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CHEP - UC13

AULA 01

Inflamação aguda
- Definição: é uma reação do organismo a uma infecção ou lesão dos tecidos.
- Causas: mecanica, biologica (infecção) ou química.
- Etapas → sinais cardinais (dor, calor, rubor, tumor, perda de função)

Vasodilatação → chegada de substrato do processo inflamatório → maior circulação →

aumento da temperatura (calor) e rubor → aumento da permeabilidade → aumento do plasma


(edema) → ativação dos receptores da dor por agentes químicos da inflamação(dor)

Resposta celular: neutrófilos → periferia do vaso → adere ao vaso → rolamento → diapedese


→ lise do patógeno
Debridamento fisiológico (macrófagos N2) → limpagem do local

Sintomas: febre, dor, mialgia/fraqueza, prostração, náusea, anorexia,... → depende do


sistema envolvido.

Inflamação crônica
Se dá pela incapacidade do processo ser resolvido ou pela persistência do corpo estranho.
Sao estímulos persistentes: infecções, estimulos ambientais, aterosclerose (processo
sistêmico) e doenças autoimunes.
- Predomínio dos plasmócitos e linfócitos → células multinucleados, infiltradas de

linfócitos e macrofagos → infiltrado linfoplasmocitarios

- Pode ter granuloma (células gigantes multinucleada, arranjo de células em padrão


crônico, com necrose central → necrosante), fibrose, virar sistêmica → Síndrome da

resposta inflamatória sistêmica (SIRS) → bacteremia e sepse – diminuição da PA –


choque.

- Fibrose → cicatrização → perda de função


- Resultado: perda de função irreversível e progressiva.

Reconhecimento das células na biópsia


Granulócito / polimorfonucleares → afinidade pela eosina, hematoxilina, são maiores que as

hemácias.
- Basófilo (pequena porcentagem no sangue, grânulos bem roxos quase que
escondendo o núcleo, vários grânulos roxos, associado ao mastócito)

Ariela V. Borgmann - Medicina FPP TIX


- Neutrófilo (núcleo lobulado, mais segmentos do núcleo -5 ou 6- que pega os 2
corantes)
- Eosinófilo (núcleo globulado 2 ou 3, grânulos bem avermelhado, processos alérgicos
e parasitária)

Agranulócitos/ mononucleares: monócitos → macrofago e linfócitos. São células menores.


- Plasmócitos (núcleo excêntrico, barrigudinho) → derivado de linfócito B nos tecidos,
produz atb → predomínio de retículo endoplasmático rugoso (proteína).
- Monócito: função de fagocitose, maior célula citoplasma, grânulos bem roxos,
núcleos com reentrância (forma de rim - reniforme). *pontos roxos atrás das hemácias
são plaquetas.
- Linfócito: célula pequena, núcleo mononuclear e citoplasma escasso.

Tecido muscular cardíaco inflamado → miocardite viral ou transplante cardíaco rejeitado;


células mononucleares.

Úlcera gástrica → Epitélio colunar - fovéolas gástricas do estômago → células mononucleares

distribuídas no tecido (predomínio de neutrófilos/polimorfonucleadas → processo AGUDO;

pode ter plasmocitos e macrofagos tmb). A falta de epitélio em uma parte da lâmina sugere
um processo de ulceração → necrose
- Erosão: tende a ser mais superficial
- Úlcera: tende a ser mais profundo

Vesícula biliar (cálculo) → Epitélio simples com submucosa (1 camada) e 1 camada muscular
em baixo. Espessamento → hipertrofia do músculo → fibrose → processo inflamatório crônico
(mononucleares - predomínio de aglomerado de linfócitos →pode formar folículo linfóide

(linfonodo)

Trato respiratório → Epitélio pseudoestratificado, ciliado com células caliciformes →


predomínio de eosinófilos (citoplasma vermelho) → processo alérgico.
● eosinófilos também estão presentes em infecções parasitárias (CICLO DE LOSS)

NEOPLASIA → Aumento do núcleo, nucléolos evidentes, pleomorfismo celular, mitoses.


- Pode ser maligna ou benigna (tende a se assemelhar com o tecido de origem)
- Inflamação associada → necrose caseosa

Células mononucleares, linfócitos + células gigantes + monocito → macrofago no tecido

Ariela V. Borgmann - Medicina FPP TIX


● Granuloma - arranjo de células inflamatórias de padrão crônico, com células gigantes
e necrose no centro (pode ser granuloma necrotizante ou não - sarcoidose, infecções

fúngicas e doença de Crohn) → TB pode ser pulmonar ou extrapulmonar (linfonodal).

