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©2021 Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará

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1ª edição. Ano 2021

Elaboração, distribuição e informações:


AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ
Diretor Geral
Diretoria de Defesa e Inspeção Animal
Gerência do Serviço de Inspeção Animal
Travessa Pedro Miranda, nº 1666b.
CEP: 66085-023, Belém – PA
Tel.: (91) 3210-1180 / 3210-1182
www.adepara.pa.gov.br

Pará. Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará

Manual de Inspeção Ante Mortem e Post Mortem de Aves do SIE /


Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará. – Belém: ADEPARÁ, 2021. 39 p.

Inspeção Animal. 2. Manual de Inspeção Ante Mortem e Post


Mortem de Aves do SIE. I. Serviço de Inspeção Estadual. II. Diretoria de Defesa e Inspeção
Animal.
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTOAGROPECUÁRIOE DA PESCA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ/ADEPARA

APRESENTAÇÃO

No ano de 1950, o Brasil deu um passo importante na garantia da produção de


alimentos inspecionados, seguros, com qualidade e inócuos à saúde do consumidor, visto que
neste ano o Governo Federal, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –
MAPA, instituiu a Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, com a
publicação da Lei Federal nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950 e da Lei Federal nº 7.889, de 23
de novembro de 1989, que dispõe sobre a competência e responsabilidade dos Estados e dos
Municípios para sua execução, ambas regulamentadas pelo Decreto Federal nº 9.013 de 29 de
março de 2017, alterado pelo Decreto Federal nº 10.468 de 18 de agosto de 2020, que é o
Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (RIISPOA).
Para acompanhar esse progresso, foi criada a Agência de Defesa Agropecuária do
Estado do Pará – ADEPARÁ, por meio da Lei Estadual nº 6.842, de 17 de setembro de 2002,
que é o órgão responsável pelo serviço de inspeção de produtos de origem animal da Lei
Estadual nº 6.679, de 10 de agosto de 2004 (Serviço de Inspeção Estadual/SIE), regulamentada
pelo Decreto Estadual nº 1.417 de 01 de outubro de 2015.
A Lei Federal nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, atribuiu aos estados e aos
municípios a competência pela inspeção higiênico-sanitária e tecnológica de produtos e de
subprodutos de origem animal. Dessa forma, criou-se neste Órgão o Serviço de Inspeção de
Produtos de Origem Animal, que é um setor de vital importância ao agronegócio.
A Inspeção de Produtos de Origem Animal está orientada para a preservação da
saúde pública, através da inocuidade alimentar, e para a defesa do consumidor, assegurando a
integridade dos produtos.
Assim, a Gerência do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da ADEPARÁ,
objetivando cumprir o que preconiza as legislações, estaduais e federais, e garantir ao
consumidor produtos de origem animal com qualidade higiênico-sanitária, elaborou este Manual
de Inspeção Ante Mortem e Post Mortem de aves do SIE que constituiu um instrumento básico
de orientações técnicas primordiais: analise documental, critérios de Julgamento e achados de
lesões macroscópicas, subsidiando os profissionais da ADEPARÁ em suas atividades no Serviço
de Inspeção Estadual, além de outros profissionais envolvidos na cadeia de produtos de origem
animal.

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Autores:

Jamir Júnior Paraguassu Macedo - Diretor Geral da ADEPARÁ


Jefferson Pinto de Oliveira - Diretor de Defesa e Inspeção Animal
Adriele Carolina Franco Cardoso- Gerente do Serviço de Inspeção Estadual
Marcos Braga Alves– Gerente de Carnes, Ovos e Derivados
Selma Damasceno da Cunha – Fiscal Estadual Agropecuário

Revisão e Edição:
Selma Damasceno da Cunha – Fiscal Estadual Agropecuário

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Sumário

1 - ORIENTAÇÕES DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESTADUAL/SIE............................ 5


1.1 – INSPEÇÃO “ANTE MORTEM” EM AVES............................................................... 5
1.2 – INSPEÇÃO “POST MORTEM” EM AVES................................................................ 8
1.2.1 – Critérios de Julgamentos e as destinações...................................................................... 10
I – Liberadas............................................................................................................................... 10
II – Parcialmente Condenadas.................................................................................................... 10
III – Totalmente Condenadas..................................................................................................... 10
IV – Aproveitamento Condicional............................................................................................. 11
1.2.2 – Condenações Post Mortem em Aves.............................................................................. 12
I – Contaminação....................................................................................................................... 12
II – Contusão.............................................................................................................................. 13
III – Fratura................................................................................................................................ 14
IV – Dermatose.......................................................................................................................... 15
V – Celulite................................................................................................................................ 16
VI – Artrite................................................................................................................................. 17
VII – Miopatia dorsal cranial ................................................................................................... 17
VIII - Miopatia peitoral profunda.............................................................................................. 18
IX - Outras Miopatias ................................................................................................................ 18
X – Aerosaculite ........................................................................................................................ 20
XI – Aspecto repugnante ........................................................................................................... 20
XII – Abscesso .......................................................................................................................... 21
XIII – Salpingite ........................................................................................................................ 21
XIV – Colibacilose..................................................................................................................... 22
XV- Septicemia.......................................................................................................................... 23
XVI – Má Sangria...................................................................................................................... 24
XVII – Fígado Amarelo (Esteatose) .......................................................................................... 24
XVIII – Caquexia....................................................................................................................... 25
XIX – Escaldagem Excessiva.................................................................................................... 25
XX – Evisceração Retardada...................................................................................................... 26
XXI – Neoplasia......................................................................................................................... 26
XXII – Síndrome Ascítica.......................................................................................................... 27
2 - BASE LEGAL..................................................................................................................... 29
ANEXOS................................................................................................................................... 31

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Anexo I – Inspeção Ante Mortem da primeira carga de cada lote.


