Você está na página 1de 7

Semiologia Clinica II

Prof° Danilo

Sistema Tegumentar

Pele
- Maior órgão do corpo animal;
- Principal barreira com o meio ambiente;
- Protege contra microrganismos;
- Protege contra traumas e injúrias;
- Protege contra desidratação;
 Proteção do ambiente e de fatores externos;
 Maior órgão do corpo.
• Órgão muito exposto - portanto sujeito a muitas e diferentes agressões

Funções da pele
- Proteção;
- Caracterização fenotípica;
- Identificação;
- Produção de anexos;
- Termorregulação;
• Produção de vitaminas (D) (expor a pele para adquirir vitamina D através da radiação);
• Sistema sensorial (sentir toque, sentir diferenças climáticas) - É muito importante para os
equinos, eles são muito responsivos.

Estrutura pele
 Epiderme - múltiplas camadas celulares
 Derme - Diferentes grupos celulares + fibras colágenas, (aonde tivermos mais fibras
colágenas temos menos pelo) + mucopolissacarídeos
 Hipoderme - Camada delgada (subcutâneo)

EXAMES CLÍNICOS DE PELE


• Identificação (1)
• Histórico e Anamnese (2)
• Exame físico (3)
• Exames complementares (4)

-> Sistema que mais gera problemas nos diagnósticos: indução via proprietário, sintomas
confusos, alterações frequentes, etc.

-> Uma lesão térmica não gera prurido (ou seja, não coça (normalmente). Muitas vezes coça
porque a ferida está fechando. Mas não está GERANDO a coceira.
 Identificação (1)
• Idade
• Sexo
• Raça
• Coloração da Pelagem

 Anamnese (2)
• Queixa principal
• Antecedentes
• Início do quadro
• Evolução
• Tratamentos prévios
• Manejo
• Instalações (pode ter alergia a serragem, aos folículos da serragem);
• Alimentar (croscros)
• Contactantes (medicações)

 Exame físico (3)


• Inspeção
• Distribuição (está espalhado no corpo?)
• Configuração (como é a característica? É granulosa? É verrugosa (parece uma couve flor?)
• Topografia (como é a tomografia?)
• Profundidade (cortes, lesões)
• morfologia (aspecto da lesão)
• Palpação
• sensibilidade
• Volume
• Espessura
• Elasticidade
• Temperatura
• Consistência
• Umidade

 Exames complementares (4)


• Raspado de Pele
• Exame direto e citológicos
• Citologia aspirativa (seringa, puxa o êmbolo e vai pegando)
• Biopsia
• Histológico

Definição de fístula: Uma fístula designa uma comunicação anómala entre duas ou mais
estruturas do corpo que, em condições normais, não comunicam entre si. Pode ocorrer nas
mais variadas localizações, sendo as mais comuns no sistema digestivo, urinário, reprodutor e
circulatório.
Enfermidades da pele
(Principais afeções divididas pela sintomatologia)
• Problemas granulomatosos
• Problemas nodulares
• Problemas pruriginosos e alopecicos
• Problemas não pruriginosos e alopecicos

Problemas não pruriginoso e alopecicos

 Dermatofilose (QUEIMADURA DE CHUVA)


- Afecção mais comum de pele nos equinos principalmente que vivem soltos;
- Causada por uma bactéria Gram;
- Dermatophilus congulensis;
- Latente na pele até condições de proliferação;

HISTÓRIA
 Exposição constante às chuvas
 Lesões crostosas

SINTOMAS
 Emaranhado de pêlos (pelos saem em formato de pincel)
 Crostas umidas
 Regiões de dorso e garupa

EXAMES COMPLEMENTARES
 Raspado de pele - colocação Gram

TRATAMENTO
 Higienização da pele e retirada das crostas
 Banhos antissépticos (peróxido de benzoíla)
 Manejo (diminuir umidade da pele)
 Casos graves - antibiótico terapia

 Dermatofitose (FUNGO)
Se prolifera rapidamente em outros animais principalmente pelos utensílios

 Afecção contagiosa mais comum de pele nos equinos


 Microsporum e Inchophyton
 Auto-limitante
 Contaminação por contato direto comitês contaminados
 Animais mal nutridos, superpopulação, imunodeprimidas (estresse)
HISTÓRIA
 Animais jovens ou idosos;
 Queda de pelos.

SINTOMAS
 Alopecia classicamente circular:
 Engrossamento da pele;
 Pápulas (Pápulas são lesões sólidas que aparecem na pele com menos de 1 centímetro.
As bordas das pápulas são geralmente bem definidas. Aparentes ou nem tanto, podem
assumir a cor normal da pele ou apresentar uma variação para marrom ou mais
arroxeada, por exemplo.)

EXAMES COMPLEMENTARES
 Raspado de pele exame direto ou cultura fúngica.

TRATAMENTO
 Terapias tópicas;
 Manejo dos utensílios;
 Xampus antissépticos;
 Soluções base de iodo fraco.

 Tecido de granulação exuberante


- A fase de granulação antecede a fase de aproximação dos bordos;
- Granulação impede que os bordos se aproximem, por exemplo, se tenho uma protuberância
em duas partas de pele, essas duas partes não conseguem se juntar.

HISTÓRIA
 Ferida prévia - normalmente profunda;
 Membros e regiões distais.

