Você está na página 1de 13

Helmintoses em cães e gatos

Strongyloides
- Parasita fêmea de Intestino delgado
- L3 infectante
- Sinais clínicos: animais jovens e fêmeas em lactação (pode haver infecção de mães
para filhotes na amamentação
- Intestino: erosão das vilosidades intestinais, diarréia, má absorção, desidratação
- Pulmão: infecção local, bronquite e pneumonia
- Controle: Ivermectina, albendazol, tiabendazol.

Trichuris
- Localizado no ceco
- Necessita de grande infestação para manifestação dos sintomas
- animais jovens
- Lesão na mucosa cecal, enterite, diarréia sanguinolenta (sangue vivo), infecções
secundárias.
- tratamento: ivermectina, benzimidazóis
- instalações arejadas e secas

Capillária
- C. aerophila: L1 no intestino delgado, migra pela circulação sanguínea e tem
tropismo pelos pulmões. Sintomas: rinite com descarga nasal, bronquite e
pneumonia. Sibilos na auscultação e dispnéia.
- C. Hepática: presente no parênquima hepático, realizando a postura. Sintomas:
cirrose hepática
- Grande parasitismo = presença de sinais clínicos.
- Encontrado em necropsia.
- Tratamento: ivermectina e albendazol.

Dictiophyme
- Parasitas secundários: minhocas, rãs e peixes.
- tropismo pelos rins (direito), cavidade abdominal.
- pode infectar Pleura, peritônio, SC, próstata, bexiga, ureter, uretra, estômago e
fígado (- comuns)
- pode ocasionar hepatite crônica, total destruição do parênquima renal com atrofia e
fibrose dos túbulos renais.
- Sinais clínicos: fraqueza, dores abdominais, disúria, ascite, peritonite, uremia,
insuficiência renal, hematúria.
- Tratamento: difícil eliminação medicamentosa. Mais indicado a nefrectomia.
- Controle: evitar consumo dos hospedeiros secundários crus

Ancylostoma
- Na circulação sanguínea migram para o pulmão. Vão para brônquios e traquéia, são
deglutidos e seguem para o intestino delgado.
- diarréia (muco e sangue), cães jovens, anemia grave, dificuldade respiratória, em
cães mais velhos causa deficiência de ferro.
- Após o diagnóstico, cães infectados podem ser tratados após 3 meses. As fêmeas
devem ser tratadas durante a prenhez no minimo 1 vez (milbemicina).
Toxascaris
- Intestino delgado
- Infecções intensas em filhotes podem causar abaulamento do abdômen, déficit
nutricional, perda de peso podendo levar à morte, principalmente em casos de
obstrução dos ductos biliares e pancreáticos.
- tratamento: fembendazol, mebendazol, piperazina.

Toxocara
- Ingestão de L3, circulação porta: fígado, coração, e alvéolos pulmonares. L4:
chegam para a glote, são deglutidas e migram para o intestino.
- Sinais clínicos: vômitos (com parasitas), diarréia, abdômen distendido, atraso no
crescimento e má condição da pelagem.
- A migração pode causar tosse, dispnéia, corrimento nasal e pneumonia.
- benzimidazóis e piperazina.

lagochilascaris minor
- hospedeiros intermediários: animais selvagens
- intestino delgado e abscessos cutâneos na região do pescoço
- L3 orofaríngea: fístulas orais. fistulação dos abscessos no pescoço, no ouvido médio
e na região mastóidea. (ovos e vermes).
- ivermectina

Spirocerca
- Hospedeiros intermediários: besouros
- Os adultos localizam-se em lesões granulomatosas na porção torácica do esôfago e
estômago. As larvas localizam-se na aorta.
- inicialmente assintomático, mas progride para quadro clínico grave.
- regurgitação, vômito, sialorréia, tosse, pirexia, disfagia, apatia, letargia.
- o parasita localizado no esôfago pode causar uma neoplasia.
- Ivermectina+ Nitroxinil; Ivermectina+Prednisona oral • Tratamento cirúrgico: nódulo
esofágico