Anexo II – Controle da procedência das aves, veículos e a correlação com a Inspeção Post
Mortem
Anexo III – Planilha de avaliação visual e clínica das aves
Anexo IV – Ocorrências
Anexo V – Controle da mortalidade das aves no recebimento para abate
Anexo VI – Movimento diário de destinações das aves abatidas passadas pela inspeção final
Anexo VII – Supervisão da Inspeção Post Mortem

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1 - ORIENTAÇÕES DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESTADUAL/SIE

1.1 - INSPEÇÃO “ANTE MORTEM” PARA O ABATE DE AVES

A notificação prévia do abate deve ser encaminhada ao Serviço de Inspeção Estadual


local com 48 horas de antecedência, no mínimo. Essa programação de abate não segue modelo
especifico, ficando a padronização a cargo de cada estabelecimento.
A Inspeção Ante mortem é iniciada com o recebimento da documentação com
antecedência mínima de 24 horas antes do abate e conferida pelo Fiscal Estadual Agropecuário
(médico veterinário). Na análise documental são verificados os seguintes documentos:
1) Guia de Trânsito Animal (e-GTA): todas as cargas do lote devem ser acompanhadas de
uma GTA devidamente preenchida, por Médico Veterinário habilitado e credenciado no
Serviço Veterinário Estadual, sem emendas ou rasuras, cujos dados devem ser idênticos
aos descritos no Boletim Sanitário. Não devem ser emitidas GTA complementar em
nenhuma hipótese. Emitir nesses casos um documento de retificação.
2) Boletim Sanitário: emitido conforme modelo oficial, com informação individual para
cada galpão. As informações devem ter sido extraídas da Ficha de acompanhamento dos
lotes - FAL. Nele deve conter dados de comprovação da procedência das aves, possíveis
diagnósticos clínicos/laboratorial, mortalidade, prazo de carência de medicamentos,
terapias terapêuticas e vacinações, cumprimento de jejum/dieta hídrica e resultados do
programa de monitoramento de patógenos.
3) Ficha de Acompanhamento dos Lotes (FAL): documento solicitado a qualquer
momento pelo FEA para verificação oficial para que sejam analisadas possíveis causas de
doenças ocorridas durante o alojamento, tratamentos realizados, cumprimento de período
de carência do medicamento, suspensão da ração, bem como demais informações que
devem apresentar compatibilidade com os demais documentos.
Todos enviados via e-mail com antecedência mínima de 48 horas (exceto a FAL) e,
posteriormente vias impressas protocoladas na sede do Serviço de Inspeção Estadual - SIE local.
Durante a verificação documental, o Fiscal Estadual Agropecuário – médico veterinário
observa informações importantes como propriedade de origem dos animais, número de aves
declaradas ao abate, percentual de mortalidade na emissão da e-GTA, onde se em casos de lotes
com mortalidade alta, ou quando houver suspeita clínica de enfermidades, a realização da
necropsia é compulsória.
Além das doenças de notificação alvo da vigilância ativa (Influenza Aviária e Newcastle
lista 1), as suspeitas de doenças descritas no anexo da Instrução Normativa 50/2013 do MAPA,
quando detectadas no exame ante mortem, devem ser comunicadas pelo Fiscal Estadual
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Agropecuário, imediatamente ao SVE através de preenchimento do campo especifico para


observações no boletim sanitário – BS no prazo máximo de 24 horas, contados a partir da
ciência. Observando-se sempre os comunicados já realizados pelos laboratórios, pelo
estabelecimento ou pelo emissor da e-GTA para que não haja duplicidade de notificações.
Em casos de mortalidade igual ou superior a 10% deve ser seguido o disposto na circular
nº13/2007/DICAO/DIPOA, que adita as Circulares nº 27/2006/DIPOA e
006/2007/DICAO/CGI/DIPOA, doenças detectadas no lote durante o alojamento, drogas
administradas no lote, data de início e fim da administração das drogas, período de carência
atendido, data e hora da retirada da alimentação e vacinação de Newcastle.
Após a conferência da documentação é realizado na chegada dos lotes o
acompanhamento das aves na plataforma de recepção ou galpão de espera, antes da descarga das
gaiolas. O Fiscal Estadual Agropecuário – Médico Veterinário (FEA-MV) e a equipe do Serviço
de Inspeção Estadual (S.I.E), em todas as cargas de cada lote, onde é feito uma observação
minuciosa dos frangos, nas diferentes caixas. Sendo preenchida uma planilha ante mortem da
primeira carga de cada lote (ANEXO I).
Analisando os seguintes itens:
1) Comportamento das aves em estação;
2) Comportamento das aves em movimento (incoordenação motora, paralisia, torcicolo,
tremores ou desequilíbrio);
3) Observar sinais clínicos sugestivos de alteração no sistema nervoso;
4) Exame de coloração de cristas e barbelas, cavidades nasais, boca, olhos e cloaca. (Cristas
e barbelas inchadas com ou sem hemorragias, olhos lacrimejantes com edema,
escorrimento de exsudato pelas narinas e diarreias, aves apáticas e penas da região da
cloaca sujas de fezes, sugerindo diarreia);
5) Exame da pele e empenamento (penas arrepiadas);
6) Exame de patas (hemorragias);
7) Avaliação visual dos veículos transportadores nas demais cargas do mesmo lote;
8) Certifica-se que lote não apresenta repleção do trato gastrintestinal (papo cheio);
9) Não apresenta sintomatologia nervosa ou doença que justifiquem redução da velocidade
de abate para um exame mais acurado;
10) Se o lote apresentar alguma sintomatologia ou doença que necessite de abate em
separado, através da matança de emergência imediata ou mediata.

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Figura 1: Exame Ante mortem.

É obrigatória a realização do exame ante mortem dos animais destinados ao abate por
servidor competente do SIE devidamente treinado. O exame ante mortem deve ser realizado no
menor intervalo de tempo possível após a chegada dos animais no estabelecimento de abate. O
exame será repetido caso decorra período superior a vinte e quatro horas entre a primeira
avaliação e o momento do abate (Art.90 do Decreto 9.013 de 2017/MAPA). E será registrado
verso da planilha de inspeção ante mortem.
Todo lote deve ter a informação no boletim sanitário do resultado laboratorial para
pesquisa de Salmonella spp. (Art. 26, IN 20/2016/MAPA). Os Lotes positivos para Salmonella
spp. devem ser abatidos separadamente, seguido de imediata higienização das instalações e
equipamentos. Para o abate de lotes positivos para S. Typhimurium ou S. Enteritidis, ou em casos
de detecção de salmonelas monofásicas, além do abate em separado, será procedido sequestro e
destinação da produção para tratamento térmico que garanta a eliminação desses patógenos ou
fabricação de Carne Mecanicamente Separada – CMS de acordo com a IN 20/2016/MAPA.
Os lotes considerados normais serão liberados. Em casos de lotes anormais, ou seja,
quando for detectada qualquer anormalidade, os lotes não serão liberados para o abate, aguardam
o exame clinico e necropsia, seguido de colheita de amostras para análises laboratoriais. A partir
dos resultados obtidos o Médico Veterinário do SIE adotará todos os procedimentos em relação
ao lote a serem adotados pela equipe da linha de inspeção post mortem, caso seja liberado o
abate.
A destinação dos lotes é uma atribuição exclusiva do médico veterinário, baseada nos
princípios técnicos e científicos, sendo possíveis as seguintes situações respaldadas pelas
evidencias dos procedimentos da inspeção ante mortem:
1) Liberação do lote para abate;
2) Liberação do abate de emergência;
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3) Não liberação do abate;