Osteomielite crônica agudizada - Sequestro ósseo: Fibrina → necrose, morte celular no osso.

Gravidez ectópica
- Tuba espessada/ dilatada no corpo da tuba, com epitélio pseudoestratificado ciliado.
Se encontra restos embrionários, dependendo do grau de degeneração e idade
gestacional. Pode visualizar restos dos anexos placentários (decídua)
- Cisto
- Pode visualizar o embrião em casos raros; na maioria dos casos se vê apenas a

dilatação e hemorragia → hematossalpinge não necessariamente e gravidez ectópica.

Apendicite aguda
- Apêndice edemaciado, isquemia devido a obstrução, proliferação bacteriano →
necrose transmural (dentro para fora) → perfuração.
- Encaminha-se para patologia para confirmar o diagnóstico e descartar hipóteses
neoplásicas.

Endometriose
- Principais sintomas: dor e infertilidade
- Foco de endométrio fora da cavidade uterina → principalmente nos ovários, ligamentos
uterinos, superfície peritoneal, fundo de saco, intestino,...
- Etiologia: refluxo menstrual ou metaplasia celômica.
- Tecido fibroso do processos de inflamação crônica com focos de sangramento antigo

→ coloração amarronzados (ferro) → fibrose.

- Pode formar cistos, com conteúdo cremoso e escuro (endometrioma) → cisto de


chocolate.
- No intestino pode ter pontos de sangramento e retração das cerosas intestinais →

constipação.
- Presença de glândulas e estroma endometrial (microscópico)
- Nódulos na cicatriz umbilical - roxos, dilatados, com sangue dentro. Pode ter no
parênquima pulmonar também (hemoptise).

AULA 02

Cefaleia - Tumores SNC

Ariela V. Borgmann - Medicina FPP TIX


Meningioma

Os meningiomas, em particular os com diâmetro < 2 cm, estão entre os tumores


intracranianos mais comuns. Os meningiomas são os únicos tumores cerebrais mais comuns
em mulheres. Tendem a ocorrer entre 40 e 60 anos de idade, mas podem surgir na infância.

Esses tumores benignos podem se desenvolver em qualquer porção da dura-máter, com mais
frequência sobre as convexidades, próximo aos seios venosos, na base do crânio e na fossa
posterior e, raramente, nos ventrículos. Pode haver múltiplos meningiomas. Os meningiomas
comprimem, mas não invadem, o parênquima cerebral. Podem invadir e distorcer o osso
adjacente.

Clínica (depende do local): perda visual, paralisias, déficits cognitivos, hipertensão craniana,
cefaléia, convulsões, alterações ósseas, hidrocefalia,..

Diagnóstico: Realizado por RM com contraste paramagnético → Anormalidades ósseas (p.


ex., atrofia cerebral, hiperostose ao redor de convexidades cerebrais, alterações no tubérculo

selar) podem ser encontradas incidentalmente em TC ou radiografias simples.

Glioma
- Neoplasias de origem astrocitárias, oligodendrócitos e ependimárias
- Divididos em graus I a IV pela OMS

Astrocitoma
- Clínica: aumento da PIC → cefaleias matinais, vômitos, letargia, fraqueza, ataxia,

perda da visão, proptose/nistalgismo, dor e alteração da marcha.


- Radiologia: RM com contraste
Histologia (diferenciar graus)
- Corresponde a maior % dos gliomas
- Pilocítico I
- Difuso II e anaplásico III (maior pleomorfismo, mitoses)
- IV (glioblastoma) pode ter hemorragia, necrose em pseudopaliçada (cerca/kiwi) e
neovascularização - formato de borboleta
- V possui necrose

Cefaleia - Hemorragias cerebrais

Hemorragia subaracnóidea - HSA


- Pode ser primária* (aneurisma - comum em bifurcações no Polígono de Willis-, NAVE)
ou secundária (trombose, medicamentos, doenças hematológicas)
- Clínica: dor muito intensa, associada com outros sintomas
- Complicações: aumento da PIC, parada cardiorrespiratória (bulbo), compressão de

estruturas → herniação.

