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MEDICINA VETERINÁRIA - CAMPUS CABO FRIO

PATOLOGIA SISTÊMICA VETERINÁRIA – QUARTA FEIRA


ALESSANDRA COSTA DOS SANTOS 1210302645
FERNANDA MARIA DE MELO GOMES 1210302135

ACHADOS
HISTOPATOLÓGICOS
AV3
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
A toxoplasmose congênita é uma doença
causada pela infecção do feto pelo
protozoário Toxoplasma gondii, que pode ser
transmitido da mãe para o filho durante a
gestação ou próxima à concepção. Essa
infecção pode causar graves problemas de
saúde no recém-nascido, como malformações
congênitas, cegueira, deficiências
neurológicas e até mesmo morte.
O diagnóstico da toxoplasmose congênita é baseado em
testes sorológicos, que detectam a presença de anticorpos
contra o Toxoplasma gondii no sangue da mãe e do recém-
nascido, e em testes moleculares, como a PCR (reação em
cadeia da polimerase), que identificam o DNA do parasita no
líquido amniótico ou em outros fluidos ou tecidos corporais.
Além disso, exames de imagem cerebral, análise do líquido
cefalorraquidiano e exame oftalmológico podem auxiliar no
diagnóstico e na avaliação das seqüelas da doença.
Lesão da toxoplasmose congênita
em criança. Mostra tamanho do
encéfalo menor do que o normal
(microcefalia). Isto se deve a
necrose causada pelo
Toxoplasma gondii, que afeta
extensas áreas. O tecido nervoso
necrótico é reabsorvido,
diminuindo o volume cerebral. Os
ventrículos dilatam-se para
preencher o espaço vazio. A isto se
chama hidrocefalia ex-vacuo.
HIDROCEFALIA EX-VACUO

A hidrocefalia ex vacuo é uma condição


médica em que ocorre um aumento no
tamanho dos ventrículos cerebrais devido à
1 perda de tecido cerebral. Ao contrário da
hidrocefalia normal, na qual há um
aumento na quantidade de líquido
cerebroespinhal no cérebro, a hidrocefalia
ex vacuo é causada pela atrofia ou
degeneração do tecido cerebral, fazendo
com que os ventrículos cerebrais se
expandam para preencher o espaço vazio
deixado pela perda de tecido.
Neste corte é possível observar
áreas de necrose pelo seu aspecto
amolecido e superfície irregular, o
espessamento da leptomeninge e o
preenchimento do espaço
subaranóideo por exsudato, que
obscurece quase que
completamente os giros e sulcos da
convexidade.
Microscopicamente, o exsudato é
composto por fibrina e células
redondas (linfócitos, plasmócitos e
macrófagos).
Espessamento da
leptomeninge e o
preenchimento do
espaço
subaracnóideo por
exsudato
NECROSE APROXIMADA
No tecido nervoso fora das áreas de necrose nota-
se infiltrado difuso de células inflamatórias
crônicas (principalmente linfócitos e monócitos),
que às vezes formam pequenos aglomerados,
conhecidos como nódulos gliais.
EXSUDATO INFLAMATÓRIO
PERICARDITE FIBRINOSA
“Em pão com Manteiga”
A pericardite fibrinosa é
um tipo de inflamação aguda
do pericárdio, que é a
membrana que envolve o
coração. Ela se caracteriza
pela deposição de fibrina,
que é uma proteína
envolvida na coagulação do
sangue, e de células
inflamatórias sobre a
superfície do pericárdio,
formando uma
pseudomembrana. Essa
pseudomembrana tem um
aspecto amarelado, rugoso
ou filamentoso, que lembra
a manteiga espalhada sobre
duas fatias de pão. Por
isso, a pericardite
fibrinosa é também chamada
de “em pão com manteiga”
A febre reumática é uma doença que ocorre
como resultado de uma infecção anterior por
estreptococo beta-hemolítico do grupo A, que
desencadeia uma resposta autoimune. Os
anticorpos produzidos contra o estreptococo
podem reagir com elementos do coração,
levando a uma inflamação aguda que afeta
todas as camadas do coração (epicárdio,
miocárdio e endocárdio), resultando na
chamada pancardite reumatismal. Isso causa a
formação de nódulos de Aschoff, onde o
material fibrinóide é fagocitado por
macrófagos, seguido de fibrose. Essas lesões
cardíacas são recorrentes após surtos de
infecção pelo mesmo germe, o que leva a
cicatrizes progressivas e disfunção
permanente, principalmente das valvas
cardíacas.
Lesões no pericárdio na febre reumática representam
uma pericardite fibrinosa em organização,
caracterizada por tecido de granulação jovem, vasos
sanguíneos recém-formados e células inflamatórias,
como macrófagos e neutrófilos. Isso sugere uma fase
aguda da doença com lesões imunes recentes.
No miocárdio são bem observáveis as lesões
características da febre reumática, chamadas nódulos
de Aschoff, e constituídos de granulomas de
macrófagos modificados em volta do material
fibrinóide.
Os nódulos de Aschoff
situam-se no interstício entre
os feixes de miocardiócitos e,
freqüentemente, próximos a
vasos. Os macrófagos
multinucleados que
compõem o nódulo de
Aschoff são chamados de
células de Aschoff.
Os macrófagos via de
regra têm a cromatina
condensada de forma
peculiar no centro do
núcleo, dando o
clássico aspecto em
olho de coruja e são
conhecidos como
células de Anitschkow.
Alguns macrófagos
multinucleados são
chamados células
gigantes de Aschoff.
No endocárdio parietal, há deposição de material fibrinóide como uma longa faixa
abaixo da superfície interna do átrio. Células inflamatórias (principalmente
macrófagos) dispõem-se irregularmente ao longo do fibrinóide presumivelmente
para fagocitá-lo.
Nas lesões da valva mitral na febre reumática, ocorre
deposição de fibrinóide em focos e um excesso de
tecido de granulação. Isso resulta em espessamento da
valva, aumento da celularidade (número de núcleos
por unidade de área) e disfunção funcional. Com o
tempo, o tecido de granulação se transforma em
fibrose, levando ao encurtamento e espessamento das
lacínias da valva mitral.
CARCINOMA DE PELE
(BASOCELULAR)

