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UNICEP 2021

FARMACOCINÉTICA E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Prof. Dr. Daniel Sivieri Cordeiro


A farmacocinética, de maneira simplificada, é tudo aquilo que o organismo faz com o fármaco. Ou seja, o
organismo: absorve, distribui, metaboliza (biotransforma) e elimina.

Dose de fármaco
administrada
ABSORÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Concentração do fármaco na Fármaco nos tecidos
circulação sistêmica de distribuição
FARMACOCINÉTICA

Concentração do fármaco no
sítio (local) de ação Fármaco metabolizado
ou excretada

Efeito farmacológico

Resposta clínica FARMACODINÂMICA

Toxicidade Eficácia
FARMACOCINÉTICA X FARMACODINÂMICA

Avalia o que o organismo faz com o fármaco:


fármaco Avalia oo que
Avalia que oo fármaco
fármaco faz
faz no
no organismo
organismo:

✓ absorção do fármaco ✓ mecanismo de ação

✓ distribuição do fármaco ✓ efeitos bioquímicos

✓ biotransformação ✓ efeitos fisiológicos

✓ eliminação do fármaco ✓ Relação concentração-efeito

✓ Relação dose-concentração

Determinam a A resposta e a

rapidez e o tempo sensibilidade

levado para a droga determinam a magnitude

aparecer no órgão do efeito de determinada

alvo concentração
FARMACOCINÉTICA - INTRODUÇÃO

Farmacologia

Farmacocinética Farmacodinâmica

“O que seu corpo “O que o


faz com o fármaco faz no
fármaco” seu corpo”
Processos Farmacocinéticos:

ABSORÇÃO

EXCREÇÃO DISTRIBUIÇÃO

METABOLIZAÇÃO
(BIOTRANSFORMAÇÃO)
Administração, Distribuição, Metabolização e Eliminação dos fármacos
Farmacocinética
Administração

Absorção

Distribuição

Biotransformação
ou Metabolização

Eliminação

RINS FÍGADO
FÍGADO
RINS
Depuração renal: eliminação da Biotransformação do composto original em um ou +
droga inalterada na urina metabólitos e/ou excreção da droga inalterada na bile
ABSORÇÃO
ESTÁGIOS DO FÁRMACO NO ORGANISMO

Administração
do Fármaco

I Fase II Fase III Fase


Biofarmacêutica Farmacocinética Farmacodinâmica

-Liberação do Princípio Ativo - Absorção


- Interação Fármaco-
- Interação no sítio de - Distribuição Receptor no Tecido Alvo
Administração - Metabolismo
- Excreção

Fármaco Disponível Fármaco Disponível Efeito


para Absorção para Ação Farmacológico
PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS – INTER-RELAÇÕES

RESERVATÓRIOS TECIDUAIS
LOCAL DE AÇÃO ligado - livre
TERAPÊUTICA LOCAL DE AÇÃO
“Receptores” INESPERADA
ligado - livre ligado - livre
COMPARTIMENTO
CENTRAL

ABSORÇÃO DEPURAÇÃO
DOSE DO [FÁRMACO LIVRE]
FÁRMACO EXCREÇÃO
LIBERAÇÃO
Fármaco ligado
às proteínas Metabólitos

METABOLISMO
ABSORÇÃO
DEFINIÇÃO

✓ É a transferência de um fármaco desde o seu local de


administração até a circulação sanguínea.

✓ A velocidade e a eficiência da absorção vai depender entre


outros fatores da via de administração
ABSORÇÃO
A absorção trata-se do processo farmacocinético em que há a passagem do
fármaco de seu local de administração (por exemplo, o trato
gastrointestinal) para a corrente sanguínea. Essa passagem ocorre através de
membranas biológicas, altamente lipofílicas, sendo o principal mecanismo
para esse transporte a difusão passiva através dos lipídeos, na qual não há
gasto energético, e que ocorre a favor do gradiente de concentração (do local
mais para o menos concentrado).

LOCAL DE PLASMA
ABSORÇÃO
ADMINISTRAÇÃO SANGUINEO
PRINCIPAIS FORMAS PELAS QUAIS OS FÁRMACOS ATRAVESSAM AS MEMBRANAS

Difusão por meio Mediada por


dos lipídeos transportador

Vias pelas quais os solutos podem atravessar as membranas celulares.


(As moléculas também podem cruzar barreiras celulares por pinocitose).

Difusão Difusão
através dos através do Transportador
lipídeos canal
aquoso
EXTRACELULA
R

MEMBRANA

INTRACELULA
R
ABSORÇÃO
Apolares, polares Polares massa Polares, carga Alta massa molecular
com reduzida massa molecular moderada elétrica, massa
molecular molecular moderada
(2014 – VUNESP – SAP/SP) - A figura apresentada esquematiza as principais maneiras ou vias
pelas quais um fármaco é capaz de atravessar as membranas celulares. W X Y Z. Assinale a
alternativa correta em relação à entrada de um fármaco nas células.

(A) A letra Z corresponde ao processo de difusão direta, através dos lipídeos.

(B) A letra W esquematiza a combinação da droga com um transportador de membrana.

(C) A letra X corresponde ao processo denominado pinocitose.

.
(D). Os fármacos atravessam as membranas lipídicas, principalmente por difusão através dos lipídios e
transferência mediada por transportadores.

(E) A letra Y corresponde à difusão através de poros aquosos que atravessam os lipídeos
A ABSORÇÃO DEPENDE DAS CARACTERÍSTICAS DOS FÁRMACOS

Fármacos são ácidos ou bases FRACAS

pH do meio

ABSORÇÃO FARMÁCOS TEM QUE ESTAR NA FORMA MOLECULAR

Para que um fármaco seja absorvido, atravessando as barreiras biológicas, é necessário


que ele esteja em sua forma molecular (NÃO IONIZADA - que é LIPOFÍLICA). A forma
ionizada do fármaco não consegue atravessar as barreiras, em decorrência do caráter
hidrofílico de íons.
SENDO ASSIM:

Melhor absorvido
FÁRMACO ÁCIDO
em meio ÁCIDO

Melhor absorvido
FÁRMACO BÁSICO
em meio BÁSICO

- Um fármaco ÁCIDO em meio BÁSICO se IONIZA (Caráter hidrofílico) -> NÃO é absorvido

- Um fármaco BÁSICO em meio ÁCIDO se IONIZA (caráter hidrofílico) -> NÃO é absorvido
ABSORÇÃO DE MEDICAMENTOS
Fármacos são ácidos ou bases fracas presentes nas soluções tanto sob a
forma ionizada (BH+ ou A-) quanto não ionizadas (B ou HA). Variam de
acordo com o pH.

Ionizada (BH+ ou A-)


Lipossolubilidade baixa sendo
incapaz de atravessar as
membranas

Não-ionizada (B ou HA)
Lipossolúveis e podem se
difundir através da membrana
Em qual pH a aspirina será melhor absorvida?

1 = 3 + log [A- ] log [A- ] = -2 log [A- ] = log 0,01


[HA] [HA] [HA]

[A- ] = 1
[HA] 100 [HA] = 100 vezes maior que [A-]

Estômago (ácido)
Como será absorção da aspirina no pH = pKa?

3 = 3 + log [A- ] log [A- ] = 0 log [A- ] = log 1


[HA] [HA] [HA]

[A- ] = 1
[HA] [A- ] = [HA]
E como será a absorção da aspirina em pH básico ??