Physaloptera
- hospedeiro intermediário: barata.
- tropismo no estômago
- gastrite e enterite

Dirofilaria
- intermediários: mosquitos
- ventrículo direito e artéria pulmonar
- pode ocorrer obstrução do ventrículo direito e artéria pulmonar
- falta de oxigenação nos órgãos, deficiência respiratória, pneumonia, tosse crônica,
ascite.
- milbemicina e ivermectina

protozooses em cães e gatos


Hepatozoon
- Definitivos:carrapatos, ácaros e insetos
- Intermediários: anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
- anorexia, perda de peso, membranas mucosas pálidas, dor, diarréia, vômito, febre,
poliúria, polidipsia.
- Dipropionato de Imidocarb, Doxiciclina

Isospora
- A infecção ocorre por meio de alimentos ou água contaminada.
- diarréia perda de peso
- Trissulfin

Crytosporidium
- Adere-se às microvilosidades das células gastrintestinais e do epitélio respiratório.
- Tratamento: Ainda não existe terapia eficaz disponível, sendo realizados o
tratamento sintomático e a associação de drogas antibióticas e coccidiostáticas
Sarcocystis
- Hosp. definitivos: os carnívoros são os hospedeiros finais ou definitivos
(predadores); homem
- Hosp. Intermediários: herbívoros e onívoros (presas): ingerem os oocistos contendo
os esporozoítos.
- No hospedeiro intermediário: febre intermitente, dispneia, caquexia, anorexia,
abortos e redução na produção de leite (principalmente em bovinos). Hemorragia,
necrose e edema estão associados à maturação da segunda geração de merontes.
- Nos hospedeiros definitivos: inclusive humanos, é relatada a presença de anorexia,
desconforto abdominal, náuseas e diarreia, sintomas que cessam em poucos dias,
uma vez que a infecção é autolimitante. Desidratação, fezes fétidas (cães).
- Clindamicina oral

Toxoplasma
- Hosp. definitivos: felídeos, principalmente o gato
- Cistos contendo bradizoítos na carne crua
- Febre, anorexia, prostração, adenopatia, fortes dores musculares, secreção ocular
bilateral, distúrbios pulmonares e abortamento em humanos e ovinos.
- Em humanos: hidrocefalia ou microcefalia fetal e complicações visuais.
- Clindamicina (cães e gatos)/ ◦ Uveíte em gatos: Prednisona a 1%

Neospora
- Hospedeiros def.: cães;
- hosp. intermediários: bovinos, caprinos, ovinos, equinos, caninos, cervídeos e outros
animais silvestres.
- Cães: abortos e mumificação ou autólise fetal.
- Bovinos: aborto (3 e 9 meses de gestação); mumificação ou atutólise fetal,
natimortos e bezerros;
- Em cães jovens, a maioria dos casos de neosporose é consequência da infecção
congênita. São observados distúrbios neuromusculares, paralisia dos membros
posteriores e encefalomielite

Cystoisospora
- Hosp. definitivos: cães, gatos, suínos e humanos, conforme a espécie em questão
- Hosp. Intermediários: diversos mamíferos, entre eles camundongos, cães, gatos,
coelhos e suínos
- Apesar de serem pouco patogênicas, causam diarreia em filhotes e diminuição no
desenvolvimento, mas a infecção é autolimitante

Giardia
- Protozoários parasitas do intestino delgado.
- Hospedeiros: Humanos, cães, caprinos, bovinos
- DIARREIA, podendo ser intermitente, Desidratação, perda de peso e morte.
- Metronidazol