O carcinoma basocelular tem um aspecto considerado característico, com bordas


elevadas e de aspecto perláceo. É clássica a denominação macroscópica de 'ulcus
rodens' ou úlcera roedora.
O carcinoma basocelular é
uma das neoplasias mais
comuns da pele. Tende a
ocorrer após a meia idade e
tem grande predileção por
áreas expostas,
principalmente na face
(sobrancelhas, região
malar, orelhas, nariz e
lábios). É um tumor de
invasividade local, que se
não tratado pode destruir
extensas áreas (chamado
úlcera roedora ou ulcus
rodens).
O tumor destruiu a epiderme e ocupa o
derma como blocos celulares
arredondados, formados por células que
lembram as da camada basal da epiderme

Na periferia, as células
tendem a formar uma
camada mais nítida, em que
os núcleos estão arranjados
perpendicularmente à
superfície do agrupamento
(disposição em paliçada), um
aspecto muito próprio do
carcinoma basocelular.
Referências:
Pericardite fibrinosa. Anatpat-UNICAMP. Disponível em:
<http://anatpat.unicamp.br/pecascard33.html>.Acesso em: 26 set 2023.
Pericardite fibrinosa (exemplo de inflamação aguda pseudomembranosa cruposa). Anatpat-
UNICAMP.Disponível em: <http://anatpat.unicamp.br/pecasinfl7.html>. Acesso em: 26 set 2023.
Carcinoma epidermóide da pele. Anatpat-UNICAMP. Disponível em:
<http://anatpat.unicamp.br/lampele10.html>. Acesso em: 27 set 2023.
GOMEZ, Ricardo. Carcinoma Mucoepidermóide - Patologia Bucal. 2021. Disponível em:
<https://patologiabucal.com.br/portfolio-item/carcinoma-mucoepidermoide/>. Acesso em: 27 set 2023.
JORGE,Diego Augusto Ferreira; JULIANE, Thayse; MORESCHI, Eduardo; VELTRIN, Vanessa. Open Journal
Systems. UFPR. 2007. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/dens/article/view/9254>. Acesso em: 27 set
2023.
Toxoplasmose. Ministério da Saúde. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-
a-z/t/toxoplasmose>. Acesso em: 27 set 2023
Toxoplasmose: O que é, sintomas, tratamentos e causas. - Rede D'Or. Disponível em:
<https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/toxoplasmose>. Acesso em 27 set 2023.
Novo documento da SBP aborda a toxoplasmose congênita. SBP. 2020. Disponível em:
<https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/novo-documento-da-sbp-aborda-a-toxoplasmose-
congenita/>.Acesso em: 27 set 2023

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