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MICROSCOPIA:
Lâmina 60: Lesão vegetante ao nível do prepúcio (p/ informação) - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Pele apresentando projeção das papilas dérmicas na epiderme e alongamento das cristas
interpapilares (papilomatose), espessamento da camada espinhosa (acantose) e retenção
de núcleos no estrato córneo (paraceratose). Grande população celular e numerosos vasos
sangüíneos dilatados no derma.
b) Identificar em aumentos médios e maior:
- Halos claros perinucleares (degeneração hidrópica) ocorrendo isoladamente ou em grupos
nas células da camada espinhosa, dando a impressão de que os núcleos estão situados em
espaços vazios.
- Derma com vasos dilatados e acúmulo de linfócitos (infiltrado inflamatório).
MICROSCOPIA:
Lâmina 09: Fígado - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Arquitetura hepática conservada;
- Áreas com hepatócitos de morfologia usual, intercaladas com áreas de hepatócitos
aumentados de volume, arredondados, com vacúolos citoplasmáticos em imagem negativa.
Estes, ora são pequenos e múltiplos, ora são grandes e únicos, rechaçam o núcleo para a
periferia, dando ao hepatócito aspecto de célula em “anel de sinete” ou de adipócito.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Detalhes do aumento menor.
CONCLUSÃO: Esteatose hepática
OBSERVAÇÃO: Para comprovar a natureza lipídica do material acumulado faz-se
necessária a realização de cortes por congelação e colorações especiais (SUDANS,
tetróxido de ósmio).
MACROSCOPIA:
PEÇA: Fígado
Observar fatias de fígado com superfície externa revestida por cápsula tensa e lisa.
Superfície de corte brancacenta ou amarelada, macia, às vezes de consistência pastosa e
friável. Observar outras fatias de fígado em que foi realizada coloração especial para lípide
(SUDAN III), nas quais o órgão toma a tonalidade avermelhada. Isto prova que o material
acumulado nos hepatócitos é de natureza lipídica.
CONCLUSÃO: Esteatose hepática.
PEÇA: Aorta
Segmento de aorta aberta longitudinalmente, mostrando na íntima, principalmente na
emergência de seus ramos, áreas irregulares, ora esbranquiçadas, ora amareladas,
ligeiramente salientes, ulceradas ou não. Para comprovar que a substância acumulada nas
placas ateromatosas é de natureza lipídica, tratamos outro segmento da mesma peça com
SUDAN III, que as tingiu de vermelho.
CONCLUSÃO: Aterosclerose de aorta.
MICROSCOPIA:
Lâmina 84: Linfonodo - HE
a) Identificar em aumento menor:
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- Áreas eosinofílicas de aspecto granuloso e amorfo, com perda total dos detalhes celulares
e destruição completa da arquitetura normal do tecido (necrose). Na periferia da área de
necrose observa-se um tipo especial de resposta inflamatória (inflamação crônica
granulomatosa) que será objeto de estudo futuro.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Na região central da área necrótica (eosinofílica e amorfa), ausência completa de núcleos
(cariólise). Na periferia da mesma verificam-se ainda alguns núcleos pequenos e
condensados (picnóticos), ou fragmentados (cariorrexe).
CONCLUSÃO: Necrose caseosa em linfonodo.
OBSERVAÇÃO: Este tipo de necrose é freqüente na tuberculose e se caracteriza pela
degradação completa do tecido, restando apenas proteínas (que macroscopicamente
lembra a caseína do queijo). Trata-se de um processo irreversível.
Lâmina 74: Rim - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Estrutura renal relativamente preservada, possibilitando o reconhecimento de glomérulos e
túbulos e a identificação do órgão, apesar da intensa eosinofilia e ausência de núcleos na
área de necrose.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Num dos extremos do corte há uma área aparentemente normal com células apresentando
boa preservação nuclear. Na maior parte do corte todo o tecido renal apresenta-se com
estrutura apagada, células de citoplasma opaco, granuloso e eosinofílico, sem núcleos,
persistindo ainda o arcabouço tecidual. A persistência do arcabouço celular eosinofílico e a
ausência de núcleos (cariólise) são características dessa forma de necrose, que permite
ainda a identificação do órgão. Na periferia da área necrótica verificam-se núcleos
condensados (picnóticos) e fragmentados (cariorrexe).
CONCLUSÃO: Necrose de coagulação (infarto) renal.
OBSERVAÇÃO: A necrose de coagulação é causada principalmente por isquemia. No
presente caso trata-se de infarto renal recente.
Lâmina 80: Timo - HE
Nota - Os fragmentos foram retirados do timo de ratos recém desmamados (23 dias de
idade) injetados intramuscularmente com 250 g de dexametasona.
a) Identificar em aumento menor:
- Áreas mais intensamente coradas que correspondem a cortical do timo com cavitações
tomando aspecto de “céu estrelado”.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Nessas cavitações observe: células retraídas com núcleos condensados, fragmentados, ou
com a cromatina condensada, algumas vezes compactada na carioteca (crescente). Muitas
dessas células já se fragmentaram em corpos apoptóticos (inclusive contendo fragmentos
de núcleos). Notar que não há células inflamatórias ao redor das células mortas.
CONCLUSÃO: Apoptose (morte celular programada) induzida experimentalmente.
