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Ultrassonografia em Cervical

Cursos complementares sugeridos :

▪ Ultrassonografia Tireoide com Doppler


▪ Ultrassonografia em Biópsia Cervical
▪ Ultrassonografia Mamária Básica
▪ Ultrassonografia em Biópsia Mamária
▪ Ultrassonografia Mamária Avançada

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ULTRASSONOGRAFIA NAS
GLÂNDULAS SALIVARES
• Glândulas parótidas
• Glândulas submandibulares
• Glândulas sublinguais
GLÂNDULAS
PARÓTIDAS
▪ Formato de pirâmide invertida
▪ Ducto de Stensen
▪ 90% células secretoras
serosas
▪ Produz 25% da saliva
▪ Veia retromandibular (ref. Para o
nervo facial) que separa:
- Porção superficial (massetero-
mandibular – 80%)
- Porção profunda (retromandibular-20%)
LONGITUDINAL – 4,6 +/- 0,7 CM
TRANSVERSO – 3,7 +/- 0,4 CM
ART. CARÓTIDA EXTERNA

N. Facial
V. Retromandibular
GLÂNDULAS
SUBMANDIBULARES
• 2ª maior Glândula Salivar
• Formato de “U” deitado
• Ducto de Wharton
• Produz 70% da saliva
MANDÍBULA

M.MILO-HIÓIDEO
ÂNTERO-POSTERIOR – 3,5 +/- 0,5 CM
TRANSVERSO – 3,3 +/- 0,5 CM
GLÂNDULAS
SUBLINGUAIS
• Formato de amêndoa
• Ductos de Bartholin
• 30% células serosas
• 60% células mucosas
• Produz 5% da saliva
ÂNTERO-POSTERIOR – até 3,2 cm
PATOLOGIAS
- PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
- LITÍASE
- SÍNDROME DE SJÖGREN
- SIALOSE
- CISTOS
- NEOPLASIAS
PROCESSOS
INFLAMATÓRIOS
AGUDOS
▪ Causa mais comum de glandular;

▪ Clínica: Dor e diminuição de salivação.

▪ Unilateral (+ frequente) ;

▪ ETIOLOGIA:
- Bacteriana (+ frequente – estafilo ou
estreptococo)
- Viral : CAXUMBA
ULTRASSONOGRAFIA
▪ Glândula heterogênea, com múltiplos nódulos
hipoecóicos, cálculos no parênquima ou nos ductos,
linfonodopatia cervical e formação de abscessos.

▪ Doppler = vascularização.
Coxsackie vírus
Citomegalovírus
PROCESSOS
INFLAMATÓRIOS
CRÔNICOS
▪ Sialoadenite crônica ou parotidite
recorrente;

▪ Etiologia: inf. Bacterianas


recorrentes, irradiação prévia,
doenças granulomatosas (sarcoidose;
TB) autoimunes ou idiopáticas.
ULTRASSONOGRAFIA

• Glândula heterogênea, com múltiplas


áreas hipoecogênicas dispersas, pontos
ecogênicos (calcificações ou fibroses) e
linfonodos reacionais cervical ;

• Forma focal: nódulo sólido.


Cça 5 anos
Caxumba há 1 ano
PATOLOGIAS
- PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
- LITÍASE
- SÍNDROME DE SJÖGREN
- SIALOSE
- CISTOS
- NEOPLASIAS
SIALOLITíASE
✓ 85 % - GLÂNDULA SUBMANDIBULAR;

✓15% - GLÂNDULA PARÓTIDA;

✓2-3% - GLÂNDULAS SUBLINGUAIS;

✓US (exame de escolha) = focos ecogênicos


com sombra acústica e sialectasia
(SENSIBILIDADE 94% -ESPECIFICIDADE –
100%).
Solbiatti et al, 1995

✓Complicações: sialoceles e abscessos.


PATOLOGIAS
- PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
- LITÍASE
- SÍNDROME DE SJÖGREN
- SIALOSE
- CISTOS
- NEOPLASIAS
SÍNDROME DE
SJÖGREN
✓ Doença autoimune das glândulas
exócrinas;

✓ Mulheres – 20 a 40 anos;

✓ Linfoma (risco 44 x maior).


ULTRASSONOGRAFIA
• Glândula normal;

• Aumento glandular (parótida e


submandibular – 80%), textura
heterogênea difusa, diminutos cistos no
interior.

• Atrofia.
▪ GRAU 0 – Sem alterações
▪ GRAU 1 – presença de alguns cistos <0,2 cm;
▪ GRAU 2 – presença de vários cistos > 0,2 cm;
▪ GRAU 3 – grandes cistos com septações e confluentes;
▪ GRAU 4 – desaparecimento do parênquima com atrofia
glandular e contornos irregulares

Candiani et al, 1995


PATOLOGIAS
- PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
- LITÍASE
- SÍNDROME DE SJÖGREN
- SIALOSE
- CISTOS
- NEOPLASIAS
SIALOSE
✓Aumento parotídeo amolecido (não
tumoral e não inflamatório);

✓Etilismo, obesidade, diabetes....

