5 h (jejum), 6 a 7 h após refeição
 Biodisponibilidade: 30% após refeições
 Metabolismo: hepático
 1/2 vida eliminação: 14 a 15 h
 Excreção: urina e fezes
 Cuidados: descartar carcinoma antes do tto. Os pacientes devem ser lertados quanto
à realização de tarefas perigosas ao iniciarem a terapia ou quando do aumento das
doses, visto hipotensão ortostática e síncope. Suspensem em caso de angina ou piora
da angina.

Antagonistas 2 seletivos

Ioimbina (feita do Pau-de-Cambinda.. viagra africano)


 Categoria terapêutica: antagonista 2
45

 Indicação: tto de disfunções sexuais masculinas de origem psicogênica, vascular ou


diabética (eficácia não bem definida)
 Efeitos adversos: ansiedade, tontura, cefaleia, excitação, insônia e sintomas de mania já
foram descritos. Outros evetos adversos incluem piloerecao, rinorreia,  da atividade
motora, nervosismo, irritabilidade, vertigem e tremores.

Antagonistas 

Efeitos farmacológicos
 Receptores 1 cardíacos: reduzem a frequência e forca de contração do miocárdio
 Vasoconstricao periférica
 Broncoconstricao;
 Aumento na retenção de sódio
  glicogenólise: hipoglicemia
 Modificam o metabolismo de carboidratos e lipídios
 Os efeitos são discretos em pacientes em repouso.

Usos clínicos
 DCV  Glaucoma de ângulo aberto
 HAS  Proxilaxia da enxaqueca
 Angina  Tto de acatsia provocada por
 Arritmias antipsicótiocs
 Síndromes coronarianas  Situações de estresse emocional
 ICC  Dopping em esporte de tiro
 IAM
*A maioria dos fármacos é inativa para receptores 3, de modo que não afetam a lipólise.

HAS
 PA = DC X RVP
 DC = FC X VE
 Relação da pressão arterial com o débito cardíaco e com a resistência
vascular periférica

Efeitos colaterais e adversos


 Podem induzir ICC em pctes suscetíveis
 Bradicardia severa em pacientes com defeito na condução AV
 Sinergismo com antiarrítmico: bloqueadores de canasi de Ca++
 Tolerância
 Bloqueio 2 em pctes asmáticos
 Fadiga
 Extremidades frias.

Propranolol (Inderal)
 Altamente lipofílico
 Grande variação interpessoal na depuração plasmáticas
 Bloqueador adrenérgico não seletivo, beta-bloqueador, anti-hipertensivo
46

 Indicação: hipertensão, angina pectoris, tremores, taquicardias


ventriculares, prevenção de infardo do miocárdio, profilaxia de
enxaqueca, tratamento sintomático da estenose subaórtica hipertrófica
 Risco na gravidez: C; D (2º e 3º trimestre, necessitando acompanhamento
de especialista)
 Farmacocinética: ação 1 a 2 hrs. Ação de quase 100% (exceto com uso de
antiácidos), ligação a proteínas 93%, Tmax 4 a 5h e 6ª7h após a refeição,
biodisponibilidade 30% a 40%, metabolismo hepático com extenso efeito
de primeira passagem, meia vida, eliminação: 3 a 5h; excreção: urina.
 A ingestão de alimentos reduz o metabolismo do propranolol e aumenta
sua disponibilidade biológica.
 Monitorar PA e FC.