8 = 3 + log [A- ] log [A- ] = 5 log [A- ] = log 100.000


[HA] [HA] [HA]

[A- ] = 100.000 [A- ] = 100.000 vezes maior que [HA]


[HA]
(AOCP- EBSERH-HU-UFJF)- Os fármacos são eletrólitos fracos com propriedades de
bases e ácidos, que se ionizam parcialmente em soluções influenciadas pelo pH do
meio. Fármacos que se mantêm na forma molecular apresentam maior
lipossolubilidade, diferente dos ionizados que apresentam maior hidrossolubilidade.
Considerando um fármaco que apresenta características de ácido fraco, quando
administrado pela via oral, qual das alternativas a seguir apresenta corretamente o local
propício no sistema digestivo humano, pH do meio, e o estado do fármaco, os quais
facilitarão a sua absorção?

(A) Estômago, com pH de aproximadamente 2, deixando o fármaco no estado iônico.


(B) Jejuno, com pH de aproximadamente 8, tornando o fármaco no estado molecular.
(C) Jejuno, com pH de aproximadamente 8, tornando o fármaco no estado iônico.
(D) Cólon, com pH de aproximadamente 8, tornando o fármaco no estado molecular.
(E). Estômago, com pH de aproximadamente 2, tornando o fármaco no estado molecular.
FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS
Há uma série de fatores que interferem na absorção dos fármacos, sendo que estes
fatores estão relacionados: ao próprio fármaco, ao paciente e à via de
administração.

Fatores que afetam a


absorção dos fármacos

Relacionados Relacionados Relacionados á


ao fármaco ao paciente via de
administração
FATORES RELACIONADOS AO FÁRMACO

• Solubilidade e Polaridade: Quanto mais lipossolúvel e Apolar, melhor a absorção;

• Peso Molecular: Quanto menor o peso molecular mais rápida a passagem pela membrana

• Forma Farmacêutica: Soluções são mais rapidamente absorvidas.

Para ser absorvido, necessariamente o fármaco deve estar em solução!


Assim, para formas farmacêuticas sólidas, primeiro há a desintegração
do sólido (FASE FARMACÊUTICA), o qual, então, fica em solução,
para ser absorvido.
FATORES RELACIONADOS AO PACIENTE
• Tempo de Transito do Trato Gastrointestinal
- Ex: Diarreia – Fármaco passa muito rapidamente pelo estômago e intestino e não
tem tempo de ser absorvido;
- Ex2: Aumento da velocidade do esvaziamento gástrico (passagem do estômago
para o intestino), aumenta a velocidade de fármacos absorvidos no intestino.

• Presença de Alimentos
- Alguns fármacos formam complexos insolúveis com determinados componentes
de alimentos, impedindo sua absorção. Ex: tetraciclinas com leite; Digitálicos com
alimentos ricos em pectina (ex: feijão). Há outros fármacos, que têm sua absorção
facilitada pela presença de alimentos.

• Fluxo sanguíneo
- Quanto maior o fluxo sanguíneo, mais rápido ocorre a absorção. Situações de
hipovolemia ou insuficiência cardíaca retardam a absorção.
(2014 – VUNESP – SAP/SP) - Em relação à absorção de fármacos no intestino, é
correto afirmar que:

(A). tipicamente, cerca de 75% de um fármaco administrado oralmente são


absorvidos no período de 1 a 3 horas, mas diversos fatores, fisiológicos, ou
relacionados com a formulação, podem alterar a absorção.
(B) ácidos fortes, com pKa de 3 ou menos são bem absorvidos, porque estão
totalmente ionizados.
(C) o tamanho da partícula e o tipo de formulação pouco ou nada interferem na
absorção.
(D) bases fortes, com pKa de 10 ou mais são bem absorvidas, porque estão
totalmente ionizadas.
(E) existem alguns casos em que a absorção intestinal não depende de
transportadores específicos, o que ocorre no caso do ferro.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
As vias de administração podem ser dividida em 2 grandes grupos:

Passa pelo trato gastrointestinal Não passa pelo trato gastrointestinal

Via Enteral Via Parenteral


Via Oral Intravenosa

Via sublingual Intramuscular

Via Retal Subcutânea

Tópica

Outras (pulmonar,
intratecal, etc.)
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA ORAL
Via de administração mais comum. Tipicamente, cerca de 75% de um fármaco administrado
oralmente são absorvidos no período de 1 a 3 horas, mas diversos fatores, fisiológicos, ou
relacionados com a formulação, podem alterar a absorção.
VANTAGENS DESVANTAGENS
GRAU DE ABSORÇÃO VARIÁVEL
COMODIDADE (DEPENDE DE MUITOS FATORES,
COMO PRESENÇA DE ALIMENTOS P.EX.
INDOLOR
REQUER ADESÃO/COOPERAÇÃO
FÁCIL ADMINISTRAÇÃO DO PACIENTE

IMPRATICÁVEL PARA PACIENTES


ECONOMIA COM NÁUSEA E VÔMITOS

PERMITE REMOÇÃO DO FÁRMACO PODE HAVER DESTRUIÇÃO DO


EM CASO DE INTOXICAÇÃO FÁRMACO POR ENZIMAS DISGESTIVAS
PRÓPRIA PARA ADMINISTRAÇÃO BIODISPONIBILIDADE -VARIÁVEL
DE PRÓ-FÁRMACO
VIA ORAL

- Absorção intestinal
- (efeito de primeira passagem – fígado)

- Absorção sublingual –
- Veia cava - sem efeito de primeira passagem

- Ex.: Anti-hipertensivos, analgésicos (torasegic), rivotril.


Absorção veias abaixo da língua – direto para o sangue)
VIA ORAL
Parâmetro farmacocinético que avalia a QUANTIDADE e a
VELOCIDADE de fármaco que chega à circulação sistêmica
quimicamente INALTERADO e que pode exercer o efeito
terapêutico
BIODISPONIBILIDADE
Indica a velocidade e a extensão de absorção de um
princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua
curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua
excreção na urina.

Uma parte daquilo que é administrado pela Via Oral não alcança a circulação
sistêmica, quer seja por ser destruída no Trato Gastrointestinal, ou por sofrer
efeito de primeira passagem no fígado (assunto que será tratado mais à frente).
A Biodisponibilidade, portanto, refere-se à PARCELA do fármaco que CHEGA á
circulação sistêmica e que está disponível para exercer o efeito terapêutico.
Fatores que interferem na Biodisponibilidade:

Degradação Solubilidade do Metabolismo Via de Absorção


enzimática fármaco e grau de 1ª passagem administração incompleta
de absorção

METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM

Quando o fármaco é absorvido por Via Oral, ele passa pelo estômago, intestino e em
seguida pelo fígado, através da circulação porta-hepática, onde sofre a primeira
metabolização. Só depois, entra na circulação SISTÊMICA e pode ser distribuídos pelos
diversos tecidos. Ou seja, antes mesmo de entrar na circulação sistêmica, uma fração do
fármaco é metabolizada. Daí, a biodisponibilidade ter como um dos fatores que a
influenciam o metabolismo de primeira passagem.

