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ATIVIDADE: PROJETO CÂNCER E DEMOGRAFIA

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer infantojuvenil corresponde a um


grupo de várias doenças que têm em comum a origem nas células germinativas primordiais, que
são células que dão origem aos tecidos e órgãos do corpo humano. Os tipos mais comuns de
câncer infantojuvenil são:

• Leucemia – é o tipo de câncer mais comum na infância. Acomete a medula óssea e outros
órgãos fora da medula óssea, tais como sistema nervoso central, testículos e olhos.
• Tumor do cérebro e sistema nervoso central – segundo tipo mais comum em crianças,
representando 26% dos cânceres infantis.
• Linfoma – é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, que é responsável pela defesa
do organismo contra infecções. Existem dois tipos principais de linfoma: o linfoma de
Hodgkin e o linfoma não Hodgkin.
• Neuroblastoma – é um tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de
localização abdominal.
• Tumor de Wilms – é um tipo de tumor renal que acomete principalmente crianças menores
de 5 anos.
• Retinoblastoma – é um tumor maligno intraocular que afeta a retina, fundo do olho.
• Tumor germinativo – é um tipo de tumor que se origina das células que dão origem aos
órgãos sexuais (ovários e testículos).
• Osteossarcoma – é um tumor ósseo que afeta principalmente os ossos longos dos braços e
das pernas.
• Sarcoma – é um tipo de tumor que afeta os tecidos moles, como músculos, tendões, gordura,
nervos e vasos sanguíneos.

A incidência do câncer infantojuvenil varia de acordo com a região geográfica, o sexo e a idade das
crianças e adolescentes. Segundo o INCA, a estimativa de novos casos de câncer infantojuvenil no
Brasil para cada ano do triênio, de 2023 a 2025, é de 7.930, sendo 4.230 meninos, e 3.700 meninas.
A região sudeste aparece no ranking como a mais atingida, respondendo por 3.310 de casos
estimados, e a Norte com o menor índice de diagnósticos, um total de 650.

Os fatores de risco para o câncer infantojuvenil são pouco conhecidos, mas alguns estudos
apontam para a influência de fatores genéticos, ambientais e infecciosos. Alguns exemplos de
fatores de risco são:

• História familiar de câncer, especialmente de retinoblastoma, que pode ser de origem


genética em 40% dos casos.
• Exposição à radiação ionizante, como a proveniente de radiografias, tomografias ou
tratamentos de radioterapia.
• Exposição à radiação não ionizante, como a luz solar, que pode aumentar o risco de
melanoma, um tipo de câncer de pele.
• Exposição a toxinas no trabalho, no ar ou em produtos químicos, como na fumaça do tabaco,
que pode aumentar o risco de leucemia, linfoma e tumores cerebrais.
• Infecção por agentes infecciosos, como o vírus de Epstein-Barr, que está associado ao
linfoma de Burkitt, um tipo de linfoma não Hodgkin.

Os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil dependem do tipo e da localização do tumor, mas


alguns sinais de alerta que devem ser observados pelos pais ou responsáveis são:

• Febre baixa sem causa aparente que dura mais de 8 dias.


• Hematomas ou sangramentos pelo nariz ou gengivas.
• Dor pelo corpo, ou nos ossos, que leva a criança a se recusar a brincar e que a faz ficar
deitada grande parte do tempo.
• Ínguas que geralmente são maiores que 3 cm, duras, de crescimento lento e indolores.
• Palidez repentina e perda de energia.
• Quedas e contusões frequentes.
• Mancar ao caminhar.
• Perda de peso repentina e sem explicação.
• Tosse persistente ou falta de ar.
• Sudorese noturna.
• Alterações nos olhos, como estrabismo ou manchas brancas, o famoso "olho de gato".
• Inchaço abdominal.
• Dores de cabeça persistentes ou graves.
• Vômito e dor de cabeça por mais de duas semanas, principalmente pela manhã,
acompanhado de algum sinal neurológico como alteração da marcha ou da visão.
• Sinais de puberdade precoce, como aparecimento de pelos pubianos ou aumento dos
órgãos genitais antes da puberdade.
• Aumento da cabeça, quando a fontanela (moleira) ainda não estiver fechada, especialmente
em bebês com menos de 18 meses.
• Sangue na urina.