Trypanosoma
- Definitivos: humanos, primatas, cães, gatos e reservatórios silvestres
- Intermediários: hemípteras (barbeiros); moscas.
- O barbeiro ingere as formas circulantes (tripomastigotas) ao picar o hospedeiro
contaminado e, no intestino, o protozoário transforma-se em epimastigota, que se
multiplica e vai ao reto, onde ocorre a forma infectante (tripomastigota metacíclico).
- Para infectar o hospedeiro definitivo, o barbeiro, ao se alimentar à noite, defeca
próximo à picada (Trypanosoma da seção Stercoraria – transmissão contaminativa).
- Humanos: Megaesôfago, Megacólon, Insuficiência cardíaca, Hepato e
esplenomegalia, Sinal de Romanã
- Animais: Emaciação e edema são os sinais clínicos mais comuns, e ocorre paralisia
progressiva dos membros posteriores.
- Causa o “mal das cadeiras” em equinos.
- Anemia, febre, perda de peso (cães)
- A. de produção (bov): anemia, hemorragia, morte, perda de peso, aborto
- Benznidazole, Nifurtimose (humanos);

Leishmania
- Viannia (complexo Leishmania braziliensis) ulceração simples ou múltipla; não
ataca a mucosa
- Leishmania (complexos Leishmania mexicana e Leishmania donovani). raramente
atinge humanos; quando acontece, produz lesões cutâneas únicas ou em pequeno
número. É encontrada em pequenos roedores silvestres
- Hosp. Intermediário: mosquitos do gênero Lutzomyia
- Formas amastigotas no fígado, no baço e na medula óssea do hospedeiro
vertebrado. Formas promastigotas no canal alimentar do inseto
- Leishmaniose cutânea: formas que provocam lesões cutâneas, ulcerosas ou não,
em número limitado
- Leishmaniose cutâneo mucosa ou mucocutânea: formas que se complicam com
lesões desfigurantes e destrutivas das mucosas do nariz, da boca e da faringe
- -Leishmaniose cutânea difusa: formas disseminadas; ocorre pós-calazar e as lesões
são de difícil tratamento
- Leishmaniose visceral ou calazar: formas viscerais (baço, fígado, medula óssea e
tecidos linfoides)
- Miltefosina
artrópodes em cães e gatos
Sarnas sarcoptidae (ácaros escavadores)
- Sinais clínicos: presença de pus, crostas e escamas, alopécia, prurido e
engrossamento de pele
- prurido que aparece a noite
- base posterior da orelha
- sensação de “aspereza”
sarna Notoédrica
- Em gatos, localiza-se principalmente nas orelhas e na cabeça do animal
- Evolução para órgãos genitais
- Há coceira, formação de crostas, exsudações de soros e sangue
ácaros superficiais
- Otodectes: cães e gatos
- Localiza-se com profundidade no canal auditivo
- Tímpano mostra-se hemorrágico
- Cerume escuro
- Distúrbios nervosos
sarna demodécica
- Folículo piloso e nas glândulas sebáceas (se alimentam de células epiteliais).
- Seca: pouco eritema, mas há alopecia difusa e presença de crostas superficiais.
- Úmida: a pele torna-se enrugada, espessada e com pústulas, das quais extravasam
soro, sangue e pus.

Diagnóstico de sarnas
- Sarcoptes e Notoedres: dobra na pele, raspar sobre a prega de pele, mantendo um
ângulo reto da lâmina com a pele até produzir um leve sangramento (escarificação).
Colocar o material entre lâmina e lamínula e olhar no microscópio óptico em
aumento de 100 vezes.
- Otodectes: coletar alguns pelos e raspar as crostas soltas. Guardar em pote bem
fechado. Macerar algumas crostas com óleo mineral e colocar em uma lâmina.
Pode-se clarificar com uma gota de lactofenol. Observar no microscópio entre lâmina
e lamínula em aumento de 100 vezes.
- Todas as sarnas penetrantes têm o 1o par de patas pequeno, o qual não ultrapassa
ou levemente ultrapassa o aparelho bucal. As sarnas superficiais têm patas bem
longas, que ultrapassam o aparelho bucal.