Obs.: o fígado é o PRINCIPAL órgão em que ocorre o metabolismo de primeira passagem,


entretanto, este também pode ser efetuado pelo INTESTINO e pelo PULMÃO.
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM
Fatores que influenciam na absorção dos fármacos

FATORES MAIOR MENOR


ABSORÇÃO ABSORÇÃO
Concentração Maior Menor
(dosagem)
Forma Farmacêutica Líquida Sólida
Área Absortiva Grande Pequena
Circulação local Grande Pequena
Condições patológicas Inflamação Inchaço
Fatores que influenciam na velocidade de absorção dos fármacos

FATORES MAIOR MENOR


ABSORÇÃO ABSORÇÃO
Tempo de Menor Maior
esvaziamento gástrico
Motilidade Intestinal Menor Maior
Alimento Ausência Presença
Fatores na formulação Presença Ausência
Metabolismo entérico Ausência Presença
(2010 / Pref. São José de Espinharas/PB - PaqTcPB)- Termo utilizado para indicar a velocidade e a extensão
de absorção de um princípio ativo em forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na
circulação sistêmica ou sua excreção na urina:

A). Biodisponibilidade.
B) Volume aparente de distribuição.
C) Volume de distribuição.
D) Bioequivalência.
E) Depuração.

(2010 / HOSPITAL OPHIR LOYOLA - IDECAN)- Em geral, existem algumas opções de vias pelas quais um
agente terapêutico pode ser administrado e, por esta razão, o conhecimento das desvantagens das diferentes
vias de administração é fundamental. Assinale a via de administração de fármacos que possui as seguintes
desvantagens " Possui absorção limitada de alguns fármacos em função de suas características; vômitos
causados por irritação de mucosa; destruição de alguns fármacos pelas enzimas digestivas ou pelo baixo
pH; irregularidades na absorção. A biodisponibilidade pode ser errática e parcial. Necessidade de contar com
a adesão do paciente.":

A) Via intravenosa.
B) Via subcutânea.
C) Via intramuscular.
D). Via oral.
(2010 / Pref. Santana dos Garrotes/PB – PaqTcPB) - Marque a alternativa INCORRETA:

A) A biodisponibilidade refere-se à fração de uma dose ingerida de uma substância que tem acesso
à circulação sistêmica.

B) A biodisponibilidade pode ser baixa, devido à absorção incompleta, ou devido ao metabolismo da


substância na parede intestinal ou no fígado antes de alcançar a circulação sistêmica.

C). A biodisponibilidade é utilizada para indicar a proporção da substância que passa para a
circulação sistêmica após a administração oral, levando em consideração a absorção, mas não a
degradação metabólica

D) A bioequivalência significa que, se uma formulação de uma substância for substituída por outra,
não haverá consequências clinicamente adversas.

E) A bioequivalência entre medicamentos confere evidências de como o novo produto comporta-se


de modo suficientemente semelhante ao existente para substituí-lo sem causar problemas clínicos.
SUBLINGUAL
VANTAGENS DESVANTAGENS
IMPRÓPRIO PARA SUBSTÂNCIAS
RÁPIDO E INTENSO EFEITO
IRRITANTES E DE SABOR
DESAGRADÁVEL
ÚTIL PARA USO PONTUAL DE SUBSTÂNCIA
INSTÁVEIS EM pH GÁSTRICOOU QUE SEJAM
INTENSAMENTE METABOLIZADAS PELO FÍGADO

NÃO SOFRE EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM


PORQUE A DRENAGEMDA BOCA DIRIGE-SE À VEIA
CAVA SUPERIOR

A via de administração sublingual NÃO sofre metabolismo de


primeira passagem, pois os fármacos passam DIRETAMENTE para a
circulação sistêmica, escapando do sistema porta.
(HUAP - UFF) A administração sublingual tem significado especial para
determinadas drogas, a despeito do fato de que área de superfície disponível seja
pequena. Com base nessa assertiva, marque a alternativa correta.

A) O metabolismo hepático na primeira passagem é potencializado nesta via.

B). Como a drenagem venosa da boca dirige- se para a veia cava superior, a droga
fica protegida contra o metabolismo rápido da primeira passagem pelo fígado.

C) A via sublingual é comumente escolhida quando se busca ação lenta e


prolongada.

D) Drogas não ionizadas, que possuem lipossolubilidade elevada, não são eficazes
por via sublingual.

E) Como a drenagem venosa da boca dirige- se para a veia cava superior, a droga
não fica protegida contra o metabolismo rápido da primeira passagem pelo fígado.
VIA RETAL

VANTAGENS DESVANTAGENS
PROTEGE OS FÁRMACOS SUSCEPTÍVEIS DA A ABSORÇÃO PODE SER INCOMPLETA,
INATIVAÇÃO GASTROINTESTINAL E HEPÁTICA, ESPECIALMENTE EM PACIENTES COM
POIS SOMENTE 50% DO FLUXO VENOSO RETAL TEM MOTILIDADE INTESTINAL AUMENTADA.
ACESSO À CIRCULAÇÃO PORTA PODE IRRITAR A MUCOSA
ALTERNATIVA PARA QUANDO A INGESTÃO NÃO É IMPRÓPRIO PARA SUBSTÂNCIAS
POSSÍVEL IRRITANTES

DESCONFORTO

1. Supositórios
2. Irrigação ou lavagem
3. Enemas ou clister
VIA RETAL

Indicações: Estados de coma, inconsciência, náuseas e vômitos

Exemplos de fármacos: Diazepam, metronidazol e alguns antiinflamatórios e antieméticos

A via retal pode ser utilizada tanto para produção de efeito LOCAL (anti-inflamatório) quanto para
efeito SISTÊMICO.

- Se a administração através do supositório for realizada na porção FINAL do reto, o fármaco é


levado direto para a veia cava inferior, contornando assim o fígado, EVITANDO o efeito de
primeira passagem.

- Entretanto, se a administração for realizada na porção INICIAL, há drenagem para a veia porta, e
o efeito de primeira passagem OCORRE.

- Deve-se considerar que os supositórios quando inseridos na porção final do reto tendem a mover-
se para cima, onde predominam veias hepáticas. Assim, só se pode presumir que 50% de uma
dose retal contorne o fígado.
VIA PARENTERAL

O termo parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros” (tubo digestivo),
significando a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem
utilizar o trato gastrointestinal.

