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o Mucocele
▪ É uma lesão comum das glândulas salivares;
▪ Resulta do bloqueio ou ruptura de um ducto salivar com consequente
vazamento de saliva para o tecido estromal adjacente; depende da glândula
obstruída- mucinoso ou seroso.
▪ Geralmente ocorre no lábio inferior e é resultado de algum trauma.
▪ Ocorre em crianças, adultos jovens e idosos (pacientes expostos a quedas, e prótese dentárias);
▪ Se apresenta como um ‘inchaço” flutuante no lábio, com coloração azulada translúcida;
▪ Forma uma capsula fibrosa ao redor do cisto;
▪ Histologicamente, mostra uma cavidade cistóide delineada por tecido de granulação ou tecido fibroso;
▪ A cavidade é preenchida por mucina e células inflamatórias, em especial macrófagos.
▪ Requer excisão do “cisto” com o lóbulo salivar de origem devido formação de capsula fibrosa.
▪ Remoção incompleta pode levar a recidivas.
o Sialolitíase
▪ Cálculos podem facilitar o desenvolvimento de uma infecção bacteriana (S. aureus e Streptococcus
viridans); - facilitando uma sialoadenite;
▪ A reação inflamatória é inespecífica, podendo ocorrer a formação de pus e abscessos;
▪ Mais comum em submandibulares;
▪ Geralmente, apenas uma glândula é afetada.
o Sialadenite Inespecífica
▪ Maior frequência as glândulas salivares maiores, particularmente a glândula submandibular, e é uma
condição comum, em geral, secundária a uma obstrução ductal produzida por cálculo (Sialolitíase)
▪ Agentes: S. aureus e Streptococus viridans
Kéven Wrague e Laura Almeida ATM23 2
• Neoplasias
Benignas Malignas
Adenoma Pleomórfico (50%) (tumor misto) Carcinoma Muco epidermóide (15%)
Tumor de Warthin (5-10%) Adenocarcinoma (não especificado) (10%)
Oncocitoma (1%) Carcinoma de células acinares (5%)
Outros adenomas Carcinoma adenoide cístico (5%)
Adenoma basocelular Tumor maligno misto (3-5%)
Adenoma canalicular Carcinoma células escamosas (epidermóide) (1%)
Papiloma ductal Outros carcinomas
o Adenoma pleomórfico
▪ Também chamado de “tumor misto benigno”;
▪ É disparado o tumor mais frequentes das glândulas salivares
▪ 60% dos tumores da parótida, sendo menos prevalente nas outras glândulas
maiores e raro nas menores;
▪ É um tumor benigno formado por células epiteliais ductais e mioepiteliais;
▪ Ocorre uma mistura de elementos epiteliais e mesenquimais;
▪ Revela elementos epiteliais dispersos em uma matriz com elementos mixóides,
condroides e, eventualmente, ósseo → possivelmente devido as células mioepiteliais.
▪ Pouco se sabe a respeito da origem desta neoplasia, bem como da histogênese de seus componentes;
▪ Macroscopia:
• Nódulos geralmente menores de 6,0cm e geralmente encapsulados;
• Ao corte, exibem aspecto cinzento e brilhante, com áreas mixóides e condroides lembrando uma
cartilagem.
• Clínica: se apresentam como massas de crescimento lento, móveis e pouco dolorosas
▪ Recidiva de 4% com parotidectomia e até 25% com enucleação da lesão apenas;
▪ A recidiva costuma ser mais espagada, resultando em algo mais grosseiro, muitas vezes retorna como
múltiplos nódulos benignos, causando problemas estéticos na remoção!
▪ Pode malignizar para um “carcinoma ex-adenoma pleomórfico” ou “tumor misto maligno”, lesão
agressiva com taxas de mortalidade de 30 a 50% em 5 anos.
o Carcinoma Mucoepidermoide
▪ É a forma mais comum de neoplasia maligna primária de glândulas salivares;
▪ Representa 15% dos tumores de glândulas salivares;
▪ Briga com tumor de Warthi como segunda neoplasia mais comum da parótida;
▪ 60 a 70% ocorrem nas parótidas;
▪ O restante compreende uma importante fração dos tumores das outras glândulas, especialmente as
menores. (30-40% dos carcinomas mucoepidermoides)
▪ Quando se tem um tumor em glândulas maiores, a chance de ser benigno é muito grande.
▪ Porém, quando se tem um tumor em glândulas menores, a chance de ser maligno é maior
▪ Macroscopia
• Nódulo de até 8,0cm, aparentemente circunscrito, com cápsula mal formada e áreas infiltrativas;
• Ao corte, é branco-acinzentado e fosco, com áreas císticas pequenas contendo muco;
▪ Microscopia
• Histologicamente exibe três padrões: células escamosas, células muco-secretoras e células
intermediárias.
• O prognóstico depende do grau da lesão;
o Baixo grau: recorrência de 15%, raramente enviam metástases e possuem sobrevida de 90%
em 5 anos;
o Alto grau: recorrência de até 30% e 30% enviam metástases. Sobrevida de 50% em 5 anos.