Você está na página 1de 14

Neoplasias do sistema

endócrino

PATOLOGIA II

Aula Prática nº 8

PATOLOGIA TIREOIDEIA (I)

• Hiperplasias da tireoide
– Difusas
– Nodulares
• Um n ódulo
• Multinodular
• Tumores de células foliculares
– Diferenciados: Adenoma folicular
Carcinoma papilar
Carcinoma folicular
- Pouco diferenciados: Carcinoma pouco diferenciado

- Indiferenciados: Carcinoma anaplásico

• Tumores de células parafoliculares (C)


– Carcinoma medular

O termo BÓCIO é usado para designar qualquer aumento do volume


da tireoide, difuso ou nodular, qualquer que seja a sua natureza
TIREOIDE

Hiperplasia difusa (D. Graves)

Hiperplasia nodular

HIPERPLASIA NODULAR COLOIDE


Carcinoma papilar da tiróide
• É uma neoplasia maligna bem diferenciada do epitélio folicular
da tiróide, sendo mais frequente em indivíduos < 45 anos
• Tipicamente, é assimptomático mas pode manifestar-se sob a
forma de metastização cervical na ausência de tumor tiroideu
clinicamente aparente
• Macroscopicamente, corresponde a nódulo de aspecto
encapsulado ou infiltrativo, duro e esbranquiçado
• Histologicamente, é composto por células neoplásicas
dispostas em estruturas papilares (em extensão varíavel), com
áreas de fibrose e presença de pequenas esférulas calcificadas
(corpos psmamomatosos)
• A característica celular mais distintiva é a irregularidade dos
núcleos, com formação de fendas e pseudoinclusões, bem
como o aspecto intensamente eucromático

Carcinoma papilar da tiróide


Carcinoma papilar da tiróide

Lâmina nº 151 – Carcinoma papilar da tireoide


Neoplasias foliculares da tiróide
• São tumores bem diferenciados do epitélio folicular da
tiróide, que não apresentam as características
morfológicas do Carcinoma papilar:
• Adenoma folicular: é um tumor benigno, delimitado por cápsula
e constituído geralmente por microfolículos (i.e., folículos
tiroideus de pequena dimensão), cuja morfologia celular é
praticamente indistinguível da das células normais da tiróide
• Carcinoma folicular: neoplasia maligna cujas características
morfológicas são semelhantes à do Adenoma folicular. Contudo,
apresentam invasão e dependendo da extensão desta são
classificados como:
• Carcinoma folicular de invasão mínima: observa-se invasão
completa através da cápsula ou dos vasos sanguíneos
extracapsulares (não mais de 2-3 imagens)
• Carcinoma folicular de invasão extensa: quando a invasão é óbvia
macroscopicamente ou excede a definição de invasão mínima

Neoplasias foliculares da tiróide

Adenoma folicular
Neoplasias foliculares da tiróide
A B

C A – Carcinoma folicular de invasão mínima


(invasão da cápsula)

B - Carcinoma folicular de invasão mínima


(invasão vascular)

C – Carcinoma folicular de invasão extensa


(imagem macroscópica)

Neoplasias de células C (parafoliculares)


• O Carcinoma medular da tiróide corresponde a 5-10% dos
carcinomas da tiróide
• Cerca de 25% dos casos ocorrem em contexto de
predisposição hereditária (mutações germinativas no
gene RET): Carcinoma medular da tiróide familiar,
Síndromes MEN2A e MEN2B. Nos casos de doentes
portadores de mutação, é recomendada a tiroidectomia
total na infância
• É uma neoplasia agressiva, com elevada taxa de
mortalidade se diagnosticada em fase metastática
• Tipicamente, as células neoplásicas produzem calcitonina
e em cerca de 80% dos casos há depósito de substância
amilóide no estroma tumoral
Neoplasias de células C (parafoliculares)

Carcinoma medular da tireoide,


com origem em células
parafoliculares (C) e produtor de
calcitonina, que se deposita sob a
forma de amilóide, positivo no
vermelho do Congo

Nódulos da tiróide
TUMORES NEUROENDÓCRINOS
• Células Neuroendócrinas:
• Grupo especializado de células que produzem hormonas:
neuropeptídeos, aminas ou ácidos aminados especializados
• As hormonas estão armazenadas em vesiculas (grânulos
neuroendócrinos – ver figura na página seguinte) e são produzidas e
libertadas através de estimulos autócrinos, parácrinos e endócrinos
• As células neuroendócrinas encontram-se isoladas umas das outras
(ex: tubo digestivo) ou agrupadas (ex. pâncreas)
• Uma das características mais distintivas é o padrão de cromatina:
presença de grânulos grosseiros no seio de grânulos mais finos
(“cromatina em sal e pimenta”)
• A imunocitoquímica é muito importante para a identificação de células
com características neuroendócrinas:
• Cromogranina: é o marcador mais específico
• Sinaptofisina e CD56: são marcadores mais sensíveis, mas menos
específicos

