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Pasteurella

Mannheimia
 Família: Pasteurellaceae

 Gêneros: Pasteurella e Mannheimia

 Cocobacilos G(-), anab. facult.

 Oxidase e catalase (+)

 P. multocida - não cresce em Agar


MacConkey

 Amplamente distribuído na natureza

 Comensal nas membranas mucosas do trato respiratório dos animais


domésticos (sobrev. amb. curta).

 Espécies: P. multocida; P. trehalosi e M. haemolytica – principais


responsáveis por infecções clínicas nos animais domésticos.
http://www.gettyimages.com.au/detail/photo/pasteurella-multocida-high-res-stock-photography/487736393
• Pasteurelose pulmonar bovina

• Septicemia hemorrágica em bovinos e búfalos

• Mastite bovina e ovina

P. multocida • Pneumonia em ovinos e suínos

• Rinite atrófica suína

• Cólera aviária

• Corrimento nasal em coelhos


• Pasteurelose pulmonar e mastite dos
bovinos

• Pneumonia enzoótica dos bezerros


Mannheimia haemolytica
basicamente restrita a
• Pneumonia e mastite necrosante dos
ruminantes
ovinos

• Septicemia em cordeiros jovens


Diferenciação entre Pasteurella e Mannheimia

1. Características coloniais e de crescimento

2. Reações bioquímicas

• Linhagens de P. multocida = sorotipagem

• Linhagens de M. haemolyticus = sorotipagem


1. CARACTERÍSTICAS COLONIAIS E DE CRESCIMENTO

AGAR SANGUE

M. haemolytica
• Inodora
• Hemolítica

P. multocida
• Odor adocicado
• Sem hemólise
• Peq. Col. Branco-acinz.
AGAR MAcCONKEY

M. haemolytica

• Pequenos pontos verm.

 P. Multocida = não cresce em Agar MacConkey

• A maioria das espécies de Pasteurella não cresce em Agar MacConkey


2 Reações bioquímicas
 Agar TSI: Amarelo no ápice e na base (sem produção de H2S)
Sorotipos capsulares – A, B,
D, E, F

Sorotipos somáticos – 16
sorotipos ( com base na
diferença sorológicas do LPS
da parede celular)

EX: P. multocida A:2

Ag capsular Ag somático
PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICO

• Amostras: aspirado
traqueobrônquico; suabes
nasais; leite mastite;
esfregaço de tecido e
sangue ( septicemia)
PASTEURELOSE PULMONAR BOVINA
(febre do transporte; pneumonia do confinamento)

• Confinamentos no Brasil - centro-oeste (MS, MT e GO) e oeste Paulistano

• Realizados durante a época seca do ano devido à escassez de forragens =


mudança no manejo alimentar de seus animais.

• Adversidades climáticas + adaptação ao novo sistema de manejo


(confinamento) + stress de transporte = queda de imunidade
• Infecções respiratórias de origem bacteriana, destacam-se:

• M. haemolytica A1 (antiga P. haemolytica biotipo A)

• P. multocida = tb pode estar envolvida

Essas bactérias fazem parte da microflora da cavidade oronasal e em


condições de imunossupressão ou pela entrada de outros agentes (vírus ou
Mycoplasmas sp.), rompem assim as barreiras do trato respiratório
colonizando a porção crânio-ventral dos pulmões causando uma pneumonia
fribrinótica nos animais acometidos.
CONTÁGIO

Transmissão: contato
direto ou aerossóis

• Acomete bovinos de qualquer raça, sexo ou faixa etária, predispondo


principalmente em animais jovens quando expostos a fatores
estressantes.

• Bovinos apresentam uma maior incidência de problemas respiratórios


durante as três semanas iniciais no confinamento.
PATOGÊNESE E PATOGENICIDADE

• M. haemolytica

 Fatores de virulência

 FÍMBRIAS (adesão)
 CÁPSULA (inibe destruição moo)
 ENDOTOXINA (altera função dos leucócitos – tóxico para
endotélio) * choque endotóxico
 LEUCOTOXINA ( citolisina formadora de poros que afeta a
função das plaquetas e dos leucócitos)
 SEVERA LESÃO TECIDUAL = liberação enzimas lisossomais;
mediadores inflamatórios
PATOGÊNESE E PATOGENICIDADE

• P. multocida

 Infecções endógenas

 Moo comensais = invadem tecidos animais inumocomprometidos;


condições estressantes de transporte e superpopulação

 Fatores de virulência: ADESÃO (fímbrias) e EVASÃO DA


FAGOCITOSE (cápsula de ácido hialurônico – pp/ tipo A)

 Septicemia + endotoxemia + CID = MORTE


• PREJUÍZOS: queda na conversão alimentar + redução no ganho de peso
(GDP) diário e final menor desenvolvimento corporal
aumentando o período de dias da engorda ao abate.

