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R= O coração ocupa a maior parte do mediastino médio na cavidade torácica, está ligado pela sua
base aos grandes vasos e o restante inteiramente livre dentro do pericárdio, tem posição assimétrica. O
coração é composto por ápice, base, duas superfícies e duas bordas. É formado pelo átrio direito e
esquerdo, e ventrículos direito e esquerdo. A base está orientada dorsalmente, e sua parte mais alta
situa-se, aproximadamente, na junção dos terços dorsal e mediano do diâmetro dorsoventral do tórax.
O ápice situa-se, centralmente, dorsal ao esterno. Esse órgão fica em uma posição oblíqua em
relação ao corpo do animal sendo 60% voltado para o lado esquerdo e 40% para o lado
direito. A borda (direita) cranial é fortemente convexa e curvada ventralmente e
caudalmente; a maior parte é paralela ao esterno. A borda (esquerda) caudal é muito mais
curta e, aproximadamente, vertical. Em alguns animais, como os cães, o coração se apoia no
esterno.
O coração é dividido em dois ventrículos principais. Cada um desses ventrículos é antecedido por um
átrio que possui extensões na sua parte superior chamadas aurículas, totalizando quatro cavidades,
além disso, na sua face externa direita estão localizados o sulco coronário direito que marca a
delimitação entre átrio e ventrículo direitos e o sulco interventricular subsinuoso que está localizada
na divisão entre os dois ventrículos. Já na sua face esquerda estão localizados o sulco coronário que
assim como na face direita está posicionado na divisão entre átrio e ventrículo esquerdos, e o sulco
interventricular paraconal que está localizado na parte externa da divisão entre os dois ventrículos.
Os dois átrios coletam o sangue a fim de assegurar que haja quantidade suficiente para preencher
cada ventrículo rapidamente.
Os dois ventrículos têm uma válvula localizada em cada extremidade. Uma das valva impede que o
sangue volte para os átrios durante a contração dos ventrículos , enquanto a segunda valva impede que
o sangue nas artérias retorne para os ventrículos durante o relaxamento
O coração é envolvido pelo pericárdio, que pode ser dividido em pericárdio seroso lâmina visceral e
pericárdio seroso lâmina parietal (epicárdio). Podendo ser subdividido em pleura pericárdio,
pericárdio fibroso e pericárdio seroso.
3) Descreva a morfologia interna do coração.
R= Internamente, o lado direito do ventrículo tem uma espessura menor de miocárdio porque possui
uma circulação mais simples comparada ao lado esquerdo. Já o ventrículo esquerdo, possui uma
espessura maior porque demanda sangue para a aorta que levará às periferias do corpo, necessitando
de uma espessura de miocárdio maior e mais complexa.
Há estruturas internas que separam o átrio do ventrículo, chamadas de válvulas (ou cúspide) cardíacas,
fechando a abertura óstio do atrioventricular, existente tanto do lado direito como do lado esquerdo.
Há também a presença de septos, como o septo interventricular e interatrial, que assegura que o
sangue do lado direito não entre em contato com o sangue do lado esquerdo.
No lado direito, esse óstio é preenchido por três válvulas cardíacas: valva atrioventricular direita ou
valva tricúspide. Já no óstio do lado esquerdo, é preenchido por apenas duas válvulas cardíacas: valva
atrioventricular esquerda, valva bicúspide ou valva mitral.
Função das valvas: As valvas separam os átrios dos ventrículos e impedem que o sangue retorne tanto
dos ventrículos para os átrios quanto das artérias para os ventrículos.
Valvas da artéria pulmonar e aorta: São chamadas de válvulas semilunares e possuem três abas, como
bolsas, em forma de cunha, que se inflam para impedir o refluxo de sangue.
O coração é ricamente suprido com sangue, recebendo cerca de 15% do débito do ventrículo
esquerdo. O suprimento é conduzido pelas artérias coronárias que se originam de dois dos três seios
sobre as válvulas semilunares no início da aorta. A artéria coronária esquerda é geralmente a maior.
Ela surge acima da válvula caudal esquerda e atinge o sulco coronário, passando entre a aurícula
esquerda e o tronco pulmonar; e se divide quase imediatamente. A artéria coronária direita surge
acima da válvula cranial e atinge o sulco coronário após passar entre a aurícula direita e o tronco
pulmonar. Ambas as artérias coronárias emitem outros ramos, de tamanho e posição variáveis, para as
partes adjacentes das paredes atriais e ventriculares.
