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Estomatologia – Resumo 1 prova

Semiologia ou Propedêutica Geral

Existe uma sequência de atendimento para montar um diagnóstico, fazendo com que os erros diminuam.

Semiologia = estudos dos sinais e sintomas de qualquer doença humanas e animais.

Diagnóstico = conhecer através. Por exemplo na doença cárie, para se identificar a lesão cariosa, primeiro
temos que saber como é um dente normal, conhecer a doença cárie, seus sinais e sintomas: perda da estrutura
dentária, mudança de cor ou cavitação, isso é um sinal de cárie, um diagnóstico. Conhecer o que a doença vai afetar,
seja um órgão ou indivíduo como um todo, quais alterações vai proporcionar para que reconheça a doença.
Diagnóstica é a ideia que o profissional tem sobre o que o paciente está precisando e o que deve ser feito.

Exame clínico: anamnese (entrevista) + exame físico

 Semiotécnica: diversas técnicas de exame do paciente. Ex.: Em odontologia: como realizar o exame da boca.
 Propedêutica clínica: após o exame clínico, absorção de dados colhidos pela semiotécnica, os quais após
analisados servem para especificar o diagnóstico, presumir o prognóstico e o tratamento.
 Semiogênese: estuda os mecanismos formadores da doença. Ex.: Cárie é multifatorial, precisa de
microrganismos específicos, ph específico na boca e higiene inadequada para que a doença começa a se
estabelecer.

Obs.: Prognóstico: o que é melhor ou pior, se o paciente tem uma cavidade rasa no dente é fácil restaurar, ainda
tem muita estrutura dentária acima da polpa, o prognóstico é bom se o paciente depois manter uma higiene
adequada. Agora se tem uma cavidade profunda, tem muita dor, após uma radiografia viu que já chegou na polpa, o
prognóstico é ruim para esse dente, pois vai ter que ser submetido a um tratamento endodôntico, não vai ser mais
um dente vital.

Saúde: “Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença. ”

Doença: “Evento biológico caracterizado por alterações anatômicas, fisiológicas ou bioquímicas, isoladas
ou associadas. “

Queixa principal: motivo pelo qual o paciente procura o profissional.

História da doença atual: quando começou, se sente dor, mudança por

temperatura. Exame clínico

História médica, familiar, familial e pessoal: pode levar a modificações no (Anamnese + Exame Físico)

tratamento.

Exame físico: extraoral e intraoral.

Diagnóstico diferencial: opções de diagnóstico, dependendo da lesão, pode ser


causada por diversas causas como trauma, neoplasia, anomalia.
Exame físico

Exames laboratoriais: por exemplo biópsia, histopatológico.


Diagnóstico
Exames de imagem

Diagnóstico final: depois dos exames complementares vai ter a resposta final, para que
ocorra o estabelecimento do tratamento específico.

Prognóstico / Tratamento: presumir o que vai acontecer com o paciente, o que seria

melhor para o paciente um trauma, por exemplo ou uma neoplasia. E o melhor Tratamento
tratamento para esse diagnóstico.

A queixa principal deve ser registrada na ficha com as palavras do paciente, é colocada entre aspas.

Anamnese: significa recordar, primeiro momento de contato com o paciente. Fazer com que o paciente relate o que
o trouxe ao consultório e sobre alguns aspectos de saúde pessoais que serão importantes para o diagnóstico e
tratamento. Parte mais importante do atendimento, demonstração de interesse no indivíduo e não somente na
doença e sempre honestidade no diagnóstico e opções de tratamento.

1. Estabelecimento de comunicação: ser simpático, demonstrar ser atenciosa, vínculo de confiança.


2. Registro da queixa principal: motivo pelo qual o paciente procurou ajuda clínica.
3. História da doença atual: se é cárie quanto tempo está doendo, se dói com frio ou calor.
4. História médica e odontológica: doenças sistêmicas, hábitos (fumante, alcóolatra).

Existem duas maneiras de fazer anamnese:

 Interrogatório livre: senta na frente do paciente e pergunta e anota.


 Questionário: entregue na sala de espera um questionário pronto com caixas de sim ou não, e quando
recebe o paciente avalia as respostas e aprofunda no que for necessário.

Motivos da procura ao médico/dentista:

 Possui alguma coisa anormal;


 Evolução não satisfatória de algum tratamento;
 Consulta de rotina, sem sinal ou sintoma aparente.

 Sintoma
 Manifestações subjetivas, percebidas somente pelo paciente e relatadas ao profissional. Ex.: dor,
queimação, sensibilidade, boca seca, parestesia (dormência), rugosidade)

 Sinal
 Manifestação, indício ou vestígio;
 Manifestações visíveis e perceptíveis pelo profissional através dos sentidos naturais (visão, tato);
 Percebido por outra pessoa sem relato do paciente.
Ex.: Alterações na forma e cor de órgãos e tecidos; mobilidade dental; úlcera; aumento de volume na
face (abscesso, tumor); mau hálito.
Controle de infecções em Odontologia

Importância: primeiro, porque ao realizar cirurgia o dentista viola a superfície epitelial, que é a principal barreira
contra infecções. Segundo, porque durante a maioria dos procedimentos em cirurgia oral, o dentista, os assistentes
e o equipamento tornam-se contaminados com a saliva e o sangue do paciente.

