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OTITE

Otite externa/média
Otite interna/ sindrome vestibular
Mayara C. F. de Aguiar
OTITE EXTERNA E MÉDIA
 Dificuldade de ser detectada
 Resulta de qualquer inflamação do
conduto auditivo externo
 Resposta ao tratamento pode ser
complicada – etiologias multifatoriais
OTITE EXTERNA E MÉDIA
 É a doença mais comum do canal
auditivo externo.
 10 – 20% cães
 2 – 6% gatos
 Falha no manejo correto externa =
Doença recorrente
Infecção
OTITE EXTERNA E MÉDIA
 Para tratar adequadamente:

Identificar e Tratar Identificar e Tratar

FATOR PRIMÁRIO FATOR PERPETUANTE


OTITE - FISIOPATOLOGIA
OTITE - Fisiopatologia
 Fatores primários:
 Corpo estranho
 Hipersensibilidade
 Ectoparasitas
 Disturbios de queratina/glândulas
sebáceas
 Doenças auto-imunes
 Doenças virais
 Etiologia desconhecida (celulite
juvenil)
OTITE - Fisiopatologia
 Fatores predisponentes:
 Anatomia
 Umidade/temperatura
 Irritação
 Obstrução (neoplasia)
 Doenças sistêmicas
OTITE - Fisiopatologia
 Fatores perpetuantes:
 Bactérias
 Fungos
 Hipersensibilidade por contato
 Erros de tratamento
OTITE - Predisposição

 Sem predisposição sexual ou


sazonal
 Raças:
 Cocker Spaniel
 Poodles
 Kerry Blue Terrier
 Labrador Retrivier
 Shith zu
 Lhasa apso
 Basset Hound
OTITE– Sinais Clínicos
 Eritema
 Tumefação do epitélio de revestimento
 Balançar de cabeça
 Prurido
 Evidência de auto- traumatismos
(escoriações, hematoma aural, dermatite
úmida aguda)
 Corrimento otológico
 Odor fétido
 Edema
 Dor.
OTITE - Diagnóstico
 Anamnese
 Bem realizada
 Determinar causa primária
 Geral e dermatológica
OTITE – Exame físico
 Físico e Dermatológico
 Otoscopia
 Examinar primeiro o ouvido menos
afetado
 Avaliar: inflamação, exsudato, estenose e
proliferação
 Contenção química?
 Lavado
 Tratamento prévio
 4-7 dias: corticóide
OTITE– Exame Físico
 Vídeo Otoscópio
 Vantagens:
 Melhor ampliação.
 Registro de imagens e vídeos.

 Realização de lavagens otológicas

simultâneas.
 Realização de intervenções cirúrgicas.
OTITE – Exame físico
OTITE – Exame Físico
 Achados na otoscopia:
 Eritema, espessamento do epitélio,
proliferação nodular com estreitamento
ou não do canal, ulceração do epitélio.
 Presença de exsudatos.
 Perfuração ou aspecto anormal da
membrana timpânica.
 Pólipos, neoplasias, corpos estranhos e
parasitas.
OTITE - Citologia
 Identificação de fatores perpetuantes.
 Avaliar a presença de leveduras, bactérias
e leucócitos.
 Ambos condutos.
 Fazer a coleta antes de qualquer limpeza
otológica ou tratamento.
 Avaliar a lâmina antes de realizar a
coloração.
 Coloração:
 Aquecer a lâmina na chama previamente.
 Diff-Quik e Gram.
OTITE EXTERNA
OTITE EXTERNA - Antibiograma
 Fundamental principalmente nas
otites crônicas.
 Tratamento empírico enquanto
aguarda o resultado.

INTERPRETAR JUNTO COM ACHADOS


CLÍNICOS E CITOLÓGICOS
OTITE EXTERNA - Tratamento
 Limpeza do conduto auditivo
 Terapia Tópica x sistêmica
 Caso de estenose
 Otite aguda:
 Compatível com os achados citológicos
 Duração mínima de 7-14 dias.
 Volume suficiente do medicamento no canal.
 Otite crônica:
 Verificar integridade da membrana timpânica.
 Predinisona (0,5 mg/kg, BID, 24h, 48h por 2-4
semanas).
 Antibióticos sistêmicos.
OTITE EXTERNA - Tratamento
 Medicação Anti-inflamatória
 Aguda:
 Fluocinolona, betametasona e
dexametasona
 Longo prazo:
 Hidrocortizona.
 Sistêmica:
 Predinisona (0.25-0,5mg/kg, BID, 1 a 2
semanas)
OTITE - Tratamento
 Medicação Antibiótica
 Conforme os achados citológicos e da
cultura e antibiograma.
 Cocos:
 Neomicina; gentamicina.
 Bastonetes:
 Gentamicina; amicacina (diluir a 30-50mg/ml);
 Tobramicina (diluir a 8mg/ml);

 Sulfadiazina de prata (diluir a 0,1%).

 Sistêmica:
 Cefalosporinas; clindamicina.
OTITE - Tratamento
 Medicação Antifúngica
 Malassezia e Candida spp
 Nistatina
 Benzoimidazois (tiabendazol, miconazol,

itraconazol)
OTITE - Tratamento
 Medicação Parasiticidas
 Otodectes cynotis
 Piretrinas

 Tiabendazol

 Ivermectina oral (250 µg/kg, VO, SID, 3-4


semanas ou SC, 2 tratamentos a cada 10 dias)
 Demodex spp
 Amitraz (diluir 2% em óleo mineral a cada 3 dias)

 Ivermectina oral (300–600 µg/kg, VO,


diariamente)
OTITE - Tratamento
 Cirurgia
 Otites refratárias ou quando há
importante perda da anatomia do
ouvido.
 Favorecer o microambiente no conduto.
SINDROME VESTIBULAR PERIFÉRICA
SINDROME VESTIBULAR PERIFÉRICA

 Otite média Otite interna


 Felinos: Faringite Crônica
 Disseminação Hematógena
 Infecção do Osso Petroso
SINDROME VESTIBULAR PERIFÉRICA

 Raças Predispostas:
SINDROME VESTIBULAR PERIFÉRICA

 Sinais Clínicos:
 Agudos x insidiosos
 Otite média/interna
 Paralisia facial
 Síndrome de Horner
 Unilateral ou bilateral
SINDROME VESTIBULAR PERIFÉRICA

 Sinais Clínicos:
 Inclinação lateral de cabeça
 Andar em círculo
 Inclinar-se/cair para o lado afetado
 Rolamento (raro)
 Nistagmo
 Estrabismo posicional (no lado afetado)
 Ataxia/ tropeços no lado afetado
SINDROME VESTIBULAR PERIFÉRICA

 Diagnóstico
 Sinais Clínicos
 Exame Otológico
 Exame Neurológico
 Radiografia de Bula Timpânica
 Tomografia Computadorizada
 Ressonância Magnética
SINDROME VESTIBULAR PERIFÉRICA

 Tratamento:
 Antibióticoterapia Sistêmica
 4 – 6 semanas

 Cultura e antibiograma

 Cirurgia
 Drenagem

 Debridamento

 Prognóstico
 Benigno – otite
 Benigno/Reservado – alterações neurológicas

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