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TUMORES CUTÂNEOS

BENIGNOS

PROF. PAULA SERAPIÃO CASCARDO


DERMATOLOGIA – UNIGRANRIO (CAXIAS)
RELEMBRANDO
RELEMBRANDO
RELEMBRANDO

 Semiologia dermatológica:
- Pápula -> elevação da pele circunscrita palpável menor
que 0,5 cm;
- Nódulo -> lesão mais palpável que visível maior do que 1
cm;
- Placa -> lesão em forma de disco, por extensão ou
coalescência de pápulas ou nódulos. Suprfície em platô;
- Tumoração -> lesão maior que 3 cm;
- Vegetação -> crescimento exofítico pela hipertrofia das
papilas dérmicas. Podem ser verrucosas ou
condilomatosas. (verrucosa -> seca; condilomatosa ->
úmida).
TUMORES CUTÂNEOS

 Origem:
- Células da epiderme (queratinócitos, melanócitos);
- Anexos cutâneos (folículo, glândulas);
- Vasos.
TUMORES CUTÂNEOS

 Glândulas:
- Sudorípara écrina: pequenas e desembocam direto
na epiderme. Presentes em todo o corpo;
- Sudorípara apócrina: maiores, desembocam nos
folículos. Áreas específicas (axilas, anogenital, canal
auditivo externo, mamilos, pálpebras);
- Sebácea: desemboca no folículo. Secreção
holócrina.
Ceratose
seborreica

 Verruga
seborreica,
verrruga senil (VS)
 Lesões verrucosas
no tronco, face e
membros;
 A partir da 4ª
década;
 Não sofre
transformação
maligna;
 É comum história
familiar;
Ceratose seborreica

Derivadas da
proliferação
monoclonal de
ceratinócitos do
infundíbulo folicular

Tumores foliculares
Ceratose
seborreica
 Usualmente
múltiplas
 Pápulas:
 Circunscritas
 Elevadas
 Castanho
claro ao
escuro
 Aspecto:
 Aderente
 Graxenta
 Pruriginoso ou
não
Ceratose
seborreica
 Algumas lesões de
tipo acrocórdon são,
na realidade,
ceratoses seborreicas
pedunculadas, e não
verdadeiramente
papilomas
fibroepiteliais;

 Dermatose papulosa
nigricante e
estucoceratose são
variantes
Dermatose Papulosa Nigra
(DPN)

 Variante clínica da ceratose seborreica


 Pertence ao grupo de Acrocordons
 Comum em negros e mulheres
 Predisposição familiar
 4ª década de vida

 Histopatologia semelhante à anterior, porém sem


pseudocistos córneos
Dermatose Papulosa Nigra

 Pápulas de 2 a 4 mm,
 Elevadas;
 Face, pescoço, colo e dorso;
Sinal de Leser-
• Aparecimento súbito de forma
Trelat de múltiplas lesões de
eruptiva
ceratose seborreica
• Manifestação paraneoplásica de
adenocarcinoma gástrico ou de
cólon, carcinoma de mama e
linfomas
• Consequência da secreção de
fatores de crescimento epitelial
Ceratose seborreica

 Tratamento

 Crioterapia com nitrogênio líquido (lembrar o fototipo do


paciente, quanto mais moreno maior risco de hipocromia
residual)

 Curetagem com ou sem eletrocoagulação

 Cauterização química com TCA 30 -50% (cuidado com


fototipos altos)

 Laser ablativo
Hiperplasia sebácea senil

 Frequente a partir da idade


madura
 Maior no sexo masculino
 Hiperplasia das glândulas
sebáceas
 Diagnóstico
 Clínico
 Histopatológico
(excepcionalmente, para
afastar CBC)
Hiperplasia
sebácea senil

Pápulas de 2 a 4 mm, cor amarelada, umbilicadas, na face (principalmente


fronte), sem qualquer manifestação subjetiva
Tratamento:

 Eletrocoagulação superficial
Hiperplasia (melhor opção)

sebácea
senil  Laser ablativo (CO2)