Após o acompanhamento dos lotes, o auxiliar da inspeção preenche a planilha de
inspeção Ante Mortem (ANEXO II) com dados do lote, produtor, município de procedência dos
lotes, identificação do veículo, a quantidade de aves declaradas para abate e a mortalidade no
transporte.
O auxiliar ainda registra os achados de condenações (parciais e totais) através da planilha
da Inspeção post mortem das aves abatidas passadas pelo Departamento de Inspeção Final – DIF
(ANEXO VI) a cada troca de lote. Além de informações das lesões encontradas, constam na
mesma dados importantes tais como: produtor, aves abatidas e aves mortas. As informações são
repassadas ao Médico Veterinário do SIE local, e o mesmo preenche uma planilha de controle de
mortalidade das aves (ANEXO V), onde são registradas todas as informações do núcleo: aves
alojadas, aves vivas, aves mortas no núcleo, % mortalidade no núcleo, aves programadas para o
abate, aves recebidas para o abate, aves mortas no transporte, % de mortalidade no transporte e
% de mortalidade total do lote.
A equipe do SIE local registra em uma planilha de avaliação clínica (ANEXO III) as
informações documentais e clinicas do lote a ser abatido. As ocorrências que levem a paralização
do abate na plataforma de recepção deverá constar na planilha de ocorrências (ANEXO IV).
O Médico Veterinário responsável pela equipe de Inspeção Estadual local deve avaliar
cada lote através da Planilha de Supervisão Post Mortem (ANEXO VII): o trabalho dos
auxiliares do SIE nas linhas e DIF. A higiene e a prevenção da contaminação cruzada durante o
processo operacional.
Os registros da planilha de supervisão post mortem além de demostrar a correta execução
das técnicas estabelecidas durante a apreensão das peças nas linhas de inspeção e DIF; mostram
os achados das avaliações de 1% das aves no lote avaliado e inspeção das partes das aves
declaradas impróprios para o consumo.
Após a inspeção ante mortem é realizada a descarga e a pendura das aves, sendo que o
auxiliar de inspeção que está responsável por este setor (área externa) deve usar uma placa de
identificação, seguido de um espaço na nórea de pendura, indicando a troca de lote, para que
sejam lançados os dados de condenações de cada lote (planilha da Inspeção post mortem das
aves abatidas passadas pelo Departamento de Inspeção Final – DIF (ANEXO VI).

1.2 - INSPEÇÃO “POST MORTEM” PARA O ABATE DE AVES


As condenações são problemas decorrentes de falhas na etapa de pré-abate, de falhas de
processo durante o abate ou problemas decorrentes de enfermidades, síndromes infecciosas ou

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contagiosas. Essas lesões são avaliadas em áreas especificas dentro da indústria: Pré-inspeção,
Linhas de Inspeção (A, B e C) e Departamento de Inspeção Final (DIF), cujas destinações
variam de acordo com a legislação especifica (Decreto 9013/2017/MAPA, Portaria
210/1998/MAPA e suas alterações) podendo as carcaças ser liberadas, condenadas totalmente,
condenadas parcialmente ou terem destinação condicional e industrial.
A pré-inspeção é realizada, no setor de escaldagem e depenagem, por auxiliares de
inspeção treinados e capacitados, antes do corte de pés através de exame visual e palpação, com
o objetivo de não contaminar os equipamentos.
São avaliadas as condições sanitárias das aves antes de serem evisceradas. As carcaças
que apresentarem anormalidades externas graves com repercussão na carcaça que forem julgadas
como impróprias ao consumo humano (aspecto repugnante, caquexia, etc) devem ser
condenadas. As lesões deverão ser marcadas no quadro ábaco, após ser dado o destino final das
carcaças.
Nas linhas de inspeção ocorre o processo de inspeção sanitária e consiste em inspecionar
100% das carcaças e vísceras em três linhas de inspeção- A, B e C, respeitando o tempo mínimo
de 2 (dois) segundos/ave. É realizada na seção de evisceração por auxiliares de inspeção
treinados. Esta etapa é considerada uma das mais importantes do processo de inspeção sanitária,
pois retiram da linha de abate as carcaças e vísceras que apresentam anormalidades, conduzindo-
as para a nórea do DIF, onde serão reinspecionadas, julgadas e destinadas.
Os procedimentos são realizados através de três etapas: Linha A (exame interno), Linha
B (Exame de vísceras) e Linha C (Exame externo).
Linha A – Exame interno das carcaças
Realizada por meio da abertura e visualização da cavidade torácica e abdominal
(pulmões, sacos aéreos, rins, órgãos sexuais). Aquelas que apresentarem anormalidades devem
ser retiradas da linha e dispostas no DIF juntamente com suas respectivas vísceras, se for o caso,
para reavaliação e posterior destino.
Linha B – Exame de vísceras
Realizada por meio da inspeção visual e olfativa, palpação e incisão das vísceras:
coração, fígado, moela, baço, intestinos Assim, no exame dos órgãos verifica-se o aspecto (cor,
forma, tamanho), a consistência, e em certas ocasiões, o odor. Aquelas que apresentarem
anormalidades devem ser retiradas da linha, juntamente com suas respectivas carcaças, para
reavaliação e posterior destino.
Linha C – Exame externo das carcaças

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Realizada por meio da inspeção visual e olfativa, palpação e incisão das superfícies
externas da carcaça (pele, articulações). Nessa linha efetua-se a remoção de contusões, membros
fraturados, abscessos superficiais e localizados, calosidades, etc. Demais anormalidades
detectadas devem ser retiradas da linha e dispostas no DIF para reavaliação e posterior destino,
sob supervisão do FEA - MV.
A inspeção final consiste em reavaliar todas as carcaças e vísceras que foram
inspecionadas nas linhas de inspeção e que, por apresentarem algum tipo de anormalidade, foram
conduzidas ao DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL - DIF, a fim de aplicar os critérios
de julgamento adequados. A inspeção é realizada por meio do exame visual, com palpação e
incisão sempre que necessário, dando o destino adequado para as carcaças e vísceras (liberação,
rejeição parcial ou condenação total, aproveitamento condicional).
Após a troca de cada lote todas as condenações registradas no quadro ábaco, são
repassadas para a planilha de condenações diárias pelo auxiliar da área externa.