✓ USG = aumento glandular com


ecogenicidade aumentada (pelo
aumento de depósito de gordura).
PATOLOGIAS
- PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
- LITÍASE
- SÍNDROME DE SJÖGREN
- SIALOSE
- CISTOS
- NEOPLASIAS
CISTOS

Congênitos adquiridos
ADQUIRIDOS
✓ CISTO LINFOEPITELIAL :
* Único = Proc. Infl. Crônico;
* Múltiplos = HIV.

✓ CISTO DE RETENÇÃO :
* Obstrução do sistema ductal.
IMAGENS CÍSTICAS EM AMBAS PARÓTIDAS =
PATOGNOMÔNICO DO HIV
• Diag. Diferencial = SJÖGREN
ADQUIRIDOS
✓ CISTO DE RETENÇÃO NA SUBLINGUAL

RÂNULA
PATOLOGIAS
- PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
- LITÍASE
- SÍNDROME DE SJÖGREN
- SIALOSE
- CISTOS
- NEOPLASIAS
NEOPLASIAS
✓ Rara – 0,5 a 1% de todos os tumores

✓ Menos de 5% de todos tumores de


cabeça e pescoço

✓ 0,4 a 3,5 casos / 100.000 pessoas


NEOPLASIAS
Benignas
▪ Neoplasias
Malignas
▪ Glândulas parótidas (85%)
▪ Glândulas submandibulares (12%)
▪ Glândulas sublinguais (3%)
❖ 85 a 90% = BENIGNAS

❖ Malignidade mais frequente nas


submandibulares (33%) e
sublinguais (60%)
ETIOLOGIA
• Viral

• Exposição à radiação externa


(radioterápicos)

• Relacionado à hábitos alimentares.


SENSIBILIDADE > ESPECIFICIDADE

SINAIS E SINTOMAS BENIGNOS MALIGNOS


TAMANHO GRANDE PEQUENO

DOR AUSENTE PRESENTE

CRESCIMENTO LENTO RÁPIDO

PARALISIA FACIAL AUSENTE PRESENTE

CONSISTÊNCIA MACIA PÉTREA

LINFONODOPATIA AUSENTE PRESENTE

ADERÊNCIA MAIOR MOBILIDADE NÓDULOS FIXOS

Grintzmann, 1994
NEOPLASIAS BENIGNAS

Tu Mesenquimais :
- Hemangiomas,
hemangioendoteliomas ou
linfangiomas.

Tu Epiteliais:
- Adenoma pleomórfico – 80 % ;
- TU de Whartin ou Adenolinfoma
– 2 a 10 %.
CRIANÇAS

• HEMANGIOMA

• ADENOMA PLEOMÓRFICO
HEMANGIOMAS
• 60% Neoplasias de cabeça e pescoço ;

• 60% dos tumores das glândulas salivares na infância.


Hemangioma
HEMANGIOMA
CAVERNOSO

HEMANGIOMA CAPILAR

Codina, C. A. ECR, 2013


Linfangioma
ADULTOS

• ADENOMA PLEOMÓRFICO (80%)

• ADENOLINFOMA OU TU DE WHARTIN (2-10%)


ADENOMA
PLEORMÓFICO
• 70-80% dos tumores benignos;

• Mais comum na Parótida;

• Arredondado, com cápsula, geralmente


solitário.

• Associado à exposição de radioativos.


ULTRASSONOGRAFIA
• Nódulo hipoecóico, bem definido,
contornos regulares ou lobulados e
reforço acústico posterior.

• DOPPLER: Vascularização periférica, com


irradiações que tendem a penetrar para o
centro do tumor.
PBA: Adenoma Pleomórfico
TUMOR DE WHARTIN
• 2 A 10% dos tumores benignos;

• Limitada exclusivamente às glândulas


parótidas.

• USG: composição mista (áreas císticas


e sólidas)contornos regulares, textura
heterogênea e reforço acústico
posterior.
NEOPLASIAS MALIGNAS
(10 %)

CA Mucoepidermóide

CA Adenocístico (+ sublingual)

CA de Células Acinares
CARCINOMA
MUCOEPIDERMÓIDE

ALTO GRAU
CARCINOMA
MUCOEPIDERMÓIDE

BAIXO GRAU
CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE

ALTO GRAU
• LESÕES COM ÁREAS CÍSTICAS
CONFLUENTES: HIGROMA,
LINFANGIOMA, HEMANGIOMA;

• NÓDULOS COM COMPONENTE CÍSTICO:


ADENOLINFOMA, CA ADENÓIDE CÍSTICO,
CA MUCOEPIDERMÓIDE;

• NÓDULOS DE CONTORNOS REGULARES:


ADENOMA PLEOMÓRFICO E CA DE
CÉLULAS ACINARES.
Ultrassonografia em Cervical

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▪ Ultrassonografia em Biópsia Cervical
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Cliente.
✓ Em torno de 300 linfonodos
cervicais;

✓ Pelo menos uns 25 conseguimos


ver ao US de rotina.

✓Medem 0,1 a 2,5 cm.