Esses sinais e sintomas não são específicos do câncer infantojuvenil e podem estar relacionados
a outras doenças comuns da infância, mas é importante que sejam investigados por um médico,
especialmente se persistirem ou se agravarem. O diagnóstico precoce é fundamental para
aumentar as chances de cura e reduzir as sequelas do tratamento.
Relatório

O câncer é uma doença que se caracteriza pelo crescimento descontrolado de células anormais
que podem invadir e destruir tecidos e órgãos do corpo. O câncer na infância e na adolescência é
diferente do câncer em adultos, pois geralmente tem causas genéticas e não está relacionado a
fatores ambientais ou comportamentais. O câncer infantojuvenil é relativamente raro,
representando de 1 a 4% de todos os casos de câncer. No entanto, é a primeira causa de morte
por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil.

Segundo a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o triênio 2023-2025, o Brasil
terá 7.930 novos casos de câncer infantojuvenil por ano, sendo 4.230 em meninos e 3.700 em
meninas. A região sudeste terá a maior incidência, com 3.310 casos, e a região norte, a menor,
com 650 casos. Os tipos de câncer mais frequentes nessa faixa etária são:

• Leucemias: são cânceres que afetam os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do
organismo. As leucemias respondem por cerca de 28% dos casos de câncer infantojuvenil
e podem causar anemia, infecções, sangramentos e aumento dos gânglios linfáticos.
• Tumores do sistema nervoso central: são cânceres que afetam o cérebro e a medula
espinhal. Eles representam 26% dos casos de câncer infantojuvenil e podem causar dor de
cabeça, vômitos, alterações visuais, convulsões e problemas de equilíbrio e coordenação.
• Linfomas: são cânceres que afetam os linfócitos, um tipo de glóbulo branco que faz parte do
sistema linfático. Os linfomas correspondem a 19% dos casos de câncer infantojuvenil e
podem se manifestar como aumento dos gânglios linfáticos, febre, suores noturnos, perda
de peso e tosse.
• Tumores ósseos: são cânceres que afetam os ossos, principalmente os dos braços, pernas
e pelve. Os tumores ósseos representam 4% dos casos de câncer infantojuvenil e podem
causar dor, inchaço, fraturas e limitação de movimentos.
• Tumores de células germinativas: são cânceres que afetam as células que dão origem aos
órgãos reprodutivos, como os testículos, os ovários e o saco vitelino. Eles correspondem a
3% dos casos de câncer infantojuvenil e podem causar aumento ou alteração da forma dos
testículos ou dos ovários, dor abdominal, sangramento vaginal e alterações hormonais.

O diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é um desafio, pois os sinais e sintomas podem ser
inespecíficos e confundidos com outras doenças comuns na infância. Por isso, é importante que os
pais ou responsáveis estejam atentos a qualquer alteração na saúde ou no comportamento de seus
filhos e procurem ajuda médica se houver suspeita de câncer. O tratamento do câncer infantojuvenil
depende do tipo, do estágio e da localização do tumor, e pode envolver cirurgia, quimioterapia,
radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea. O objetivo do tratamento é curar o
câncer, preservar a função dos órgãos afetados e garantir a qualidade de vida dos pacientes.
A taxa de cura do câncer infantojuvenil é de cerca de 70% nos países desenvolvidos, mas no Brasil
ainda é inferior a 50%. Isso se deve a vários fatores, como o diagnóstico tardio, a falta de acesso
aos serviços de saúde, a escassez de recursos humanos e materiais, a baixa adesão ao tratamento
e a falta de seguimento adequado. Para melhorar esse cenário, são necessárias políticas públicas
que priorizem o câncer infantojuvenil, que fortaleçam a rede de atenção oncológica, que promovam
a capacitação dos profissionais de saúde, que estimulem a pesquisa e a inovação, que apoiem as
famílias e as organizações sociais e que garantam os direitos dos pacientes.

Cartilha

O que é o câncer infantojuvenil?

