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PARASITOLOGIA

PROFA. AMANDA LEMOS


amndalemos@hotmail.com
CONCEITOS

Parasito é um ser vivo de menor porte que vive associado a outro ser vivo de
maior porte, à custa ou dependência deste.
São classificados de duas maneiras
Parasitas intercelulares – Vivem em espaços dentro do corpo do hospedeiro,
Parasitas intracelulares – Vivem dentro das células dos hospedeiros. São
exemplos destes seres os vírus e protozoários como o Plasmodium falciparum,
causador da malária.
ENDOPARASITAS

São parasitas que vivem dentro do


hospedeiro, possuindo contato profundo
com tecidos e órgãos.
Vermes – Tênia
Protozoários – Schistosoma mansoni,
Plasmodium falciparum
ECTOPARASITA

São os parasitas que vive externamente no corpo do hospedeiro, são


encontrados sobre a pele do animal e também em suas cavidades.
Cada parasita possui adaptações para extrair nutrientes do seu hospedeiro.
Em ectoparasitas, por exemplo, as adaptações podem ocorrer no aparelho
bucal.
ENDOPARASITAS
HELMINTOS

Conhecidos popularmente por vermes.


Podem ser de vida livre ou parasitária.
Os de vida parasitária se dividem em dois Filos:
Platelmintos – Achatados.
Ascaris lumbricoide (Lombriga).
Nematelmintos – Cilíndricos.
Ex.: Schistosoma mansoni (Barriga d’água).
TREMATÓDEOS

Componente da ordem dos platelmintos.


Vermes achatados, com ciclo evolutivo indireto e que necessitam,
obrigatoriamente, passar por um hospedeiro intermediário (molusco).
Possuem uma ou mais ventosas, lembrando buracos, os quais se fixam a certas
estruturas do hospedeiro, podendo se alimentar ou não por elas.
DOENÇAS
PARASITÁRIAS
Schistosoma mansoni

Esquistossomose, popularmente conhecida como Barriga d’água.


Encontrado em água de rios e lagos e tem como hospedeiro intermediário o
caramujo.
Ao penetrar a pele ele pode causar vermelhidão e coceira local, além de
fraqueza e dor muscular.
TEM CURA?
Sim, quando o diagnóstico é feito de maneira precoce, na fase inicial da doença,
sendo possível a eliminação do parasita, evitando o surgimento de complicações
como aumento do fígado e do baço, anemia, atraso do desenvolvimento, entre
outros.
Schistosoma mansoni
Schistosoma mansoni – QUADRO PATOGÊNICO

FASE AGUDA
Dermatite cercariana, mal-estar, febre, diarreia, dor muscular, tosse, falta de
apetite e emagrecimento, e hepatoesplenomegalia.
FASE CRÔNICA - Do 6 mês até anos.
Embolia pulmonar, presença de granulomas pulmonares, hepatite granulomatosa
provocada pela presença de ovos.
Fibrose no Sistema Porta com consequente ascite e hepatoesplenomegalia.
Grande número de ovos pode provocar hemorragias, edemas na submucosa e
degeneração do tecido. Ocorrem dores abdominais, diarreias muco-sanguinolentas,
tenesmo, complicações digestivas e circulatórias.
Taenia solium

Conhecida como a Tênia do porco


ou Teníase.
Utiliza o Homem como hospedeiro
definitivo.
A infecção ocorre pela ingestão do
verme adulto presentes na carne
de porco.
Taenia
solium
Taenia solium – QUADRO PATOGÊNICO

TENÍASE
Consumo da larva da tênia, presente no boi ou porco, que cresce e vive no
intestino.
Aumento da motilidade intestinal, inflamações crônicas e eosinofilia. Pode
apresentar dor e alongamentos abdominais, sensação de fome, tonturas,
fraqueza, entre outros sintomas.
CISTICERCOSE
Ingestão de ovos de tênia, que liberam as larvas capazes de atravessar a
parede do estômago e atingir a corrente sanguínea, chegando a outros órgãos
como músculos, coração, olhos, entre outros.
Cefaleia, perda parcial da visão, vômitos, arritmias cardíacas e respiratórias,
fadiga, cãibras, entre outros sintomas.
Taenia saginata

Tem como hospedeiro intermediário o bovino.