Ariela V. Borgmann - Medicina FPP TIX


- Tratamento cirúrgico (clampeamento). Vasoconstrição reflexa após o tratamento
(vasoespasmo).
Histologia
- herniação sacular, emaranhado de vasos (anastomose) → NAVE; hemossiderina
(macrofagos → ferro depositado no cérebro na macroscopia)

Hemorragia extradural/ epidural


- Elevada associação com fraturas de crânio (exceção crianças* - ossos mais
maleáveis) - associada com trauma;
- Quadro clínico: intervalo lúcido (sangramento está acima da dura máter), cefaleia que
piora e é associada com outros sintomas;
- Origem do sangramento: região temporal (a. meníngea média);
- Exame de imagem: TC mostra a delimitação da dura máter - sangramento delimitado
côncavo. Desvio de linha média, compressão ventricular, fratura de crânio (avaliação
de estrutura óssea - calota craniana).
- Macroscopia: sangramento entre a dura máter (membrana espessa e brilhante) e o
crânio.

Hemorragia subdural
- Pode ser agudo, subagudo ou crônico→ (retorno venoso na aracnóide) - sangue
ocupa um espaço virtual
- TCE: causa traumática, estiramento (aceleração e desaceleração) dos vasos
causando sangramento.
- Idosos: estímulos anormais (ex. freada de ônibus), devido a fragilidade dos vasos e

atrofia cerebral dos idosos → puxa a arcanoide→ estiramento dos vasos. Múltiplos

sangramentos crônicos ou sangramento agudo.


- Radiologia: sangramento infiltra nas estruturas do encéfalo; forma em crescente (lua),
varia com a quantidade de sangramento.
- Macroscópico: sangramento abaixo da dura máter, com contato direto no encéfalo.

AULA 03

Dor torácica

ESÔFAGO
- Disfagia: dor ao deglutir (progressiva)
- Odinofagia: dor propriamente dita

DRGE - DOENÇA DO REFLUXO GASTRO ESOFÁGICO

Ariela V. Borgmann - Medicina FPP TIX


- D: é patológico, não podendo ser fisiológico (RN, esfíncter esofágico inferior ainda em
desenvolvimento)
- Barreiras fisiológicas: EEI, crura diafragmática que permeia o esofago.
- Clínica: pirose, sensação de queimação após a ingestão de alimentos, disfagia,
deflagração de crises de asma/ tosse/ litóse/ cáries dentárias / rouquidão (atípico)
- Conseguencias: ulceracao/ erosao do esfago, obstrucao do esofago → fibrose,
perfuração (infecção secundária), maior insidencia de CA.
- Acomete mais a mucosa do esfofago → metaplasia (esofago de Barret) *Epitélio

escamoso
- Exame: endoscopia
- PATOLOGIA: varia desde ausência de alterações até alterações variáveis → Varizes
esofágicas, coloração mais rosada /hiperemia (enantematosas), fibrina → erosões, ..

- Biópsia → esofagite de refluxo: maior espessura do epitélio (tentativa de reparo), maior


quantidade de células na lâmina própria (inflamação - menor predomínio de tec.
conjuntivo → LEUCÓCITOS - neutrófilos, eosinófilo, linfócitos) → processo inflamatório
misto (agudo e crônico)

ESOFAGITE EOSINOFÍLICA
- Patologia: processo alérgico → o paciente pode ter outras doenças alérgicas
acompanhados (asma).
- Traquealizacao esofágica (pregas longitudinais) na endoscopia.
- Biópsia: eosinófilos, hiperplasia do epitélio, células inflamatórias na lâmina própria
(eosinófilos - contagem mínima de 15 à 20).

ESÔFAGO DE BARRETT
- Mudança no epitélio para suportar o refluxo (escamoso → colunar com células

caliciformes);
- Achados macroscópicos (endoscopia): classificação de comprometimento - alteração
geográfica, a coloração fica rosa escuro - mancha em cor de salmão; até de 3 cm
(curto) mais de 3 cm (longo);
- Achados microscópicos (biópsia): mudança abrupta de epitélio, formação de fovéolas

e glândulas → epitélio gástrico com células caliciformes (padrão intestinal);


- Rastreio de CA de esôfago (neoplasias) → endoscopia → achos de displasias (baixo
ou alto grau);

Ariela V. Borgmann - Medicina FPP TIX

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