TUMORES NEUROENDÓCRINOS

Célula neuroendócrina em ultrastrutura. Grânulos citoplasmáticos electrodensos


Mucosa gástrica: células NE, Células NE coradas por imunocitoquímica
de citoplasma claro, misturadas com A cromogranina e a sinaptofisina
células mucosas são marcadores neuroendócrinos

Tumores neuroendócrinos (NET)


• Os NET podem ser:
• funcionantes, quando segregam hormonas para o sangue. Em tais
casos manifestam-se por sintomas e sinais inerentes às acções das
hormonas libertadas: hipertensão, diabetes, sindrome carcinoide, etc.
• não funcionantes, quando não há libertação de hormonas para o
sangue. Nestes casos os grânulos neuroendócrinos identificam-se nas
células; mas não havendo hormonas no sangue, não se manifestam
por sintomas ou sinais induzidos por elas.
• Designações:
• Tumor neuroendócrino (NET) G1
• Tumor neuroendócrino (NET) G2
• Carcinoma neuroendócrino (NEC) G3
• a) de pequenas células
• b) de grandes células
Tumores neuroendócrinos
Nomenclatura
Os tumores neuroendócrinos G1 (NET G1) são por vezes
designados “tumores carcinoides”, embora esta
designação esteja a cair em desuso (mantém-se,
essencialmente, para o pulmão).

A discriminação entre NET G1 e NET G2 é realizada,


fundamentalmente, com base no índice mitótico e/ou indíce
de proliferação celular (Ki67)

Os NET G1 e G2 são considerados neoplasias malignas,


embora a sua capacidade invasora e metastizante seja
bastante variável e difícil de prever.

Tumores neuroendócrinos
nomenclatura
Os carcinomas neuroendócrinos (NEC G3) mostram, em
regra, características de malignidade óbvias (citológicas,
histológicas e clínicas), com metastização frequente.

Compreendem dois tipos morfológicos principais:


- carcinomas neuroendócrinos de pequenas células,
constituídos por células pequenas (são neoplasias muito
agressivas clinicamente e com elevada letalidade)
- carcinomas neuroendócrinos de grandes células,
constituídos por células grandes, com citoplasma abundante
e núcleo contendo nucléolo proeminente
Tumor neuroendócrino G2

Cromogranina

Tumores neuroendócrinos

TUMORES ENDÓCRINOS DO PÂNCREAS

Insulinoma Sintomas de hipoglicemia: confusão mental


sudorese, náuseas, enfraquecimento
Glucagonoma Eritema migratório necrotizante, diabetes,
caquexia
VIPoma Diarreia secretora, desiquilíbrio electrolítico
Gastrinoma Hipersecreção clorídrica: úlcera péptica,
refluxo esofágico, diarreia
Somatostatinoma Diabetes, diarreia, litíase biliar
Ppoma Não funcionante
Carcinóide pulmonar

• Carcinoide típico:
Tumor carcinoide com menos de 2 mitoses por 2mm2 e sem
necrose

• Carcinoide atípico:
Tumor carcinoide com 2 a 10 mitoses por 2mm2 e/ou focos de
necrose

Carcinóide pulmonar

Crescimento endobrônquico
Tumor carcinoide brônquico

Queratina Cromogranina

Carcinoma neuroendócrino de pequenas células

Seta – Tumor

Circulo – Alargamento Cromogranina


do mediastino por
gânglios metastizados
e infiltração tumoral
Outros tumores neuroendócrinos
Epiteliais
Carcinoma medular da tireoide
Carcinoma de células de Merkel (pele)
Carcinoma da paratiróide

Não epiteliais:
Feocromocitoma (medula suprarrenal)
Paraganglioma (extra-adrenal)

Lâminas para observar


P2-A8-L1 Hiperplasia nodular colóide

P2-A8-L2 Carcinoma papilar da tiróide

P2-A8-L3 Adenoma folicular da tiróide

P2-A8-L4 Carcinoma folicular da tiróide (invasão mínima)

P2-A8-L5 Carcinoma folicular da tiróide (invasão extensa)

P2-A8-L6 Carcinoma medular da tiróide

P2-A8-L7 Carcinóide atípico do pulmão

P2-A8-L8 Tumor neuroendócrino do tubo digestivo

P2-A8-L9 Carcinoma neuroendócrino de pequenas células da bexiga

P2-A8-L10 Paraganglioma

Você também pode gostar