Tratamento
- Triatox ou Amitraz (Diamidinas). • Diluir 4 mL do produto Triatox® em 1 litro de água
(1 parte de para 250 partes de água) para o tratamento de sarna demodécica e
sarcóptica
- ivermectina
Pulgas
- Ctenocephalides felis (a pulga do gato) é a pulga mais comum que afeta cães e
gatos em todo o mundo.
- Têm três segmentos torácicos (pronoto, mesonoto e metanoto); • Ciclo de 21 dias; •
Fêmeas possuem espermateca: armazenamento dos espermatozóides.
- Sinais clínicos: anemia grave, morte de filhotes, irritação na pele e prurido, dermatite
alérgica a saliva das pulgas, hiperpigmentação e espessamento de pele.
- controle e tratamento: controle de ambiente (aspirar e queimar a seco), expor ao sol
os tapetes, refazer a vedação do assoalho e rodapés, higiene do ambiente infestado,
Banhar o animal com inseticida para eliminar as pulgas adultas presentes e, após o
banho, utilizar um produto anti pulgas com período residual de pelo menos 1 mês
(produtos spot on, orais)

Piolhos
- Uso de produtos químicos em banhos de imersão ou aspersão com pressão. Repetir
em 10 a 14 dias
- Uso de pente fino, aplicação de inseticida em pó nos ninhos
- Limpeza e esterilização dos fômites
- Produtos pour on
- Ivermectinas para sugadores
- Obs: Inverno: maior predisposição: pelo cresce e forma um micro-hábitat., Animais
ficam mais próximos
carrapatos
- Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento 2 ou 3
vezes, com intervalos de 14 dias, ou utilização de produtos sistêmicos spot on em
intervalos de 30 a 45 dias • Organofosforados; Amidínicos: Piretróides Sintéticos
(Cipermetrina)
helmintoses em suínos
Ascaris suun
- O parasitismo interfere na nutrição adequada e crescimento dos animais
- Parasitas do Intestino delgado: forma infectante L2
- Circulação: Sistema Porta Hepático L3- Coração – Artérias Pulmonares- Pulmões L4
- Rompem os capilares pulmonares (alvéolos)- expectorados
- Intestino delgado (L5: maturidade sexual e continuam o ciclo)
- Tropismo: Oclusão do ducto biliar, Perfuração da parede intestinal, Severa angústia
respiratória, desnutrição, pneumonia intersticial
- Hemorragia pulmonar, petéquias e equimoses, Edema. Cronicidade: Emaciação,
Pneumonia intersticial crônica e fibrose hepática;
- Piperazinas, higromicina B, diclorvós, fenbendazole, levamisole e tartarato de
pirantel
- Medicação de anti-helmínticos das porcas, antes da parição; Não exposição dos
leitões aos solos contaminados; Cuidadosa higienização.
Trichuris suis
- Localização: membrana mucosa do ceco
- Infecções mais graves: cólon (intestino grosso)
- Suínos jovens: enterite catarral
- Diarreia, desidratação, anorexia e retardo do crescimento
- Tratamento: Higromicina B, Fenbendazole e ao Diclorvós
Strongyloides ransomi
- Fêmea partenogenética, localiza-se na membrana mucosa do intestino delgado;
- DIARREIA, ANOREXIA E ANEMIA
- TIABENDAZOLE E IVERMECTINAS

Oesophagostomum
- Presente no Intestino grosso
- Enterite catarral
- Fenbendazole Pirantel Diclorvós

protozooses e artrópodes em suínos

helmintoses em aves
- a infecção acontece de forma horizontal, de lote para lote.
- através da reutilização da cama
- instalações contaminadas e presença de vetores
- manejo inadequado
- pode passar despercebido por conta do baixo impacto sobre a produção

Nematódeos: heterakis Gallinárium, Ascaridia Galli, Capillaria spp


Cestódeos: Raillietina spp, Hymenolepis spp, Choanotaenia infundibulum.