SINAIS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO


 Volume exacerbado;
 Sem irritação no local;
 Exuberância do tecido de granulação - Não cicatrização;
 Coloração rósea e de sangramento fácil.
- Tecido de granulação exuberante - HIPERVASCULARIZADO MAS NÃO É ELEVADO (ele não tem
sensibilidade, não tem terminação nervosa).

EXAMES COMPLEMENTARES
 Biopsia - diagnostico diferencial para ver se não é uma neoplasias, habronemose, etc.

TRATAMENTO
 Diminuição dos tecidos granulomatosos;
 Adequada epitelização;
 Cauterização química ou cirúrgica (cuidado com hemorragias);
 Formol ou pomadas a base de corticoides.
-> Normalmente se faz antibiótico até o tecido se restabelecer pq o corpo precisa se recuperar
e se proteger (no caso da falta de pele).
-> Nessa ferida vai brincando 1 ano para cicatrização.

HABRONEMOSE (FERIDA DE VERÃO)


- LARVAS QUE A MOSCA DEPOSITA - VOCÊ NÃO VÊ A LARVA ELA É MICROSCÓPICA
 NEMATÓIDES. Habronema muscae e H. microstoma ou H.megastoma
 Larvas infectantes são depositadas pelo hospedero intermediário (moscas) nas feridas
 Parasitismo aberrante - atingem as camadas da pele causando hipersensibilidade
 Podem penetrar na pele intacta (?) ou mucosas
 Reação de hipersensibilidade as larvas morar
 Doença sazonal (primavera e verão)
 Ocorrência esporádica. Tem preferência por raça
 Normal em mucosas como no canto dos olhos
-> Gera hipersensibilidade ao tecido

HISTÓRIA
 Ferida que não cicatriza
 Exuberante e desenvolve-se no verão

SINAIS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO


 Comum nos membros ventre canto de olho prepúcio, processo uretral, ou fenda
prévia;
 Ulceração, exsudação e prurido.

EXAMES COMPLEMENTARES
 BIOPSIA - exame de eleição;
 Presença de formas larvas;
 Infiltrado eosinófilo intenso.

TRATAMENTO
 Redução das lesões granulomatosas
 Excisão cirúrgica - se necessário
 Cáusticos químicos, infiltração local de triancinolona
-> Tecido cavernoso - extremamente vascularizado como se fosse uma esponja e a esponja é
inteirinha sangue, quando se corta, extravasa muito sangue
-> O animal não consegue guardar por conta do tamanho e da forma que ele assume

SARCÓIDE
 Tumor mais comum que afeta a pele dos cavalos;
 Não é maligno (pode ser um vírus?);
 Lesões aparecem espontaneamente ou após a ferida prévia;
 Simples ou múltiplos;
 Caráter redicivante, ou seja, você opera e volta (UMA MERDA);
 Qualquer sexo ou idade – Mais comum abaixo de 4 anos;
 Preferencia – Membros, orelha e cabeça

HISTÓRIA
 Sem feridas prévias
 Lesão granulomatosa progressiva
 Recidiva após tratamento

SINAIS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO


 Aspecto variado: plano, verrucoso, fibroblasto ou misto

EXAME COMPLEMENTARES
 Biópsia
- Proliferação fibroblástica da derme (diferencial com verrugas);
- Hiperplasia epidérmica.

TRATAMENTO
 Excisão cirúrgica (recidiva)
 Crio cirurgia- Cirurgia cm nitrogênio (congela a célula para não ter evolução da doença)
 Imunoterapia - infiltração com BCG. intralesional ao redor da lesão

MELANOMAS
 Neoplasia característica de animais tordilhos;
 Provenientes de melanócitos ou melanoblastos;
 Animais velhos;
 Períneo e cauda;
 Forma solitária ou múltipla;
 Forma nodular firme;
 Ulceração com secreção de liquido enegrecido.

HISTÓRIA
 Animais tordilhos;
 Mais de 10 anos;
 Raças. Árabe, Lusitano e Percheron.

SINAIS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO


 Lesões bem características;
 Pequenas, firmes ou nodulares.

TRATAMENTO
 Adequar manejo alimentar – alterações intestinais, defecação (pois muitas vezes o
nódulo acaba fechando a saída das fezes.
 Cimetidina – 2,5mg/kg por 3 meses
 Imunoterapia - AUTOVACINAS ou vacinas
DERMATITE POR PICADA DE INSETOS E CARRAPATOS

 Culicoides (mosquito - pólvora)


 Tabanus (mosca do cavalo)
 Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo)
 Haematóbia irritans (mosca do chifre)
 Vespas e abelhas
 Ambiyomma cajennense e Anocenter nitens

- Membros, tórax e baixo ventre;


- Distribuição mundial e esporádica;
- Não descrita em animais com menos de um ano de idade;
- Existem evidências de pré-disposição hereditária.

HISTÓRIA
 Épocas quentes do ano;
 Irritação do animal – prurido;
 Recorrente.

SINAIS CLÍNICOS E DIAGNÓSTICO


 Presença de grandes quantidades de pápulas em todo o corpo (ação mecânica do
agente e hipersensibilidade tipo 1 ou 4).

TRATAMENTO
 Reação corpórea severa – Cortcóides
 Dexametasona – 0,05 a 0,1 por kg/IV – DOSE ÚNICA
 Manejo para controles de insetos;
 Baias teladas e repentes;
 Inseticidas.

Você também pode gostar