Principais vias: Outra vias Parenterais:


Intradérmica (I.D.), Intra-arterial (I.A).
Subcutânea (S.C.), Ex.: tratamento de carcinomas, drogas vasodilatadoras e drogas
Intramuscular, (I.M.), trombolíticas (tratamento de embolia);
Intravenosa ou Intracardíaca (adrenalina)
Enndovenosa (I.V. ou E.V.) Intra-aracnídea (via subaracnóide – intratecal)
Intraperitoneal
Intra-óssea
Intra-articular
Intrassinovial (articulação)
“agulhas”
VIA PARENTERAL - SUBCUTÂNEA

- A medicação é introduzida na tela subcutânea (tecido subcutâneo ou hipoderme


- Absorção lenta, através dos capilares, forma contínua e segura
- Usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo), anticoagulantes
(heparina) e hipoglicemiantes (insulina).
VIA PARENTERAL - SUBCUTÂNEA

VANTAGENS DESVANTAGENS

ABSORÇÃO LENTA MAS CONSTANTE (EFEITO CASO O COMPOSTO CAUSE IRRITAÇÃO,


MANTIDO) PODE CAUSAR DOR E LESÃO TECIDUAL

PERMITE A AUTOADMINISTRAÇÃO NÃO PERMITE ADMINISTRAÇÃO DE


GRANDES VOLUMES (MÁXIMO 1,5 mL)

EVITA O EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM


VIA PARENTERAL - INTRAMUSCULAR

- Via muito utilizada, devido a rápida absorção

- Músculo escolhido
- Deve ser bem desenvolvido
- Ter facilidade de acesso
- Não possuir vasos de grande calibre
- Não ter nervos superficiais no seu traje

Volume injetado:
região deltoide – de 2 a 3 mL
região glútea – de 4 a 5 mL
músculo da coxa – de 3 a 4 mL
VIA PARENTERAL - INTRAMUSCULAR
VANTAGENS DESVANTAGENS

EFEITO RÁPIDO DOR / DESCONFORTO

POSSIBILIDADE DE USO EM PACIENTES PODE GERAR HEMATOMAS, LESÃO


INCONSCIENTES CELULAR

MAIOR VOLUME QUE DA VIA SUBCUTÂNEA

EVITA O METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM

Tempo de absorção variável


Para soluções: Absorção rápida
Para suspensões / emulsões: Absorção lenta
VIA PARENTERAL - INTRAVENOSA

- Introdução de medicação diretamente na veia (CUIDADO).

- Aplicação
- Membros superiores
- Evitar articulações
- Melhor local: face anterior do antebraço “esquerdo”

Indicações
Necessidade de ação imediata
Necessidade de injetar grandes volumes – hidratação p.e.
Introdução de substâncias irritantes de tecidos
VIA PARENTERAL - INTRAVENOSA
Na via Intravenosa NÃO há absorção, já que, o fármaco é administrado diretamente na via sanguínea. Assim,
sua biodisponibilidade é de 100%.

VANTAGENS DESVANTAGENS
POSSIBILITA ADMINISTRAÇÃO DE GRANDES
REVERSÃO DO EFEITO NÃO É POSSÍVEL
VOLUMES

PODEM SER ADMINISTRADAS SUBSTÂNCIAS AS REAÇÕES MAIS SEVERAS OCORREM POR


ESTA VIA (DISTRIBUIÇÃO MAIS RÁPIDA E
IRRITANTES
EM MAIORES CONCENTRAÇÕES)
UTILIDADE EM CASOS DE EMERGÊNCIA ALTO CUSTO (NECESSIDADE DE
MATERIAIS PARA PREPARAÇÃO E MÃO-
HÁ CONTROLE EXATO DA DOSE (NÃO HÁ DE-OBRA)
METABOLISMO DE 1ª PASSAGEM)
IMPRÓPRIO PARA SOLVENTES OLEOSOS
POSSIBILIDADE DE USO EM PACIENTES
INCONSCIENTES IRRITAÇÃO NO LOCAL DA APLICAÇÃO
/ DESCONFORTO
AÇÃO RÁPIDA
COMPARAÇÃO DE APLICAÇÃO - VIA PARENTERAL
VIA PARENTERAL - TÓPICA
- Via tópica ou por administração epidérmica, aplicação de substâncias ativas
diretamente na pele, ou em áreas de superfície de feridas, com efeito local, tais como:
pomada, cremes, sprays, loções, colutórios, pastilhas para garganta.

Nesta via, a administração é realizada diretamente


na pele ou mucosa. Podemos dividir esta via em:

• CUTÂNEA
• INTRANASAL
• OFTÁLMICA
• AURICULAR
Cutânea

VANTAGENS DESVANTAGENS
MINIMIZA A OCORRÊNCIA DE EFEITOS ADVERSOS
SISTÊMICOS; IRRITAÇÃO LOCAL E ALERGIAS

PRATICAMENTE NÃO OCORRE METABOLISMO DE


PRIMEIRA PASSAGEM (POUCO SIGNIFICATIVO) FOTOSSENSIBILIDADE

SÓ PODE SER UTILIZADA COM MOLÉCULAS


FÁCIL APLICAÇÃO E INDOLOR
LIPOFÍLICAS E PEQUENAS
VIA RESPIRATÓRIA – INALATÓRIA OU PULMONAR
- Ex.: fossas nasais até os brônquios: pequenas partículas líquidas ou sólidas geradas por
nebulização ou aerossóis

- Nebulização e vaporização: Utiliza-se aparelho nebulizador (ultrassônico) para


administrar medicamentos. Inspirar pelo nariz e expirar através da boca. (Ex.: solução
fisiológica, atrovent, berotec)

- Aplicações na garganta: Abrir bem a boca e apertar o spray, procurando atingir toda a
parede da garganta. Fechar a boca e procurar não engolir a saliva durante 1 a 2 min. É
só beber água ou outro líquido após 30 min. Ex.: Salbutamol
VIA RESPIRATÓRIA

VANTAGENS DESVANTAGENS
A EFICÁCIA DO AEROSSOL DEPENDE:
EFEITO RÁPIDO
-DA AMPLITUDE DE METABOLIZAÇÃO
DO FÁRMACO PELO PULMÃO;
-DO TAMANHO DA PARTÍCULA DISPERSA
PODE SER UTILIZADA TANTO PARA EFEITO NO MEIO GASOSO (DEVE SER ENTRE 2 E 5
LOCAL (EX: BRONCODILATADOR) QUANTO μm) – PARTÍCULAS MENORES DE 2μm
SISTÊMICO (EXEMPLO: ANESTÉSICO) VOLTAM PELA EXPIRAÇÃO E MAIORES
QUE 5UM NÃO SÃO ABSORVIDAS
(EBSERH – 2014) A respeito das vias de administração de medicamentos, assinale a alternativa INCORRETA.

A) A administração de medicamentos por via oral é segura e não requer técnica estéril na sua preparação,
nessa via os medicamentos podem ser na apresentação de comprimidos, drágeas, cápsulas ou líquidos; são
absorvidos, principalmente, no estômago e intestino.

B). A administração via intramuscular permite que você injete o medicamento diretamente no músculo em graus
de profundidade variados. É usado, exclusivamente, para administrar soluções oleosas, garantindo sua
absorção em longo prazo.

C) A via endovenosa (EV) é a administração de medicamento diretamente na corrente sanguínea através de


uma veia. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua.

D) Na via subcutânea ou hipodérmica, os medicamentos são administrados debaixo da pele, no tecido


subcutâneo. Nessa via, a absorção é lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura. Usada para
administração de vacinas (antirrábica e anti-sarampo), anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina).
O volume não deve exceder 1,0 mL.

E) Na via cutânea, a pele apresenta efetiva barreira à passagem de substâncias. No entanto, medicamentos
podem ser administrados por via cutânea para obtenção fundamentalmente de efeitos tópicos. Sob certas
circunstâncias, produzem efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos.
(2015-EBSERH - UFJF – AOCP) - A via de administração parenteral é representada principalmente
pelas vias intramuscular, endovenosa e subcutânea, importantes para a liberação dos fármacos
diretamente no espaço interno do organismo. Qual das alternativas a seguir apresenta uma
vantagem e uma desvantagem da via parenteral, respectivamente?

(A) Indicadas para pacientes com êmese, mas problemática em pacientes que não seguem a
terapêutica.