 Aplicação de ácido
tricloroacético a 70%
(múltiplas aplicações)
Grânulos de
Fordyce

Glândulas sebáceas
ectópicas
Lábios, mucosa oral e
genital
70% da população
Ambos os sexos
Grânulos de Fordyce

 Pápulas ou manchas
amareladas de 1 a 2 mm

 Não é necessário tratamento


Tratamento
Grânulos de  Eletrocoagulação
Fordyce  Isotretinoina (diminui e pode
ser uma opção)
Doença de Fox-fordce

• Miliária apócrina;

• Obstrução crônica das


glândulas sudoríparas
apócrinas;

• Processo inflamatório crônico;


Doença de Fox-fordce

Tratamento:
• Diversos: adapaleno 0,1% creme
Glândula de Tyson
Glândulas de Tyson

 Glândulas sebáceas prepuciais;


 Nas mulheres estão no clitóris;
 Produzem feromônios;

Tratamento:
 Eletrocoagulação com baixa potência e anestesia
tópico
CISTO PILAR

 CISTO TRIQUELEMAL (COURO CABELUDO),


 CISTO DERMÓIDE, EPIDÉRMICO OU CISTO ISTMO-
CATAGÊNICO
 Erroneamente conhecido como cisto sebáceo.

Os cistos sebáceos surgem da proliferação de células da


pele produtoras de queratina dentro da derme. Podem
originar-se da oclusão do folículo pilosebáceo,
implantação de células da epiderme em locais mais
profundos da pele por trauma ou a partir de células que
desprendem das fendas embrionárias.

Acúmulo de queratina e restos celulares


HISTOPATOLOGIA:
REVELANDO ACUMULO
DE QUERATINA E
CELULAS EPIDERMICAS
NA DERMA, NA SAIDA
DA ESTRUTURA
FOLICULAR.
PULIA: CISTO EPIDEMRICO EM
BOLSA ESCROTAL
CISTO EXÉRESESE POSSIVEL COM
CÁPSULA INTEGRA
EPIDÉRMICO EVITAR
MARSUPIAÇÃO =
TRATAMENTO GRANDE RECIDIVA
Siringoma

Tumor de anexo benigno


geralmente considerado ser de
origem écrina (duto da glândula
écrina).

Geralmente acomete mulheres


adultas
Siringoma
Siringoma

Pápulas duras, achatadas,


de 1 a 3 mm, amarelo-
rósea
Pálpebras inferiores e
região periorbitária

Tratamento:
-Exérese com sutura
simples
-Eletrocoagulação
-LASER ablativo (CO2)
-Recidivante
Xantelasma

 Depósito cutânea de lipídios (colesterol) principalmente


na pálpebra.
 Benigno
Tratamento:

• Primeiro é o controle da
dislipidemia
• Eltrocoagulação
• Cauterização química
(TCA)
Xantelasma • LASER ablativo

Cuidado:

• Recidivante
• Tratamento pode deixar
cicatriz acrômica
Tumores Vasculares
Hemangioma da infância

 É o tumor mais comum da infância


(10 a 12% até 1 ano de idade)
 Até 30% das crianças com muito baixo peso ao
nascimento
 Predileção pelo sexo feminino
(3:1 a 7:1)
Hemangioma da infância

 Lesões únicas em 80%


 Pele é a mais acometida
 Regiões
 Cabeça
 Pescoço
 Tronco
 Poucos milímetros a vários
centímetros
Hemangioma da infância

 Em geral, ausente ao nascimento


 Torna-se aparente já no primeiro mês de vida

 Podem ser divididos de acordo com a clínica


 Superficiais
 Profundos
 Combinados
Hemangioma da infância

 Até os 6 a 10 meses de idade crescimento rápido;


 Final do 1º ano de vida atingem seu tamanho
máximo;
 Posteriormente, entra em fase quiescente, que
persiste por alguns meses até a involução;
 Estima-se que cerca de 50% das lesões regridam,
total ou parcialmente, até os 5 anos de idade;
 90 % regredirão até os 10 anos de idade.
Hemangioma da infância