POR QUE ELE AUMENTA?
• Resposta antigênica;

• Infiltração linfonodal por células


inflamatórias;

• Proliferação de linfócitos malignos;

• Infiltração por célula maligna metastática.


DRENAGEM LINFÁTICA
Linfonodo de
Kuttner
JÚGULO-DIGÁSTRICO
OSSO HIÓIDE

M. ESTENOCLEIDOMASTOIDEO

CART. CRICÓIDE

VI
SCERAL
• Tamanho - critério < importante
• Forma : critério + importante
- Normal = ovóide
- Suspeito = redondo
• Hilo :
- Normal = Grande, central e ecogênico
- Suspeito = pequeno, excêntrico ou
hipoecóico
• Córtex:
- Normal = fina
- Suspeito = espessa e assimétrica

Marta Malheiros,2010 ; Berg, W., 2008.


• Tamanho > 10 mm (transverso)
• Forma = redonda
• Diminuição geral da ecogenicidade
• Contornos irregulares
• Heterogêneo
• Deslocamento ou deformação do hilo até
seu desaparecimento
• Diminuição da mobilidade dos tecidos
vizinhos
• Aglomeração de linfonodos
• Componente anecóico no interior
• Doppler = padrões patológicos
Kotlyarov et al, 2001
Poanta, L. et al. Med Ultrason, 2014

BENIGNO (86%) SUSPEITO(85%)


L
L

T T

L/ T≥2 L/ T<2
LINFONODOS
TÍPICOS
LINFONODOS
• US normal:
Cça 3 anos: pai com
toxoplasmose aguda
VASCULARIZAÇÃO
Saito et al, 2008
Saito et al, 2008
ADENITE CERVICAL
▪ Vírus = adenovírus,rinovírus e
enterovírus.

▪ Bactérias = S. aureus e estrept. ß-


hemolítico grupo A.

▪ Infecções do trato respiratório


sup., amígdalas e faringe.
▪ Tuberculose
▪ SIDA
▪ Mononucleose
▪ D. arranhadura do gato
▪ Histiocitose
PRINCIPAL COMPLICAÇÃO
LINFONODOS
ATÍPICOS
LINFONODOS ATÍPICOS
Diâmetro transverso
> 8 mm

Menos o júgulo-digástrico
(nível II)

Saito, O. et al., 2013.


Saito, O. et al., 2008/2013.
Poanta et al, Med Ultrason, 2014.
RUMACK, 4 TH EDITION, 2011
Sonographic Features of
Cervical Lymph Nodes After
Thyroidectomy for Papillary
Thyroid Carcinoma
Kim et al, 2013
J Ultrasound Med 2013; 32:1173 –1180
✓ 104 PACIENTES – TIREOIDECTOMIA POR
CA PAPILÍFERO;

✓ TOTAL DE LINFONODOS = 115;

✓ TAXA DE MALIGNOS = 42,6 % (49);

✓ CONCLUSÃO: aspectos ultrassonográficos


de linfonodos cervicais no pré-operatório =
pós-operatório.
BENIGNO
• ISOECOGÊNICO
• FORMA DE FEIJÃO (83,7%)
• HILO CENTRAL ECOGÊNICO (93,9%)
• HILO FINO
• VASCULARIZAÇÃO HILAR (83,7%)
MALIGNO
✓ COMPONENTE CÍSTICO NO INTERIOR
(100%)
✓ FORMA ARREDONDADA (92,4%)
✓ AUMENTO DA ECOGENICIDADE
✓ MARGENS MICROLOBULADAS
✓ PERDA DA ECOGENICIDADE HILAR (92,4%)
✓ VASCULARIZAÇÃO MISTA (97%)
✓ VASCULARIZAÇÃO CENTRAL (98,5%)
MALIGNOS

BENIGNOS

MISTA CENTRAL
Citologia x Histo x Diag final
CITOLOGIA HISTOLOGIA DIAGNÓSTICO FINAL

INADEQUADO 4 0 HIPERPLASIA REATIVA 3


META CA PAPILÍFERO 1
BENIGNO 63 HIPERPLASIA REATIVA HIPERPLASIA REATIVA 62
2 META CA PAPILÍFERO 1
SUSPEITO 1 0 META CA PAPILÍFERO 1

MALIGNO 46 META CA PAPILÍFERO META CA PAPILÍFERO 46


33
INDETERMINADO 1 HIPERPLASIA REATIVA 1
0
TOTAL 35 115
META DE CA MAMA
META DE CA MAMA
VASCULARIZAÇÃO
Saito et al, 2008
Saito et al, 2008
ÁREA ANECÓICA NO
INTERIOR
(Necrose)
META DE CA PULMÃO
LINFOMA
✓ Causa mais comum de tu cervical maligno
na infância

✓ 60% NÃO-HODGKIN

✓ 40% HODGKIN

✓ Linfonodopatia cervical indolor (mais da


região superior cervical)
LINFOMA – cça 7 anos
PITFALLS
✓ Nível I = arredondados

✓ Meta Ca Papilífero = hiper

✓ Tamanho não é parâmetro confiável

✓ Linfonodos pequenos = difícil de visualizar o


hilo
Lembrar ainda.....

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