Ao longo da história da psicofarmacologia, observou-se muitos descobrimentos
que não obedecem a um desenvolvimento lógico. Tendo em vista que a etiologia de muitos transtornos psíquicos, sequer segue são conhecidas. Somente um certo número de hipóteses patogênicas, somáticas e psicológicas são formuladas. De tal modo, a causalidade destes transtornos devem ser interpretados como fatorial. Assim o tratamento biológico, constitui uma parte, que inclui uma dimensão psicológica e social. Por outro lado, o tratamento medicamentoso, modalidade essencial dos tratamentos somáticos, carrega os efeitos conjuntos, o próprio efeito farmacológico e um efeito placebo. Este efeito placebo é ao mesmo tempo somático e psicológico e adicionado ao próprio efeito farmacológico e é introduzida a relação terapêutica uma variedade dependente: da psicologia e de quem o prescreve. Mediante a resposta objetiva do organismo determinados pelos psicofármacos, Horace Walpole em 1754, realizou um descobrimento realizado por acidente, um propósito de algo que não se buscava. Nos últimos 50 anos a psicofarmacologia vem se revolucionando como disciplina médica.
Medicina Pretécnica
Denomina-se medicina pretécnica, que não é formalmente “técnica” é nesse
sentido que os Gregos começaram a dar este adjetivo, ante a enfermidade e o tratamento presente, atitude que hoje denominamos “mágicas”. Tomada a medicina hipocrática e seu conjunto é certo que concerne prática terapêutica e disposições mentais cuja condições mágicas, não podem ser negadas. As culturas primitivas consideram a enfermidade mental como algo sobrenatural, relacionados com violência, tabus, perdição da alma, a introdução em seu corpo de um espírito, e os enfermos eram submetidos a ritos que continham métodos homeopáticos, danças, sacrifícios, exorcismo. A cultura chinesa considera que a conduta correta era guiada pelo perfeito equilíbrio psíquico, dependia do Yin e Yan. Um texto de medicina datado de 1.000 a.C, fazia referência a diversas patologias mentais, recomendando para seu tratamento com acunputura. ORIGENS E TENDÊNCIAS DA PSICOFARMACOLOGIA
Idade Média Doutrina Galenismo – Teoria Hipocrática
Alta Idade Média Período Grego Romano – atividade médica considerada um retrocesso. Ideias religiosas e mágicas caracterizada conceito de loucura. Baixa Idade Média Troca significativa entre medicina medieval e o tratamento das enfermidades psíquicas. Renascimento Esta época convive as crenças médicas, a superstição, a bruxaria e a magia muitas vezes o paciente foram objetos de atenção dos inquisidores e exorcistas. Século – XVII/XVIII Época barroca – período de transição entre ideias renascentistas e definitivas. Século - XIX Caracterizada por aparição de uma forma nova de focar enfermidade mental, mais próxima ao modelo médico anatomopatológico. Século - XX Terapias previas e desenvolvimento dos neurolépticos. 1924 Terapias Convulsivas – tratamento de epilepsia, usando sangue de esquizofrênicos. Segunda metade do Datas chaves da Psicofarmacologia Século - XX 1936 Outras terapias – demonstram a possibilidade de tratar psicoses, atuando sobre a biologia cerebral. 1977 - Denniker Classificação dos Neurolépticos. Psicofarmacologia na Classificação das Benzodiazepinas Atualidade. A EVOLUÇÃO DOS PSICOFÁRMACOS NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO (Texto – 2)
1 - INTRODUÇÃO
Os psicofármacos são medicamentos designados para tratamento de transtornos
mentais, onde são divididos em classes, sendo eles os antidepressivos, antiepiléticos, ansiolíticos, antipsicóticos e estabilizadores do humor. Os principais fatores envolvidos com uso dos psicofármacos são ansiedade, depressão, insônia, psicoses maníacas, esquizofrenia e outros sintomas. O aumento do uso desses medicamentos está relacionado ao crescente número de diagnóstico dos transtornos depressivos. Estima-se que uma significativa parcela dos medicamentos prescritos no Brasil pertença à classe dos psicofármacos.