MACROSCOPIA:
PEÇA: Baço
Observar fatias de baço, com áreas esbranquiçadas, irregulares, de limites geográficos e/ou
em forma de cunha com o vértice voltado para o hilo do órgão (vaso ocluído) e a base
voltada para a superfície do mesmo.
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PEÇA: Pulmão
Observar fatias de pulmão com áreas nodulares de tamanhos variados, limites irregulares,
de cor branco-amarelada, de aspecto friável, ressequido e opaco que lembra massa de
queijo (caseum = queijo).
CONCLUSÃO: Necrose caseosa em pulmão.
OBSERVAÇÃO: O exame histológico das peças revelou tuberculose pulmonar.
PEÇA: Rim
Observar secções longitudinais de rim, com distorção da sua anatomia, mostrando na
superfície de corte cavidades de tamanhos variados, limites irregulares, ora vazias, ora
preenchidas por material branco-amarelado, friável, ressequido e opaco que lembra massa
de queijo (caseum = queijo).
CONCLUSÃO: Necrose caseosa em rim.
OBSERVAÇÃO: O exame histológico das peças revelou tuberculose renal.
Sendo uma área habitualmente povoada por diversos tipos de microrganismos, houve
contaminação bacteriana e a área necrótica evoluiu para a putrefação. A principal causa de
infarto intestinal é a trombose mesentérica.
CONCLUSÃO: Gangrena úmida intestinal.
PEÇA: Fetos
Fetos natimortos mostrando tonalidade mais escura na superfície cutânea em determinadas
regiões do corpo. Esta coloração aparece em função do acúmulo de sangue e impregnação
da pele por hemoglobina, principalmente pela ação da gravidade, que se faz nas regiões de
maior declive do corpo, após a morte.
O feto maior mostra a região dorsal, glútea e membros inferiores "arroxeados". Este achado
nos permite concluir que a posição fetal intra-útero era de cócoras (apresentação pélvica).
O feto menor mostra a porção superior do tronco e cabeça com esta tonalidade escura. Aqui
podemos concluir que este feto estava com apresentação cefálica quando ocorreu a morte.
CONCLUSÃO: Livor mortis em fetos.
MICROSCOPIA:
Lâmina 23: Linfonodo - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Linfonodo apresentando remanescentes de folículos linfóides e depósitos intersticiais de
material eosinófilo, amorfo, de formas e dimensões variadas, por vezes formando massas.
Tais depósitos são constituídos por material amilóide, comprovado pelas técnicas abaixo
citadas.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Detalhes do material amilóide acima descrito.
CONCLUSÃO: Amiloidose em linfonodo.
OBSERVAÇÃO: A amiloidose é um processo irreversível. Para diferenciá-la de outras
hialinoses empregamos colorações especiais como: vermelho congo, violeta de metila, PAS
e microscopia de luz polarizada. No caso em questão, o paciente era portador de
tuberculose, tratando-se, portanto de uma amiloidose secundaria, Há na maioria dos cortes,
achados histológicos indicativos da etiologia do processo, mas estes não serão objetos de
estudo nesta fase do curso.
MICROSCOPIA:
Lâmina 90: Útero senil - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Parede uterina exibindo endomiométrio atrófico. Observar ramos de artérias miometriais
apresentando na camada média (camada muscular) placas calcificadas em forma de meia
lua ou comprometendo toda a circunferência das mesmas. Como o material foi submetido à
descalcificação, observa-se a perda da basofilia característica dos materiais calcificados.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Detalhes dos achados acima descritos.
CONCLUSÃO: Calcificação distrófica da camada média de artérias musculares
(mediosclerose de Monckeberg).
OBSERVAÇÃO: A mediosclerose de Monckeberg determina endurecimento da parede
arterial. Na maioria das vezes não se acompanha de redução do lúmen e portanto
geralmente não está associada a conseqüências clínicas.
MACROSCOPIA:
PEÇA: Tumor uterino - (por informação)
Peça cirúrgica constituída por formação nodular, bem delimitada, com superfície externa
irregular. A superfície de corte é branco-amarelada, de consistência dura e de aspecto
calcificado.
CONCLUSÃO: Tumor uterino (leiomioma) calcificado.
PEÇA: Rim
Peça cirúrgica constituída por rim apresentando superfície externa recoberta por cápsula
brancacenta, lisa e espessada. Superfície de corte mostrando uma formação calculosa,
amarelada, coraliforme, incrustada na pelve e cálices renais.
CONCLUSÃO: Cálculo coraliforme.
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PEÇAS: Cálculos
Vidros com vários tipos de cálculos, apresentando aspectos variados, dependendo da
composição química e local de sua formação.
Os cálculos renais mais freqüentemente são de oxalato, fosfato ou carbonato de cálcio e os
seus constituintes são determinados por exame bioquímico.
Os cálculos biliares podem ser mistos (mais freqüentes) ou puros. Os mistos geralmente são
múltiplos, facetados ou moruliformes e tem cor variada. No centro são constituídos de
colesterol e na periferia são de composição variada. Os puros podem ser de colesterol ou de
bilirrubinato. Os de colesterol geralmente são únicos, grandes, redondos ou ovóides. Tem
cor variada, mas na maioria das vezes são claros e tem aspecto cristalóide aos cortes. Os
de bilirrubinato são geralmente múltiplos, de formas irregulares, negros e friáveis.
A classificação dos cálculos biliares é feita baseando-se apenas no aspecto macroscópico
dos mesmos, não havendo necessidade de exame bioquímico.