(B)
. Indicada em situações de emergência, mas difíceis de reverter em casos de hipersensibilidade à
droga administrada.

(C) Convenientes para doses frequentes, mas necessitam de processo asséptico.

(D) Facilitam administração por exigir profissional treinado, mas impróprias para corrigir
desequilíbrios de fluidos eletrolíticos.

(E) Favorecem o rápido início de ação do fármaco, mas são contraindicadas em pacientes
inconscientes.
Pref. Bombinhas/SC - FAFIPA)- Relacione as colunas e em seguida assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta, alguns números e letras poderão ser utilizados mais de vez outros poderão não ser
utilizados.

1. Via intravenosa. A. Absorção variável pois depende de muitos fatores.


2. Via subcutânea. B. Aumenta o risco de efeitos adversos.
3. Via intramuscular. C. Adequada para instilação de implantes de liberação
4. Via oral. lenta.
D. Absorção imediata no caso das soluções aquosas.
E. Mais conveniente, econômica e segura.
F. Adequada para grandes volumes.
G. Valiosa para uso em emergências

A) 1C / 2D / 3A / 4E, 4B, 4F e 4G.

B) 1A, 1F, 1G / 2E / 3D e 3B / 4C.

C) 1A e 1F / 2E e 2G / 3D e 3B / 4C
.
D)
. 1B, 1F e 1G / 2C / 3D / 4A e 4E

E) 1D e 1G / 2A, 2B e 2C / 3F / 4E.
(2014-FGV - Prefeitura de Osasco-SP)- Em relação às vias de administração de fármacos e à
biodisponibilidade destes, assinale a afirmativa INCORRETA.

A). A via endovenosa provê níveis plasmáticos instantâneos do fármaco administrado, com
biodisponibilidade de cerca de 60%.

B) A biodisponibilidade para fármacos com alta metabolização de primeira passagem é normalmente


menor do que para fármacos que não são metabolizados pelo fígado.

C) A área sobre a curva (medida de biodisponibilidade) pode variar, conforme a formulação utilizada,
para um mesmo fármaco na mesma dose.

D) É possível que duas formas polimórficas do mesmo fármaco, ao serem formuladas em um


comprimido, se comportem de maneira distinta em termos de dissolução.

E) A via retal de administração de fármacos é bastante utilizada para fármacos sensíveis ao pH do


trato gastrintestinal.

Biodisponibilida
100%
de da via EV
DIFERENÇAS NA ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
Exercício

VOCÊ ESTÁ TREINANDO UM ESTAGIÁRIO E QUE LHE FAZ ALGUMAS PERGUNTAS.

1) “Se o paciente acha ruim tomar um comprimido 4 vezes por dia, por que a gente não
dá os quatro comprimidos e ele toma tudo de uma vez?”

2) “Esse negócio de ter comprimido, xarope, injeção, tudo do mesmo fármaco é golpe
das indústrias! É só pro hospital gastar mais dinheiro! Por quê existem injeções se é
muito mais fácil usar um comprimido?”

3) “Por quê na hora de preparar um injetável a gente não dilui em só um pouquinho de


água e administra em um volume menor?”

4) “Por quê tem uns fármacos que temos que injetar devagar?”

5) “Por quê a dose que a gente injeta desse fármaco é menor do que a dose do
comprimido?”
1) “Se o paciente acha ruim tomar um comprimido 4 vezes por dia, por que a gente não dá os quatro
comprimidos e ele toma tudo de uma vez?”

O regime terapêutico é calculado de forma a manter uma concentração relativamente constante de um


fármaco no plasma. Se for administrado tudo de uma vez você tem um pico muito grande e depois uma
redução das concentrações plasmáticas. Isso faz com que você corra o risco de entrar na faixa tóxica
no momento da administração, e sair da faixa terapêutica nas horas que antecedem a próxima dose.

2) “Esse negócio de ter comprimido, xarope, injeção, tudo do mesmo fármaco é golpe das indústrias! É
só pro hospital gastar mais dinheiro! Por quê existem injeções se é muito mais fácil usar um
comprimido?”

A via de administração oral é mais conveniente, porém pode não ser possível em casos de paciente
desacordado, com doenças intestinais ou pacientes psiquiatras. Além disso a via oral tem um processo
de absorção relativamente lento, portanto a dose estará disponível só após minutos a horas. A via
intravenosa tem a grande vantagem de gerar um efeito quase instantâneo, principalmente se usarmos
dose de ataque.
3) “Por quê na hora de preparar um injetável a gente não dilui em só um pouquinho de água e administra
em um volume menor?”
Por que isso altera a concentração do fármaco. Isso pode acarretar em alguns problemas:
• Solubilização incompleta do pó e embolia após a injeção devido a particulados sólidos terem entrado na
circulação
• Alta concentração pode ser mais irritante e causar lesão no local de aplicação
• Alta concentração pode exigir uma administração lenta para evitar choque séptico ou problemas
cardíacos. Isso pode não estar escrito na bula já que as orientações do preparo do medicamento não
foram obedecidas
4) “Por quê tem uns fármacos que temos que injetar devagar?”
Fármacos muito irritantes ou muito concentrados podem exigir uma administração lenta para evitar choque
séptico ou problemas cardíacos. O choque séptico pode ser precipitado por uma degranulação dos
mastócitos e intensa liberação de histamina. Problemas cardíacos podem ocorrer pois o fármaco chega
em uma concentração relativamente grande no coração antes de ser distribuído para o resto do corpo.
Esses detalhes da administração devem ser obedecidos para evitar consequências graves.

5) “Por quê a dose que a gente injeta desse fármaco é menor do que a dose do comprimido?”
Isso pode ocorrer quando a absorção oral não é completa (fármacos pouco solúveis, moléculas muito
grandes ou moléculas carregadas), ou quando temos efeito de primeira passagem intenso. Para corrigir
esses problemas pela via oral e equipara-la à via parenteral, é necessário o aumento de dose da forma
farmacêutica oral.
Sempre checar se a dose prescrita corresponde à via preconizada.
DISTRIBUIÇÃO
ESTÁGIOS DO FÁRMACO NO ORGANISMO

Administração
do Fármaco

I Fase II Fase III Fase


Biofarmacêutica Farmacocinética Farmacodinâmica

-Liberação do Princípio Ativo - Absorção


- Interação Fármaco-
- Interação no sítio de - Distribuição
Receptor no Tecido Alvo
Administração - Metabolismo
- Excreção

Fármaco Disponível Fármaco Disponível Efeito


para Absorção para Ação Farmacológico

(Adaptado de Ariens, EJ. Clin. Pharmacol.Ther. 16:155, 1974)


PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS – INTER-RELAÇÕES
RESERVATÓRIOS TECIDUAIS
LOCAL DE AÇÃO ligado - livre
TERAPÊUTICA LOCAL DE AÇÃO
“Receptores” INESPERADA
ligado - livre ligado - livre
COMPARTIMENTO
CENTRAL

ABSORÇÃO DEPURAÇÃO
DOSE DO [FÁRMACO LIVRE]
FÁRMACO EXCREÇÃO
LIBERAÇÃO
Fármaco ligado
às proteínas Metabólitos