SINTOMATOLOGIA CLÍNICA

• Os animais acometidos se isolam dos


demais
• Depressão
• Redução do apetite
• Aumento FR caso sejam movimentados
• Febre (40 a 41ºC)
• Crostas e secreção muco purulenta
nasal e ocular

Resultado final é uma pleuroneumonia


fibrinosa aguda
 Pulmão de vitelo com pneumonia por Pasteurella. Note-se o
aspecto firme dos lobos afetados. Os lóbulos mais pálidos apenas
apresentam congestão. A seta aponta um brônquio de conteúdo
purulento
Pleurisia e pneumonia necrosante por Pasteurella em vitelo.

Resultado final é uma pleuroneumonia fibrinosa aguda

http://www.fmv.utl.pt/atlas/respiratorio/paginas_pt/respir_052.htm
RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS

• A Pasteurella multocida - faz parte da


microbiota comensal do trato
respiratório superior dos suínos.

• Estirpes: relacionadas com a rinite


atrófica progressiva e outras com
pleurites e pneumonias.

• Patologias são altamente contagiosas e de grande relevância econômica


na suinocultura moderna.

• Os sorotipos A e D - rinite atrófica progressiva


• Sorotipo B é atípico e confinado a regiões do sudeste da Ásia e China.
 Estirpes - rinite atrófica progressiva - sorotipos capsulares A e D

Caracterização das estirpes - realizada por testes que indicam


a presença de toxina dermonecrótica, presente somente nas cepas
patogênicas.

 Denominados: linhagens AR+ (rinite atrófica positivos)

• FATORES PREDISPONENTES: superlotação; condições precárias de


ventilação

• Bordetella bronchiseptica - causam atrofia progressiva moderada


das conchas nasais, sem distorção significativa do focinho –
presença PREDISPÕE a infecção por P. multocida AR+
SINAIS CLÍNICOS

Lacrimejamento,
espirros e epistaxe

Desvio da tromba – rinite atrófica.

*Observar como a extremidade anterior do mandibular está desalinhada com a linha média
do espelho. O desvio da tromba é particularmente evidente no cadáver da esquerda.
http://atlas.fmv.utl.pt/ap_resp/resp_040.htm
COMO OCORREM OS SURTOS?

• B. bronchiseptica e P. multocida não toxigênica = amplamente


distribuída em criações de suínos.

• Introdução de um portador P. multocida AR+ = SURTO

• Suínos jovens ( 3-8 sem idade) – mais vulneráveis

• Dificilmente morte – há red. taxa cresc. e ganho peso

DIAGNÓSTICO

• Deformidades faciais: suínos severamente afetados

• Isolamento e identificação bacteriana (P. multocida)

• Teste para demonstração da toxicidade: toxicidade para tecidos em cultivos


de células; ELISA, detecção do gene por PCR
CORRIMENTO NASAL E ESPIRROS EM COELHOS (snuffles)

• Pasteurella multocida: habitante comensal do


trato respiratório superior e digestivo dos
coelhos

• AGENTE CAUSAL: Pasteurella multocida tipo A,


sendo um dos patógenos que mais acometem o
trato respiratório dos coelhos adultos.

• Incidência - aumenta nas situações de estresse do animal (a resistência


corpórea diminui - prenhez, lactação, manejo incorreto, alta densidade
populacional ou frio excessivo).

• Infecções -Bordetella bronchiseptica - predispõe a manifestação da


pasteurelose secundária nos coelhos.
FONTE DE INFECÇÃO

• Inalação, ingestão de alimentos ou bebidas contaminados, fômites e do


contato entre mãe e filhote na amamentação.

• Ambiente infectado - favorece o contágio.

SINAIS CLÍNICOS

 Rinite, pneumonia, metrite, orquite, torcicolo e septicemia

 Pode ocorrer o quadro de otite média, acrescentando-se formação de


abcessos pulmonares e cutâneos, conjuntivite e septicemia.

 A pneumomia pode ocorrer em coelhos adultos ou infectar os filhotes


enquanto estiverem nas caixas-ninho.

 O aumento na casuística de pneumonia é diretamente proporcional ao nível


de amônia na coelheira, que atua como irritante das vias respiratórias
 PI 15 dias
Conjuntivite Torcicolo

Rinite – secreção purulenta


OBRIGADA!!!!

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