MICROSCOPIA:
Lâmina 92: Parede de cisto ovariano – HE
NOTA: Colocar a lâmina contra a luz e observar corte histológico em faixa, no qual uma das
superfícies é externa e a outra a superfície interna de um cisto. Na espessura da parede do
mesmo verifica-se a presença de cisto(s) menor(es).
a) Identificar em aumento menor:
- Parede de cisto ovariano exibindo na superfície interna, numerosas células contendo
pigmento de cor pardo-amarelada ou marrom. Observar, também, nesta área, depósitos de
material necrótico, fibrina e sangue. Mais externamente há faixa de tecido conjuntivo fibroso
denso.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Que as células que fagocitaram o pigmento são macrófagos, porém o pigmento pode ser
observado também fora deles.
OBSERVAÇÃO: O pigmento fagocitado é provavelmente hemossiderina.
Para se ter certeza da sua natureza há necessidade de coloração especial (azul da Prússia)
mostrada na lâmina 92 A.
MACROSCOPIA:
PEÇA: Pulmão
Pulmão apresentando pleura visceral lisa e brilhante, deixando transparecer parênquima
enegrecido. Notar que todo o parênquima pulmonar apresenta pequenas áreas negras. Nas
regiões do depósito de carvão, não encontramos nenhum tipo de lesão.
CONCLUSÃO: Antracose pulmonar (pigmento de carvão).
PEÇA: Linfonodos
Observar secções de linfonodos isolados ou conglomerados, aumentados de volume, com
superfície de corte de consistência aumentada. Algumas das peças mostram áreas
enegrecidas ao lado de áreas esbranquiçadas (baixo teor melânico) e uma delas é
totalmente negra.
CONCLUSÃO: Metástase de melanoma em linfonodos (diagnóstico confirmado pelo
exame histológico).
MICROSCOPIA
Lâmina 122: Placenta - HE
NOTA: Existem dois cortes de placenta na lâmina, um deles de placenta normal e o outro de
placenta alterada.
a) Identificar em aumento menor:
REVISÃO HISTOLÓGICA: Rever no corte de placenta normal a histologia do órgão nos
diversos aumentos. A placenta é um órgão constituído por uma parte fetal (placa corial e as
vilosidades coriônicas) e uma parte materna (placa basal ou decídua). A placa corial é
constituída por tecido conjuntivo frouxo, células mesenquimais e vasos. A partir dela partem
as vilosidades coriônicas. Estas são constituídas por estroma mesenquimal, contendo
fibroblastos e capilares. Mostram-se revestidas por duas camadas de células. Uma, o
citotrofoblasto, representado por uma camada irregular de células ovóides, de núcleos
vesiculosos e citoplasma róseo-claro. A outra camada (mais externa) é representada pelo
sinciciotrofoblasto, constituída por células multinucleadas, de núcleos maiores e mais
corados. A placa basal é constituída por células deciduais.
No outro corte (placenta alterada) observar:
- Vilosidades coriônicas avasculares, deformadas, de tamanhos variados, em sua maioria
com estroma mais frouxo que o habitual e com espaços claros, tomando por vezes, aspecto
cístico.
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MACROSCOPIA:
PEÇA: Útero gravídico
Útero seccionado, apresentando a cavidade preenchida por numerosas formações
vesiculares lisas e translúcidas, agrupadas em arranjo racemoso (como cacho de uvas), de
mistura com áreas sólidas, marrons (áreas de hemorragia). As vesículas observadas
resultam de edema das vilosidades coriônicas. Observar outros recipientes com material de
aspecto semelhante ao encontrado na cavidade uterina, resultante de curetagem.
CONCLUSÃO: Edema de vilosidades coriônicas = Mola hidatiforme (mola = massa,
hidatiforme = em forma de vesículas).
PEÇA: Fígado
Fatia de fígado apresentando cápsula lisa com pontos escuros e superfície de corte de
aspecto rendilhado, com áreas pardo-escuras, entremeadas por áreas claras, dando à
mesma o aspecto de noz moscada. As áreas escuras correspondem à congestão dos
sinusóides.
CONCLUSÃO: Hiperemia passiva hepática
OBSERVAÇÃO: Este aspecto é encontrado em casos de insuficiência ventricular direita,
obstruções da veia cava inferior ou supra-hepática.
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MICROSCOPIA:
Lâmina 40: Supra-renal - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Supra-renal apresentando grande número de hemácias dispersas por todo o parênquima
(hemorragia) e apagamento de sua arquitetura histológica (necrose), dificultando a
visualização das zonas cortical e medular.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Hemácias fora dos vasos. A maior parte delas se apresenta íntegra, com limites bem
definidos. Isto nos sugere hemorragia recente, acometendo toda a glândula supra-renal, de
maneira intensa e maciça.
CONCLUSÃO: Hemorragia maciça recente da supra-renal (Apoplexia da supra-renal).
OBSERVAÇÃO: A apoplexia bilateral de supra-renal leva o indivíduo à morte devido à
insuficiência funcional aguda do órgão. Pode ocorrer em infecções graves como na
meningite meningocócica, nas infecções por Haemophilus influenzae e Staphylococos
aureus, traumatismos, partos prolongados e difíceis associados a anóxia, queimaduras
graves e complicações pós-operatórias.
