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Em sua maioria as espécies componentes do gênero são avirulentas, embora algumas possam
ser isoladas de infecções endógenas, enquanto outras são patógenos reconhecidos. Os
patógenos humanos mais frequentes ou importantes são:
- C. botulinum → botulismo
- C. septicum → mionecrose
- C. tetani → tétano
Gênero Corynebacterium:
A Clostridium perfringens é uma bactéria capaz de produzir enzimas histolíticas, desta maneira,
a partir de fosfolipase, hemolisinas, proteases, hialuronidases e colagenases, a bactéria é capaz
de digerir substâncias do conjuntivo e atingir diversos tecidos e células, tendo ação necrosante
e causando lise de células, endotélio, hemácias, leucócitos e plaquetas. Além disso, a espécie
produz também enterotoxinas e neurotoxinas, provocando toxicidade hepática e hipotensão
cardíaca.
A Clostridium tetani é uma bactéria capaz de produzir toxinas, como a tetanolisina (hemolisina)
e a tetanospamina (neurotoxina). A neurotoxina tem destaque nos quadros de tétano, uma vez
que é capaz de bloquear a liberação de neurotransmissores inibitórios (GABA e Glicina),
causando excitação sináptica e contração local seguida de contrações na face e disseminação.
Tal fenômeno implica em paralisia espástica e contrações dolorosas.
A Clostridium botulinum é uma bactéria capaz de produzir uma neurotoxina, a toxina botulínica.
Essa substância é capaz de agir no sistema nervoso ao bloquear a liberação de
neurotransmissores excitatórios (acetilcolina), consequentemente bloqueando o estímulo
colinérgico. Essa perturbação causa paralisia flácida, paralisias digestivas, diarreias ou
constipação e insuficiência cardiorrespiratória.
A Clostridium difficile é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que atrai neutrófilos e
estimula a liberação de citocinas, e uma citotoxina que aumenta a permeabilidade da parede
intestinal, com diarreia subsequente.
Clostridium perfringens:
Clostridium tetani:
Contaminação de ferimentos;
Clostridium botulinum:
Clostridium difficile:
Disseminação pessoa a pessoa pela exposição a gotículas respiratórias ou contato com a pele.
Difteria cutânea: uma pápula pode se desenvolver na pele, progredindo para uma úlcera que não
cicatriza; sinais sistêmicos podem ocorrer.
Tétano generalizado: é o quadro clínico mais comum, o paciente apresenta espasmo muscular
generalizado (com trismo, riso sardônico e opistótono) e envolvimento do sistema nervoso
autônomo em casos graves da doença (p. ex., arritmias cardíacas, flutuações da pressão arterial,
irritabilidade, sudorese profunda, desidratação e sialorreia).
Tétano localizado: é o quadro clínico caracterizado por espasmo muscular restrito à área da
infecção primária.
Tétano neonatal: é o quadro clínico caracterizado pela infecção do neonato, envolve
primariamente o cordão umbilical e apresenta taxa de mortalidade muito elevada (acima de 90%).
- Celulite: lesão de tecido subcutâneo com edema e eritema localizados, formação de gás nos
tecidos moles e exsudato sorosanguinolento.
- Miosite supurativa: acúmulo de pus (supuração) nos músculos lisos, sem necrose muscular ou
sintomas sistêmicos.
Enterites: quadro clínico caracterizado por destruição necrotizante aguda do jejuno com dor
abdominal, vômito, diarreia sanguinolenta e peritonite.
Sepse.
Botulismo alimentar: quadro clínico causado por ingestão de alimento contendo a toxina
botulínica. O indivíduo apresenta inicialmente visão turva, boca seca, constipação intestinal e dor
abdominal. O quadro progride para fraqueza descendente da musculatura periférica com
paralisia flácida, gerando dificuldade de deglutição e posterior insuficiência respiratória e
cardíaca.
Botulismo infantil: quadro clínico causado pela produção de neurotoxina botulínica por C.
botulinum, que coloniza o trato gastrointestinal da criança de pouca idade. A criança apresenta
inicialmente sintomas inespecíficos (p. ex., constipação, choro fraco, atraso de crescimento), que
progridem para paralisia flácida e parada respiratória.