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2022-2023
Sumário
1. A criança com doença oncológica 6. Casos clínicos: planeamento de cuidados de
1. Epidemiologia; Etiologia enfermagem
2. Tumores do sistema sanguíneo e linfático 1. Criança com Retinoblastoma
2. Linfomas
3. Tumores do sistema nervoso
1. Tumor cerebral
2. Neuroblastomas
4. Tumores ósseos
1. Osteossarcoma
2. Sarcoma de Ewing
5. Tumores sólidos
1. Tumores de Wilms
2. Rabdomiossarcoma
3. Retinoblastoma
Objetivos
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cancer-in-children
Tumores do sistema sanguíneo e linfático
Leucemias
Leucemia – Proliferação anormal de glóbulos brancos nos tecidoshematopoiéticos do organismo. Leucemia Linfoblástica
(LLA) e Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA).
Classificação:
Quanto ao tipo de célula predominante: linfóides ou mielóides.
Quanto ao nível de maturidade: aguda (proliferação de células imaturas denominadas blastos) crónica (proliferação
de células maduras, mas anormais)
Sinais e sintomas
o Dores articulares ou osteo-articulares (devido à multiplicação das células leucémicas no sistema ósseo)
o Sinais hemorrágicos (petéquias, hematomas por trombocitopenia)
o Adenopatias (infiltração de células leucémicas)
o Febre (devido à redução dos leucócitos)
o Palidez, fadiga, anemia, taquicardia (redução da produção de eritrócitos)
o Cefaleias
o Anorexia
o Náuseas e vómitos
Diagnóstico: História clínica; Manifestações clínicas; Medulograma.
Tratamento: Quimioterapia; Radioterapia; Transplante de medula óssea histo-compatível (no caso da LMA)
Tumores do sistema sanguíneo e linfático
Linfomas de Hodgkin
Linfoma de Hodgkin - Grupo de neoplasias que se desenvolve no sistema linfático, caracterizado pela presença de
células de Reed-Sternberg (RS) que surgem quando um linfócito se transforma numa célula maligna afetando
normalmente os gânglios cervicais ou mediastínicos. Verifica-se um aumento progressivo dos linfonodos progredindo
através do sistema linfático para outros locais como o baço, fígado e medula óssea.
Sinais e sintomas:
o Febre recorrente e persistente por vários dias
o Sudorese noturna
o Emagrecimento
o Variações no padrão de crescimento
o Fadiga
o Edema indolor dos gânglios do pescoço, axila ou virilha
Linfoma não Hodgkin- É um cancro do sistema linfático, onde as células linfáticas se alteram e crescem de forma
anormal. Os linfomas mais frequentes de não Hodgkin são o linfoma de Burkitt, o linfoma de grandes células B, o linfoma
linfoblástico e o linfoma anaplásico. Inicia-se nos gânglios linfáticos que existem em todo o corpo, fígado e/ou baço e
raramente atinge outros órgãos, como os ossosou a medula óssea.
Sinais e sintomas
o Calafrios
o Perda de peso
o Fadiga
o Edema no abdómen
o Sensação de saciedade após uma pequena refeição
o Dor no peito
o Dispneia e/ou tosse Diagnóstico: Exame histopatológico.
o Febre Tratamento: Quimioterapia; Imunoterapia; Radioterapia.
o Sudorese noturna
Tumores do Sistema Nervoso
Meduloblastomas
Meduloblastoma- Neoplasia maligna primária mais comum do SNC. Com origem nos neurónios imaturos que sofrem
transformação neoplásica. Tumor altamente infiltrativo e apresenta forte tendência à disseminação pelas leptomeninges.
Fatores de mau prognóstico: Quantidade de tumor restante após cirurgia e a ramificação do tumor (SNC ou outras
partes do corpo).
Sinais e sintomas
o Hipertensão intracraniana (cefaleias, náuseas, vómitos)
o Desequilíbrio, dificuldade na marcha
o Alteração da visão
o Sonolência
o Alteração do comportamento
o Perda de peso ou aumento de peso inexplicável
o Regressão na escrita
Diagnóstico: TAC; Ressonância magnética; Biópsia.
Tratamento: Cirurgia (remoção do tumor na totalidade, depende do acesso); Radioterapia; Quimioterapia.
Tumores do Sistema Nervoso
Neuroblastomas
Neuroblastoma - Tumor sólido mais comum em crianças e o mais frequente durante o primeiro ano de vida. É uma
proliferação neoplásica de células do sistema neurovegetativo simpático. As localizações mais frequentes são as
glândulas supra-renais (40%) e as células dos gânglios simpáticos cervicais e das regiões torácica e abdominal.
Geralmente com mau prognóstico, dependendo da idade e do estádio de evolução (tumores congénitos têm
prognóstico mais favorável e tumores num estado avançado têm uma taxa de sobrevivência menor)
Sinais e sintomas
o Alterações de sinais neurológicos, por compressão (ex: paralisia)
o Dor e distensão abdominal, dores ósseas localizadas
o Anemia
o Sintomas sistémicos: anorexia, perda de peso, mal-estar geral e febre.