MACROSCOPIA:
PEÇA: Tuba uterina
Segmentos de tuba uterina aberta longitudinal ou transversalmente, mostrando aumento de
volume, deformidade e coloração pardo-enegrecida. A luz contém material pardo-escuro, de
aspecto esponjoso, às vezes apresentando no centro, pequena cavidade revestida
internamente por membrana lisa (cavidade amniótica).
CONCLUSÃO: Hemorragia em gravidez tubária rota (gravidez ectópica ou heterotópica).
A torção provoca dificuldade na drenagem venosa (hiperemia passiva), sem grande transtor-
no no aporte sanguíneo arterial. Isto se explica pela parede delicada das veias, bem como
pela menor pressão venosa, em relação à parede mais espessa das artérias e maior
pressão. Conseqüentemente verifica-se estase sangüínea, vasodilatação e posteriormente
extravasamento hemático.
CONCLUSÃO: Hemorragia maciça (apoplexia) testicular.
PEÇA: Ovário
Ovário seccionado longitudinalmente apresentando coloração enegrecida, difusa,
homogênea e consistência firme. Evidenciam-se também pequenos cistos subcapsulares e
vazios. A cor do órgão é devida à hemorragia difusa, quase sempre em decorrência de
torção do pedículo vascular. O mecanismo da hemorragia é o mesmo descrito na
hemorragia maciça testicular.
CONCLUSÃO: Hemorragia maciça (apoplexia) ovariana.
PEÇA: Rim
Rim seccionado longitudinalmente mostrando nas superfícies externa e de corte, inúmeros
pequenos pontos escuros difusamente distribuídos.
CONCLUSÃO: Hemorragia petequial renal.
OBSERVAÇÃO: Este quadro pode ser observado em intoxicações diversas, septicemias,
diáteses hemorrágicas ou na hipertensão arterial maligna.
MICROSCOPIA
Lâmina. 15: Feixe vásculo - nervoso- HE
a) Identificar em aumento menor:
- Tecido conjuntivo envolvendo nervos e ramos arteriais totalmente ocluídos por massa
sanguínea coagulada, intimamente aderida à parede vascular. A massa sanguínea
apresenta faixas mais eosinofílicas intercaladas com faixas menos eosinofílicas, nas quais
são identificados elementos figurados do sangue.
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MACROSCOPIA
PEÇA: Segmentos vasculares.
Segmentos vasculares cortados transversalmente apresentando luzes totalmente ocupadas
por material escuro e friável (trombos). Uma das peças mostra artéria com áreas branco-
amareladas na parede, com espessamento da mesma, o que traduz muito provavelmente
aterosclerose.
CONCLUSÃO: Trombose arterial recente e oclusiva.
OBSERVAÇÃO: Esta condição leva, evidentemente à anóxia do território irrigado pela
artéria obstruída e conseqüente necrose de coagulação e gangrena.
PEÇA: Artéria mesentérica e seus ramos (eqüino).
Artéria e suas ramificações parcialmente abertas, apresentando luzes totalmente ocluídas
por material pardo-claro, friável, aderido à parede vascular (trombo). Observa-se ainda na
periferia de alguns vasos, pontos e áreas pardo-escuras (provável hemorragia). Nos
segmentos abertos a íntima mostra-se irregular e aderido à mesma há material semelhante
ao descrito nos segmentos cortados transversalmente. Nestas regiões observam-se ainda
dilatações fusiformes do vaso (aneurismas).
CONCLUSÃO: Trombose arterial recente oclusiva e aneurismas
OBSERVAÇÃO: A principal causa dessas tromboses mesentéricas em eqüinos é o
parasitismo pelo Delaphondia vulgaris.
MICROSCOPIA
Lâmina 41: Baço - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Baço com polpa vermelha congesta e área de necrose de coagulação circundada por
tecido conjuntivo frouxo com neoformação vascular, leucócitos e áreas de hemorragia.
b) Identificar nos aumentos médio e maior:
- Detalhes do acima descrito
- Infiltrado inflamatório mononuclear discreto e focos de pigmento acastanhado intra e
extracelular (hemossiderina).
CONCLUSÃO: Infarto esplênico (Necrose isquêmica do baço).
OBSERVAÇÃO: Os enfartes esplênicos são relativamente comuns e provocados pela
oclusão de ramos da artéria esplênica, geralmente por êmbolos originados de trombos
cardíacos. As áreas de infarto variam de tamanho, dependendo do calibre do vaso ocluído,
podendo virtualmente comprometer todo o órgão. Podem ser únicas ou múltiplas. Como o
baço é um órgão de irrigação terminal, os infartos esplênicos são do tipo branco (anêmico).
Lâmina 85: Pulmão - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Pulmão apresentando área relativamente conservada e área que se cora somente pela
eosina (com ausência de núcleos = necrose), mostrando luzes alveolares ocupadas por
material róseo e em muitas lâminas, vasos contendo êmbolos trombóticos.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- No parênquima pulmonar relativamente preservado verificam-se fagócitos intra-alveolares
contendo pigmento castanho (hemossiderina) e septos interalveolares com capilares
dilatados.
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MACROSCOPIA:
PEÇA: Baço
Secções de baço cortado longitudinalmente, apresentando áreas pardo-claras em forma de
mapa geográfico ou em forma de cunha, com o vértice voltado para o hilo do órgão e a base
para a superfície do mesmo.
CONCLUSÃO: Infarto branco esplênico.
