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Formadores de esporos
Clostridium
• INTRODUÇÃO
• Existem quatro espécies de importância médica:
• Clostridium tetani
• Clostridium botulinum
• Clostridium perfringens
• Clostridium difficile
A
Ágar Sangue Ágar gema de ovo Ágar SPS seletivo para C. perfringens.
mostrando colônias arredondadas, Observado colônias com reação O C. perfringens reduz sulfito de sódio na
lisas, brilhantes e rodeadas por halo lecitinase positiva presença de citrato férrico (presentes no meio)
Lecitinases ou lectinases degradam e forma precipitados negros (Sulfito ferroso)
de dupla hemólise
fosfolipídios (membrana citoplasmática) deixando as colônias escuras.
Clostridium perfringens
• Tratamento
• Mionecrose com ou sem gás – realizar drenagem completa e desbridamento;
• A penicilina G (3 a 4 milhões de unidades IV de 4/4 h a 6/6 h) e Clindamicina
(600 a 900 mg IV de 6/6 a 8/8 h);
• Se o paciente for alérgicos à penicilina
• Clindamicina 600 a 900 mg IV de 6/6 a 8/8 h , com ou sem metronidazol, 500 mg IV a
cada 6 h;
• Oxigênio hiperbárico - pode ser útil na mionecrose extensa, particularmente
nos membros, como um complemento aos antibióticos e à cirurgia;
• Pode salvar o tecido e diminuir a morbidade e a mortalidade se iniciado
precocemente, mas não deve postergar o desbridamento cirúrgico.
Clostridium botulinum
Clostridium botulinum
• Características gerais
• Bacilo anaeróbio
• Gram positivo
• Esporulado
• Móvel
• Produtor de 8 tipos de toxinas (forma vegetativa)
• Toxina botulínica (A, B, C1, C2, D, E, F e G)
• A toxina botulínica é termolábil, sendo inativada pelo calor, em uma
temperatura de 80ºC por, no mínimo, 10 minutos.
• Resistentes a pH ácido
Clostridium botulinum
• Doença:
• Botulismo – Doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação
de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.
• Achados clínicos
• Fraqueza e paralisia descendentes (paralisia flácida), incluindo diplopia,
disfagia e insuficiência muscular respiratória. E não ocorre febre.
Diplopia
Disfagia
(visão dupla)
Ptose palpebral (dificuldade para deglutir)
Clostridium botulinum
• Patogênese
• Existe 7 sorotipos toxigênicos – A a G:
• As toxinas patogênicas para o
homem são as dos sorotipos A, B, E
e F, sendo as mais frequentes a A e
a B.
• Toxina botulínica
• É uma protease que cliva as
proteínas (SNARE - soluble NSF
attachment receptor) envolvidas na
fusão das vesículas sinápticas com a Mecanismo de ação da Toxina Botulínica.
membrana plasmática.
A quebra das proteínas SNARE cria complexos não funcionais, em que o influxo de cálcio e a fusão das membranas é
interrompido.
Resultado: não há liberação de acetilcolina.
Clostridium botulinum
Ação da toxina botulínica
• Patogênese
• Botulismo intestinal
Clostridium botulinum
• Botulismo alimentar
• Ocorre por ingestão de toxinas (pré-formadas) presentes em alimentos previamente
contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada;
• Os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas vegetais, principalmente as
artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma
artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados
defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e, raramente, em alimentos
enlatados industrializados.
• Período de incubação:
• Pode variar de 2 horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas.
• Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação.
• Sintomas:
• Dor abdominal, paralisia flácida e respiratória
Clostridium botulinum
• Botulismo por ferimentos
• Ocasionado pela contaminação de ferimentos com C. botulinum, que, em
condições de anaerobiose, os esporos germinam e assumem a forma
vegetativa e produz toxina in vivo;
• As principais portas de entrada para os esporos são úlceras crônicas com
tecido necrótico, fissuras, esmagamento de membros, ferimentos em áreas
profundas mal vascularizadas ou, ainda, aqueles produzidos por agulhas em
usuários de drogas injetáveis e lesões nasais ou sinusais, em usuários de
drogas inalatórias. É uma das formas mais raras de botulismo.
• Período de incubação
• Pode variar de 4 a 21 dias, com média de 7 dias.
Clostridium botulinum
• Botulismo intestinal/infantil
• Ocorre com maior frequência em crianças com idade entre 3 e 26 semanas –
motivo pelo qual foi inicialmente denominado botulismo infantil.
• Resulta da ingestão de esporos presentes no alimento, seguida da fixação e
multiplicação do microrganismo no ambiente intestinal, onde ocorre a
produção e absorção de toxina.
• A ausência da microbiota de proteção permite a germinação de esporos e a
produção de toxina na luz intestinal.
• Em adultos, são descritos alguns fatores predisponentes, como cirurgias
intestinais, acloridria gástrica, doença de Crohn e/ou uso de antibióticos por
tempo prolongado, que levaria à alteração da flora intestinal.
Clostridium botulinum
• Botulismo intestinal/infantil
• A ingestão de mel contendo o organismo está implicada na transmissão de
botulismo infantil.
• As crianças afetadas desenvolvem fraqueza ou paralisia e podem necessitar de
suporte respiratório, embora, em geral, recuperem-se espontaneamente.
• Nos Estados Unidos, o botulismo infantil corresponde a cerca da metade dos casos de
botulismo, e o botulismo do ferimento está associado ao abuso de drogas injetáveis.
• Período de incubação:
• O período não é conhecido devido à impossibilidade de determinar o momento
da ingestão de esporos.
Clostridium botulinum
• Diagnóstico laboratorial
• O Clostridium botulinum geralmente não é
cultivado;
TÉTANO NEONATAL
Patogênese
Transmissão fecal-oral
Colonização do intestino grosso
Clostridium difficile
• Epidemiologia
• As fontes de infeção são representadas pelos indivíduos doentes e pelos
portadores assintomáticos, que eliminam esporos do bacilo nas fezes;
• Coloniza o trato gastrintestinal de aproximadamente 3% da população geral, e
em até 30% de pacientes hospitalizados;
• A maioria dos indivíduos não são colonizados, o que explica por que a maioria
das pessoas que tomam antibióticos não desenvolvem colite
pseudomembranosa
• No ambiente hospital na maioria das vezes a transmissão de um paciente
para outro ocorre pelos próprios profissionais de saúde.
Clostridium difficile
• Ciclo de contaminação pelo Clostridium difficile
Transmissão fecal-oral
ingestão de esporos
e/ou células As células Os esporos conseguem
vegetativas vegetativas, sobreviver e germinam
geralmente, são no intestino delgado Bactérias flageladas migram para o
destruídas por ação por ação dos ácidos cólon, onde se multiplicam,
do ácido gástrico. biliares especialmente quando há alterações
da flora intestinal devido ao uso
prévio de antibióticos.
Clostridium difficile
• Patogênese
• A clindamicina foi o primeiro antibiótico a ser reconhecido como uma causa
de colite pseudomembranosa, apesar de serem conhecidos vários antibióticos
que causam essa doença.
• Atualmente, as cefalosporinas de segunda e terceira gerações são a causa
mais comum, uma vez que são frequentemente utilizadas.
• A ampicilina e as fluoroquinolonas estão também comumente implicadas
• Além dos antibióticos, a quimioterapia contra câncer também predispõe à
colite pseudomembranosa.
• C. difficile raramente invade a mucosa intestinal.
Clostridium difficile
• Patogênese
• O período de incubação da bactéria é de 2 a 3 dias;