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21/08/2023 Fisiopatologia I.

AULA 3 – FISIOPATOLOGIA DOS SISTEMAS TEGUMENTAR COMTINUAÇÃO

DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE ECTOPARASITAS (DAPE) OU DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE PULGAS


(DAPP)

• Dermatopatia pruriginosa comum em cães e gatos.

• Causada devido a uma hipersensibilidade – Tipo I imediata ou tipo IV tardia.

• Antígenos contidos na saliva da pulga ou no aparelho bucal dos carrapatos

• Sinal inicial – prurido intenso

• Hipotricose ou alopecia

• Hiperqueratose

• Piodermite bacteriana

• Malasseziose secundária

• Pode ocorrer auto traumatismo

Dermatite Atópica

É pior pois não se descobre o foco

• Reação de hipersensibilidade tipo I, com produção de IgG e IgE específica para o alérgeno.

• Doença incurável, de caráter genético, que resulta na falha da barreira cutânea

• Sinais clínicos – prurido (principalmente em face, patas, cotovelos e ventre), lambedura das patas,
mordedura, arranhaduras, eritema, pústulas, alopecia.

• Pode ocorrer secundariamente malasseziose.

Seborréias

• Distúrbio da descamação e do engorduramento da pele.

• Patologia primária ou associada a outras doenças cutâneas.

• Pode estar associada ao hipotireoidismo e a desnutrição.

• Seca ou oleosa

* SINAIS CLÍNICOS

• Descamação da pele

• Ressecamento ou engorduramento da pele

• Formação de crostas

• Pele ressecada com pelo oleoso

• Prurido – secundário
PIODERMITES
• Quase sempre secundária
• Se não identificar a causa primária e corrigir, após o tratamento haverá recidiva dos sinais clínicos
- Divisão
• Piodermite superficial
• Piodermite profunda
PIODERMITE SUPERFICIAL

• Infecção bacteriana superfcial com acometimento dos folículos pilosos e da epiderme.


• Doença primária mais comum – alergias e doenças endócrinas.
• Comum em cães e rara em gatos.
- Bactéria mais isolada: Staphylococcus pseudintermedius.
• S. scheiferi – cães e seres humanos
• S. aureus – vem se tornando comum entre as espécies veterinárias
- Sinais clínicos podem ser caracterizados por:
• Áreas focais
• Áreas multifocais
• Áreas generalizadas
• Pápulas
• Pústulas
• Crostas
• Descamações
• Colaretes epidérmicos
• Eritema
• Alopecia (podem apresentar o centro hiperpigmentado)
PIODERMITE PROFUNDA

• Infecção bacteriana folicular, que acomete o folículo piloso causando furunculose e celulite.
• Ocorre após doença cutânea superfcial crônica.
• Comum em cães – rara em gatos
• Bactérias – mesmas da piodermite superfcial
SINAIS CLÍNICOS
• Pápulas
• Pústulas
• Celulite
• Descoloração tecidual
• Alopecia
• Bolhas hemorrágicas
• Erosões
• Úlceras
• Crostas
• Trajetos fstulosos – drenam secreções serossanguinolentos a purulentos
• Lesões pruriginosas e dolorosas
Pode ocorrer
•linfadenomegalia e sepse
•Sepse – febre, anorexia e depressão
DERMATOFITOSE
Patógeno – fungo ceratinofílico
Principais agentes
• Cães – M. canis; M. gypseum e Trichophyton mentagrophytes.
• Gatos – M. canis M. gypseum – fungo geofílico – pode se desenvolver em matéria orgânica.
• Principais transmissores: gatos assintomáticos e roedores.
• Doença considerada antropozoonose
• Predisposição maior em animais abaixo de 1 ano
• Não há predileção sexual
Contaminação
• Contato direto com animais infectados
• Contato com pelo e pele de descamação
• Fômites contaminados
Os esporos podem ficar viáveis no ambiente por meses – infecção tardia
• Sinais clínicos – lesões principalmente nas áreas de cabeça, tronco e membros.
• Alopecia – isolada ou multifocal, assimétricas e esfoliativas
• Pode ocorrer eritema
• Formação de crostas
• Descamação
• Hiperqueratose
• Onicomicose – unhas distrófcas, tortuosas, frágeis e quebradiças
• Podem ocorrer infecções bacterianas secundárias – prurido
CRIPTOCOCOSE

Zoonose oportunista, causada por uma levedura encapsulada pertencente ao gênero Cryptococcus
Solos, frutos e vegetais em decomposição.
Acomete homens, animais domésticos e silvestres.
• Cavidade nasal, tecidos paranasais e pulmões, podendo ser disseminada pelo SNC, olhos, pele e outros órgãos.
• Maior ocorrência na clínica de felinos
• Mais grave em animais que estão sendo submetidos a quimioterapia, uso prolongado de corticóides e portadores de
FIV e FeLV.
Fungo eliminado pelas fezes das aves – pombos – permanece viável no ambiente por até 2 anos.
Assintomáticos – apenas portadores – concentração de nitrogênio que favorece o desenvolvimento e a
manutenção fúngica no solo.
Agente etiológico – levedura do gênero Cryptococcus
Espécies consideradas patogênicas – C. neofarmans e C. gattii
- Dois tipos de infecções, considerando aspectos clínicos e epidemiológicos:
• C. neofarmans – caráter oportunista, associada a imunossupressão celular – cosmopolita. Encontrada nas excretas de
aves, principalmente pombos urbanos.
• C. gattii – infecção primária, hospedeiro imunocompetente – endêmica em áreas tropicais e subtropicais. Associada a
árvores e madeiras em decomposição.
• Em animais saudáveis a infecção é assintomática ou autolimitante
• Infecção primária – inalação da levedura (partículas dispersas no ar ou de fezes de aves ressecadas).
• Infecção cutânea
• Infecção oral - humanos
• Propágulos infecciosos são retidos no trato respiratório superior – cavidade nasal e nasofaringe.
• Rinite micótica assintomática, seguida de colonização da cavidade nasal.
Sinais clínicos
• Trato respiratório superior – lesões granulomatosas, ulcerativas ou massas proliferativas, polipiliformes de tecido mole,
no interior da cavidade nasal, passíveis de se exteriorizar pelas narinas.
• Deformação dos ossos da face, tumefação firme e amolecida sobre a ponte nasal.
• Espirros e secreção nasal que pode ser serosa, hemorrágica ou mucopurulenta – unilateral ou bilateral.
Criptococose nasofaríngea – dispnéia, em algumas ocasiões comprometimento pulmonar.
Podem surgir linfadenomegalia regional.
Lesões nodulares isoladas ou múltiplas de crescimento rápido, podendo ulcerar e exsudar material viscoso e seroso em
qualquer região da pele do focinho, nariz, língua, gengivas, palato duro e lábios.
SNC – depende da região afetada – depressão
• Alterações comportamentais, convulsões, andar em círculos, ataxia, paresia, inclinação da cabeça.
Hiperestesia cervical e cegueira.
Ocular – coriorretinite granulomatosa, neurite óptica, blefaroespasmo, midríase, hemorragia na retina.
Sinais inespecífcos – letargia, perda de peso e febre.

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