1.2.1 - Critérios de julgamento e destinação


Serão consideradas as lesões/alterações causadas por doenças, caracterizadas por
alterações macroscópicas observadas nas carcaças e vísceras de aves. Adicionalmente, será
levada em consideração a repercussão dessas lesões na avaliação final das carcaças.
De acordo com o julgamento nas linhas de inspeção os destinos das carcaças e vísceras de
aves na Inspeção post-mortem se classificam em quatro categorias:
I - Liberada para o consumo humano: aprovada para o consumo humano. Quando o exame
post mortem não revele nenhuma evidência de que exista qualquer lesão anormal ou
enfermidade, e se a operação de abate está de acordo com os requisitos de higiene,
garantindo assim a perfeita conservação do produto final.
II - Parcialmente condenada para o consumo humano: ocorre rejeição parcial para o
consumo humano. Nos casos em que as alterações resultantes de enfermidades ou outras
anormalidades estejam localizadas, ou que afetam somente a uma parte da carcaça ou as
vísceras comestíveis. As partes afetadas deverão ser condenadas para o consumo e o
restante deverá ser liberado de acordo com critérios pré-estabelecidos para cada caso.
Podem ocorrer dificuldades na caracterização de uma anomalia ou enfermidade,
necessitando - se na decisão final de auxílio laboratorial para maior segurança do critério
a ser utilizado.
III - Totalmente condenada para o consumo humano: rejeição total de carcaças e vísceras.
Quando o exame post mortem revela evidências da existência de afecções ou

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enfermidades que representam risco para a saúde pública ou que determinem direta ou
indiretamente alterações na qualidade higiênica do produto final.
IV - Aproveitamento Condicional: tratamento pelo calor- industrialização. Requer sistema
de pré-resfriamento separado. Mesmo que a empresa disponha da estrutura necessária,
ocasionando condenação parcial ou total, o SIE registra como aproveitamento
condicional.
O procedimento padrão da inspeção pode variar de acordo com o percentual de doenças,
lesões, contaminações, ou seja, anomalias verificadas na linha de inspeção dos auxiliares do SIE.
De acordo com anomalia encontrada os auxiliares do Artigo 73 realizam minuciosamente o
exame interno, externo e ou das vísceras (exemplo: lote com percentual de aerossaculite
elevado). A velocidade da Linha nesses casos poderá variar de acordo coma necessidade da
inspeção em executar mais detalhadamente seus procedimentos.
As principais condenações das aves são geralmente parciais, tais como contaminações,
contusões, dermatoses, celulites, lesões traumáticas, artrites, aerossaculites, etc.
As principais condenações de vísceras são no coração (pericardite), no fígado (hepatite) e
no pulmão (aerossaculite). Bem como outras associadas a condenações de carcaças como um
todo.
Nos procedimentos de inspeção post mortem, o FEA-MV, pode ser assistido por agentes
de inspeção e auxiliares de inspeção devidamente capacitados. Os auxiliares do SIE observarão
durante a inspeção doenças ou lesões que possam vir a contaminar equipamentos ou outras
carcaças.
A classificação dos diagnósticos (alterações por falhas tecnológicas, alterações
traumáticas, afecções de pele, condições fisiológicas alteradas, lesões inflamatórias inespecíficas,
lesões serosas, lesões articulares e demais estados anormais ou patológicos) são inseridos na
planilha de destino de matérias-primas e produtos (ANEXO VIII) devem ser inseridas no sistema
SIAPEC ao final de cada dia ou no dia subsequente ao abate ou processamento. Em situações
justificáveis, é aceitável o preenchimento em período máximo mensal, desde que toda a
informação esteja lançada no sistema até o 10º dia útil ao mês subsequente. Em nenhuma
hipótese será permitido o agrupamento de informações referentes a diferentes datas de
ocorrência em uma só data de lançamento.
A planilha de destino de matérias primas e produtos são de preenchimento compartilhado
pelo SIE (âmbito da fiscalização) e a empresa (âmbito do autocontrole). As destinações de ante e
post mortem serão realizadas quantitativamente pelos números de carcaças, partes de carcaças e

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vísceras avaliados e destinados nas linhas de inspeção e no DIF. As destinações adotadas por
autocontrole, após as inspeções ante e post mortem, serão lançadas por volume (peso).
Serão lançadas pelo FEA – MV ou por um funcionário devidamente treinado e capacitado
da equipe do SIE, onde o mesmo através do conhecimento técnico fará os lançamentos das
lesões de acordo com a classificação citada acima, tomando-se como base os destinos adotados
no DIF (condenação total, condenação parcial, aproveitamento condicional (art. 10, inciso XXII
do Decreto 10.468/2020) - destinação dada pelo Serviço Oficial a matérias-primas e produtos
que se apresentam em desacordo com a legislação destino aplicável somente ao MV).
A Destinação industrial (art. 10, inciso XXIX do Decreto 10.468/2020) das matérias
primas e produtos em desacordo com a legislação devem ser dada pelo estabelecimento
(Autocontrole), devendo ser entregues em documento formalmente assinado os lançamentos por
volume (peso) ao Serviço de Inspeção Estadual, para fins estatísticos.

1.2.2 – Condenações Post Mortem em abate de aves


As principais condenações Post Mortem encontradas na rotina de inspeção:
I - Contaminação
Fecal, biliar e gástrica. Associada as falhas tecnológicas no processo de abate dentro das
empresas, principalmente devido à falha no esvaziamento gastrointestinal durante o manejo pré-
abate. Daí a importância do equilíbrio entre o período de jejum (esvaziamento gastrointestinal)
com a dieta hídrica.
O manejo Pré-abate influencia diretamente nas condenações. Existem vários fatores que
alteram o esvaziamento gastrointestinal: temperatura ambiental, intensidade luminosa,
disponibilidade de água, saúde geral dos animais e atividade e excitação das aves.
O período de jejum das aves deve ser prioridade da empresa, para que reduzam as
condenações por contaminação. Períodos de jejum abaixo de 6 horas faz com que o trato
gastrointestinal permaneça muito cheio, aumentando a pressão no lúmen intestinal, dificultando a
prática de evisceração, podendo levar a contaminação das carcaças. O prolongamento do jejum
também deve ser considerado um fator que aumentam as chances de contaminação da carcaça,
devido ao menor aporte de nutrientes para a mucosa intestinal, deixando-a mais friável e
susceptível a ruptura, gerando ainda acúmulos de secreções, devido à falta de alimentos no trato
gastrointestinal. Com isso as enzimas das aves (principalmente a bile) não agem da maneira
correta, gera um acúmulo de bile que é facilmente passível de rupturas durante o processo de
abate.

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A contaminação é avaliada dentro do estabelecimento pelo PCC 1B. É um PONTO


CRITICO DE CONTROLE para que se garanta TOLERÂNCIA ZERO de contaminação
gastrointestinal visível nas carcaças.

