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Abstract: Together with the on-going globalization of the ritualistic use of the amazonian
psychotropic Ayahuasca, scientific research emerged from different areas of knowledge
suggesting new frontiers on neuroscience, psychiatry, etnomusicology and pharmacology.
Through humanist and transpersonal lenses, this article demonstrates how
musictherapeutic cares can complement and positively enhance the outcomes of theses
researches.
1. Introdução
2.1. Farmacologia
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"LSD is a catalyst or amplifier of mental processes. If properly used it could become something like the
microscope or telescope of psychiatry."
XVI SIMPÓSIO DE MUSICOTERAPIA
XVIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM MUSICOTERAPIA
31 de maio a 03 de junho de 2018
O Grupo Multidisciplinar de Trabalho (GMT) foi instituído pela Resolução nº. 5
CONAD, de 04 de novembro de 2004, para levantamento e acompanhamento do uso
da Ayahuasca, bem como para a pesquisa de sua utilização terapêutica, em caráter
experimental.
Dentre as proposições quanto às pesquisas do uso terapêutico da Ayahuasca
em caráter experimental, devem-se fomentar pesquisas cientificas abrangendo as
seguintes áreas: farmacologia, bioquímica, clínica, psicologia, antropologia e
sociologia, incentivando a multidisciplinaridade. Cada uma das pesquisas deve ser
aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP).
4. Cuidados musicoterapêuticos
O termo ‘set and setting’ pode ser livremente traduzido por “preparação e
contexto”: preparação se referindo aos fatores internos do paciente (como
personalidade, história de vida, expectativas, habilidade de confiar e apreciação
estética musical) e contexto se referindo as fatores externos (qualidade do ambiente,
exposição a humores alheios e estímulos sonoro-musicais).
A função terapêutica dos psicoativos é fundamentalmente dependente do
contexto - tanto no sentido ambiental quanto psicológico. É argumentado que a falta
de cuidado em relação ao contexto pode ser não somente clinicamente ineficiente
como potencialmente danoso (KAELEN et al, 2018).
A sessão psicodélica, relata Helen Bonny, era apenas um elemento na
totalidade do tratamento. O paciente passava por um procedimento de entrevistas
psiquiátricas e psicológicas antes de ser aceito. Então, antes de administrarem a
droga, era obrigatória a participação de dez a vinte horas de psicoterapia. O
musicoterapeuta, geralmente presente como um dos terapeutas durante a sessão,
encontrava com o paciente por pelo menos algumas horas, chegou a conhecer o
histórico musical e as preferencias do paciente. (BONNY; PAHNKE; 1972, p. 65).
Depois da sessão, o paciente recebia quantas horas de terapia for necessária
para integrar os aprendizados, e também passava por uma bateria de teste
psicométricos.
O desafio de integração da experiência holotrópica após retorno do paciente ao
cotidiano é algo conhecido. Musicoterapeutas poderiam atuar junto com equipe
multidisciplinar, elaborando um programa de auxílio ao processo de preparação e
integração, com os objetivos de aumentar a segurança e eficácia das pesquisas e
reduzir danos.
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4.2. Possíveis intervenções
5. Considerações finais
6. Referências
ARAÚJO, D. et al. Seeing with the eyes shut: Neural basis of enhanced imagery
following ayahuasca ingestion. US National Library of Medicine. 2012. Disponível
em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21922603>. Acesso em: 14 mai. 2018.
BONNY, Helen L.; PAHNKE, Walter N. The use of music in psychedelic (LSD)
psychotherapy . Journal of Music Therapy, v. IX, summer, p. 64-87, 1972.
KAELEN, M. et al. The hidden therapist: Evidence for a central role of music in
psychedelic therapy, Department of Medicine, Imperial College London, p. 505-519,
2018.
KAELEN, Mendel et al. Psychedelics and the essential importance of context, Journal
of Psychopharmacology, p. 1–7, 2018
SCHULTES, R. E.; HOFMANN, A. Plants of the Gods: their sacred, healing, and
hallucinogenic powers. Rochester, VT: Healing Arts Press, 1992.