MICROSCOPIA:
Lâmina 22: Tuba uterina - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Tuba uterina apresentando mucosa com apagamento das franjas, lúmen dilatado e
preenchido por material amorfo, eosinofílico, e numerosos leucócitos (exsudato
inflamatório). A parede mostra edema, focos de hemorragia, vasos hiperemiados e infiltrado
difuso e acentuado de leucócitos. A mucosa mostra áreas de destruição do epitélio
(necrose).
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Observar que os leucócitos são representados principalmente por neutrófilos, que por
vezes acham-se degenerados ou necróticos (piócitos). Tais células associadas à parte
líquida caracterizam o exsudato purulento ("pus").
- Parede tubária edemaciada com vasos sangüíneos hiperemiados e com focos de
hemorragia. Observam-se ainda, em menor número, outros tipos de leucócitos: linfócitos,
macrófagos, eosinófilos e plasmócitos.
CONCLUSÃO: Inflamação aguda purulenta (salpingite purulenta)
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Lâmina 16 – Cérebro - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Córtex cerebral recoberto por leptomeninge.
- Leptomeninge espessada por edema, com vasos dilatados e congestos, além de aumento
acentuado e difuso da celularidade às custas de leucócitos (infiltrado inflamatório).
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Que o infiltrado inflamatório é constituído principalmente por neutrófilos e macrófagos, com
predomínio dos primeiros.
CONCLUSÃO: Meningite aguda (leptomeningite).
OBSERVAÇÃO: A meningite aguda pode ter etiologia variada, mas a maioria é de origem
bacteriana. Dependendo da virulência do agente, da resposta do hospedeiro, da maior
rapidez ou não do diagnóstico e da terapêutica, pode evoluir para cura sem seqüelas
neurológicas. Entretanto, há situações em que fibrose resultante da resolução do processo
inflamatório, leva à hidrocefalia por distúrbios na circulação liquórica ou à paralisias de
nervos cranianos por compressão. Há também a possibilidade do processo estender-se ao
parênquima nervoso, resultando em meningo-encefalite com conseqüências variáveis.
Existe ainda o risco de septicemias complicadas com choque séptico e coagulação
intravascular disseminada (CIVD).
MACROSCOPIA:
PEÇA: Apêndice cecal
O apêndice cecal normal mede aproximadamente 7,0 cm de comprimento por 1,0 cm de
diâmetro, geralmente recoberto por fina membrana serosa, que deixa visualizar por
transparência vasos sangüíneos, formando delicada rede discretamente saliente na
superfície do órgão.
A aparência de um apêndice inflamado depende do estágio que o processo inflamatório se
encontra quando observado. Nos estágios iniciais da apendicite aguda o órgão ou parte
deste está edemaciado e com hiperemia da serosa. A luz pode estar distendida. Com a
evolução do processo, o edema e a hiperemia aumentam, podem ocorrer focos de
hemorragia e a serosa mostra-se recoberta por uma película esbranquiçada que
corresponde ao exsudato fibrinoso e/ou por material purulento (exsudato fibrino-purulento).
A luz pode conter material muco-purulento e/ou fecalóide. A parede pode se apresentar
espessada, amolecida ou fibrosada conforme a duração e estágio do processo. Caso não
ocorra intervenção cirúrgica, o processo pode evoluir para um estágio chamado de
"apendicite gangrenosa". Nesta situação, o órgão ou às vezes apenas a parte distal torna-se
friável, com extensas áreas de hemorragia e de necrose, que aparecem como áreas de
esfacelo e laceração (perfuração).
CONCLUSÃO: Inflamação aguda purulenta (supurada) em apêndice.
PEÇA: Cérebro
Cérebro inteiro ou fragmentos mostrando membrana meníngea (aracnóide) opaca, de
aspecto leitoso e rede vascular exuberante (hiperemia).
CONCLUSÃO: Inflamação aguda purulenta nas meninges (meningite purulenta).
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MICROSCOPIA:
Lâmina 29: Lesão nasal (por informação) - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Lesão de aspecto polipóide recoberta por epitélio do tipo respiratório (epitélio colunar
pseudo-estratificado ciliado, muco-secretor) e estroma conjuntivo com discreto edema,
ectasia capilar e infiltrado inflamatório de intensidade variável, sendo mais evidente na
periferia da lesão.
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MACROSCOPIA:
PEÇA: Coração
Coração aumentado globalmente de volume, apresentando superfície externa salpicada por
numerosas formações nodulares amareladas e salientes. Nota-se ainda que algumas
destas nodulações apresentam-se escavadas (desintegração do material necrótico).
CONCLUSÃO: Inflamação crônica granulomatosa no pericárdio (pericardite
granulomatosa). Tuberculose diagnosticada em exame histológico.
MICROSCOPIA:
Lâmina 136: Fígado - Tricrômico de Gomoni
NOTA: Nesta preparação o tecido conjuntivo fibroso cora-se em verde.
a) Identificar em aumento menor:
- Parênquima hepático apresentando proliferação de septos fibrosos envolvendo blocos de
hepatócitos (pseudolóbulos).
-Acompanhando a fibrose há proliferação capilar e de ductos biliares, além de discreto
infiltrado inflamatório de mononucleares
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Hepatócitos com esteatose e por vezes multinucleados (indicando atividade regenerativa).
Nos pseudolóbulos a arquitetura está alterada e os hepatócitos não se organizam em
trabéculas intercaladas por sinusóides.