Figura 2: Contaminação gastrointestinal e biliar

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) mantém sobre


aprovação o protocolo de lavagem de carcaças pelas empresas. A empresa interessada na
implementação desse processo deverá apresentar um protocolo eficiente de lavagem de carcaças
após a passagem pela Serviço de Inspeção Estadual para garantir a ausência de contaminações
nas carcaças. Devido aos riscos associados a essas contaminações a presença de microrganismos
importantes à saúde pública, como:
- Salmonella spp
- Campylobacter jejuni
- Staphylococcus aureus
- Listeria monocytogenes
- Yersinia enterocolitica
- Aeromonas hydrophila
- Clostridium perfringens
II - Contusão
Associada a uma lesão traumática. A contusão é caracterizada por um extravasamento de
sangue para o tecido por uma injúria causada na pele ou músculo. Esse extravasamento de
sangue é um meio de cultura para proliferação de bactérias patogênicas, logo a área afetada
deverá ser removida. Quando a lesão for localizada faz-se a condenação parcial. A carcaça é
liberada após a remoção e condenação das áreas atingidas, já em casos de lesões generalizadas
faz-se a condenação total das carcaças e vísceras.
Condenação amparada pelo artigo 175 - A do decreto 10.468/2020.
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A coloração da contusão é crucial na identificação de lesões novas e antigas, ou seja, caso


apareça arroxeada remete a uma contusão mais antiga, já se for vermelha “arroseada” é uma
contusão mais recente que ocorreu provavelmente dentro do estabelecimento de abate, durante a
passagem da carcaça pelo processo de pendura, insensibilização e depenagem.
O manejo pré-abate também pode ser levado em consideração quando se trata de
contusão, desde a captura e carregamento dos animais, tempo de transporte, temperatura
ambiental, densidade nas gaiolas de transporte, idade, peso e sexo das aves. Ressaltando que,
fêmeas apresentam mais contusões que os machos devido possuírem uma maior cobertura de
gordura.

Figuras 3: Contusões

III - Fraturas
As fraturas em que há identificação de falhas operacionais, ou tecnológicas, ou seja, as
geradas por falhas no processo das empresas serão realizadas pela empresa que dará a destinação
industrial das carcaças. Condenação amparada pelo Art. 175 - do decreto 10.468/2020.

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Sendo mantida ainda, a remoção pelo Serviço Inspeção Estadual das contusões extensas e
generalizadas.

Figura 4: Fraturas

Os critérios de condenações para as lesões de fratura conforme o decreto n° 10.468 de


18/08/2020:
- Fratura Ante Mortem: causadas com o animal vivo na granja durante a apanha e
transporte.
- Fratura Post Mortem: causadas no estabelecimento de abate.

IV - Dermatose
É uma alteração de pele seguida da ocorrência de infecção pela invasão de bactérias
patogênicas ou oportunistas, causando a lesão. É uma causa muito comum de condenação nos
estabelecimentos de abate de aves.
Muitas são causadas pela falha no manejo pré-abate: densidade elevada dos animais no
alojamento, falha no fornecimento de alimento, temperatura ambiental levando agitação nos
animais, competição por espaço e até algumas vezes o canibalismo.
O sexo das aves também são fatores que influenciam no aparecimento das dermatoses. As
fêmeas por apresentarem menor produção de colágeno e mais produção de gordura são mais
susceptíveis as dermatoses.
A genética também é outro fator importante. As aves que apresentam taxa de crescimento
inicial muito elevado desenvolvem mais rápido o empenamento, possuindo uma melhor
cobertura de penas ficando menos susceptíveis as lesões.
A dermatoses possuem diversos graus de lesões. As que ocorrem no folículo restrita a
pele e que não comprometem o subcutâneo são removidas apenas a área afetada, liberando-se o
restante da carcaça.
O manejo inadequado nas granjas podem ser responsáveis por ocasionar essas lesões, por
exemplo, o uso de arames levando a arranhões na pele dos animais. Esses arranhões dever ser

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removidos pela equipe do serviço de inspeção, pois há riscos de presença de bactérias como
Staphylococcus aureus, umas das principais causadoras de intoxicação alimentar. Nesses casos
deve-se remover a área afetada, liberando-se o restante da carcaça.

Figura 5: Dermatoses

V - Celulite
Lesão supurativa no tecido subcutâneo, formando uma camada de fibrina amarelada. Em
alguns casos pode atingir a musculatura, comum na região caudal da ave. Geralmente a causa é
uma lesão seguida de infecção na pele que se agrava e leva a formação dessa lesão supurativa no
tecido subcutâneo. Associada comumente a presença da bactéria Escherichia coli. Daí a
necessidade e cuidado de remover totalmente as áreas atingidas e liberação do restante da
carcaça. Já em casos de lesões extensas e com reflexos em toda a carcaça faz-se a condenação
total.

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Figura 6: Celulite
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VI - Artrite
Lesões de supurações das articulações. As articulações apresentam-se edemaciadas com
coloração amareladas, características de inflamação. Apresenta-se na carcaça nas formas
unilateral e bilateral. Os procedimentos a serem adotados pela equipe de inspeção são o corte na
articulação imediatamente proximal a inflamação. Para que não haja riscos de liberar um produto
final com lesão de inflamação. Nos casos em que ocorra reflexo na carcaça, por exemplo,
caquexia e aspecto repugnante faz-se a condenação total.
No isolamento microbiológico dessas lesões encontra-se bactérias de importância a saúde
pública, tais como: Escherichia coli e Salmonella spp. Podendo ainda ser encontrados outros
microrganismos como Micoplasma e Staphylococcus aureus.

Figura 7: Artrite bilateral

VII - Miopatia Dorsal Cranial


Necrose isquêmica uni ou bilateral do musculo (latissimus dorso ou grande dorso),
caracterizando uma miodistrofia asséptica.
Essa lesão está associada ao crescimento exagerado da ave, por questões comerciais. O
peito da ave cresce de forma rápida, a vascularização fica comprometida, dificulta a chegada de
nutrientes, os metabolitos do musculo não são liberados fazendo com que a área entre em
necrose. A ave tende a se desiquilibrar e para se manter faz um esforço continuo de abertura de
asas forçando o musculo de grande dorsal, levando ao processo de Miopatia.

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Figura 8: Miopatia Dorsal Profunda

VIII - Miopatia peitoral profunda (Doença do músculo verde).


É uma necrose isquêmica que se desenvolve no músculo peitoral profundo (Pectoralis
minor) que está localizado em um espaço e uma fáscia que não possui elasticidade (musculo
supracoracóide – filezinho ou sassami).

Figura 9: Miopatia Peitoral Profunda

IX - Outras Miopatias
Estrias Brancas (White Striping)
Localizadas principalmente na região cranial do peito

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Figura 10: Estrias Brancas

Peito Amadeirado (Wooden Breast)


Caracterizada pelo endurecimento do peito, com formação de petequeias e possíveis
secreções.