O câncer infantojuvenil é uma doença que pode afetar crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Ele
acontece quando as células do corpo começam a crescer de forma anormal e descontrolada,
podendo formar um tumor ou se espalhar pelo sangue. O câncer infantojuvenil é diferente do câncer
em adultos, pois geralmente tem causas genéticas e não está relacionado a fatores ambientais ou
comportamentais. O câncer infantojuvenil é raro, mas é a primeira causa de morte por doença
nessa faixa etária.

Quais são os tipos de câncer infantojuvenil?

Existem vários tipos de câncer infantojuvenil, que podem afetar diferentes partes do corpo. Os mais
comuns são:

• Leucemias: são cânceres que afetam os glóbulos brancos, que são as células que defendem
o corpo contra infecções. As leucemias podem causar anemia, infecções, sangramentos e
aumento dos gânglios linfáticos.
• Tumores do sistema nervoso central: são cânceres que afetam o cérebro e a medula
espinhal, que são as partes do corpo que controlam os movimentos, os sentidos e as funções
vitais. Os tumores do sistema nervoso central podem causar dor de cabeça, vômitos,
alterações visuais, convulsões e problemas de equilíbrio e coordenação.
• Linfomas: são cânceres que afetam os linfócitos, que são um tipo de glóbulo branco que faz
parte do sistema linfático, que é uma rede de vasos e órgãos que transportam e filtram o
líquido que circula pelo corpo. Os linfomas podem se manifestar como aumento dos gânglios
linfáticos, febre, suores noturnos, perda de peso e tosse.
• Tumores ósseos: são cânceres que afetam os ossos, que são as estruturas que sustentam
e protegem o corpo. Os tumores ósseos podem causar dor, inchaço, fraturas e limitação de
movimentos.
• Tumores de células germinativas: são cânceres que afetam as células que dão origem aos
órgãos reprodutivos, como os testículos, os ovários e o saco vitelino, que é uma estrutura
que fica dentro do útero da mãe durante a gestação. Os tumores de células germinativas
podem causar aumento ou alteração da forma dos testículos ou dos ovários, dor abdominal,
sangramento vaginal e alterações hormonais.

Como saber se meu filho tem câncer infantojuvenil?

O câncer infantojuvenil pode ser difícil de ser reconhecido, pois os sinais e sintomas podem ser
parecidos com os de outras doenças comuns na infância. Por isso, é importante que você observe
se seu filho apresenta alguma das seguintes alterações:

• Perda de peso sem motivo


• Cansaço excessivo
• Febre persistente
• Suores noturnos
• Dor que não passa
• Caroço ou inchaço no pescoço, na axila, na virilha, no abdome ou em outro lugar
• Sangramento ou mancha roxa na pele
• Palidez ou palma da mão amarelada
• Infecções frequentes
• Tosse ou falta de ar
• Vômitos ou náuseas
• Alterações na visão ou na audição
• Dificuldade para engolir ou para fazer xixi
• Mudança de humor ou de comportamento
• Problemas de aprendizagem ou de memória

Não tenha medo de perguntar ao médico sobre o câncer infantojuvenil. Quanto mais cedo o câncer
for diagnosticado, maiores são as chances de cura. O médico vai examinar seu filho e pedir alguns
exames, como sangue, urina, raio-x, ultrassom, tomografia, ressonância, biópsia e outros. Esses
exames vão ajudar a identificar o tipo, o estágio e a localização do câncer, e a planejar o melhor
tratamento.

Como é o tratamento do câncer infantojuvenil?