O surgimento dos antipsicóticos, cuja função é o tratamento de transtornos
mentais, revolucionou a história da psiquiatria evoluindo ao patamar de medicina moderna. O lítio fora o primeiro psicofármaco desenvolvido na década de 40, seguido da clorpromazina em 1950 e da imipramina, um O lítio como fármaco estabilizador do humor iniciou a era da psicofarmacologia, utilizado tanto na prevenção quanto no tratamento de episódios de mania ou hipomania, transtornos de bipolaridade e outros transtornos do humor, além Desenvolvimento e de potencializar a ação dos antidepressivos, efeito este evidenciado em Discussão. pacientes que não respondem ou respondem parcialmente ao tratamento com esses fármacos. Sua administração deve ser evitada em pacientes com alternâncias bruscas de humor (cicladores rápidos), que apresentam quatro ou mais fases em um ano, pois nestes casos a ação esperada não é produzida, no entanto, o seu uso prolongado também pode suscitar no quadro em questão. A carbamazepina e o ácido valpróico é uma alternativa para pacientes que não respondem ao tratamento com lítio, uma vez que a eficácia da carbamazepina é semelhante ao lítio14 . Trata-se de uma revisão bibliográfica que irá sintetizar conhecimentos de varias publicações referente ao tema proposto, que será útil aos profissionais da área da saúde em geral. A pesquisa foi realizada em bancos dados, tais como PubMed, SciELO, Science Direct, MedLine, Google Acadêmico e websites como Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde onde foram selecionadas publicações nos idiomas português e inglês Material e Método dos últimos 10 anos, bem como aqueles publicados fora desse período que contemplaram a discussão envolvendo a temática. Verifica-se que a evolução dos psicofármacos foi de grande valia para o tratamento dos transtornos depressivos, a busca por fármacos mais seguros trouxe significativa melhora e qualidade de vida aos usuários desses Conclusão medicamentos. Todavia seu tratamento deve ser realizado de forma consciente para que não haja danos maiores a saúde. A busca para descoberta de novos antipsicóticos é necessária para reduzir os afeitos adversos. LINHA DO TEMPO
Amitriptilina; Nortriptylina) Fluoxetina; Sertralina; Paroxetina; NEFAZODONA/MIRTAZAPINA/VENLAF Fluvoxamina; Citalopram; Bupropion) AXINA (Escitalopram; Duloxetina; Desvenlafaxina) DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL SOBRE USO RACIONAL DE PSICOFÁRMACOS (Texto – 3).
Introdução O uso de psicofármacos tem aumentado significativamente nos últimos
anos, e seu início tem sido cada vez mais precoce. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso indiscriminado de medicamentos psicotrópicos se tornou um problema de saúde pública; sendo assim a OMS tem alertado sobre o uso desses medicamentos nos países em desenvolvimento. No Brasil, esse aviso foi reforçado por estudos que demonstram uma grave realidade relacionada ao uso de antidepressivos e ansiolíticos, principalmente entre universitários (Moura et al., 2016). Dentre as classes de fármacos que atuam diretamente no SNC, tem-se anestésicos; analgésicos; antiepiléticos; anti-parkisonianos; psicopáticos; psicoanalépticos; entre outros (Anatomical Theurapeutic Chemical Classification System, 2023). Método Trata-se de um estudo metodológico utilizando o referencial de Teixeira (2020), que propõe o desenvolvimento de tecnologias cuidativo- educacionais em três etapas: produção/ construção; validação e aplicação. Nesse capítulo será descrito apenas a primeira etapa da pesquisa metodológica, que consistiu na produção-construção da tecnologia baseada A enfermagem e o bem-estar humano: teoria e prática Capítulo 12 106 na literatura. O estudo foi divido em duas fases, sendo elas: 1) Fase Exploratória, onde foi realizado uma revisão narrativa; 2) Construção de uma tecnologia educativa (TE), do tipo folder sobre uso racional de psicofármacos. O público-alvo da tecnologia desenvolvida foram estudantes de graduação em Enfermagem de uma Universidade localizada na Região Oeste do Estado de Santa Catarina. Resultados A leitura e análise dos artigos incluídos nesse estudo permitiu identificar algumas das razões que levam os estudantes a utilizarem os Discussão psicofármacos: nas fases iniciais do curso - dificuldades com a mudança de cidade, ingresso na universidade e aumento de suas responsabilidades (artigo 4); no meio do curso - as dificuldades estão atreladas ao contato mais amplo com pacientes e com a morte tornando-o mais responsável (artigo 1,7,8); no final do curso - ter mais responsabilidade com a profissão que escolheu para seguir (artigo 9). USO RACIONAL DE PSICOFARMÁCOS
O QUE SÃO PSICOFÁRMACO? São fármacos de uso controlado, amplamente utilizado
na clínica das doenças psiquiátricas, podem ser classificados como: Sedativos/hipnóticos; antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos. USO RACIONAL, O QUE SIGNIFICA? De acordo com a O.M.S, entende-se que há uso racional de medicamento quando pacientes recebem medicamentos para suas condições clínicas em doses adequadas às suas necessidades individuais. AUTOMEDICAÇÃO É o uso de medicamentos sem a orientação de um profissional habilitado. POR QUE SÃO UTILIZADOS? Os psicofármacos se instituíram-se como o recurso terapêutico mais utilizado para tratar sintomas como: tristeza, desamparo, solidão, inquietude, receio, insegurança, ausência de felicidade ou outros. USO ABUSIVO, O QUE PODE CAUSAR? Podem causar vários tipos de reações em um organismo, variando de leves alergias até a morte.