Figura 11: Peito Amadeirado

Com o decreto 9013/2017 todas as Miopatias eram condenadas pelo Serviço de Inspeção
no DIF. Em 2019 com a publicação do oficio circular n° 17/2019/CFI/DIPOA/DAS/MAPA de
13/12/19 a Miopatia peitoral cranial e a Miopatia peitoral profunda ainda eram de
responsabilidade da Inspeção, já as estrias brancas e o peito amadeirado 100% do autocontrole

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da empresa. Com a publicação do decreto 10.468 de 18/08/2020 todas as Miopatias (Novo


conceito: estado anormal da musculatura) passaram a ser responsabilidade do autocontrole.

X - Aerossaculite
Espessamento dos sacos aéreos torácicos e abdominais das aves, onde ocorre um deposito
de fibrina. Normalmente isolam-se agentes patogênicos como Escherichia coli, Mycoplasma
gallisepicum e vírus da bronquite infecciosa.
Associada geralmente a fatores predisponentes no animal, por exemplo, estresse,
ventilação inadequada, temperatura ambiental inadequada, vacinação viva da bronquite e
Newcastle.
Quando a lesão é restrita a vísceras ou uma parte pequena do dorso da ave, aproveitam-se
as asas, coxas e filé de peito. Em casos de lesões extensas condenam-se totalmente carcaças e
vísceras.

Figura 12: Aerossaculite

XI - Aspecto Repugnante
Condenação total de carcaças e vísceras. Normalmente realizada na área de Pré-inspeção.
Condenação amparada no artigo 143 e 179 do RIISPOA.
Os achados macroscópicos observados nas carcaças são alterações de autólise, reações
enzimáticas e de escurecimento e certo amarelamento.

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Figura 13: Aspecto Repugnante

XII - Abcesso
É uma reação inflamatória de tecidos destruídos, corpos estranhos, substâncias tóxicas
estranhas ao tecido, toxinas microbianas ou presença de bactérias, causadas por motivos
diversos. Condenação amparada no artigo 134 do RIISPOA.
Nos casos em que a lesão for restrita retira-se a área afetada e libera-se o restante da
carcaça. Em casos de lesões extensas condena-se a carcaça na totalidade.

Figura 14: Abscesso

XIII - Salpingite
Processo inflamatório do oviduto, normalmente secundário à infecções nos sacos aéreos.
Normalmente isolam-se agentes patogênicos como a Escherichia coli. Embora também
possa ser causada por uma infecção ascendente através da cloaca da ave, principalmente nas
poedeiras.
É uma lesão causada por uma massa caseosa, desidratada formada dentro do oviduto do
animal.

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Quando for restrita ao dorso faz-se o aproveitamento parcial: peito, asas e coxas. Em
casos associados a outras lesões deve-se proceder a condenação total das carcaças por questões
sistêmicas.
Condenação amparada pelo artigo 175 do decreto 10.468/2020.

Figura 15: Salpingite

XIV - Colibacilose
É uma infecção causada pela bactéria Escherichia coli. Caracterizadas por lesões
esbranquiçadas no fígado, fígados esverdeados ou com infiltrações biliares; coração com
pericardite e granulomas no coração.
Devido às velocidades aplicadas nas linhas de inspeção, os lançamentos de condenações
de vísceras individualmente por causa estão dispensados. Quando a lesão atingir apenas um
órgão condena-se apenas o órgão afetado. Na associação de dois ou mais órgãos condena-se a
carcaça totalmente por septicemia.

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Figura 16: Colibacilose

XV - Septicemia
Condenação total das carcaças na presença de lesões que denotem uma infecção sistêmica
ou causada por viremia, toxemia, presença da bactéria na corrente sanguínea ou em casos de
lesão inflamatória extensas na carcaça. Condenação amparada pelo artigo 137 do decreto
RIISPOA.

Figura 17: Septicemia

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XVI - Má Sangria
É uma falha tecnológica caracterizada por uma falha no processo do abate, falha na
secção dos vasos da jugular e carótida realizada no estabelecimento, gerando acúmulo de sangue
hemorrágico nas partes (pescoço e asas dos animais). Condenação amparada pelo artigo 175 - A
do decreto 10.468/2020.
Diferenciar das aves não sangradas (sem corte no pescoço) que devem ser registradas
como ESCALDADO VIVO.

Figura 18: Má Sangria

XVII - Fígado Amarelo (Esteatose)


Principais causas de condenações parciais do fígado nas linhas de inspeção. Condenação
amparada no artigo 143 e 146 do RIISPOA.
Lesão característica pela possível presença de aflatoxina na alimentação animal. O fígado
é o principal órgão responsável pela metabolização de substâncias tóxicas. Por ser rico em
gorduras atraem as toxinas (geralmente lipofílicas), ocasionando um acúmulo das mesmas no
órgão, levando a essa coloração amarelada.
Deve-se ter um cuidado em diferenciar o fígado amarelado e o fígado pálido dentro do
processo de abate devido ao jejum do animal.
Períodos de jejum alterados podem levar ao surgimento de fígados pálidos. Nesses casos
não devem ser condenados em linha.

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XVIII - Caquexia
É um reflexo causado na carcaça por uma doença crônica. Macroscopicamente, observa-
se uma perda muscular acentuada. Lembrando que, existem outras causas que também podem
levar a essa perda de musculatura do animal, tais como o envelhecimento ou alteração
nutricional. Observa-se normalmente o osso, quilha do osso esternal acentuado.
Condenação amparada no artigo 134 do RIISPOA.

Figura 19: Caquexia

XIX - Escaldagem Excessiva


É uma falha tecnológica no processo de abate durante a passagem das carcaças pelo
tanque de escaldagem ou retenção das mesmas por tempo maior no tanque sob alta temperatura,
levando a destruição da pele e do músculo por cozimento.
Condenação amparada no artigo 178 do RIISPOA.
Se as lesões forem restritas condena-se a área afetada atingida e libera-se o restante da
carcaça. Já em casos de lesões extensas condena-se totalmente as carcaças.

