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ANATOMO-FISIOLOGIA

CARDIOVASCULAR
NILSA CRISTINA DOMINGOS
BENÍCIO
INTRODUÇÃO
• O sistema cardiovascular consiste no sangue,
no coração e nos vasos sangüíneos. Para que o
sangue possa atingir as células corporais e
trocar materiais com elas, ele deve ser,
constantemente, propelido ao longo dos vasos
sangüíneos. O coração é a bomba que promove
a circulação de sangue por cerca de 100 mil
quilômetros de vasos sangüíneos.
CORAÇÃO

• O coração é um órgão muscular oco que se


localiza no meio do tórax, sob o osso esterno,
ligeiramente deslocado para a esquerda. Em
uma pessoa adulta, tem o tamanho
aproximado de um punho fechado e pesa cerca
de 400 gramas.
• O coração humano, como o dos demais
mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas
superiores, denominadas átrios (ou aurículas) e
duas inferiores, denominadas ventrículos. O
átrio direito comunica-se com o ventrículo
direito através da válvula tricúspide. O átrio
esquerdo, por sua vez, comunica-se com o
ventrículo esquerdo através da válvula
bicúspide ou mitral. A função das válvulas
cardíacas é garantir que o sangue siga uma
única direção, sempre dos átrios para os
ventrículos.
LIMITES ANATOMICOS

• O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha


média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de
tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e
entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões.
• Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da
linha média do corpo.
• A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida
para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais
larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para
trás, para cima e para a direita.

CONFIGURAÇÃO CARDÍACA INTERNA


CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA
• Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o
coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de
movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em
duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.

• O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso,


resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o
diafragma e se prende a ele.

• O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais


delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada
parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio
fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também
chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração.




CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA

• Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido


seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o
revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do
pericárdio seroso.

• Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de


músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o
coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o
interior dos vasos sangüíneos.
• Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de
tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de
tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue
corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é
contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do
coração.





CAMADAS DA PAREDE CARDÍACA


INERVAÇÃO
• O sistema nervoso é conectado com o coração
através de dois grupos diferentes de nervos, os
sistemas parassimpático e simpático.
• A estimulação dos nervos parassimpáticos causa os
seguintes efeitos sobre o coração: (1) diminuição da
freqüência dos batimentos cardíacos; (2) diminuição
da força de contração do músculo atrial; (3)
diminuição na velocidade de condução dos
impulsos através do nódulo AV (átrio-ventricular) ,
aumentando o período de retardo entre a contração
atrial e a ventricular; e (4) diminuição do fluxo
sangüíneo através dos vasos coronários que mantêm
a nutrição do próprio músculo cardíaco.

• A estimulação dos nervos simpáticos apresenta


efeitos exatamente opostos sobre o coração: (1)
aumento da freqüência cardíaca, (2) aumento da
força de contração, e (3) aumento do fluxo
sangüíneo através dos vasos coronários visando
suprir o aumento da nutrição do músculo
cardíaco. Esse efeito é necessário quando um
indivíduo é submetido a situações de estresse,
tais como exercício, doença, calor excessivo, ou
outras condições que exigem um rápido fluxo
sangüíneo através do sistema circulatório.
• Os neurônios pós-ganglionares do sistema
nervoso simpático secretam principalmente
noradrenalina, razão pela qual são
denominados neurônios adrenérgicos. 
• O neurotransmissor secretado pelos neurônios
pós-ganglionares do sistema nervoso
parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual
são denominados colinérgicos, geralmente
com efeitos antagônicos aos neurônios
adrenérgicos.

AÇÃO DAS VALVAS


ATRIOVENTRICULARES
AÇÃO DAS VALVAS
ATRIOVENTRICULARES
SISTEMA ELÉTRICO DO CORAÇÃO
• A excitação cardíaca começa no nodo sino-atrial (SA), situado na
parede atrial direita, inferior a abertura da veia cava superior.
• Propagando-se ao longo das fibras musculares atriais, o potencial de
ação atinge o nodo atrioventricular (AV), situado no septo interatrial,
anterior a abertura do seio coronário.
• Do nodo AV, o potencial de ação chega ao feixe atrioventricular (feixe de
His), que é a única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos.
Após ser conduzido ao longo do feixe AV, o potencial de ação entra
nos ramos direito e esquerdo, que cruzam o septo interventricular,
em direção ao ápice cardíaco.
• Finalmente, as miofibras condutoras (fibras de Purkinge), conduzem
rapidamente o potencial de ação, primeiro para o ápice do ventrículo
e após para o restante do miocárdio ventricular.

SISTEMA ELÉTRICO DO CORAÇÃO


VASCULARIZAÇÃO
• A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo
seio coronário.
• As artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda. Elas
têm este nome porque ambas percorrem o sulco coronário e são as
duas originadas da artéria aortas.
• Esta artéria, logo depois da sua origem, dirige-se para o sulco
coronário percorrendo-o da direita para a esquerda, até ir se
anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo terminal da
artéria coronária esquerda que faz continuação desta circundado o
sulco coronário.

A artéria coronária direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a
margem direita e a parte posterior do coração, são ela artéria
marginal direita e artéria interventricular posterior.






• A artéria coronária esquerda, de início, passa por um ramo por trás do
tronco pulmonar para atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas
proximidades do ápice da aurícula esquerda.
• Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo
circunflexo que da origem a artéria marginal esquerda.
• Na face diafragmática as duas artérias se anastomosam formando um
ramo circunflexo.
• O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na
veia magna do coração, que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o
sulco interventricular anterior e segue o sulco coronário da esquerda
para a direita passando pela face diafragmática, para ir desembocar
no átrio direito.







• A porção terminal deste vaso, representada


por seus últimos 3 cm forma uma dilatação
que recebe o nome de seio coronário.

O seio coronário recebe ainda a veia média do


coração, que percorre de baixo para cima o
sulco interventricular posterior e a veia
pequena do coração que margeia a borda
direita do coração.



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