- Discreto infiltrado de células mononucleares e neoformação de ductos biliares nos septos
fibrosos peri e intralobulares.
CONCLUSÃO: Reparo (regeneração e cicatrização) - Cirrose hepática.
Este aspecto macroscópico corresponde à cirrose. O órgão pode estar diminuído de volume,
de peso e mostra consistência aumentada. Dependendo do tamanho dos nódulos
(pseudolóbulos) a cirrose é classificada em macronodular (nódulos de tamanhos variados,
às vezes superiores a 5 cm de diâmetro) ou micronodular (nódulos de tamanhos mais
uniformes, menores que 1 cm de diâmetro).
CONCLUSÃO: Reparo (regeneração e cicatrização) no fígado - cirrose hepática.
PEÇA: Fígado
Fatias de fígado apresentando superfície externa levemente irregular.
Aos cortes mostra superfície pardo-clara com espaços-porta alargados por fibrose, ora
estrelados, ora irregulares, contrastando nitidamente com o parênquima hepático.
CONCLUSÃO: Inflamação (cicatrização) no fígado - fibrose hepática do tipo Symmers.
MACROSCOPIA:
PEÇA: Coração
Coração aberto longitudinalmente sem septos interatrial e interventricular, apresentando,
portanto um átrio único e um ventrículo único.
CONCLUSÃO: Coração bicavitário (agenesia de septos).
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PEÇA: Pé esquerdo
Pé esquerdo de criança apresentando seis artelhos de aspecto macroscópico habitual.
PEÇA: Rim
Rim aberto, descapsulado, com superfície externa bocelada e desenho vascular
proeminente, apresentando limites córtico-medulares apagados em um dos pólos e
conservados no pólo oposto.
Observamos a presença de duas pelves renais relacionadas a dois ureteres.
CONCLUSÃO: Duplicação ureteral.
OBSERVAÇÃO: Trata-se de malformação comumente associada à duplicação da pelve
renal. Geralmente não leva à disfunção do órgão. Na maioria das vezes os ureteres
penetram separados na bexiga, unem-se na espessura da parede da mesma e drenam
através de orifício único.
PEÇA: Feto
Feto macerado, deformado pela fixação, apresentando agenesia dos membros inferiores,
observando-se extremidade distal afilada, formando uma cauda. Observamos também a
ausência de genitália externa e ânus imperfurado.
CONCLUSÃO: Agenesia de membros inferiores e atresia anal (Sirenomelia - feto em
sereia).
OBSERVAÇÃO: Trata-se de malformação decorrente da degeneração da porção caudal do
embrião. Além dos defeitos externos já citados, associa-se à agenesia renal, ureteral,
vesical e uretral. As gônadas geralmente estão presentes, mas os outros órgãos genitais
raramente são encontrados. A causa desta degeneração embrionária é desconhecida.
PEÇA: Fetos
Fetos apresentando agenesia da calota craniana, com face de batráqio, sem massa
encefálica. Em um deles observa-se material membranáceo em região de base de crânio
(massa cérebro-vasculosa). Presença ainda de abertura do canal medular dorsalmente. Um
dos fetos apresenta também volumosa massa arredondada na região da implantanção do
cordão umbilical.
CONCLUSÃO: Agenesia de calota craniana e de tecido encefálico (anencefalia)
associada ao não fechamento do canal medular (mielosquise) e defeito na parede
anterior do abdome (onfalocele).
OBSERVAÇÃO: A cranioraquisquise (anencefalia associada à mielosquise) é uma
malformação grave, incompatível com a vida e decorrente de distúrbio de desenvolvimento
em fase embrionária (neurulação). A onfalocele é uma saculação na parede anterior do
abdome, ao nível da implantação do cordão umbilical e decorre de uma fraqueza nesta
parede. Dentro da saculação há conteúdo abdominal, mais frequentemente alças intestinais.
MICROSCOPIA:
Lâmina 31: Próstata - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Próstata exibindo estruturas glandulares e ductais de tamanhos variados, por vezes
dilatadas, envoltas por exuberante estroma fibromuscular. Presença em alguns lumens
acinares de corpos psamomatosos (corpos amiláceos = estruturas arredondadas,
eosinofílicas ou basofílicas e de aspecto lamelar). Presença também de discreto infiltrado
inflamatório de mononucleares.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Epitélio glandular do tipo colunar simples ás vezes com pseudo-estratificação e formações
papilares com eixo conjuntivo que se projetam para o lúmen.
- Infiltrado inflamatório linfoplasmocitário.
CONCLUSÃO: Hiperplasia nodular prostática.
OBSERVAÇÃO: A hiperplasia prostática é processo extremamente freqüente, compromete
cerca de 75% dos homens acima dos 80 anos, é rara abaixo de 40 anos, e aumenta
progressivamente com a idade. A patogênese da hiperplasia prostática não é totalmente
conhecida. Duas hipóteses são aceitas. Em uma acredita-se hajam interações entre estroma
e componente epitelial, em que inicialmente os nódulos seriam somente estromais induzidos
por produção local de fatores de crescimento e mais tarde o estroma induziria a proliferação
glandular, formando os nódulos estrômato-glandulares característicos da lesão. A outra
hipótese acredita que a lesão seja decorrente da redução da testosterona com a idade,
havendo um hiperestrogenismo relativo.
Distúrbios urinários (retenção, infecção urinária, etc) e distúrbios ejaculatórios são
conseqüências do quadro.