São hermafroditas e parasitam o intestino delgado.
O verme adulto pode chegar até 10 metros e viver até 10
anos.
Associada apenas com a Teníase.
Taenia saginata
Ascaris
lumbricoides
Popularmente conhecida como
Lombriga.
Baixa intensidade – Assintomáticos.
Desenvolvimento larvário – Pode haver
lesões hepáticas e pulmonares, com
formação de focos hemorrágicos e
necrose devido a passagem das larvas.
Fase pulmonar – Edemas alveolares,
alergia, febre, bronquite. Pode
apresentar tosse com catarro
sanguinolento contendo larvas
(geralmente em crianças com estado
nutricional e imune abalados).
Ascaris
lumbricoides
COMPLICAÇÕES GRAVES
DA ASCARIDÍASE
Grande número de parasitas na passagem pelos
pulmões podem causar asfixia.
Migração de parasitas pode causar colecistite,
pancreatite ou apendicite.
Enterobius
vermiculares
Oxiúro ou Enterobíase.
Enterobius vermiculares – VIAS DE
TRANSMISSÃO
HETEROINFECÇÃO – Ovos encontrados na poeira ou em alimentos infectam
novo hospedeiro.
INDIRETA – Ovos encontrados na poeira ou em alimentos infectam mesmo
hospedeiro.
AUTOINFECÇÃO EXTERNA OU INDIRETA – Ovos levados da região anal à boca.
Esse mecanismo é mais comum em crianças e é o responsável pela cronicidade
da parasitose.
AUTOINFECÇÃO INTERNA – Larva eclode ainda dentro do reto e migra para o
ceco, tornando-se verme adulto (mecanismo raro).
RETROINFECÇÃO – Larvas eclodem na região perianal (externamente),
penetram pelo ânus, migram pelo intestino grosso, chegam ao ceco e se
transformam em verme adulto.
Enterobius vermiculares – QUADRO
PATOGÊNICO
Assintomático (maioria).
Nos sintomáticos pode haver a laceração da pele, hemorragias, dermatites e
infecções secundárias como uretite e vaginite.
Mais comuns: Prurido anal intenso, principalmente à noite, náuseas, vômitos,
dores abdominais, emagrecimento e diarreia.
Pode ocorrer também convulsões e vertigens, principalmente em crianças.
Ancylostoma duodenale
Necator americanus
Conhecido como Amarelão.
Os tecidos do intestino são destruídos e os parasitas se alimentam das hemácias,
podendo gerar úlceras e hiproteinemia.
A passagem das larvas pelos pulmões pode provocar lesões transitórias e sintomas
como dispineia, tosse e febre leve.
Ancylostoma duodenale
Necator americanus – QUADRO PATOGÊNICO
Palidez, olhos e mucosas
descoradas, fadiga, vertigens,
tonturas, desânimo e fraqueza,
dores de cabeça, dores
epigátricas, falta de apetite,
cólicas, vômitos, flatulências,
diarreias sanguinolentas ou não.
Tricuriose ou Tricuríase.
Em infecções leves ou moderadas os adultos vivem no ceco do cólon descendente do intestino grosso,
com a extremidade anterior mergulhada na mucosa.

Trichuris
trichiura
Trichuris trichiura –
QUADRO PATOGÊNICO

Leves – Geralmente assintomáticos,


mas podem apresentar cefaleia,
dores abdominais, diarreia, náusea
e vômito.
Crianças com parasitismo intenso
podem apresentar síndrome
disentérica crônica com diarreia
intermitente, muco, sangue, dores
abd., anemia, desnutrição grave.
Prolapso retal – Comum em crianças
menores de 5 anos com desnutrição
e alta carga parasitária.
OBRIGADA!
amndalemos@hotmail.com

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