Ascaridia galli: **
- Ciclo evolutivo direto, sem migrações
- larva infectante L2, ingestão de ovos: proventrículo e intestino delgado
- ovos com a casca bastante espessa
- Sinais clínicos: espessamento, congestão e lesão da parede intestinal, hemorragias,
anemia, perfuração da parede do intestino, peritonite, podem se alojar no oviduto.
- sinais clínicos mais evidentes em casos de maior parasitismo, considerar idade,
estado clínico e imunológico do animal.
- diagnóstico: exame parasitológico (método de flutuação)
- Profilaxia: higiene e limpeza do local, piso de concreto, troca de cama, higiene e
água limpa, piso ripado a uma altura de 80 cm do chão
- Tratamento: tiabendazol.Pode ser oferecido em doses terapêuticas ou como forma
de profilaxia em dosagem mais baixa na água.

Ascaridia columbae:
- apatia, perda de apetite, diarreia, emagrecimento, convulsões, morte
- focos inflamatórios: presença de células linfóides, eosinófilos e células gigantes
- migração: CS: fígado e pulmões

Heterakis gallinarium
- se localiza no ceco
- não muito patogênico
- sinais clínicos: anemia e eosinofilia
- tratamento: febendazol e metronidazol

Capillaria spp **
- geralmente parasitam intestino delgado e ceco
- problema comum em zoológicos e criadouros
- ciclo indireto ocorre através de minhocas que tem função de hospedeiros
facultativos ou obrigatórios. Quando estas são ingeridas pelos hospedeiros, vão para
o intestino delgado e lá são liberadas as larvas, que completam seu ciclo de vida e
se tornam adultas.
- se aderem à mucosa intestinal causando perda de sangue, hipoproteinemia, anemia,
desidratação, baixa absorção alimentar, emagrecimento e morte . Pode causar
penas eriçadas, apatia, letargia, anorexia, vômito, diarréia e fezes marrons ou
escuras. atrofia da musculatura peitoral, plumagem descolorida.

- Diagnóstico: método de flutuação, necrópsia.


- tratamento: levamisole, mebendazole, praziquantel

Raillietina tetragona
- Hospedeiros intermediários: mosca, formigas e besouros
- se localizam no intestino delgado das galinhas
- As galinhas se infectam ingerindo os hospedeiros intermediários contaminados.
- Sinais clínicos: formação de nódulos, letargia, anemia, inflamação da bursa de
fabricius (órgão linfóide) e diminuição no consumo de alimentos.
- diagnóstico: exame parasitológico de fezes (método de sedimentação)
- tratamento: Mebendazol em 5 dias, albendazol e praziquantel em dose única

Hymenolepis spp
- Parasito de intestino delgado em mamífero e aves
- hospedeiros intermediários: mosca e bezouro
- Sinais clínicos: apático, perda de apetite, diarréia, lesões no intestino delgado,
enterite
- diagnóstico: exame parasitológico
- profilaxia: tratamento com anti helmínticos e combate às moscas

Choanotenia infundibulum
- hospedeiros intermediários: moscas e besouros
- localiza-se no intestino delgado
- sinais clínicos: diarreia, fezes sanguinolentas
- Necrópsia: ausência de alimento, inflamação de mucosa, moco espesso amarelo-
avermelhado
- tratamento mebendazol

Quem tem hospedeiro intermediário: quem trata com praziquantel


choanotaenia raillietina
hymenolepis capillaria
Raillietina

Quem trata com mebendazol


choanotaenia
raillietina
capillaria

quem trata com tiabendazol


ascaridia

protozooses e artrópodes em aves


- Principais ácaros: dermanyssus gallinae, ornithonyssus sylviarum, ornithonyssus
bursa
- Geralmente os ácaros procuram as aves no período noturno
- Sinais clínicos: ferimentos frequentes em aves, queda da postura, estresse
generalizado, estímulo ao canibalismo.

dermanyssus gallinae
- encontrado em regiões de clima temperado
- hábitos noturnos

ornithonyssus
- não abandona o hospedeiro
- quando muito infestado, as penas ficam escurecidas
- pele arranhada e escamosa no ventre do hospedeiro
- ao exame físico eles sobem pela mão do operador
- também podem ser visualizados entre os ovos
- entram no aviário através de pintos contaminados nos caminhões e caixa de
transporte infestadas.