Vias de contaminação cruzada no consultório:

 Contato direto com lesões infectadas


 Transmissão indireta através de objeto contaminado
 Respingos de fluídos corpóreos sobre mucosa ou pele não intacta
 Através da inalação de microrganismos em suspensão - aerossóis

O risco de contaminação com material biológico é de:

 Hepatite pelo vírus B: 6-30 %


 Hepatite pelo vírus C: 1,8 % (0-7%). A profilaxia para hepatite C é a prevenção.
 HIV: 0,3% percutânea / 0,09% mucosa

 O descarte de objetos cortantes deve ser feito em caixas – descarpack. E o descarte de lixo sólido em saco
de lixo padrão para lixo hospitalar – saco branco.

DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO: Material e Instrumentos

DEGERMAÇÃO E ANTISSEPSIA: Tecidos vivos

 Desinfecção: É a destruição da maioria dos microrganismos patogênicos, mas não necessariamente todos,
especialmente os esporos bacterianos.
 Esterilização: É o método pelo qual todas as formas de vida são destruídas, mesmo as mais resistentes como
os esporos bacterianos.
 Degermação: Redução das bactérias da pele, através de: limpeza mecânica ou substâncias químicas.
 Antissepsia: Ato de empregar uma substância ou degermante para impedir a multiplicação de
microrganismos.

Propriedades de um Sabão Ideal:

 Ação rápida
 Não irrite a pele com o uso frequente
 Ampla ação bactericida com efeito residual
 Seja líquido
 Facilidade de uso – tempo
 Custo
 Disponibilidade

Antissépticos usados para a lavagem das mãos

 Álcool etílico e isopropílico: ação de desnaturação de proteína. Vantagem: ação rápida e baixo custo.
Desvantagem: não apresentar ação residual.
 Clorexidine: Ruptura da membrana citoplasmática. Vantagens: ação residual. Desvantagens: Conjuntivite e
dano a córnea, ototóxico, dermatite de irritação ocasional.
 PVPI: Inibe a a síntese de ptn e altera a membrana celular. Vantagens: aprovado. Desvantagens :
Descoloração da pele, pouca persistência, alergia ocasional e dermatite de irritação.
 Triclosano: Afeta a membrana citoplasmática, a síntese de RNA, ácidos graxos e ptns. Vantagens:
persistência, custo, bem tolerado.
 PCMX – paraclorometaxilenol: Vantagens ?. Desvantagens : disparidade entre os estudos.

CADEIA ASSÉPTICA: Conjunto de atitudes que visam impedir a penetração de microrganismos em locais que
não os contém ou evitar levar novos microrganismos para uma área já contaminada.

Técnica limpa: Utilizada quando não há invasão do paciente.


Objetivo: proteger a equipe odontológica e pacientes de um paciente em especial, bem como o paciente de
patógenos que a equipe possa portar. Utilizada na maioria das especialidades odontológicos, ex: dentística,
radiologia, patologia, prótese
Materiais: jaleco, luva de procedimento, máscara, óculos, degermantes ou antissépticos fracos, coberturas
não estéreis.
Obs.: Técnica limpa em Odontologia: Tubetes e Agulhas.

Técnica estéril: É empregada quando há invasão do paciente, ou seja, a criação de feridas e colocação de
implantes.
Objetivo: minimizar o número de microrganismos que entram nas feridas criadas pelo cirurgião. Utilizada
pelas especialidades de implantodontia, periodontia endodontia e cirurgia.
Material: antissépticos, escovação, luvas estéreis, campo cirúrgico, coberturas estéreis.

 Superfície de toque: Geralmente contaminada pelo dentista durante o atendimento. Estas requerem
limpeza/desinfecção entre os pacientes ou cobertura impermeável de uso único.
 Superfície de transferência: Não são tocadas diretamente pelo dentista mas entram em contato com
instrumentos contaminados. Para ótima assepsia devem ser mantidas como as superfícies de toque.
 Superfícies com respingos e aerossóis: Todas as outras superfícies. Não precisam ser desinfetadas, mas
limpas diariamente.

 Material crítico: São os instrumentos que penetram tecido ou tocam osso. Ex: fórceps, sonda periodontal,
bisturi e outros. Método: ESTERILIZAÇÃO.
 Material semi-crítico: São os instrumentos que tocam membranas mucosas, mas não penetram tecido ou
osso. Ex: Espelhos, condensadores, moldeiras, calcadores... Método: ESTERILIZAÇÃO
 Material não critico: São os instrumentos e superfícies que tocam somente pele intacta. Ex: Óculos, pisos,
placas de vidro, cadeiras... Método: Desinfecção de nível intermediário ou baixo.

MÉTODO DE ESTERILIZAÇÃO: Calor úmido – autoclave convencional

 NÍVEIS DE DESINFECÇÃO
BAIXO: proporciona baixa atividade anti-microbiana.
INTERMEDIÁRIO: É o processo que destrói o M. tuberculosis - tuberculicida - inativa também o HIV e HBV.
ALTO: Destrói alguns esporos bacterianos. Pode até esterilizar em contato prolongado.
Lesões Fundamentais

Classificação:

1. Forma
2. Número
a. Unitário
b. Múltiplo

3. Tamanho
a. ...mm
b. ...cm
c. Variando de...
Pigmentadas

a) Lesões hemorrágicas
b) Lesões vasculares

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