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SISTEMA DE PURKING
➥Transmite impulsos com velocidade cerca
de cinco vezes maior queENDOCARDITE
a do músculo INFECCIOSA
cardíaco normal.
➥Ele tem origem no nodo sinoatrial, dele ➥Endocardite infecciosa (EI) é a inflamação
saem vários feixes muito delicados de fibras da camada interna das câmaras cardíacas e
de Purkinje – as vias internodais – que válvulas cardíacas (endocárdio). Causada
por uma infecção bacteriana ou, raramente, ➥As principais manifestações clínicas da EI,
por fungos. assim como suas complicações, são
decorrentes desses mecanismos:
1. Destruição valvar
2. Extensão paravalvar da infecção e
insuficiência cardíaca
3. Embolização micro e macrovascular
4. Infecção metastática em órgãos-alvo
(cérebro, rins, baço, pulmões)
5. Fenômenos imunológicos.
PREDISPOSIÇÃO
➥Fatores intracardíacos
➥Endocardite infecciosa de valva nativa ➥Má saúde bucal
ou do endocárdio: é afecção incomum, com
incidência aproximada de 2-10 casos por ➥Uso de droga ilícita intravenosa
100 mil pessoas-ano. Apresenta elevada
mortalidade, estimada em até 30% nos ➥Hemodiálise
primeiros 30 dias.
➥Hepatopatia crônica
➥ Endocardite infecciosa associada a
cuidados de saúde: 25-30% dos casos nos ➥Neoplasias
dias de hoje. ➥Imunodeficiência
FISIOPATOLOGIA ETIOLOGIA
➥Injúria ao endotélio valvular ou ➥Streptococcus spp. (constituem a principal
endocárdio→Exposição do colágeno e outras etiologia de EI no Brasil);
moléculas da matriz extracelular →Adesão
de plaquetas e fibrina→Formação de ➥S. mitis, S. mutans, S. sanguis, S. oralis.
vegetação estéril, característica
microtrombótica→Colonização por bactérias ➥Staphylococcus aureus: Pode ter origem
circulantes da corrente em processos infecciosos de pele e partes
sanguínea→Replicação e estimulação a moles, assim como em usuários de drogas
ilícitas injetáveis, maior probabilidade de
levar a eventos embólicos, e está associado a
maior risco de óbito.
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
➥MAIORES
➥MENORES
TRATAMENTO
FEBRE REUMÁTICA
→Esquelético: caracterizado por estatura
elevada, escoliose, braços e mãos alongadas
e deformidade torácica; ➥É uma doença inflamatória sistêmica
aguda, autoimune, que se manifesta em
→Cardíaco: caracterizado por prolapso de indivíduos suscetíveis entre 1 e 5 semanas
válvula mitral e dilatação da aorta após infecção de orofaringe, aparente ou não
→Ocular: caracterizado por miopia e ➥Causadas por estreptococos B-
luxação do cristalino. hemolíticos do grupo A (EBGA)
→Pleiotropia: fenômeno em que um único ➥A incidência do primeiro surto é mais
gene afeta múltiplos traços ou características
elevada entre 5 e 15 anos de idade, apresenta
em um organismo
pico entre 8 e 9 anos e, gradualmente, reduz
com o avanço da idade
DIAGNÓSTICO
➥A frequência de recidivas é maior nos
primeiros 5 anos após o surto inicial,
→Ecocardiografia principalmente nos dois primeiros.
→Exames de imagem
➥O processo é desencadeado por resposta
→Estudos genéticos imunológica inadequada.
➥Cardite (50-70%);
→Suprimir o processo inflamatório
➥Artrite (35-66%) →Minimizar as repercussões clínicas sobre o
➥Coreia (10-30%) coração, articulações e sistema nervoso
central (anti-inflamatórios)
➥Nódulos subcutâneos (0-10%) (em menor
→Erradicar o EBGA da orofaringe
frequência, grande especificidade);
(antibiótico bactericida)
➥Eritema marginado →Promover o alívio dos principais sintomas.