METABOLISMO

A distribuição é o processo em que há a passagem reversível do FÁRMACO do sangue para OUTROS FLUIDOS e tecidos.
DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO
Transporte reversível e dinâmico do fármaco absorvido para os diversos compartimentos do
organismo. Compreende a saída do fármaco do compartimento intravascular para o extra
vascular (Interstício, LCR, placenta, intracelular – tecidos).
A VELOCIDADE E A EXTENSÃO DA DISTRIBUIÇÃO DEPENDEM:

1) Do fluxo sanguíneo local

Inicialmente, a distribuição é para órgãos e tecidos de maior fluxo sanguíneos;

2) Da lipossolubilidade e características físico-químicas do fármaco

Quanto mais lipossolúveis, mais facilmente atravessam as membranas endoteliais dos


vasos em direção aos tecidos;

- Fármacos polares e com alto peso molecular dificilmente atravessam a


membrana endotelial, assim, a velocidade de distribuição torna-se limitada;
A VELOCIDADE E A EXTENSÃO DA DISTRIBUIÇÃO DEPENDEM:

3) Da permeabilidade por barreiras espessas (exemplo: barreira hematoencefálica - BHE)

- Na BHE, exemplo de barreira espessa, as células endoteliais são sobrepostas (não há


fenestrações). Assim, para passar por esta barreira, as moléculas têm que ser
altissimamente solúveis e com peso molecular muito reduzido (ex: álcool);

4) Das proteínas plasmáticas (principal: ALBUMINA)


- A ligação com proteínas plasmáticas é instantânea e reversível;
- Sempre que uma fração do fármaco abandona o plasma, a fração correspondente se
desliga das proteínas;
- A ligação às proteínas funciona como um “depósito temporário”, que apesar de
diminuir a intensidade do efeito, prolonga a duração deste, por retardar a
eliminação;
LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS AS PROTEÍNAS

Somente a fração livre do fármaco é distribuída.


A alta afinidade do fármaco com as proteínas plasmáticas:
Quanto menor a distribuição
Maior tempo de ação
Quanto menor metabolismo
IMPORTANTE!!!

EXERCE AÇÃO
FÁRMACO LIVRE
FARMACOLÓGICA

FÁRMACO LIGADO NÃO CONSEGUE SAIR DO


VASO SANGUINEO (DEPÓSITO)
À PROTEÍNA

O fármaco, quando está ligado à proteína plasmática, NÃO consegue sair do vaso
sanguíneo e ir para o tecido, onde exercerá seu efeito terapêutico, por isso a
ligação funciona como um “depósito”. Assim, a forma responsável pelo EFEITO
TERAPÊUTICO é a forma LIVRE.
SENDO ASSIM,
Baixa ligação Alta ligação à
à proteínas proteínas

Efeito mais intenso Efeito menos intenso

Menor duração Efeito mais duradouro

Rápida eliminação Eliminação mais lenta

OBS:
• Os fármacos ÁCIDOS, geralmente, ligam-se à ALBUMINA;
• Os fármacos BÁSICOS, geralmente, ligam-se à B-GLOBULINA.
LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS AS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
Tipos de fármacos e ligação as proteínas plasmáticas
Dois fármacos e ligação as proteínas plasmáticas
FATORES QUE INTERFEREM NA DISPONIBILIDADE DA FORMA LIVRE DO FÁRMACO

1) Desnutrição
- Na desnutrição, há hipoalbuminemia, e, portanto, aumenta a fração livre do
fármaco -> efeitos mais intensos;

2) Envelhecimento
- Idoso: Diminui a quantidade de albumina -> Aumenta fração livre -> Efeitos
mais intensos;

3) Doença Renal ou hepática


- Diminui a síntese de proteínas -> Aumenta fração livre -> Efeitos mais intensos;

4) Competição entre fármacos (fármacos competindo pela mesma proteína)

- O fármaco que tiver maior afinidade pela proteína “expulsa” o outro, sendo que
este fica livre e com efeitos potencializados.
5) VOLUME DE DISTRIBUIÇAO (VD)
• Trata-se de um parâmetro farmacocinético que avalia a extensão da distribuição do
fármaco.

• VD pequeno -> Captação dos tecidos é limitada. Fármaco está saindo pouco do
sangue para os tecidos.

Fatores que podem alterar oVD:

• Obesidade -> aumento da massa adiposa -> aumento da distribuição -> aumenta
VD;
• Desnutrição, diminuição de massa muscular (comum em idoso) ->diminuição da
distribuição -> diminui VD
(2015-EBSERH - UFJF – AOCP)- A maioria das drogas no plasma apresenta-se de
duas formas: uma livre dissolvida no plasma e outra ligada às proteínas
plasmáticas de forma reversível. Esta característica do fármaco de ligar-se ou não
às proteínas apresenta grande importância para a farmacocinética e
farmacodinâmica. Sobre a importância dos fármacos ligarem-se ou não às
proteínas plasmáticas, assinale a alternativa correta.

(A) A fração ligada às proteínas se distribui facilmente por todo o organismo.

(B) A fração ligada ao fármaco é responsável por promover o efeito terapêutico.

(C). A fração ligada torna-se também um reservatório do fármaco no organismo.

(D) Os fármacos de baixa ligação proteica apresentam grande importância na


hipoproteinemia do paciente.

(E) Um fármaco ligado à proteína não pode ser deslocado por outro fármaco
METABOLISMO
ESTÁGIOS DO FÁRMACO NO ORGANISMO

Administração
do Fármaco

I Fase II Fase III Fase


Biofarmacêutica Farmacocinética Farmacodinâmica

-Liberação do Princípio Ativo - Absorção


- Interação Fármaco-
- Interação no sítio de - Distribuição Receptor no Tecido Alvo
Administração - Metabolismo
- Excreção

Fármaco Disponível Fármaco Disponível Efeito


para Absorção para Ação Farmacológico

(Adaptado de Ariens, EJ. Clin. Pharmacol. Ther. 16:155, 1974)


METABOLIZAÇÃO (BIORTRANSFORMAÇÃO)
A metabolização tem como finalidade a conversão dos fármacos em moléculas mais POLARES, mais
SOLÚVEIS e menos LIPOSOLÚVEIS, tornando as moléculas inativas, permitindo, desta forma, sua
posterior excreção.
Metabolismo - transforma
fármaco em molécula:

Menos Mais
Mais polares Inativos*
lipossolúveis hidrossolúveis

Obs.:
• Nem sempre a metabolização transforma o fármaco em uma molécula INATIVA.
• Os PRÓ-FÁRMACOS (como o enalapril, clopidogrel, etc). Tais moléculas dependem do
metabolismo para tornarem-se ATIVAS.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS
Xenobióticos:

 Derivado do grego xeno que significa estranho, é usado para indicar uma
substância estranha ao organismo. Os xenobióticos podem produzir efeitos
benéficos, como por exemplo os medicamentos, ou adversos (toxicante ou
agente tóxico, carcinógeno).

