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Cirurgia – Aula 2

Infecções orais e maxilofaciais (continuação)

Situações onde a antibioticoterapia não é necessária


o Abscesso crônico bem localizado
o Pequenos abscessos vestibulares
o Alveolite seca
o Periocoronarite suave
o Envolvimento apenas radicular

Indicação de Antibioticoterapia
o Infecção aguda
o Edema difuso
o Mau estado geral
o Imunodeficiência
o Envolvimento de espaços faciais
o Periocoronarite moderada/grave
o Osteomielite (infecção óssea)

Infecções dentárias
Antibióticos - Via oral
o Penincilinas
o Cefalosporina
o Macrolideos
o Lincosamidas
o Metronidazol

Antibióticos - Via endovenosa


o Penicilinas
o Cefalosporina
o Aminoglicosídeos – função renal
o Lincosamidas
o Metronidazol

Drenagem cirúrgica
Técnica
o Incisão estética
o Incisão dependente – na localização do abscesso, na parte mais baixa possível
(gravitacional)
o Dissecção
o Inserção de drenos
o Sutura de drenos
o Remoção precoce dos drenos – assim que o abscesso involuir
o Limpeza e curativos – lavagem dos drenos com soro fisiológico

O material drenado passa por a uma “autopsia”, ver se o antibiótico está no espectro correto.

Abscesso sem flutuação


o São abscessos “em evolução”;
o Antibióticos;
o Anti-inflamatórios (controverso) – só se associar à antibioticoterapia, os
corticosteroides são recomendados se envolver espaços fasciais profundas que afetem o
suporte respiratório;
o Calor úmido – ajuda a criar a flutuação;
o Analgésico - dipirona (é antitérmico também);
o Antipirético;
o A antibioticoterapia não “atrasa” a evolução;
o É preferível evitar anti-inflamatório;
o Anti-inflamatório devem ser usados somente em presença de antibioticoterapia;
o Fisioterapia com calor exige a antibioticoterapia.

Posso extrair o dente envolvido ou realizar procedimento endodôntico em presença de


infecção?
o Sem dúvida
o Iniciar antibioticoterapia previamente
o Os fatores limitantes são, em geral, o trismo e a dificuldade de anestesia

Cuidados com a anestesia


o Anestesiar à distância
 Se for anestesiar no local, anestesiar à distância e depois local, trocar agulha;
o Não retomar a agulha contaminada ao tecido hígido
o Anestesiar pele se necessário
o Considerar anestesia geral

Razoes para falha no tratamento


o Cirurgia incorreta
o Imunodeficiência
o Corpo estranho
o Problemas com ATB
Infecções orais e maxilofaciais graves

O que caracteriza como grave uma infecção na área maxilofacial?


o Sepse
o Imunodeficiência do hospedeiro (ex.: diabético)
o Envolvimento progressivo de espaços faciais
o Envolvimento peri orbitário
o Tipo de microrganismo envolvido
o Demora em procurar tratamento
o Tratamento inadequado

Sepse
o Evidência da infecção
o Aumento de temperatura corporal (imunossuprimidos, crianças e idosos as vezes não
apresentam)
o Taquipneia
o Taquicardia
o Leucograma infeccioso – desvio à esquerda

Síndrome séptica (evolução da sepse)


o Sepse com alteração da perfusão de órgãos – rim, fígado
o Hipóxia – lábio e unhas arroxeados
o Aumento do lactato plasmático
o Oligúria – diminuição da quantidade de urina, problemas renais
o Alteração aguda da consciência

Choque séptico (evolução da síndrome séptica)


Síndrome séptica associada à hipotensão ou má perfusão periférica, que responde rapidamente a
administração de fluidos e/ou tratamento farmacológico.

Choque séptico refratário


Choque séptico que persiste por mais de uma hora, apesar de terapêutica adequada, necessitando
de suporte vasopressor. (Noradrenalina para manter a hipotensão)

Síndrome de Disfunção de Múltiplos Órgãos


o Comprometimento progressivo da perfusão de órgãos
o CIVD – comprometimento intravascular disseminado, o paciente tem sangramento em
alguns órgãos, comprometedor em alcoólicos
o SARA – síndrome da angustia respiratória aguda
o Insuficiência renal
o Hepática
o Disfunção neurológica
o GRANDE CHANCE DE ÓBITO

Envolvimento de espaços faciais


Espaços relacionados à maxila
o Canino
o Bucal
o Infratemporal Pode gerar um comprometimento respiratório

Espaços relacionados a mandíbula


1. Primários
o Submental
o Bucal
o Submandibular
o Sublingual

2. Secundários
o Massetérico
o Pterigomandibular
o Temporal superficial e profundo
o Peritonsilar
o Parotídeo
o Faríngeo lateral
o Retro faríngeo – difícil drenagem
Comprometimento da parte inferior respiratória – mediastinite
o Pré-vertebral – não é drenável

Infecções dos espaços faciais


Sinais e sintomas
o Sintomas de bacteremia
o Sepse
o Alterações do nível de consciência
o Dispneia
o Dificuldade respiratória
o Odinofagia
o Disfagia
o Imobilidade da língua
o Edema faringiano lateral
o Edema faringiano posterior
o Imobilidade da língua
o Rouquidão
o Edema peri orbitário
o Alteração de movimento oculares
o Alterações visuais

Quais as principais diferenças no tratamento em relação aos abscessos localizados?


o Internação hospitalar
o Radiografias – tórax, coluna cervical, tomografia (face e pescoço)
 Ver se não tem mediastinite
 Verificar se há presença de ar na cervical
o Colher hemoculturas
o Bacterioscópico e bacteriológico de secreção
o Antibioticoterapia EV (associação frequente)
o Drenagem cirúrgica anatômica e imediata
o Não aguardar flutuação
o Drenos para lavagem – no mínimo 3x ao dia
o Outras avaliações S/N – clinica medica, médico especializado

Síndrome de

Disseminação intratorácica
Mediastinite
o 35-50% de mortalidade
o Febre, dispneia, disfagia, dor substernal, sepse e icterícia;
o Radiografia: envolvimento retrofaringeano, mediastino alargado, pneumomediastino.

Critérios de indicação para especialista


o Progressão rápida
o Dispneia
o Disfagia
o Odinofagia
o Rouquidão
o Dificuldade respiratória
o Febre alta
o Sepse
o Celulite peri orbitaria
Edema faringiano
o Múltiplos espaços faciais envolvidos
o Imunodeficiência

Problemas com antibioticoterapia


o Diagnostico incorreto
o Drenagem inadequada
o Falta de aderência ao tratamento
o Posologia incorreta
o Acesso da droga
o Resistência do microrganismo

Tipo de Antibiótico
Como decidir?
o Local da infecção
o Estado imunológico
o Bacterioscopia
o Cultura e antibiograma
o Bactericida X Bacteriostáticos
o Alergias
o Usar antibiótico especifico
o Utilizar o menos tóxico
o Monitorização do nível sérico
o Posologia correta
o Via de administração
o Associação de antibióticos
o Eficácia clinica
o Custo

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