Figura 20: Escaldagem Excessiva 25


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XX - Evisceração Retardada
A evisceração retardada de carcaças ocorre no momento em que há, por qualquer motivo,
a interrupção do processo normal de abate.
A portaria 210 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA,
estabelece que a evisceração retardada configura-se a partir de 30 minutos após a sangria.
Adota-se os seguintes critérios:
- Entre 30 e 45 minutos agilizar a evisceração na linha, mesmo improvisada. Observar
atentamente os órgãos internos e caracteres organolépticos das carcaças. Caso haja
comprometimento da carcaça e vísceras, sob o aspecto organoléptico, deve-se proceder a
condenação. Caso contrário, libera-se o conjunto;
- Entre 45 e 60 minutos, condena-se totalmente os órgãos internos e procede-se uma avaliação
minuciosa das carcaças, adotando-se o seguinte critério:
- Liberação;
- Aproveitamento condicional das carcaças (tratamento pelo calor);
- Condenações totais das carcaças quando os caracteres organolépticos estiverem
alterados.
- Após 60 minutos:
- Condenar órgãos internos;
-Avaliações minuciosa e criteriosa da carcaça sob o ponto de vista organoléptico e
adotando o seguinte critério, dependendo do grau de comprometimento dos caracteres
organolépticos:
- Aproveitamento condicional;
- Condenação total.

XXI - Neoplasia
Multiplicação exagerada das células. As condenações são amparadas no artigo 165 do
RIISPOA.
Se a lesão ocorrer apenas em um órgão condena-se o órgão e libera-se a carcaça. Já em
casos onde há uma predominância na carcaça inteira condena-se carcaça na totalidade.

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Figura 21: Neoplasia: tumor de ovário

XXII - Síndrome Ascítica


É uma síndrome metabólica, onde ocorre extravasamento de líquidos dos vasos
sanguíneos para o meio extracelular. Caracterizada por um acumulo de liquido no abdômen do
animal.
É uma síndrome multifatorial, podendo ser causada por fatores genéticos, fisiológicos,
nutricionais, toxicológicos, ambientais e deficiência de manejo.
Ocorre geralmente, com aves que se desenvolvem de forma muito rápida,
comprometendo o desenvolvimento cardíaco e, consequentemente o seu crescimento. Além do
comprometimento vascular.
Temperaturas muito bruscas ou frias, calor em excesso, estresse e problemas na
ventilação podem alterar a circulação sanguínea do animal causando um aumento da pressão
vascular, da permeabilidade vascular, redução da drenagem linfática e diminuição da pressão
osmótica. O que leva ao extravasamento do líquido para o meio extracelular.
Nos casos em que for observada grande quantidade de líquidos deve-se condenar
totalmente carcaças e vísceras. Já em casos onde o liquido apareça em pequena quantidade no
abdômen e saco pericárdico, por exemplo, devem-se condenar as vísceras e aproveitar os cortes,
como peito, asas e coxas.
A condenação se dá de acordo com o grau da lesão.

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Figura 22: Ascite

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2 - BASE LEGAL:

1- LEGISLAÇÕES ESTADUAIS:
 Lei Estadual nº 6.842, de 17/09/2002 (Criação da ADEPARÁ);
 Lei Estadual nº 6.679, de 10/08/2004 (Inspeção Estadual/SIE), regulamentada pelo Decreto
Estadual nº 1.417 de 01/10/2015;

2. LEGISLAÇÕES FEDERAIS - MAPA:


2.1 LEGISLAÇÕES (BÁSICAS E GERAIS):
 Lei Federal nº 1.283, de 18/09/1950 (Inspeção Federal/SIF);
 Decreto Federal nº 9.013 de 29/03/2017, alterado pelo Decreto nº 10.468 de 18/08/2020
(RIISPOA);
 Instrução Normativa nº 50/2013, de 24/09/2013 (lista de doenças dos animais passíveis da
aplicação de medidas de defesa sanitária animal);
 Ofício Circular DSA nº 04, de 11/01/2010 (Estabelece os procedimentos adotados quando
a diferença entre o número de animais recebidos no caminhão e o número descrito na
GTA não ultrapassar 3%);
 Instrução Normativa nº 04, de 31/03/2000 (Regulamento Técnico para Fixação de
Identidade e Qualidade de Carne Mecanicamente Separada (CMS) de Aves, Bovinos e
Suínos);
 Circular nº13/2007/DICAO/DIPOA, que adita as Circulares nº 27/2006/DIPOA e
006/2007/DICAO/CGI/DIPOA

2.2 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA AVES:


 Instrução Normativa nº 20, de 21/10/2016 – MAPA, que estabelece o controle e o
monitoramento de Salmonella spp. nos estabelecimentos avícolas comerciais de frangos e perus
de corte e nos estabelecimentos de abate de frangos, galinhas, perus de corte e reprodução,
registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), com objetivo de reduzir a prevalência desse
agente e estabelecer um nível adequado de proteção ao consumidor, na forma desta Instrução
Normativa e dos seus Anexos I a IV.
 Instrução Normativa nº 03, de 17/01/2000 – MAPA, que dispõe sobre o Regulamento
Técnico de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de Açougue;
 Memorando nº 79/2013/CGI, de 29/08/2013 (Harmonização dos procedimentos de
inspeção ante mortem e post mortem em aves);

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 Ofício Nº 2/2019/CSI/CGI/DIPOA/SDA/MAPA, de 12/04/2019 (Proibição de serem


abatidas de forma concomitante, em linhas de produção paralelas, aves oriundas de
núcleos positivos e negativos);
 Portaria nº 210, de 10/11/1998 – MAPA (Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e
Higiênico-Sanitária de Carne de Aves);
 Portaria n° 74, de 7 de Maio de 2019, altera a Portaria n° 210, de 10/11/98;
 Resolução nº 8, de 19/06/2018 (Altera a Resolução nº 4, de 04/10/2011: Emprego do
sistema de lavagem de carcaças no processo de abate de aves, como alternativa a prática
do refile);
 Instrução Normativa nº 17, de 07/04/2006 (Plano Nacional de Prevenção da Influenza
Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle);
 Circular nº 27/2006/DIPOA, de 28/06/2006 (Procedimentos para atendimento a Instrução
Normativa nº 17/2006);
 Circular nº 06/2007/DICAO/CGI/DIPOA, de 05/02/2007 (Aditamento à Circular nº
27/2006/DIPOA);
 Memorando nº 43/2018/DSAV/CAT/ CGSA/DSA/SDA/MAPA, DE 05/06/2018
(Procedimentos operacionais do SIF para mortalidade de aves acima de 10% total no
lote).

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Anexos

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ANEXO I – Inspeção Ante Mortem da primeira carga de cada lote.