ESTENOSE MITRAL
➥A EM gera aumento das pressões no átrio,
com transmissão retrógrada ao leito vascular
➥A estenose mitral (EM) é a redução do pulmonar, causando aumento das pressões
orifício valvar mitral, reduzindo o fluxo capilares pulmonares e das pressões da
sanguíneo para o ventrículo esquerdo, artéria pulmonar.
devido à dificuldade de abertura de suas
cúspides, levando a restrição no ➥No átrio esquerdo, o aumento da pressão
esvaziamento atrial durante a diástole leva progressivamente ao aumento das
dimensões atriais, com alterações na
➥Trata-se da lesão valvar mais característica composição do miocárdio atrial e aumento
da febre reumática (FR), que ocorre de da chance de desenvolvimento de arritmias.
forma isolada em até 40% dos casos de
acometimento cardíaco reumático
MANIFESTAÇÕES
➥Condição em que, pela restrição à abertura CLÍNICAS
dos folhetos valvares, há uma redução da
área valvar mitral, levando à formação de
um gradiente de pressão diastólico entre o →Dispneia aos esforços
AE e o VE.
→Fadiga
➥A área valvar mitral (AVM) gira em torno →Ortopneia e dispneia paroxística noturna
de 4 a 6cm², começando a apresentar
repercussões hemodinâmicas quando a área →Dor torácica (HP), às vezes de caráter
se encontra < 2,5cm² anginoso, pela distensão do tronco da artéria
pulmonar
➥Quando a AVM encontra-se entre 2,5-4
cm², dizemos que há estenose mitral mínima. → Síndrome de Ortner (rouquidão e disfagia
Neste caso, não há gradiente pressórico AE- por aumento do AE e compressão do
VE significativo – ou seja, não há laríngeo recorrente). Em fases mais
repercussão hemodinâmica. avançadas, o aumento do volume atrial
esquerdo pode levar à compressão esofágica,
causando disfagia, ou à compressão do nervo
laríngeo recorrente, causando rouquidão
→Pode haver palpitação, angina, turgência
jugular, edema, ascite, insuficiência
tricúspide
→Tosse recorrente até episódios de
hemoptise (HP - hipertensão pulmonar
secundária à Emi)
→ Situações de estresse, como gravidez,
fibrilação atrial, atividade física, podem
gerar descompensação e piora dos
sintomas.
INSUFICIÊNCIA MITRAL
→Primária: A disfunção ocorre por lesão ➥A cirurgia (plastia ou troca valvar). Opção
direta do tecido valvar, acometendo as em caso de impossibilidade de valvoplastia
cúspides ou as cordas tendíneas (febre por balão.
reumática, endocardite, traumática,
congênita)
→Secundária: disfunção valvar ocorre
secundariamente a um acometimento do
ventrículo direito
FISIOPATOLOGIA
➥Idiopática
MI DILATADAS
➥Genética
➥Como o próprio nome está dizendo, é uma
➥Doenças infiltrativas como a amiloidose, dilatação dos camarás cardíacos,
sarcoidose, hemocromatose, que consequentemente, com uma disfunção
inicialmente promovem cardiopatia restritiva sistólica associada. (Fração de ejeção é
que pode evoluir para dilatada. menor que 50%). Acontece um aumento na
espessura da parede muscular, resultando no
➥Chagásica: prevalente em nossa região, mau funcionamento sistólico.
principalmente, no sul do estado. Já foi mais
prevalente, porém devido à melhora nas ➥Doenças que afetam o miocárdio de um ou
condições de habitação da população, houve dos dois ventrículos
uma redução da prevalência e incidência da
➥Produz dilatação progressiva
mesma. Coração dilatado, sem nenhuma
acompanhada de hipocontratilidade (IAM,
explicação aparente.
doença valvar, hipertensão não controlada) -
➥A miocardite é uma patologia que grande queda da sua função sistólica
predomina no sexo masculino,
➥A miocardiopatia dilatada corresponde a
principalmente no adulto jovem. Evidências
25% das causas de insuficiência cardíaca.
recentes de alta prevalência de genomas
virais em adultos com disfunção ventricular ➥É a mais comum. Decorre da dilatação do
esquerda sugerem que a miocardite é uma ventrículo, associa-se a disfunção sistólica.
das principais determinantes do
desenvolvimento da cardiomiopatia dilatada ➥Causas: miocardites virais
idiopática principalmente, Chagas, clamídia,
miocardiopatia periparto, predisposição
➥Entre as causas de miocardite temos em genética.
destaque amiloidose, cardiomiopatia
hipertrofia, além do infarto que aumenta a →Aproximadamente 25 a 35% dos pacientes
afetados apresentam uma forma hereditária
de herança autossômica dominante
(mutações nos genes da distrofina e desmina,
que codificam proteínas do citoesqueleto)
➥Doenças virais(vírus coxsaquie ou
→Já uma parcela significativa de 15% pode arbovírus.)
evidenciar uma sequela tardia de miocardite
aguda →Uma possível explicação patogenética
parece ser a de que os vírus induzem
→Entre as causas apresentadas no Brasil, anormalidades na resposta imunitária,
uma comum de miocardiopatia dilatada resultando na formação de anticorpos e/ou
secundária é a doença de Chagas citotoxidade contra células cardíacas.