Cnemidocoptes mutans
- ácaros de patas, mais comuns em aves velhas
- aparecem mais na primavera e no verão
- causam intensa irritação na pele e as aves arrancam as penas

Tratamento e controle:
- identificação do tipo de ácaro
- coletam-se alguns ácaros em vitro tamponado em alcool 70%
- Tratamento triclorfon na água ou burrifar nos animais e na cama
- deltametrina polvilhar na cama e nos ninhos (BUTOX)

Principais carrapatos em aves:


- os mais comuns são os de corpo mole
- Gênero: Argas spp
- localizam-se preferencialmente em peles mais finas e sob as asas
- causam: perda de sangue, anemia, emagrecimento, retardo do crescimento,
diminuição da postura.
- limpeza de instalações e arredores, aplicação de inseticida com bomba de
compressão, penetração do produto em frestas, rachaduras, do chão paredes e teto
- tratamento: cipermetrina diluído em água .
Pulgas em aves
- as pulgas só são parasitos na fase adulta
- as aves vivem no meio ambiente
- Principais espécies: Ceratophyllus gallinae, Ctenocephalides felis (mais raramente).
- remoção de cama infestada, aspersão do aviário infestado, matando as larvas, a
nova cama deve ser tratada, impedir o acesso de cães, gatos e ratos no aviário, luz
do sol, tempo quente, congelamento impedem o crescimento desse inseto

Piolhos em aves
- muitas espécies podem infestar aves
- a grande maioria são mastigadores, portanto não sugadores de sangue
- a fêmea cola os ovos nas penas
- O Menacanthus tramineus é uma exceção entre os piolhos, pois se alimenta de
sangue
- alterações de crescimento em animais jovens
- aplicar inseticida a cada 7 ou 10 dias, repetir 2 vezes em outono e inverno (época de
predileção)
- Tratamento: Triclorfon (0,1%); Carbamato (20g do produto por ninho)

Protozoários em aves
- PLASMODIUM GALLINACEUM: hospedeiros intermediários: mosquitos
- não apresenta sinais clínicos aparentes, uma semana antes da morte a crista pode
ficar pálida
- espécie altamente patogênica, esplenomegalia, acúmulo de líquido na cavidade
pericárdica
- profilaxia: combater o vetor

- Toxoplasma avium: afeta primeiramente o sistema nervoso central, e poucas vezes


o sistema reprodutivo, músculos esqueléticos e órgãos viscerais.
- a maioria das infecções são inaparentes ou latentes
- anorexia, palidez, queda na produção, fezes esbranquiçadas
- A infecção por toxoplasmose em aves é desconhecida e não há tratamento.

helmintoses em bovinos
- Características gerais: baixa produtividade ao rebanho, retardamento no
desenvolvimento dos animais, aumento na taxa de mortalidade dos bovinos, elevado
custo de tratamento, alta densidade populacional de animais, principalmente
leiteiros.
- Apresentam-se em ciclos evolutivos diretos, com período de desenvolvimento direto
no hospedeiro, denominado de fase parasitária e outra no ambiente, chamada de
vida livre.
- a fase ambiental inicia-se com a deposição de ovos nas pastagens, por meio das
fezes, e posterior liberação das larvas que se desenvolvem até o estágio infectante,
L3.

Haemonchus spp
- depositam uma substância anticoagulante no local onde se fixam, provocando
grandes perdas de sangue.
- sinais clínicos e diagnóstico: anemia, edema submandibular, emagrecimento,
diarréia
- exame: coproparasitológico
- localizado no abomaso
- exame pós-mortem: a carcaça se encontra emaciada, os linfonodos mesentéricos
aumentados, e a mucosa do cólon espessada, congesta e recoberta por uma
camada de muco em que os vermes estão espalhados.
- tratamento: albendazois, ivermectina, levamisol

Cooperia spp
- localizam-se no intestino delgado, raramente no abomaso
- Sinais clínicos: diarréia, anorexia, enterite, espessamento da parede intestinal,
hemorragias, invadem a mucosa e sugam sangue.
- tratamento: avermectinas

Trichostrongylus spp
- localizam-se no abomaso e ocasionalmente no intestino delgado
- lesões de mucosa do abomaso e ID, gastrite e enterite, hiperemia e infiltração de
leucócitos.
- Controle: drenagem de campos alagadiços, rotação de pastagens, desinfetar o
estrume, com intuito de destruir ovos e larvas, incinerar vísceras de animais abatidos
- Tratamento: levamisole, 4,5 mg/kg.
- período de carência: não abater animais para consumo humano antes de 7 dias
depois da última aplicação.
- não consumir leite antes de 96 horas após o término do tratamento.

