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CURSO DE FARMÁCIA
RIO DE JANEIRO
2023
RESUMO
ABSTRACT
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1. INTRODUÇÃO
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Fonte: COSTA, 2022.
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controvérsias e do desconhecimento do mecanismo de ação do ópio, essa droga
tornou-se um grande suporte terapêutico nesta época para alívio da dor (HALLER,
1989).
A morfina foi extraída do ópio na sua forma pura pela primeira vez no início
deste século e foi utilizada amplamente como analgésico durante a Guerra Civil
Americana, onde provocou dependência em muitos soldados. Em 1830, a codeína,
uma droga menos potente encontrada no ópio, que também pode ser sintetizada
pelo homem, foi isolada pela primeira vez na França, para substituir o ópio bruto
com propósitos medicinais, principalmente no tratamento da tosse (OXYCONTIN,
1995).
Na tentativa de encontrar uma droga que provocasse menor dependência que
a morfina, em 1874 foi desenvolvida a heroína, entretanto, por apresentar o dobro da
potência que a morfina, seu vício rapidamente se tornou um problema de saúde
pública (OXYCONTIN, 1995).
Em 1937, a metadona foi criada por cientistas alemães para ser utilizada
durante cirurgias, sem causar tanta dependência como a morfina ou heroína.
Entretanto, muitos estudiosos acreditavam que a metadona causava ainda mais
dependência do que a heroína. Desse modo, com o passar dos anos novos
analgésicos chegaram ao mercado com aprovação da FDA (Administração para
Drogas e Alimentos dos EUA). (PERCOCET, 1999).
Os conceitos de tolerância e dependência só passaram a ser amplamente
discutidos por volta do século XX. Sendo assim, definiu-se a tolerância como um
estado de responsividade diminuído ao efeito de uma droga, tornando-se necessário
o uso de doses maiores para a alcançar o mesmo efeito.
A dependência psíquica ficou atestada como o estado no qual uma droga
promove uma satisfação que provoca o uso contínuo da mesma em busca da
manutenção da sensação de prazer. Como consequência, é manifestada a
dependência física, onde ocorre o aparecimento de transtornos físicos, qualificados
como "síndrome de abstinência" quando se interrompe o uso da droga (BASILE,
1991).
A compreensão da dependência química como doença crônica tem
implicações para modelos de etiologia, tratamento, prognóstico e políticas na área
da saúde, podendo ser comparada a outras doenças como diabetes mellitus,
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hipertensão e asma, que apresentam tratamento disponível com taxas de sucesso e
melhora na qualidade e vida, no entanto, não têm cura. (CHAIM, et al. 2015).
Desse modo, diversas alternativas terapêuticas não farmacológicas e
farmacológicas são investigadas com o intuito de controlar a dependência química e
os efeitos provocados mediante ao uso abusivo de drogas como os opioides.
2. OBJETIVO GERAL
3. METODOLOGIA
Para a realização desse estudo foi utlizado como base de dados o Google
Acadêmico, Scielo, Pubmed. Através de pesquisas feitas foram questionados em
relação aos autores sobre as dependências químicas, mediante essa temática, foi
feito uma pesquisa na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e encontrado artigos
relacionados sobre o tratamento utilizando a Naloxona, através dessa busca foram
incluídos critérios com artigos em português ou inglês, ou que estivessem redigidos
em português, artigos publicados nos últimos 10 anos ou que tivesse sendo ainda
utilizado o mesmo estudo, artigos na integra e gratuitos, e no caso do critério de
exclusão foram utilizados sites não confiáveis e artigos estrangeiros.
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Através dessa pesquisa feita no site da BVS, pode ser feita uma coleta de
dados através das palavras chaves utilizadas: naloxona, dependência química e
tratamento. Sendo feito um cruzamento entre essas palavras para encontrar artigos
que melhor se enquadram com a temática escolhida.
Fonte: Autores
Através dessa pesquisa feita pode- se ter uma melhor idéia em relação à
escolha da temática e como proceder ao longo de todo o artigo e as dificuldades que
serão encontradas, por conta das inclusões aplicadas e tendo a percepção a falta de
mais artigos relacionados a esse tema e em português.
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4. DESENVOLVIMENTO
4.1 Opióides
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físico do paciente, associação com outros depressores do sistema nervoso central e
intensidade dos estímulos nociceptivos. Na anestesia, estes fármacos são capazes
de bloquear as respostas à laringoscopia e intubação (IHT, 2008).
Agonistas opióides totais (morfina, diamorfina, petidina, fentanil) apresentam
alta afinidade com os receptores opióides e elevada atividade intrínseca a nível
celular. Agonistas parciais (buprenorfina, pentazocina), ao ligarem-se aos receptores
opióides produzem efeito submáximo quando comparados aos totais (TRIVEDI, et
al, 2013; p.3).
O uso dos opioides é determinado mediante a uma escala de dor pela OMS,
onde na dor fraca são utilizados fármacos analgésicos não opióides como por
exemplo a dipirona e o paracetamol, na dor moderada são usados opióides como o
tramadol e a codeína, que são classificados como opióides fracos, e no último
estágio, na dor intensa,são usados opióides como a morfina, metadona e fentanil. A
indicação do uso desses opiódes fortes é para pacientes em estado terminal que
poderão ter suas dores aliviadas. (RANZEIRO; RANGEL, 2017; p.4).