MACROSCOPIA:
PEÇA: Próstata
Fatias de próstata apresentando inúmeras formações nodulares de tamanhos variados, de
tonalidade mais clara, circundadas por tecido pardo-claro (estroma). Os nódulos são de
consistência amolecida, enquanto o estroma é mais firme. Observam-se pequenos cistos
decorrentes de dilatação glandular.
CONCLUSÃO: Hiperplasia nodular prostática.
PEÇA: Baço
Fatias de baço de consistência aumentada, apresentando polpa branca caracterizada por
pontilhado brancacento de distribuição difusa, contrastando com a polpa vermelha (de cor
pardo-escura), tomando o aspecto de "céu estrelado".
CONCLUSÃO: Hiperplasia de polpa branca do baço.
PEÇA: Coração
Corte transversal de coração ao nível dos ventrículos, apresentando ventrículo esquerdo de
parede muito espessada (cerca de 2,5 cm). A parede normal do ventrículo esquerdo mede
em torno de 1,5 cm de espessura num indivíduo adulto normal.
Compare a espessura da parede de V.E. com a do V.D.
CONCLUSÃO: Hipertrofia concêntrica de miocárdio de V.E.
OBSERVAÇÃO: Este quadro está freqüentemente associado à hipertensão arterial
sistêmica.
PEÇA: Rim
Fatias de rim apresentando acentuada dilatação da pelve e dos cálices, com aspecto
multicavitário e parênquima adelgaçado (atrofia).
CONCLUSÃO: Atrofia compressiva do parênquima renal (hidronefrose).
OBSERVAÇÃO: A hidronefrose está associada a fenômenos obstrutivos urinários
(mecânicos ou funcionais) que levam progressivamente a compressão e atrofia do
parênquima.
PEÇA: Cérebro
Cérebro apresentando tumor nodular, bem delimitado, capsulado, localizado no hemisfério
cerebral direito. Destaca-se com facilidade do tecido cerebral que o contém, deixando uma
cavidade que modela os seus contornos. A superfície de corte do tumor é de aspecto
friável, quebradiço, opaco, o que denota um tecido mal irrigado. Na periferia há áreas de
hemorragia.
CONCLUSÃO: Tumor benigno de meninges - Meningioma
OBSERVAÇÃO: Uma observação importante no caso, é que morfologicamente, a neoplasia
é benigna, no entanto se atentarmos aos aspectos de localização e efeitos constitucionais
conseqüentes, teremos que admitir que o mesmo é mais danoso que muitas neoplasias
malignas. Podemos observar claramente a destruição imposta ao tecido cerebral pela
pressão mecânica que a massa tumoral exerce, além do nítido desvio de posição das
diversas estruturas do órgão.
PEÇA: Vegetais
Segmentos de caule apresentando lesões nodulares ou vegetantes, causando deformidades
dos mesmos.
Folhas apresentando também múltiplas lesões nodulares, isoladas ou coalescentes em
ambas as faces, algumas com áreas de destruição.
CONCLUSÃO: Tumores vegetais - galhas.
OBSERVAÇÃO: Os tumores vegetais são provocados por insetos ou microorganismos e
causam proliferação das células locais. Em alguns se observam orifícios pelos quais o
inseto penetrou.
MICROSCOPIA
Lâmina 113: Fígado - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Parênquima hepático exibindo formações glandulares atípicas, vazias ou contendo material
eosinofílico amorfo e/ou células. O crescimento glandular tem aspecto tumoral, sem limites
precisos, com desaparecimento do parênquima hepático. As células glandulares são
hipercromáticas. Observar ainda extensas áreas de necrose e células inflamatórias na
periferia do tumor.
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MACROSCOPIA:
PEÇA: Linfonodos
Secções de linfonodos isolados ou conglomerados, aumentados de volume, com superfície
de corte totalmente enegrecida ou, em parte negra e em parte esbranquiçada. A variação de
cor está relacionada com a quantidade de pigmento (melanina) produzido pelas células
neoplásicas
PEÇA: Fígado
Fatias de fígado, uma delas com vesícula biliar, apresentando pontilhado negro subcapsular.
Na superfície de corte identificam-se espaços-porta e área nodular pardo-escura de
aproximadamente 1,5 cm de diâmetro.
PEÇA: Pulmão
Pulmão direito apresentando pleura lisa, levemente opaca, contendo pontos enegrecidos
(antracose) e múltiplos nódulos branco-amarelados, ligeiramente elevados e de tamanhos
variados (nódulos metastáticos).
PEÇA: Útero
Secção longitudinal de útero exibindo neoplasia de aspecto infiltrativo, de cor
esbranquiçada, destruindo o colo uterino e apresentando áreas necróticas e ulceradas.
MICROSCOPIA
Lâmina 59: Mama - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Tecido fibroadiposo com remanescente de estrutura mamária sendo ocupado em quase
sua totalidade por lesão constituída por blocos de células epiteliais. Estes blocos mostram
aspecto infiltrativo e focos de necrose. O estroma é escasso e apresenta infiltrado
linfocitário.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Detalhes do acima descrito com ênfase às células que compõem a lesão, que mostram
núcleos hipertróficos, com cromatina irregularmente distribuída e macronucléolos. Presença
de várias figuras de mitose.
- Esboço de diferenciação tubular focal.