Ramos muito finos se estendem por alguma distância no centro das cúspides e válvulas semilunares
das valvas. As anastomoses não são formadas entre os ramos principais das artérias coronárias, mas
são numerosas entre os ramos menores. Mesmo assim, o fechamento repentino de um desses
pequenos vasos usualmente pode não ser compensado, levando a um infarto local do músculo
cardíaco.
O sangue retorna ao coração principalmente por meio da veia cardíaca magna, que se abre
separadamente no átrio direito via seio coronário. De forma surpreendente, muitas veias pequenas
(tebesianas) se abrem diretamente nas quatro câmaras cardíacas.
Drenagem: As veias cardíacas são responsáveis por drenar o coração, ou seja, devolver o
sangue para o coração.
- Veias cardíacas máximas: São as veias que passam pelo sulco coronário;
- Veias cardíacas médias: São as veias que passam pelo sulco paraconal e pelo sulco
subsinuoso;
- Veias cardíacas mínimas: São as veias responsáveis por pegar as substâncias que
não foram aproveitadas pelos tecidos.
R= O coração tem sua inervação pelo sistema nervoso autônomo. As fibras simpáticas são fornecidas
pelo nervo cardíaco cervical e pelo nervo torácico caudais, os quais se originam do gânglio estrelado e
do gânglio cervical médio. A quantidade de nervos vai depender da espécie e às vezes até mesmo
entre indivíduos. As fibras parassimpáticas emergem como ramos do nervo vago diretamente ou
através do nervo laríngeo recorrente. Essas fibras nervosas são agrupadas sob a denominação nervo
depressor Todas as fibras nervosas formam o plexo cardíaco
O lado direito do coração bombeia o sangue até os capilares dos pulmões no processo chamado
pequena circulação ou circulação pulmonar.
Começa no átrio direito, de onde o sangue se encontra desoxigenado e corre para o ventrículo direito.
Durante a contração ventricular, esse sangue é impulsionado para o tronco pulmonar e segue as
artérias pulmonares até os leitos capilares dos pulmões. Aqui o sangue se oxigena e retorna pelas
veias pulmonares até o coração, passando para o átrio esquerdo.
R= No feto, a troca de gás carbônico pelo oxigênio na hemoglobina ocorre na placenta. O sangue
oxigenado vem da placenta pela veia umbilical, onde ele se divide em dois: parte vai para o fígado e
daí para a circulação hepática, e outra parte, pelo ducto venoso, vai até a veia cava caudal.
No adulto, a grande circulação corresponde ao caminho do sangue que sai do coração até ser
distribuído por todo o corpo. Quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares
refazem as trocas de gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando assim o
sangue venoso. A pequena circulação consiste no caminho que o sangue percorre do coração aos
pulmões e dos pulmões ao coração.
OBS- Após o nascimento, o ducto venoso desaparece, o ducto arterioso transforma-se em ligamento
arterioso, o forame oval será chamado de fossa oval, as artérias umbilicais se transformam em
ligamentos redondos vesicais e por fim, a veia umbilical transforma-se em ligamento redondo do
fígado.
9) O que é circulação porta?
R = Circulação porta é um caso especial em que uma veia de grande calibre se ramifica dentro de um
órgão, confluindo novamente em uma outra veia de grande calibre.
Exemplo: circulação porta-hepática. Quase todo o sangue advindo do sistema digestivo é drenado em
uma circulação porta. O principal exemplo desta ocorre no fígado: neste a veia porta ao adentrar o
fígado se ramifica diversas vezes permitindo trocas com o tecido e ao atingir a metade cranial estas
confluem novamente em uma grande veia que irá levar o sangue até a veia cava caudal. Esse sangue,
rico em nutrientes e toxinas que são absorvidos ao longo do trato digestório, é levado para o fígado
para que ele faça as devidas absorções e alterações antes de mandar esse sangue para a corrente
sanguínea.
R= As artérias podem ser diferenciadas visualmente por possuírem uma parede branca. São mais
espessas que as veias, com grande parte composta por músculo liso e relativamente rígida. As artérias,
ao se ramificarem, formam as arteríolas.