➥Ela geralmente ocorre em adultos de 20 a ➥Processos auto-imunes
60 anos de idade. Homens têm maior
probabilidade de desenvolver cardiomiopatia ➥Toxidade pelo álcool ou outras drogas:
dilatada do que mulheres
→Inúmeras drogas cardiotóxicas
(cloroquina, antraclinas, ciclofosfamida) e
MANIFESTAÇÕES ingestão de álcool ou cobalto em grandes
CLÍNICAS quantidades podem causar descompensação
➥As manifestações irão depender da cardíaca por lesão direta dos miocardiócitos.
severidade Quando a associação entre consumo de
álcool e cardiopatia é bem evidente, a
→Assintomático
cardiopatia é denominada miocardiopatia
→ICC, Dispneia - polipneia, Taquicardia, alcoólica
Sopro, Galope, Creptos (edema pulmonar),
Hepatomegalia, Pulso débil, Compromisso ➥Transtornos associados à gravidez
talla (evolução prolongada), Compromisso →MIocardiopatia Periparto: é o nome dado a
neurológico o tonus muscular (errores do Miocardiopatia Dilatada diagnosticada
metabolismo o miopatias. dentro do mês anterior ou posterior ao parto.
→Coração Aumentado de volume Sua patogênese é desconhecida, porém sabe-
se que a gravidez altera o estado nutricional
→Dilatação das 4 câmaras, sobretudo do e imunológico da gestante, podendo
ventrículo esquerdo, e quase sempre favorecer o agravamento de uma miocardite
acompanhada de certo grau de hipertrofia
(hipertrofia excêntrica). ➥Anormalidades genéticas
Aumento da espessura das paredes (HVE →Fatores genéticos tem sido implicado
concêntrica) devido a relatos de comprometimento de
vários membros de uma mesma família.
Aumento do tamanho da cavidade (HVE
excêntrica)
→Ocasionalmente há: finas traves
esbranquiçadas no miocárdio (fibrose), DIAGNÓSTICO E
trombos murais (sobretudo ápice de
ventrículos).
TRATAMENTO
→Insuficiência das válvulas mitral e/ou
tricúspide. Com espessamento discreto das
cúspides sem haver fusão. ➥O diagnóstico da cardiomiopatia dilatada
idiopática é feito pela exclusão de causas
determináveis da dilatação cardíaca em um
ETIOLOGIA
paciente com sinais clínicos de insuficiência
cardíaca.
➥Ecocardiograma
➥Raio-X
MI HIPERTRÓFICA
MI RESTRITIVA
TRATAMENTO
MIOCARDIOPATIAS
➥Predisposição multifatorial
➥Acianogênicas
➥OSTIUM SECUNDUM
Desvio de fluxo esquerda-direita
Ocorre uma comunicação que permite a
passagem de sangue das câmaras
Deficiência do crescimento septum
esquerdas para as câmaras direitas.
secundum.
1. Comunicação interatrial (CIA)
80% da CIA
2. Comunicação interventricular (CIV)
Permeabilidade do forame oval
3. Persistência do ducto arterial (PCA)
Formação a partir da 7 ª semana de vida
intra-uterina.
MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
Sopro cardíaco
➥SEIO VENOSO Baixo Peso e atraso do
desenvolvimento (crianças)
10% da CIA
Arritmia
Junção da veia cava Infecções respiratórias frequentes;
Associação com junção análoga das veias Hipertensão Pulmonar (tardia só
➥OSTIUM PRIMUN acontecendo na idade adulta);
ICC a direita.
20% da CIA
➥Ecocardiograma: identifica o local do
Septo atrio-ventricular
defeito, aumento do área cardíaca (D),
Formação a 4° semana de vida intra-
tronco pulmonar dilatado.
uterina
➥Eletrocardiograma: identifica arritmias,
fibrilação atrial.
➥SEIO CORONARIO
Falsa CIA
Associada a cardiopatias complexas
Deficiência ou ausência do teto do seio
2. Comunicação interventricular
coronário
Ela é caracterizada por um ou mais orifícios
no septo interventricular em qualquer das
➥ATRIO ÚNICO OU COMUM: ausência do suas porções Abertura anormal no septo
ventricular que permite a livre comunicação
septo interatrial.
entre os ventrículos D e E.