 Complicações
 6 primeiros meses de vida (fase de maior crescimento)
 Ulceração
 Mais comum
 Dor ao acometer lábios, região perianal, genital, flexuras
 Não há evidência de que propicie involução mais rápida

 Sangramentos
Hemangioma da infância

Diagnóstico:
 História clínica e achados físicos
(confusão com malformações vasculares e tumores)
 Biópsia (raramente necessário)
 US com doppler (screening)
 Massa homogênea com vasos de alto fluxo
 Diferenciação entre os hemangiomas e as malformações de baixo fluxo,
como as venosas, capilares e linfáticas
 Diferenciação entre cisto dermóide, lipoma e meningocele

 RM (padrão-ouro)
 Avalia extensão e anomalias associadas
Hemangioma da infância

Tratamento
 Apenas 10-20% precisam ser tratados
 Acometimento da visão
 Obstrução de vias aéreas, conduto auditivo e reto
 ICC
 Hemorragias
 Ulcerações e infecções frequentes
 As lesões que ao involuírem produzem resultados
esteticamente comprometedores
Hemangioma da infância -
Tratamento
Betabloqueador:
 Timolol gel ou colírio 0,5%
 1 - 2 gotas 2x/dia

 Propranolol xarope

 0,5mg/ml após a primeira semana passar para 1mg/ml aumentando semanalmente


ate chegar 2mg/ml

 Inciar dose internado = risco de hipoglicemia e broncostricção

 Captopril e atenolol (??)

Corticoterapia sistêmica:
 Efeito vasoconstritor e inibidor da angiogênese
 Melhor resultado na fase proliferativa do tumor (1º ano)
 EM DESUSO – No futuro pode sair dos livros
Hemangioma da infância

Tratamento:
 Agentes antineoplásicos: vincristina e ciclofosfamida

 Fenômeno de Kasabach-Merrit
 Refratários a betabloqueador, corticoterapia e INF-alfa
 Cirurgia e crioterapia (Último caso)

Tratamento Tardio (crianças maiores/adultos)


 Cirurgia
 O reparo dos defeitos da regressão das lesões deve ser realizada após os 10
anos, ponto máximo de involução

 Laser
 Pulsed Dye Laser
 Fase proliferativa, hemangiomas ulcerados e telangiectasias residuais
Hemangioma da infância

 Tratamento Tardio (crianças maiores/adultos)


 Cirurgia
 O reparo dos defeitos da regressão das lesões deve ser
realizada após os 10 anos, ponto máximo de involução

 Laser
 Pulsed Dye Laser
 Fase proliferativa, hemangiomas ulcerados e
telangiectasias residuais

 Crioterapia
 Lesões pequenas
Hemangioma da infância
Hemangioma da infância
Granuloma piogênico

 Designação inadequada
 Não é um granuloma
 Não tem origem piógena
 Hemangioma lobular capilar
 Lesão vascular adquirida
 Clínica e histopatologicamente
semelhantes ao hemangioma
da infância, em menores
dimensões
Granuloma
piogênico

Lesão vegetante séssil ou


pedunculada, de superfície
úmida, friável e que leva a
sangramentos de repetição
Tende a ocorrer na pele e
mucosa de crianças e adultos
jovens sem história prévia de
trauma
Granuloma
piogênico

Pode surgir em locais de


traumatismo prévio
É característico ser
desencadeado pelo alicate ou
por unhas encravadas
Pode ser desencadeado por
retinóides sistêmicos e indinavir
Granuloma piogênico

Tratamento:
 Exérese cirúrgica
 Eletrocauterização
 Cauterização química com ATA 90%, intercaladas de 2 a 3 dias
 Associar a terapêutica tópica com corticoide associados a antibiótico
(Diprogenta®, AdinosGen®, VerutexB®): 2-3x/dia por 7dias

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