Embora existam exceções, ramos maiores divergem em ângulos mais agudos para minimizar a
resistência. Fatores hemodinâmicos têm importância menor quando se trata de ramos menores, que
seguem, de modo geral, as rotas mais curtas até seus destinos.
As veias possuem paredes mais finas com pouco ou nenhum músculo liso, aparentemente azuis
quando preenchidas por sangue coagulado e tem capacidade maior do que as artérias associadas. São
convencionalmente representadas pela cor azul no estudo da anatomia. As veias, ao se ramificarem,
formam as vênulas.
Como as artérias possuem uma camada de músculo liso mais espessa que as veias, elas podem realizar
o pulso arterial, ajudando na manutenção do fluxo do sangue para o corpo; nas veias, a pressão é bem
reduzida, e para manter o fluxo do sangue em direção às veias cavas, existem válvulas semilunares
que evitam que o sangue volte, visto que a musculatura das veias não são o suficiente para realizarem
uma pulsação como nas artérias. O diâmetro das artérias e das veias podem ser similares, tendo
diferenças na espessura.
Anastomoses, que podem ser arteriovenosas, arterioarterial ou venovenosas, são formadas quando um
vaso se ramifica das arteríolas antes de alcançar o leito capilar. Esse vaso se conecta diretamente às
vênulas, contornando totalmente o leito capilar. São conexões pequenas entre vasos que ocorrem em
muitas partes do corpo para promover o desvio do fluxo sanguíneo de tecidos com atividade
intermitente quando estão em repouso. Exemplo: quando está ocorrendo a digestão, a anastomose
arteriovenosa desvia um fluxo de sangue maior para o estômago para acelerar a digestão.
Na língua do cão, é o principal meio de regular a temperatura. Também auxilia na nutrição de diversos
órgãos. Na região pré-capilar, agem restringindo o transporte de sangue para a região capilar com a
finalidade de evitar a degradação de um produto metabólico.
É um tecido presente nos órgãos genitais, tanto feminino quanto masculino, e também na cavidade
nasal. Tem capacidade de se tornar erétil normalmente quando suas cavidades, que são revestidas por
endotélio vascular e que estão em ligação contínua com a corrente sanguínea, são preenchidas por
sangue.
Ocorre devido a um conjunto de arteríolas que irá mandar sangue para uma determinada cavidade, que
pode ser pequena ou grande. O sangue, que virá pelas arteríolas aferentes, ficará retido nessas
cavidades por um determinado tempo: o sangue é mantido lá porque as arteríolas aferentes têm uma
vasodilatação enquanto as arteríolas eferentes estão com um diâmetro menor.
Quando o estímulo nervoso de vasodilatação das arteríolas aferentes se encerra, as arteríolas eferentes
irão sofrer uma vasodilatação, enquanto que as arteríolas aferentes irão ter seu diâmetro diminuído,
favorecendo a continuidade do fluxo desse sangue, encerrando assim a ereção.
Exemplos: o pênis, formado internamente por três corpos de tecido erétil onde são denominados
corpos cavernosos; na cavidade nasal, aumentando a percepção de odores do animal.
O corpo carotídeo é uma dilatação presente na artéria carótida interna. É uma estrutura barorreceptora
da artéria carótida que, através dos receptores de pressão, é responsável por detectar a pressão do
sangue. Através desses receptores nervosos, a percepção da pressão é captada e enviada para o
sistema nervoso central para que o mesmo dê comandos para ajustar a pressão arterial, caso seja
necessário.
Os capilares são responsáveis pela troca de gases e moléculas entre o sangue e os tecidos, para que ele
ocorra a velocidade do fluxo sanguíneo junto a pressão sanguínea é reduzida. São resultados das
constantes divisões das arteríolas.
Capilares sinusóides- têm o diâmetro maior de poros que permitem a passagem de grandes moléculas
e até de células, estando presente em órgãos como no fígado (que produz proteínas plasmáticas para
compor o sangue), na medula óssea (que produz células sanguíneas) e no baço, possibilitando a
passagem das células por eles produzidas.
Capilares contínuos- possuem poros mínimos que permitem apenas trocas de moléculas muito
pequenas como por exemplo água, oxigênio e glicose. Estes são encontrados em tecidos muito
delicados como o SNC que não pode ter contato com qualquer molécula.