O tratamento do câncer infantojuvenil depende de vários fatores, como o tipo, o estágio e a


localização do câncer, a idade e a saúde do paciente, e a disponibilidade dos recursos. O
tratamento pode envolver uma ou mais das seguintes modalidades:

• Cirurgia: é a remoção do tumor ou de parte dele por meio de uma operação. A cirurgia pode
ser usada para curar o câncer, para reduzir o tamanho do tumor, para aliviar os sintomas ou
para obter uma amostra do tecido para análise.
• Quimioterapia: é o uso de medicamentos que matam as células cancerígenas ou impedem
que elas se multipliquem. A quimioterapia pode ser administrada por via oral, intravenosa,
intramuscular, subcutânea ou intratecal. A quimioterapia pode causar efeitos colaterais,
como náuseas, vômitos, perda de cabelo, feridas na boca, infecções, anemia e alterações
na fertilidade.
• Radioterapia: é o uso de radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas ou
impedir que elas cresçam. A radioterapia pode ser externa, quando a radiação é emitida por
uma máquina, ou interna, quando a radiação é colocada dentro ou perto do tumor. A
radioterapia pode causar efeitos colaterais, como vermelhidão, irritação, queimadura,
secura, coceira, fadiga, náuseas, vômitos, diarreia, alterações na pele, no cabelo e na
fertilidade.
• Imunoterapia: é o uso de substâncias que estimulam o sistema imunológico a reconhecer e
combater as células cancerígenas. A imunoterapia pode ser feita com anticorpos, vacinas,
citocinas ou células modificadas. A imunoterapia pode causar efeitos colaterais, como febre,
calafrios, dor, inchaço, coceira, erupção cutânea, alergia, pressão baixa e dificuldade para
respirar.
• Transplante de medula óssea: é o transplante de células-tronco hematopoéticas, que são as
células que dão origem aos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. O transplante de
medula óssea pode ser autólogo, quando as células são do próprio paciente, ou alogênico,
quando as células são de um doador compatível. O transplante de medula óssea pode ser
usado para tratar alguns tipos de leucemia, linfoma e tumores ósseos. O transplante de
medula óssea pode causar efeitos colaterais, como infecções, sangramentos, rejeição,
doença do enxerto contra o hospedeiro e alterações na fertilidade.

O tratamento do câncer infantojuvenil pode ser longo e difícil, mas também pode ser eficaz e salvar
vidas. Por isso, é importante que você e seu filho sigam as orientações médicas, tomem os
medicamentos corretamente, façam os exames de rotina, compareçam às consultas e às sessões
de tratamento, e mantenham uma alimentação saudável, uma boa higiene e uma atividade física
adequada. Além disso, é importante que você e seu filho contem com o apoio da família, dos
amigos, da escola, dos profissionais de saúde e das organizações sociais que atuam na área do
câncer infantojuvenil.
Apresentação

O câncer infantojuvenil é uma doença que pode afetar crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Ele
acontece quando as células do corpo começam a crescer de forma anormal e descontrolada,
podendo formar um tumor ou se espalhar pelo sangue. O câncer infantojuvenil é diferente do câncer
em adultos, pois geralmente tem causas genéticas e não está relacionado a fatores ambientais ou
comportamentais. O câncer infantojuvenil é raro, mas é a primeira causa de morte por doença
nessa faixa etária.

Existem vários tipos de câncer infantojuvenil, que podem afetar diferentes partes do corpo. Os mais
comuns são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central, os linfomas, os tumores ósseos
e os tumores de células germinativas. Cada tipo de câncer tem seus próprios sinais e sintomas,
que podem ser confundidos com outras doenças comuns na infância. Por isso, é importante que
os pais ou responsáveis estejam atentos a qualquer alteração na saúde ou no comportamento de
seus filhos e procurem ajuda médica se houver suspeita de câncer.

O diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é um desafio, mas é fundamental para aumentar as


chances de cura. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, que
permitem identificar o tipo, o estágio e a localização do câncer, e planejar o melhor tratamento. O
tratamento do câncer infantojuvenil depende de vários fatores, e pode envolver cirurgia,
quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea. O tratamento pode ser
longo e difícil, mas também pode ser eficaz e salvar vidas.

O câncer infantojuvenil é uma doença que afeta não só o paciente, mas também a família, a escola
e a sociedade. Por isso, é importante que todos se envolvam na prevenção, no diagnóstico, no
tratamento e no acompanhamento do câncer infantojuvenil, e que ofereçam apoio emocional, social
e educacional aos pacientes e seus familiares. O câncer infantojuvenil é uma doença que pode ser
vencida, mas que precisa da atenção e da solidariedade de todos.

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