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BACTERIANAS
Adriana Chaves
Por onde começar ?
• Antibioticoterapia racional
▪ A pele canina possui estrato córneo delgado composto por 3-5 camadas de células
queratinizadas (pele humana 25 a 30 camadas).
▪ O pH da pele canina é 7,5, pouco efetivo como inibidor do crescimento bacteriano (da
pele humana é 5,5).
PIODERMITES NOS CÃES
Sinonímia: mancha quente, dermatite piotraumática. Ocorre por auto traumatismo devido a
um processo pruriginoso ou doloroso.
▪ Superficial
▪ Lesão alopécica, única, circunscrita, eritematosa, espessada e erosiva
▪ Lesão úmida com halo avermelhado em volta
▪ Camada de exsudato na superfície
▪ Se instala em até 12 horas
▪ A lesão surge bruscamente e esse estende de maneira rápida
▪ Febre
INTERTRIGOS
Sinonímia: Pioderma das dobras cutâneas
Etiologia: Dobras cutâneas em que a pele esfrega-se sobre si mesma causando irritação e
maceração. Essas dobras originam um ambiente quente, escuro e úmido, com deficiente
circulação de ar, retendo secreção e queraratinócitos descamados que favorecem inflamação
e crescimento de bactérias e leveduras.
Sinais clínicos:
▪ Presença de pápulas e máculas alopécicas mal delimitadas, que resultam em aspecto de “roedura
de traça”, podendo levar a alopecia multifocal, colarinhos epidérmicos, crostas, escamas,
hiperpigmentação, pústulas com folículo piloso em seu centro.
▪ Geralmente está localizada em áreas de rarefação pilosa (regiões meso e hipogástrica ventral,
axilares, torácica lateral e dorsal, interdigital), podendo até ser generalizada.
Cães de pelos curtos:
Gatos:
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Causa e Patogenia:
▪ Falta de higiene
▪ Parasitismo
▪ Fatores hormonais
▪ Irritantes locais
▪ Alergias
Progressão:
▪ Foliculite profunda
▪ Furunculose
▪ Celulite
IMPETIGO x FOLICULITE
PIODERMITES PROFUNDAS
Foliculite e Furunculose
De acordo com a localização:
Fístula dermal
Celulite
Paniculite
Furunculose
Foliculite Piotraumática
Pododermatite
Furunculose nasal
Furunculose dos calos
• Foliculite/furunculose, celulite, piodermite nasal,
piodermite interdigital (pododermatite). Estas formas de
piodermite profunda geralmente originam-se a partir de
uma piodermite superficial, podendo coexistir com esse
quadro.
Sinais clínicos:
Sinonímeas: Pododermatite
Sinais clínicos:
Micro abscessos entre os dedos
Sangramento no espaço interdigital
Prurido/úlceras/bolhas /alopecia/umidade /edema local/claudicação/dor
DERMATITE PIOTRAUMÁTICA
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A celulite é uma inflamação e infecção que acomete
as camadas profundas da derme e tecido
subcutâneo, geralmente localizada, porém pouco
delimitada. A lesão apresenta-se edemaciada,
dolorida, drenando líquido purulento ou
sanguinolento e os pacientes acometidos
apresentam sinais sistêmicos, como febre e
prostração.
PIODERMITE DE CALO DE APOIO
Exame Físico:
❖ O diagnóstico das piodermites pode, na maioria das vezes, ser realizado apenas pela
anamnese e exame físico e dermatológico detalhado.
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EXAMES COMPLEMENTARES
❖ Cultura e antibiograma
❖ Biópsia
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Microscopia ótica de colarinho
epidérmico de cão diagnosticado
com piodermite esfoliativa
superficial. Presença de pústula
subcorneal com alguns neutrófilos.
Fonte: Olivry, T.; Linder, K. E. (2009).
CULTURA E ANTIBIOGRAMA
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DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
❖ Considerar dermatoses que possuam o mesmo padrão lesional dos diferentes tipos de piodermites,
além de sempre investigar quais são as causas predisponentes para aquela infecção secundária.
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❖ Nas piodermites profundas: deve-se diferenciar de demodiciose, farmacodermia e
enfermidades imunomediadas como pênfigo e lúpus eritematoso. Na piodermite nasal
considerar furunculose eosinofílica de face, dermatite actínica, carcinoma espinocelular e
lúpus eritematoso discóide. Na localização mentoniana, considerar demodiciose, dermatite
de contato por plástico e acne (pouco frequente).
❖ A pododermatite ou piodermite interdigital tem uma variedade de diagnósticos diferenciais e
dermatoses predisponentes, como alergopatias, demodiciose, malasseziose, dermatofitose,
esporotricose, criptococose, neoplasias (linfoma epiteliotrópico, carcinoma de células
escamosas), dermatoses endócrinas e síndrome do piogranuloma estéril.
TRATAMENTO DAS DERMATOPATIAS BACTERIANAS
❖ Com a ação localizada, o princípio ativo age majoritariamente a pele evitando a morte
de bactérias sensíveis e sobrevivência de bactérias que são encontradas em outros
órgãos, como intestinos, vesícula urinária e trato genital por exemplo, mantendo a
microbiota destes locais equilibrada.
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TERAPIA TÓPICA
Vantagens:
Limitações:
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Somente o tópico ----- Em quem usar?
❖ Lesões localizadas
❖ Estágios iniciais de foliculite
❖ Impetigos
❖ Piodermites superficiais em cães de pelo curto
Xampu de Clorexidina 0,5 a 4%
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Xampu Peróxido de Benzoíla 2,5 a 5%
▪ Tratamento de piodermites superficiais devido ao seu amplo espectro de ação, abrangendo bactérias
gram-positivas, gram-negativas e leveduras.
▪ Quando em contato com a pele, o peróxido de benzoíla é metabolizado em ácido benzóico e radicais
livres de oxigênio, causando oxidação e rompimento da membrana celular bacteriana.
▪ A maioria dos estudos demonstrou que o peróxido de benzoíla tem eficácia de boa a excelente para
quadros de piodermite superficial, diminuindo a contagem bacteriana, todavia, quando comparado
com a clorexidina, esta última ainda apresenta maior eficácia.
TERAPIA SISTÊMICA
❖ É indicada em algumas situações específicas, como por exemplo, padrão generalizado e/ou
grave das lesões, piodermites profundas e pacientes com baixa resposta à terapia tópica
isolada.
❖ Piodermite Profunda: Ao menos 6 semanas. Continuar por mais 3 semanas após a resolução
total das lesões
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❖ Nos casos não complicados, geralmente de ocorrência primária, recomenda-se a escolha de
um antibiótico com espectro de ação em cocos gram-positivos, devido ao fato de serem os
agentes etiológicos mais frequentes na piodermite canina. Os antibióticos de primeira escolha
seriam os beta-lactâmicos, com destaque para cefalosporinas de primeira geração e
aminopenicilinas.
Piodermites Superficiais: BOM, as lesões não são graves e causam pouco mal estar ao
paciente.
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ATIVIDADE PRÁTICA
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Anamnese
Exames complementares
Diagnóstico
Diagnósticos diferenciais
Ao exame físico observou-se eritema, alopecia, hiperpigmentação, pústulas, prurido, rarefação pilosa
e odor fétido em regiões ventrais de pescoço, tórax, abdômen e virilha (Fig.1). Presença também de
otite externa com secreção purulenta, eritema, edema em ouvidos e secreções oculares fétidas
(Fig.2.), além de apresentar linfonodos submandibulares reativos. Demais parâmetros de exame
físico estavam dentro da normalidade.