Biotransformação:

 As substâncias xenobióticas são, em sua maioria, lipofílicas → facilita sua


distribuição e absorção, entretanto compromete sua excreção posterior.
A biotransformação contribui muito para eliminação
final de fármacos do organismo

Biotransformação
Metabolismo Excreção

Para isso:

Reações químicas de biotransformação: Fase I e Fase II


- São várias as conseqüências da biotransformação de fármacos; ela é um mecanismo
através do qual o organismo se desfaz de xenobióticos (compostos estranhos e fármacos);
consiste em carregar eletricamente o fármaco para que, ao passar pelos túbulos renais,
não seja reabsorvido, ou ainda torná-lo polar, hidrossolúvel, capaz de ser excretado
BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS
Biotransformação enzimática:

Metabolização de substâncias químicas exógenas a compostos hidrossolúveis


apropriados a excreção renal ou biliar.
 Sistemas enzimáticos: Principal via do metabolismo das drogas.
-Fígado Pode também converter pró-fármacos
-Rins (inativas) na sua forma ativa.
-Pulmões
-Epitélio gastro-intestinal
IMPORTÂNCIA DA BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS

Fármaco Apolar
Biotransformação
Geração de Metabólitos Polares

Não Reabsorvidos nas Membranas


Tubulares dos Néfrons

Excreção na Urina
IMPORTÂNCIA DA BIOTRANSFORMAÇÃO
Importância DE FÁRMACOS
da Biotransformação de Fármacos

Remoção da Droga

Urina

Biotransformação

Metabólito Polar

Não reabsorvido nas


membranas tubulares

Excretado
FASE 1
• Ocorre no Retículo Endoplasmático;
• Ocorre reações de oxidação (maioria) ou redução ou hidrólise, gerando um derivado;
• Há a adição ou expressão de um grupo polar (normalmente um OH), que será o ponto de ataque
na conjugação (Fase 2), tornando já neste momento a molécula menos lipossolúvel e com menor
capacidade de ser reabsorvida;
• As reações de Oxidação ocorrem nas enzimas do Citocromo P450 (grande maioria dos fármacos);
• Uma minoria de fármacos na fase 1 não é metabolizada pelo CYP 450, sendo metabolizados por
outras enzimas (como CYP 2D6, entre outros).
FASE 2
• Ocorre no citoplasma;
• Ocorre a conjugação, sendo que, a maioria destas reações ocorre com ÁCIDO GLICURÔNICO, por
meio da enzima glucoronil transferase.
• Os glicoronídeos, em geral, são inativos, podendo, desta forma, serem eliminados.
Fármaco

Reações de
Fase I

Derivado

Reações de
Fase II

Conjugado
IMPORTÂNCIA DA BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS
FATORES QUE ALTERAM O METABOLISMO DOS FÁRMACOS
Variabilidade Genética:

• A diversidade genética é um importante fator capaz de alterar o metabolismo dos fármacos, através de
variações alélicas das enzimas catalíticas. Muitos indivíduos podem apresentar em sua herança genética de
modo recessivo autossômico o Polimorfismo Genético: múltipla capacidade de metabolização de fármacos.
Fatores Mórbidos:

• Doenças hepáticas, no geral, (hepatites, doenças hepática por uso de álcool, cirrose, etc.) irão diminuir a
capacidade de metabolização.
Idade
• Idoso: Há diminuição da capacidade de metabolização (por diminuição do fluxo sanguíneo hepático) e,
portanto, o uso de alguns fármacos necessita de redução de dose para impedir exacerbação da resposta
terapêutica e de efeitos adversos.

Alterações dos processos


farmacocinéticos no
IDOSO:
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

• Alguns fármacos podem provocar INDUÇÃO ou INIBIÇÃO enzimática (dos


sistemas enzimáticos do Citocromo P450 [CYP-450]).

INDUÇÃO Aumenta a Diminui o


Enzimática do Aumenta o
SÍNTESE e efeito
fármaco A metabolismo
atividade do terapêutico do
para o B do fármaco B
CYP fármaco B
(substrato)

Exemplo: Fenitoína é um forte INDUTOR enzimático. Se usada em conjunto com


omeprazol, aumentará a metabolização do omeprazol, diminuindo seu efeito. Por
vezes, a depender da condição clínica do paciente, há necessidade de ajuste de
dose do omeprazol (para cima).
INDUÇÃO

CYP3A4 CYP3A4
CYP3A4 Corticoesteróides
Rifampicina Aumento da Diazepam
Indução em alguns CYP3A4 Metabolização
CYP3A4 Digoxina
fármacos
CYP3A4
CYP3A4
Correção de Dose para
Manter Efeitos Terapêuticos
EFEITOS DA INDUÇÃO O QUE FAZER?
- Evitar interações se possível
- Dose deve ser ajustada
ORIGEM:
- Tratamentos
- Poluentes
- Tabagismo/alcoolismo
RIFAMPICINA ADMINISTRADA POR 3 DIAS REDUZ A EFICÁCIA DA VARFARINA (ANTICOAGULANTE)
INIBIÇÃO

INIBIÇÃO Aumenta os
Bloqueio do Diminui o efeitos
Enzimática
CYP - diminui metabolismo terapêuticos
do fármaco A
atividade do fármaco B e adversos
parao B
do fármaco B

Exemplo: Sinvastatina x Anlodipino. A anlodipino atua como INIBIDOR METABÓLICO da


sinvastatina. Assim, aumenta a concentração sérica de sinvastatina, podendo também aumentar
seu principal efeito adverso (rabdomiólise). Sendo assim, neste caso em específico, a dose máxima
de sinvastatina recomendada é de 20mg/dia com monitoramento de dor muscular.
Exercício

V.D. e J.M. são um casal de jovens de 17 e 21 anos, respectivamente.


Devido ao fato da relação afetiva dos jovens não ter sido aceitos pelas
famílias, e inspirando-se em uma famosa obra de William Shakespeare, o
casal decide cometer suicídio. Ambos toma 20 comprimidos de Diazepam
(benzodiazepínico), cada. No dia seguinte, V.D. é encontrado morto,
enquanto J.M. está desacordada, mas com suas funções vitais normais. Ao
conversar com os familiares, descobre-se que J.M. sofria de epilepsia e
utilizava regularmente Carbamazepina (anticonvulsivante). O que
ocasionou a morte de V.D.?

A carbamazepina é um indutor conhecido de CYP3A4, acelerando a eliminação (aumento da depuração e


meia-vida reduzida) de diazepam em 3 vezes, enquanto aumenta as concentrações de desmetil-diazepam.
EXERCÍCIO

–Considerando a figura acima, conceitue “janela terapêutica” e explique se este fármaco é seguro ou não.
Justifique suas respostas.

–No momento 3 a paciente esqueceu de tomar duas doses. Considerando o que você respondeu na
pergunta anterior, você recomendaria à paciente simplesmente seguir tomando as doses dos horários
subsequentes normalmente (como ela fez no gráfico), ou tomar os dois comprimidos esquecidos juntos ao
comprimido do próximo horário? Justifique.

–No momento 4, a paciente inicia o uso de Metronidazol para tratar uma infecção fúngica. É evidente que
há uma interação medicamentosa com a Varfarina. Explique se o que ocorre é uma indução
enzimática ou uma inibição enzimática, conceituando ambos os processos e apontando as diferenças
entre eles.
PRÓ- FÁRMACOS

O aumento dos efeitos adversos e terapêuticos vale para FÁRMACOS, mas não
para PRÓ- FÁRMACOS.

O pró-fármaco PRECISA da metabolização para se tornar ativo. Logo, se a


metabolização não ocorre ou ocorre em menor grau, a substância disponível é a
INATIVA.