- Grupos de células epiteliais atípicas na luz de vasos linfáticos (embolia tumoral linfática)
CONCLUSÃO: Tumor maligno de glândula mamária - Adenocarcinoma de mama pouco
diferenciado.
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MACROSCOPIA
PEÇA: Ovário
Formações císticas uni ou multiloculadas preenchidas por emaranhado de pêlos, de mistura
com material esbranquiçado ou branco-amarelado e pastoso (secreção sebácea). Em
algumas peças há dente(s), tecido ósseo e/ou cartilaginoso.
Os diferentes tecidos estão dispostos desordenadamente.
CONCLUSÃO: Teratoma cístico (cisto dermóide) de ovário.
OBSERVAÇÃO: O ovário é a sede mais freqüente de teratomas e isto se deve ao fato de
nele existirem células totipotentes, as quais segundo se admite, por força de um estímulo
oncogênico, proliferam e dão origem a estes "monstros tumorais" (teratos = monstro; oma =
tumor). Os teratomas císticos freqüentemente são benignos como os casos apresentados,
mas podem ser malignos ou sofrerem malignização.
PEÇA: Mama
Fatias de mama, em forma de meia-lua, revestidas externamente por pele, por vezes com
mamilo e parte da aréola. Na superfície de corte observamos tecido de consistência
endurecida, de cor acinzentada, aderido aos tecidos vizinhos, de forma irregular, limites
imprecisos e aspecto infiltrativo.
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MICROSCOPIA
Lâmina 04: Linfonodo - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Linfonodo com cápsula espessada por fibrose e parênquima com arquitetura alterada.
- Na periferia, evidenciam-se alguns folículos linfáticos com ou sem centro germinativo.
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MACROSCOPIA:
PEÇA: Pulmão
Fatias de pulmão mostrando parênquima acinzentado e esponjoso além de áreas
esbranquiçadas que correspondem a septos fibrosos perivasculares ou peribrônquicos.
Observamos ainda, na superfície pleural, extensa área esbranquiçada (fibrose). Presença
de cavidade irregular (caverna) preenchida por material pardo-claro e friável. Este material
corresponde à chamada "bola fúngica" que é constituída por um emaranhado de micélios.
Neste caso existia uma caverna tuberculosa antiga com parede fibrosada que foi colonizada
pelo fungo.
CONCLUSÃO: Aspergilose (aspergiloma) pulmonar.
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PEÇA: Cérebro
Fatias de encéfalo apresentando lojas císticas por vezes contendo o cisticerco (forma
larvária da Taenia solium).
CONCLUSÃO: Cisticercose cerebral
OBSERVAÇÃO: O cisticerco pode ser encontrado no subcutâneo, nas musculaturas
esquelética e cardíaca, olho e cérebro. Inicialmente a vesícula não provoca reação nos
tecidos vizinhos. Dependendo da localização e da quantidade, pode provocar distúrbios
neurológicos, distúrbios visuais, etc. Com a ruptura ou degeneração da membrana, há uma
seqüência de reação local: infiltração de neutrófilos, eosinófilos, linfócitos, plasmócitos,
células gigantes, seguida de fibrose da membrana e calcificação da larva.
MICROSCOPIA:
Lâmina 118: Tireóide - HE
a) Identificar em aumento menor:
- Que a lâmina apresenta três cortes histológicos de tireóide. Em um deles, os folículos
tireoidianos apresentam-se homogêneos, ricos em colóide. Em outro fragmento, constata-se
que os folículos são mais celulares e o colóide é escasso e no terceiro fragmento, os
folículos são de tamanhos variados, havendo alguns enormes e o estroma é pálido e mais
abundante em algumas áreas.
b) Identificar em aumentos médio e maior:
- Que um dos cortes é de tecido tireoidiano normal com folículos homogêneos e ricos em
colóide.
- No corte central verifica-se que os folículos são menores, mais celulares, o colóide é
escasso e as células que revestem os folículos são cúbicas ou colunares. Verificar que
alguns folículos estão vazios e estes são geralmente folículos pequenos. A maioria dos
folículos que contém colóide mostra que entre este e a borda das células epiteliais existem
espaços claros, como que vacúolos (imagem goticular no colóide).
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- No terceiro fragmento verifica-se grande variação de tamanho dos folículos, assim como
colóide mais claro e sua grande quantidade ocasiona atrofia por compressão das células
epiteliais. O estroma apresenta-se pálido, devido ao edema do mesmo. Constata-se ainda a
presença de folículos grandes ou pequenos, sem colóide ou com grande escassez do
mesmo.
CONCLUSÃO: Na presente lâmina o corte central representa o quadro de hiperplasia difusa
da tireóide ou bócio tóxico difuso, associado ao hipertireoidismo. Os cortes laterais são de
tireóide normal e de tireóide hipofuncionante. Esta última pode se manifestar por
hipotireoidismo.
OBSERVAÇÃO: A base do bócio tóxico difuso é auto-imune.
O hipertireoidismo provoca um estado de hipermetabolismo que se manifesta por alterações
funcionais e às vezes morfológicas de vários órgãos.
O hipotireoidismo decorre de deficiência permanente da síntese de hormônios tireoidianos e
mais raramente da não resposta dos tecidos a estes hormônios. O hipotireoidismo provoca
alterações funcionais e lesões anatômicas evidentes (mixedema, retardamento e
desarmonia do crescimento ósseo e cretinismo).