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EXAMES COMPLEMENTARES
INSPEÇÃO INDIRETA:
Na dermatologia quase todos os exames complementares são métodos de inspeção indireta alguns obtidos de imediato
outros depois de algum tempo, porém são considerados indispensáveis para o diagnóstico correto
de dermatopatias.
Dermatopatias Parasitárias
Diagnóstico
• Parasitológico Cutâneo: raspado (exame parasitológico do raspado cutâneo -EPRC) e fita adesiva (EPF)
- EPRC: raspado com lâmina de bisturi (até sangrar), colocar potassa e olhar no microscópio - se bem-feito a chance de
encontrar é 100%
- EPF: colocar a fita/durex e apertar/beliscar e o material vai grudar na fita - pode ter falso negativo, efetividade de 90%
- Sharpei: pode ter falso negativo no raspado pela pele grossa, fazer histopatológico
Escabiose Canina
Diagnóstico
- EPRC: raspado + superficial (sem lesionar) e pegar em um diâmetro maior - 50% positividade, pode ter muito pouco
ácaro no animal, mas o prurido já é intenso
- Raspar nas regiões na ordem: pavilhão auricular, cotovelo, jarrete desde que tenha lesão
• Características e Desenvolvimento
• Muito parecido com o sarcoptes
Causa prurido e hiperqueratose (alguns fazem tanta hiperqueratose que desenvolvem entrópio)
• Escava galerias na pele + comum em gatos que tem acesso à rua e jovens
Diagnóstico
Dermatopatias Fúngicas
Esporotricose
Diagnóstico
• Citologia ou citofungoscópio
• Citologia: colher material das lesões ulcerativas, espalhar na lâmina, corar com panóptico e olhar no microscópio - o
mais usado e rápido
• Cultura fúngica: se não encontrar ou ter certeza da espécie - com swab estéril (7 a 10 dias)
• Histopatológico: biópsia - caso feita a citologia e não apareceu o agente Fazer o diagnóstico diferencial: esporotricose
x criptococose x neoplasia
Criptococose
Diagnóstico
- Exame citológico/citofungoscópio
- Cultura e histopatológico
Dermatofitose
Microsporum canis
• Características e Desenvolvimento
• Trichiphyton rubrum: acomete + humanos e pode ter uma zoonose reversa (se o animal tiver, o humano que passou)
Diagnóstico
• M. canis: produz uma substância chamada pteridina, que fica no pelo e este vai fluorescer. Se não fluorescer, pode ser
outra espécie ou a técnica foi feita errada
LAMPADA DE WOOD
A LW foi descrita em 1903 pelo físico Robert W. Wood e se baseia no princípio de fluorescência emitida pela pele
quando iluminada por comprimento de onda baixo, entre 340-400nm.
O diagnóstico de dermatoses infecciosas se beneficia com o uso da LW. Nesses casos, geralmente, a fluorescência
destacada não é a emitida pela pele, mas sim pelo agente infeccioso e/ou seus metabólitos
• Exame direto: coleta de pelos da borda da lesão e olhar no microscópio - positividade de 20 a 30%
Raspado de Pele
Dermatopatias Bacterianas
Piodermites
- É um agente comensal da pele de cães e gatos, também vive dentro do folículo piloso
• Classificação
- Secundária
• Diagnóstico
- Laboratorial: citologia
• Colher material de preferência de pústula e corar no panóptico
Dermatopatias Alérgicas
- Tipo l: reação imediata (logo após a picada da pulga, dura até 72h)
• Características Clínicas
•Diagnóstico
- Manobra de Mackenzie: consiste em colocar as fezes da pulga em um algodão úmido e, quando derreter, vai
manchar o algodão de vermelho
- Terapêutico
* Ingrediente esse que tem proteína com peso molecular grande, entre 10.000 e
70.000 daltons
• Características e Desenvolvimento
- Alimentos + comuns de darem alergia: carne bovina, frango, derivados do leite, trigo, milho, ovo, soja, arroz, peixe (+
gatos)
* Se tiver resposta: dieta provocativa (testar 1 alimento de cada vez e esperar manifestar sintoma para achar o
causador da alergia)
Dermatite Atópica
• Patogênese
- A barreira cutânea é a camada córnea, que está alterada, com buracos/espaços e acaba entrando patógenos,
alergênicos e acaba perdendo água, causando o ressecamento
- Na entrada do alérgeno, uma célula fagocitária apresenta para o linfócito T, que se transforma em linfócito T2, e ocorre
a produção de interleucinas (4,5,13,31), que vão ocasionar os processos de prurido etc.
•Alérgenos
- Produtos de limpeza não fazem a resposta imunológica, mas irritam e pioram o quadro
Dermatites Imunomediadas
COMPLEXO PÊNFIGO
FISIOPATOLOGIA:
- P. foliáceo: desmogleína 1
- P. vulgar: desmogleína 3
DIAGNÓSTICO
• Citologia da pústula.
•Etiologia desconhecida.
• Comum em cães.
• Rara em gatos.
FISIOPATOLOGIA
SINAIS CLÍNICOS
DIAGNÓSTICO
• Suspeita clínica
- Imunofluorescência
- Imunoistoquímica
VITROPRESSÃO (diascopia)
É realizada uma pressão sobre a lesão com uma lâmina de vidro. Se a lesão for de origem vascular, a pressão irá causar a
diminuição do aporte sanguíneo na região e, como consequência, a lesão ficará isquêmica.
Se não houver alteração na pigmentação após a manobra, pode-se suspeitar de lesões melanocíticas: mácula melanocítica,
nevo pimentado (grandes pintas) ou melanoma.
Fita deve ser colada e descolada várias vezes e em várias regiões do corpo do animal, posteriormente a fita é posta sobre a
lâmina. O material deve ser levado ao microscópio óptico para ser analisado e constatado ou não a presença de parasitas.
• Realizado para pesquisa de ectoparasitas sarnas - escabiose - causada pelo ácaro ácaro Sarcoptes scabiei, sarna
demodécica - Demodex canis, sarna notoédrica - escabiose felina causada pelo ácaro Notoedres cati).
TRICOGRAMA
É o exame detalhado do bulbo, da haste e da extremidade dos pelos. O material (pelos) deve ser obtido prendendo-se
uma pinça hemostática em aproximadamente 50 pelos, que devem ser removidos todos de uma vez e no sentido de seu
crescimento. Finalmente devem ser analisados ao microscópio óptico.
RASPADO CUTÂNEO
Uma das técnicas mais executadas na dermatologia veterinária, com grande importância no auxílio do diagnóstico, para a
identificação de parasitas dos géneros Demodex, Sarcoptes, Psoroptes, Notoedris. Com a lâmina de bisturi
erpendicularmente colocada em contato com a pele pregueada (entre os dedos do veterinário) o clínico deve fazer
movimentos de fricção até obter material composto por debris celulares e sangue; Posteriormente o material coletado deve
ser posto sobre a lâmina, diluído com KOH a 10% e coberto por lamínula, realizar leitura no microscópico óptico.
EXAME MICOLÓGICO
BIÓPSIAS E HISTOPATOLÓGICOS
Método invasivo e, muitas vezes, necessita de anestesia, além de ser caro, o veterinário muitas vezes, assim como os
proprietários dos animais, reluta em executar essa coleta.
Quando o veterinário deve então optar por este procedimento?
1. Em todas as lesões que sugerem neoplasia.
2. Em úlceras persistentes.
3. Em casos de doenças nas quais o diagnóstico somente é fechado com exame histopatológico, como displasia folicular,
doenças auto-imunes, dermatomiosite, adenite sebácea, vitiligo entre outras