Oesophagostomum spp.
- formam-se nódulos, vermes nodulares
- ingestão de L3 que penetram na mucosa do Intestino delgado
- Nódulos L4 - cólon (fase adulta)
- tratamento: ivermectina

protozooses e artrópodes em bovinos


- Tristeza parasitária bovina: causada principalmente pela babésia
e anaplasma
- todos os agentes etiológicos são parasitas intracelulares e
infectam hemácias e destróem as células

Babesiose bovina
- no brasil é endêmica e transmitida pelo carrapato
- Sinais clínicos: fase aguda: febre, palidez da mucosa, icterícia,
hemoglobinemia, hemoglobinúria, óbito. Fase crônica: anemia,
emagrecimento lento e progressivo.
- tratamento: diaceturato de diminazeno

Anaplasmose
- transmitida biológica e mecanicamente por carrapatos e insetos
hematófagos
- apresenta a fase aguda, super-aguda, leve e crônica da doença
- tratamento: enrofloxacina

Tripanossomo
- uma das doenças mais importantes de bovinos e humanos do mundo
- sinais clínicos: depressão, anorexia, febre, queda na produção,
aumento da FC e FR, opacidade da córnea, mucosas pálidas, aumento
dos linfonodos, e perda de peso.
- aumento nos casos de aborto e natimortos
- pode causar cegueira provisória, incoordenação motora, salivação,
opistótono,nistagmo, tetania e bruxismo.
- diagnóstico: hemograma
- tratamento:aceturato de diminazeno.

helmintoses em equinos
- A maioria das helmintoses em equinos causam sintomas digestivos:
cólicas, diarréias, sinais clínicos inespecíficos.
- parascaris e strongyloides podem infectar o sistema respiratório
durante a migração de suas larvas para o intestino delgado.

Parascaris equorum
- ciclo direto
- nematóide esbranquiçado e grande (40cm)
- cólica e obstrução intestinal em potros, perdem peso e tornam-se
emaciados.
- Migração de larvas e danos em fígado e pulmões
- diagnóstico: parasitológico de fezes (flutuação)
- No fígado causam hemorragias focais, e trajetos eosinofílicos, que
desaparecem e deixam um rastro esbranquiçado e com fibrose.
- nos pulmões também causam pequenas hemorragias e infiltração por
eosinófilos.
- infecções maciças causam perfuração da parede pulmonar e peritonite
- Tratamento: febendazol, ivermectina

Dictyocalus arnfieldi
- doença do verme pulmonar
- localizam-se na traquéia e nos brônquios
- bronquite crônica, oclusões localizadas, atelectasia
- sinais clínicos: intolerância ao exercício, febre, corrimento nasal,
depressão, má condição corporal, sibilos e crepitações em ausculta.
- tratamento: ivermectina

Anoplocephala
- hospedeiro intermediário: ácaro
- localiza-se na válvula íleo-cecal, raramente no cólon
- sinais clínicos: ulceração da válvula íleo-cecal, enterite. cólicas de difícil
diagnóstico
- tratamento: pamoato de pirantel

Strongyloides westeri
- localizam-se no intestino delgado
- pode infectar tanto pela pastagem e aleitamento, quanto pela
penetração de pele íntegra
- diarréia aguda, geralmente fatal. fraqueza, emaciação, erosão da
mucosa.
- tratamento: ivermectina

protozooses e artrópodes em equinos


helmintoses em caprinos e ovinos

Você também pode gostar