Dentre os opioides que causam dependência e são muito utilizados
atualmente, destacam-se a heroína, utilizada ilicitamente, e os fármacos morfina e
fentanil.
4.1.1 Heroína
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Os efeitos imediatos da heroína são sensação de euforia e bem estar, alívio
da dor e da ansiedade e sensação de calma e tranquilidade, seguidos por outros
efeitos como sonolência e pensamentos e movimentos lentos. Esses efeitos ocorrem
cerca de 1 a 10 minutos após o seu uso, dependendo da via de administração
utilizada, uma vez que heroína é capaz de atravessar rapidamente as membranas
do cérebro após ser absorvida, exercendo seu efeito de euforia intensa. Geralmente,
os efeitos imediatos da heroína são acompanhados de efeitos desagradáveis, como
náuseas, vômitos, coceira no corpo, boca seca e sensação de peso nos braços e
pernas. (REF)
4.1.2 Morfina
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Outros efeitos que podem ocorrer são hipotensão, sudorese, retenção urinária,
depressão respiratória e dependência física e psicológica.
Repetidas administrações de morfina reduzem gradualmente o seu efeito
analgésico, desencadeando tolerância medicamentosa. A tolerância à morfina
parece estar mais ligada ao receptor µ do que a outros tipos de receptores opioides,
onde na utilização de doses contínuas para o alivio de dor, o paciente acaba
adquirindo a necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito.
(RIBEIRO, 1995)
Além disso, esta substância também pode provocar dependência
medicamentosa, onde na ausência de sua utilização, sintomas como irritabilidade,
calafrios, câimbras, cólicas, diarréia entre outros, podem ser observados (CEBRID,
2010).
4.1.3 Fentanil
O fentanil é um opioide forte, sendo 100 vezes mais potente que a morfina e é
indicado para efeitos analgésicos e sedativos. Pode ser administrado por via
epidural, intramuscular ou intravenosa. O fentanil se liga aos receptores opioides no
cérebro, medula espinhal e musculatura intestinal inibindo o trajeto do impulso
doloroso. É frequentemente utilizado para analgesia de curta duração ou quando
necessário no período pós operatório. (RODRIGUES, 2022)
Este fármaco foi desenvolvido em 1959 e introduzido a partir de 1960 como
anestésico intravenoso. Em 1970 foi classificado como substancia narcótica pela Ato
sobre Controle de Substâncias nos Estados Unidos. Atualmente, sua administração
e cormecialização é permitida pela FDA nos EUA e também está na lista de
substancias sujeitas a controle especial pela Anvisa no Brasil. (SAR, 2023)
Esse controle se deve ao uso não medicinal do fentanil que vem causando
um grande problema de saúde publica, principalmente nos EUA. Por causar efeitos
similares a outros opioides como relaxamento, alivio da dor e alucinações, vem
sendo utilizado em larga escala para fins recreativos. Nos últimos anos houve um
aumento acentuado de overdoses fatais envolvendo opióides sintéticos, incluindo
fentanil e análogos de fentanil fabricados ilicitamente. (BASTOS, 2023)
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No Brasil, o impacto do uso de fentanil no uso contínuo ou na dependência de
oipioides permanece desconhecido. Os mercados ilícitos de opioides pareciam
ausentes até que uma apreensão de fentanil foi relatada em 2023. (BASTOS, 2023)
Por ser utilizado em ambiente hospitalar, o fentanil é um dos opióides mais utilizados
entre os médicos especialistas em anestesiologia e psiquiatria e também entre os
socorristas. (CAIXETA, SILVA E ABREU, 2021)
4.2 Naloxona
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Fonte: NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE
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nervoso simpático e pode provocar episódios de taquicardia, hipertensão e edema
pulmonar (SECRETÁRIA DA SAÚDE, 2020).
A naloxona é totalmente desprovida de ação analgésica no homem, não se
observando elevação do nível de percepção dolorosa nem diminuição ou atraso nas
diversas reações do organismo à dor. Em nível do eletro encefalograma, em doses
farmacologicamente ativas, a naloxona não modifica o comportamento nem produz
euforia. Desse modo, a naloxona pode ser um potente antagonista de narcóticos,
livre dos efeitos agonistas e farmacologicamente ativo somente em presença do
hipnoanalgésico (IMBELONI, 1989).
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Não utilizar se houver
Via Subcutânea Naloxona (solução) 0,02 mg/1 alteração de cor ou se
mL ou 0,4 mg/1 Ml contiver partículas.
5. CONCLUSÃO
6. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CABRERA, L. et al. Ação Celular do Tabaco. Disponível em:
file:///C:/Users/Win10/Downloads/1671-Texto%20do%20Artigo-891-7167-10-
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CAVALCANTE,Alícia et al. Alterações Neurofisiológicas e Cognitivas
Decorrentes do uso Crônico da Maconha: Uma Revisão de Literatura.
Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/fitshumanas/article/view/8204/3963.
Acesso em: 24/11/2022.
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RIBEIRO, M. Drogas Ilícitas e Efeitos na Saúde .Disponível em :
<https://www.uniad.org.br/wp-content/uploads/2009/02/Drogas-ilicitas-e-seus-danos-
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Oliveira Filho RM et al - Farmacologia Integrada, SP, Livraria Ateneu Editora,
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Caixeta, A.C., Silva, R.C e Abreu, C.R.C USO ABUSIVO DE PSICOTRÓPICOS POR
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