Osteossarcoma
Osteossarcoma- Tumor duro, irregular, mais comum dos tumores ósseos malignos. Na
região da metáfise óssea de ossos tubulares longos (próximo dos joelhos).
Sinais e sintomas
o Dor e tumefação do nível do osso lesado
o Redução do movimento do membro afetado
Rabdomiossarcoma
Rabdomiossarcoma - Tumor dos tecidos moles (tecidos que suportam e ligam as várias partes do corpo) com origem
nas células imaturas que formam os músculos. Pode aparecer em qualquer zona do corpo, sendo mais frequente na
cabeça, pescoço, tronco, sistema urinário e intestinal, genitais, membros e tronco.
Sinais e sintomas Massa firme, palpável ou com disfunção orgânica decorrente da compressão do tumor sobre o
órgão:
Zona orbital e nasofaríngea
Zona geniturinária
Membros
Diagnóstico – TC, RM; Biópsia ou excisão.
Tratamento - Quimioterapia; pode ser complementado com a quimioterapia e/ou cirurgia e/ou radioterapia.
Tumores Sólidos
Retinoblastoma
Retinoblastoma- Tumor que se desenvolve na retina sendo mais frequente em crianças com idade inferior a 2
anos e superior a 5 anos, podendo ter a forma hereditária da doença. Este tumor pode chegar ao nervo ótico e
atingir o SNC, os gânglios linfáticos, ossos ou medula óssea.
Sinais e sintomas
o Leucocoria (pupila branca)
o Estrabismo
o Inflamação ocular
o Visão prejudicada
Medo
Promover expressão de emoções
Esclarecer a criança sobre situação e
procedimentos
Tranquilizar
Proporcionar contacto com
crianças/adolescentes em situações
semelhantes
Promover atividades de distração
Efeitos secundários da Quimioterapia
Controlo sintomático
Dor
Avaliação da dor (monitorizar através de
escalas)
Registar dor
Reavaliar dor
Promover estratégias terapêuticas
(farmacológicas e/ou não farmacológicas)
Efeitos secundários da Quimioterapia
Controlo sintomático
Febre
Monitorizar temperatura corporal
Registar temperatura corporal
Reavaliar temperatura corporal
Promover estratégias terapêuticas
(farmacológicas e não farmacológicas)
NEUTROPENIA
Efeitos secundários da Quimioterapia
Controlo sintomático
1 Eritema e sensibilidade
Lactente com 15 meses diagnosticado com LMA, após ter recorrido ao serviço de urgência com um
aspeto emagrecido, massas musculares pobres, palidez cutânea acentuada e um quadro febril arrastado
com um ou dois picos de febre por dia. Apresentava também hemorragias frequentes da boca e vómitos
espontâneos. Teve alta do internamento após 46 dias e passou para hospital de dia.
Regressa por neutropenia febril e infeção do cateter central por Staphylococcus epidermidis. Encontra-se
em isolamento. Sinais vitais: TA: 92/47 mm/Hg; FC: 130 bat/min; FR: 28 ciclos/min; Saturação de
Oxigénio: 100%; Temperatura: 36,8ºC; Dor: 0 (Escala FLACC). Alterações no exame físico: Palidez
cutânea; Cabelo fino; Equimose no local de inserção do anterior cateter central de lúmens na jugular
direita e no joelho. Possui cateter central de implante na zona infra-escapular esquerda. Fica
acompanhado pelo pai que refere cansaço e desanimo face a esta situação.
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https://www.cnecv.pt/pt/deliberacoes/recomendacoes/recomendacao-sobre-o-processo-de
Decreto-Lei nº 47344, artigo 130 – Efeitos de Maioridade, uma vez perfeitos os 18 anos, o individuo fica capaz de
exercer os seus direitos, ficando habilitados reger a sua pessoa e a dispor dos seus bens.
A lei exige dois requisitos cumulativos para que um menor esteja apto a formar uma vontade sobre ser ou não
submetido a cuidados médicos, a saber:
(1) ter idade igual ou superior a 16 anos
(2) possuir o discernimento necessário para avaliar o sentido e alcance da sua decisão.
Portanto, a idade de 16 anos não constitui condição suficiente para consentir, pois tem ainda de ser avaliada a
capacidade de discernimento dos jovens, ou seja, os jovens com mais de 16 anos só poderão consentir num
ato médico se compreenderem o sentido e o alcance da sua decisão, do tratamento a realizar, o modo como
este se processa, a sua duração, as consequências/riscos, e até mesmo as consequências de uma eventual
recusa do tratamento.
Bibliografia de referência
[Capítulo 25]
“Os comprimidos aliviam a dor, mas só o Amor, alivía o sofrimento”