INSPEÇÃO ANTE-MORTEM DA PRIMEIRA CARGA DE CADA LOTE

( ) FRANGO ( ) GALINHA ( ) GALO TURNO:_________________

Data: _____/_____/_____ Hora: _____:_____ GTA N°: ___________________


Lote Nº:______________ Produtor: _____________________________________
1. Doenças detectadas no Boletim Sanitário? ( ) Sim ( ) Não Qual(is)?
______________________________________________________________________
2. O lote foi medicado? ( ) Sim ( ) Não
3. Foi obedecido o período de carência do medicamento? ( ) Sim ( ) Não
4. Quantidade de aves por gaiola? (__________)
5. Foi respeitado o período mínimo de jejum pré-abate? ( ) Sim ( ) Não
6. Alteração dos apêndices (cor e tamanho)?
a) Crista: ( ) Normal ( ) Anormal: _____________________________________
b) Barbela: ( ) Normal ( ) Anormal: _____________________________________
7. Estado Geral das Aves?
( ) Vigor Normal ( ) Debilidade ( ) Caquexia
( ) Papo Cheio ( ) Papo Vazio ( ) Canibalismo
( ) Bom Estado de Carne
8. Sintomas Clínicos Observados?
Respiratório: ( ) Normal ( ) Espirros ( ) Fluxos Nasal ( ) Respiração Ofegante
Nervoso: ( ) Normal ( ) Letargia ( ) Cansaço ( ) Pernas Esticadas (
) Pescoço Torto
Ocular: ( ) Normal ( ) Secreção Anormal ( ) Cor Anormal
Articulações: ( ) Normal ( ) Deformação ( ) Inflamações ( ) Hematomas
Digestivo: ( ) Normal ( ) Diarréia c/ Sangue ( ) Diarréia s/ Sangue
9. Avaliação Geral do Lote? ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
10. O lote se encontra em condições de abate? ( ) Sim ( ) Não
11. Ação realizada pelo SIE e Observações:
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

_____________________________ _______________________________
Assinatura do Verificador FEA - Médico Veterinário Oficial

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ANEXO II – Controle da procedência das aves, veículos e a correlação com a Inspeção Post
Mortem

CONTROLE DA PROCEDÊNCIA DAS AVES, VEÍCULO E A CORRELAÇÃO COM A


INSPEÇÃO POST MORTEM
ESTABELECIMENTO:________________________________________________
SIE:_____________
DATA:___/___/___ TURNO:_____________________

LOTE PRODUTOR MUNICÍPIO VEÍCULO Nº DE AVES MORTOS

RESPONSÁVEL: SIE:_____________

__________________________________
Assinatura do Verificador

________________________________
FEA - Médico Veterinário

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ANEXO III - Planilha de avaliação visual e clínica das aves

Planilha de Avaliação Visual e Clinica das Aves

Data: Hora: Turno:

Lote/Produtor:

1-Inspeção Ante Mortem pelo FEA/MV: Resultados Restrições e


1.1 – Avaliação documental e clínica das ( ) Informações Recomendações:
aves geradas no
1.1.1 - Restrições e tomadas de ações âmbito do
cabíveis estabelecimento
avícola.

( ) Controle de
mortalidade e
recebimento das
aves para abate.
( ) Exame
Clinico das Aves

2 – Avaliação Documental e visual das


cargas do lote/núcleo (Auxiliar de
Inspeção)
2.1 – GTA recebidas
Resultados:

2.2 – Compatibilidade Documental ( ) Sem Restrições

( ) Comunicado FEA/MV
Resultados:

2.3 – Avaliação Visual ( ) Sem Restrições

( ) Comunicado FEA/MV
Frequência: Preencher um campo por núcleo/lote

Assinatura do Fiscal Estadual Agropecuário: ____________________________________

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ANEXO IV – Ocorrências

OCORRÊNCIAS NO SIE N°______.


Data:____/____/_____.

Nº de Aves Abatidas:_____________Início:_________Termino:____________

_____________________________ ____________________________
Assinatura do verificador Assinatura do encarregado do SIE
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ANEXO V - Controle da mortalidade das aves no recebimento para abate

CONTROLE DE MORTALIDADE DAS AVES NO RECEBIMENTO PARA ABATE


Razão Social do estabelecimento: Municipio/UF:
Respeonsável pelas informações: Data:
Ações

Discrepância de GTA

Mortalidade Total do
% Mortes transporte
tom adas

Mortalidade no

Saldo de aves
Identificação Aves Aves pelo

núcleo %

(em aves)
Aves Aves Aves

lote%
das GTAs de program a recebidas Autocontr
NÚCLEO(LOTE) alojadas Aves vivas m ortas no m ortas no
saída do das para para o ole e
no núcleo núcleo transporte
núcleo abate abate com unica
ões ao
SVE

Identificação e assinatura do responsável pelas informaçôes

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ANEXO VI - Movimento diário de destinações das aves abatidas passadas pela inspeção
final
PROPRIETÁRIO 1 2 3 TOTAL GERAL DAS MORTALIDADES
(GRANJA) E CONDENAÇÕES

Nº DE AVES ABATIDAS

Nº DE AVES MORTAS

CAUSAS DA CONDENAÇÃO PARCIAL TOTAL PARCIAL TOTAL PARCIAL TOTAL PARCIAL TOTAL

ABCESSO

AEROSSACULITE

ARTRITE

ASPECTO REPUGNANTE

CAQUEXIA

CELULITE

COLIBACILOSE

CONTAMINAÇÃO

CONTUSÃO/FRATURA

DCR

DERMATOSE

ESCAL. EXCESSIVA

EVISC. RETARDADA

NEOPLASIA/TUMOR

SALPINGITE

SANGRIA INADEQUADA

SEPTCEMIA

SIND. ASCITICA (ASCITE)

SIND. HEMORRAGICA

COCCIDIOSE

PAPO CHEIO

CANIBALISMO

TOTAL:

37
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTOAGROPECUÁRIOE DA PESCA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ/ADEPARA

ANEXO VII - Supervisão da Inspeção Post Mortem.

Supervisão da Inspeção Post Mortem

Data: Hora: Turno:

Lote/Produtor:

1- Verificação do trabalho dos Resultados Observações:


funcionários da IF nas linhas de
inspeção:
a) Execução integral e correta dos ( ) Conforme
exames, de acordo com as técnicas
estabelecidas;
b) Corretos procedimentos nas rejeições
efetuadas nas próprias linhas e das
apreensões de peças para Inspeção ( ) Não Conforme
Final;
c) Observância das causas assinaladas
nos quadros marcadores;
d) Observância dos cuidados higiênicos,
quando da condenação ou apreensão de
peças (lavagem de mãos, desinfecção de
facas).
Resultados/ Observações:

2 - Inspeção das vísceras, cavidades


corporais e superfícies.

Resultados/Observações:

3 - Inspeção de partes de aves ou de aves


inteiras declaradas impróprias para
consumo humano.

Frequência: No mínimo, uma vez por turno de abate e em todos os lotes com mortalidade
elevada (IN 17/2006)

Assinatura do Fiscal Estadual Agropecuário: ____________________________________


38

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