Exemplo: Clopidogrel e Omeprazol. Omeprazol é INIBIDOR enzimático e


Clopidogrel é PRÓ-FÁRMACO. O uso concomitante dos fármacos impede a
conversão de clopidogrel em seu metabólito ativo, portanto, diminui o efeito
terapêutico de antiagregação plaquetária.
BIOTRANSFORMAÇÃO E A GERAÇÃO DE METABÓLITOS FARMACOLOGICAMENTE ATIVOS

Em alguns casos o fármaco só se torna Farmacologicamente ativo após a Biotransformação

(Hidrólise)

Enalapril Enalaprilato

Pró-Droga Antihipertensivo
(inibidor da ECA)
Exemplos de Pró-fármacos que
Composto original não tem produzem metabólitos ativos
atividade Farmacológica
BIOTRANSFORMAÇÃO E A GERAÇÃO DE METABÓLITOS TÓXICOS
Em alguns casos o fármaco gera compostos tóxicos após a Biotransformação

% pequena é formada em dose


terapêutica
Oxidases P450
N-acetil-p-benzoquinona imina

Glutationa

Altas Doses Excreção

Ligação covalente a macromoléculas, Peroxidação


lipídica, Estresse oxidativo.......

HEPATOTOXICIDADE
BIOTRANSFORMAÇÃO E A GERAÇÃO DE METABÓLITOS TÓXICOS

HEPATOTOXICIDADE = Pode ocorrer após dose única (150-200 mg /Kg)

4a causa de morte por envenenamento em 1989

Etanol = aumenta atividade das Oxidases P450 =


Aumento da toxicidade do Paracetamol.
FGV – Pref. Cuiabá/MT– 2015 - Os fármacos são eliminados do organismo após
sofrerem uma série de reações químicas chamadas, de maneira geral, de
metabolização de fármacos. Em relação a tal fato, assinale a afirmativa incorreta.

(A) As reações de metabolização se dão principalmente no fígado, mas também podem


acontecer em outros órgãos, como no intestino ou no pulmão.

(B) As reações de metabolização são reações enzimáticas, ou seja, são catalisadas por
enzimas, na sua maioria no chamado citocromo P450 (presentes na fase I).

(C) As chamadas fase I e fase II são, basicamente, as duas fases conhecidas da


metabolização.

(D) As reações de fase II são aquelas em os fármacos tornam-se mais solúveis, e,


assim, mais fáceis de serem excretados.

(E). os fármacos administrados por via oral sofrem a metabolização conhecida como
“efeito de segunda passagem”.
EXCREÇÃO
ESTÁGIOS DO FÁRMACO NO ORGANISMO
EXCREÇÃO
Administração
do Fármaco

I Fase II Fase III Fase


Biofarmacêutica Farmacocinética Farmacodinâmica

-Liberação do Princípio Ativo - Absorção


- Interação Fármaco-
- Interação no sítio de - Distribuição Receptor no Tecido Alvo
Administração - Metabolismo
- Excreção

Fármaco Disponível Fármaco Disponível Efeito


para Absorção para Ação Farmacológico
EXCREÇÃO
A excreção pode ser vista como um processo inverso ao da
absorção, uma vez que os fatores que influem facilitando a entrada
do fármaco no organismo, podem dificultar a sua saída.

Passagem do fármaco do sangue – meio externo

Para que as
substâncias sejam IONIZADO NO
excretadas, o POLAR HIDROSSOLÚVEL
pH DO MEIO
fármaco deve ser:
Fármacos lipossolúveis atravessam as membranas lipídicas facilmente.
Sendo assim, para que o fármaco seja eliminado, é necessário que esteja em sua forma
IONIZADA. Caso esteja em sua forma molecular (que é lipossolúvel), será reabsorvido
(do túbulo renal para o sangue) e não será eliminado.

Assim temos:

Eliminado em meio
FÁRMACO ÁCIDO
BÁSICO

Eliminado em meio
FÁRMACO BÁSICO
ÁCIDO
EXCREÇÃO
Basicamente existem três classes de eliminação:

• Através das secreções – biliar (PM, polares), salivar, láctea


• Através das excreções, tais como urina, fezes (não absorvidas no TGI e bile)
e catarro.
• Pelo ar expirado (pulmonar).

A excreção pode ocorrer com ou sem prévia


biotransformação.
Nos rins podem ocorrer 3 processos:

1) Filtração 2) Secreção 3) Difusão pelo


Glomerular Tubulular túbulo renal
Não é efetiva para Mecanismo mais Fármacos se
fármacos com eficaz de ionizam e
extensa ligação à eliminação renal permanecem no
proteínas túbulo para serem
plasmáticas É realizada por eliminados
meio de
transportadores
• Ligação às proteínas plasmáticas

• Lipossolubilidade
Fatores que afetam a Excreção
• Insuficiência Renal

Clearance ou Depuração

Definição: É a medida quantitativa que caracteriza a velocidade em que substâncias


são removidas do organismo.

Quantidade de uma substância excretada pelo rim (ou vários orgãos) por minuto em
relação a quantidade plasmática.

Cl = Taxa de eliminação (concentração da substância X volume/min)


Concentração plasmática
CL total = Cl renal + Cl hepático + Cl outros
Se houver DIMINUIÇÃO da função renal, nos casos de insuficiência renal aguda ou
crônica, há DIMINUIÇÃO da capacidade de eliminação e, portanto, acúmulo do fármaco na
corrente sanguínea, o que pode levar a exacerbações de efeitos terapêuticos e adversos.
Quando indivíduo apresenta insuficiência renal, É NECESSÁRIO realizar o AJUSTE de doses de fármacos
(redução de dose).

A literatura apresenta as doses adequadas nos casos de insuficiência renal correlacionando a dose a faixas de
Clearance de Creatinina (medida da depuração/eliminação da creatinina). Na prática, faz-se o seguinte
procedimento:

• Calcula-se o Clearance (depuração) de creatinina estimado do indivíduo (para esse cálculo, há várias
fórmulas disponíveis, sendo a principal, Crocoft Gault, que utiliza como parâmetros, peso, sexo e valor de
creatinina sérica);

• Verifica-se na literatura qual a dose adequada para o Clearance de Creatinina obtido. Quanto MAIOR o valor de
creatinina sérica (do sangue) MENOR será o Clearance de Creatinina obtido (se a creatinina está no sangue, não está
sendo eliminada pelo rim, logo, menor é sua depuração), PIOR estará a função renal e MENOR será a dose do fármaco.

Insuficiência Fármacos é Necessário


renal menos eliminado redução de dose
(2015 – FUNDASUS – AOCP) Considerando a eliminação dos fármacos pelo rim, analise as
assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. Fármacos que apresentam uma extensa ligação com proteínas plasmáticas atravessam
livremente o filtro glomerular.

II. Fármacos lipossolúveis são reabsorvidos passivamente por difusão no túbulo renal, não sendo
eficientemente eliminados pela urina.

III. Devido à partição pelo pH, ácidos fracos são eliminados mais rapidamente pela urina alcalina e
vice-versa.

IV. Três processos fundamentais são responsáveis pela eliminação renal dos fármacos: a filtração
glomerular, a secreção tubular ativa e a difusão passiva através do epitélio tubular.

(A) Apenas I e II.


(B) Apenas II e III.
(C) Apenas III e IV.
(D) Apenas I, II e III.
(E). Apenas II, III e IV
Alterações fisiológicas do envelhecimento que interferem na farmacocinética

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