Nadolol (Corgard)
 Hidrossoluvel, absorção incompleta
 Menores efeitos no SNC

Timolol (Timoptol, Nyolol)


 Formulação oftálmica pode sofrer absorção e provocar efeitos adversos sistêmicos
 Utilizado para glaucoma de ângulo aberto, glaucoma afáquico e hipertensão ocular
associada a uveíte
 Risco de gravidez: C. Pode ser detectado no leite após administração oftálmica.
 Pode entrar no sistema circulatório via canal lacrimal
 Farmacocinética: Inicio de ação: 30 minutos; ligação a proteínas: fraca;
Biodisponibilidade: 30%a40%, metabolismo hepático, meia vida/eliminação 4h,
excreção: urina
 Cuidados: Colírio pode ser absorvido e causar efeitos colaterais. Em qqr sinal de ICC
descontinuar o uso, evitar em pacientes com DPOC

Pindolol
 Depressão do nodo SA e AV
 Broncoconstrição (mais que os outros)

Antagonistas 1 Seletivos

Metoprolol (Lopressor)
 Antihipertensivo
 Tratamento da HÁ, angina pectoris crônica, profilaxia e tratamento de arritimias
cardíacas, profilaxia do reinfarto do mioc´radio, tratamento após IAM, controle de
angina, tto de tremores, adjuvante no tto do feocromocitoma, adjuvante no tto de
ansiedade
 Risco na gravidez: C, melhor do que Atenolol
 Farmacocinética: Vd: 3,2 a 5,6. Ligação 12%, Tmax 4 a 5h Biodisponibilidade 40%,
metabolismo hepático via CYP 2D6, meia vida eliminação 3ª7h, excreção urina
 Não é removido na hemodiálise
47

 Portadores de ICC  oferece mais riscos de depressão a contratilidade cardíaca.


Suspender o tto de forma gradual.

Betaxolol (Betoptic)

Atenolol (Angipress)
 Anti-hipertensivo, antiarrítmico, betabloqueador
 Tratamento de HA, angina pectoris, arritmias cardíacas e tto após IAM.
 Risco na gravidez: D
 Pode causar bradicardia resistente, hipotensão artérial, hipoglicemia
neonatal, depressão respiratória fetal, retardo no crescimento intrauterino
 Farmacocinetica: rápida. Ligação 3 a 15%, tmax 4 a 5h
Biodisponibilidade 40%, metabolismo hepático, eliminação 6ª7h,
Excreção: urina
 Terapia não pode ser interrompida abruptamente, mas reduzida
gradativamente, evitando taquicardia aguda, HÁ ou isquemia. Em
pacientes diabéticos pode mascarar sintomas de hipoglicemia. Monitorar
frequência cardíaca e PA. Pode ocasionar diminuição da concentração de
HDL e aumentar LDL.

Bisoprolol (Concor)

Esmolol (Brevibloc)
 Duracao de acao muito curta
 IV em pctes hospitalizados.

Acebutolol

Antagonistas /

Labetalol

Carvedilol
 Alfa1, beta2 e b1
 Inibição da receptação de NA
 Tratamento de hipertensão crônica
 Insuficiencia cardíaca congestiva
 IV para emergências
 Hipotensor artéria, cardiotônico não digitálico
 Tto de insuficiência cardíaca, disnfunção ventricular esquerda após
infarto do miocárdio, controle da HÁ
 Risco na gravidez: C e D (2º 3º trimestres)
48

 Farmacocinética: início de 1 a 2h. Absorção oral rápda. Vd: 1,5 a 2l.


Ligação a proteínas: 98%; Biodisponibilidade: 25ª45%; Metabolismo:
hepático com efeito de 1ª passagem importante; Meia vida eliminação 7 a
10h, excreção: fecal
 Cuidados: Ingestão com alimentos minimiza risco de hipotensão
ortostática. Monitorar FC, função renal e hepática. Uso não indicado para
pacientes com disfunção hepátia grave. Reduzir a dose gradualmente.

Nevibolol
 Antagonista 1e indução de síntese de NO.

Simpaticomiméticos indiretos
 Fármacos que diminuem a recaptacao ou que aumentam a liberação de NOR.

Trabalho
 Fármacos que inferferem na síntese de norepinefrina
 Fármacos que afetam o armazenamento da norepinefrina
 Fármacos que afetam a liberaçaõ de norepinefrina
 Fármacos bloqueadores de neurônios noradrenérgicos
 Aminas simpatomiméticas de açaõ indireta
 Inibidores da captura de norepinefrina

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