Capilares fenestrados- representam a maioria dos capilares presentes nos tecidos. Estes possuem
mais poros, com diâmetro intermediário, permitindo mais trocas de moléculas entre os vasos e os
tecidos.
O sistema linfático funciona como um sistema de drenagem, drenando os fluidos intersticiais (linfa),
filtrando-os nos linfonodos e os devolvendo à circulação sanguínea.
O sistema linfático é composto de órgãos primários (medula óssea e timo, produtores de células do
sistema imunológico), secundários (linfonodos, baço e nódulos linfáticos; órgãos onde as células do
sistema imunológico maturam e que são responsáveis pela resposta imunológica) e pelos capilares e
vasos linfáticos (responsáveis por coletar e transportar a linfa).
Os capilares linfáticos têm muitas válvulas, visto que a pressão dentro dos mesmos é baixíssima.
Essas válvulas, juntamente com o auxílio da musculatura esquelética, são necessárias para manter o
fluxo da linfa pelo corpo.
O sistema linfático transporta substâncias para os linfonodos locais que necessitam de filtração antes
de poderem entrar na corrente sanguínea. Entre essas substâncias encontram-se moléculas tóxicas
(como a poeira para os pulmões) e microorganismos (como bactérias que atingem pele, sistema
intestinal, sistema respiratório). Após a filtração, a linfa tende a seguir com menos microorganismos e
toxinas.
A linfa também é responsável pelo transporte de gorduras absorvidas pelos intestinos, enviando-as
para a corrente sanguínea; ou seja, em todos os casos, a linfa funciona como veículo de transporte. Em
alguns pontos, os vasos linfáticos confluem, formando o ducto linfático direito (responsável pela
drenagem da linfa vinda do membro torácico direito e da cabeça) e o ducto torácico (responsável pela
drenagem da linfa dos membros pélvicos, das cavidades abdominais e torácicas e do membro torácico
esquerdo).
No ducto torácico existe uma estrutura chamada cisterna do quilo, para onde é drenada principalmente
a linfa advinda do sistema digestório. A linfa dos ductos torácico e linfático direito retorna para a
corrente sanguínea através da veia cava cranial.
Os linfonodos ou também gânglios linfáticos são pequenos órgãos de estrutura oval perfurados por
canais que existem em diversos pontos da rede linfática (uma rede de ductos que faz parte do sistema
linfático). São responsáveis pela defesa imunológica, ao realizarem a filtragem da linfa, graças à
grande quantidade de glóbulos brancos que contêm: caso seja necessário, os linfonodos irão atuar
liberando linfócitos e combatendo infecções.
R= A bolsa cloacal é o órgão das aves responsável pela maturação e transferência de linfócitos para
outros tecidos.
A bolsa cloacal é um órgão que existe nas aves próximos da cloaca que tem a função de maturar os
linfócitos B que é um tipo de linfócito relacionado a defesa imunológica do tipo humoral, a medula
óssea manda os linfócitos para essa região onde serão maturados e tornados competentes
imunologicamente, sendo depois distribuídos para outros órgãos linfóides, depois de um certo tempo
todos esses órgãos linfóides terão uma população suficiente desses linfócitos amadurecidos, por isso a
bolsa cloacal deixa de ser importante, existindo somente em animais jovens, depois da maturidade ou
puberdade já não existe mais ou vai estar num tamanho tal que já não tem mais função.
É responsável pela produção de linfócitos T e também um pouco pela maturação dos mesmos. O timo
existe tanto nas aves quanto nos mamíferos localizando-se no caso de grandes animais desde a região
cervical na parte ventral da traquéia até a base do coração e no caso de pequenos animais como os
cães os gatos eles estão restritos ao interior do tórax, semelhantemente a bolsa cloacal ele também é
responsável pela maturação e competência dos linfócitos T; este vai receber os linfócitos da medula
óssea e torná-los imunocompetentes, em seguida irá distribuir-los a outros órgãos linfáticos como o
baço o fígado e os linfonodos. Está presente apenas em animais jovens, atingindo tamanho máximo na
puberdade e regredindo nos anos posteriores, sendo substituído por gordura e tecido conjuntivo em
animais idosos.