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protozooses

Doenças causadas por protozoários


• Os protozoários são compostos
de uma única célula;
Protozoários Organismos • Embora possam viver em
unicelulares: colônias, o aglomerado não
deve ser confundido com um
organismo.

• Este grupo necessita de fontes


de alimento externas e não são
Heterotróficos: capazes de sintetizar os
próprios nutrientes.
Eucariontes:
Protozoários
• Seu material genético está
separado do citoplasma.

Reprodução assexuada e
“sexuada”;
• Normalmente fazem a reprodução
assexuada por bipartição, mas
também fazem reprodução
“sexuada” por conjugação.
Protozoários
Vivem em • Quando de vida livre, podem
ambientes ser de diversos hábitats;
• Dependendo do tipo de
aquáticos hábitat que vivem, podem
ou ter estruturas diferentes
terrestres para a locomoção;

• Nem todos os protozoários


Podem são parasitos, mas alguns
ser podem parasitar
invertebrados ou
parasitos vertebrados.
Protozoários

As doenças causadas por protozoários são chamadas de


protozooses;

Algumas doenças tem ciclo de


Podem ser transmitidas por diversos
complexo com mais de um veículos, inclusive sexuais.
hospedeiro;

Podem ser parasitoses curáveis ou apenas tratáveis.


Giardíase
Giardíase
• Agente etiológico
• Giardia lamblia
• Protista flagelado;
• Parasita principalmente o
intestino;
• Apresenta duas formas
evolutivas:
• O trofozoíto e o cisto, que
diferem quanto à
organização estrutural e
bioquímica.
Giardíase

Trofozoíto Cisto
• É encontrado no intestino delgado, • Forma responsável pela
sendo a forma responsável pelas transmissão do parasito;
manifestações clínicas da infecção; • É oval ou elipsoide;
• Tem formato de pera (piriforme); • Mede aproximadamente 12 μm de
• Simetria bilateral; comprimento por 8 μm de largura;
• mede 20 μm de comprimento por • No citoplasma, podem ser
10 μm de largura; visualizados dois ou quatro núcleos;
• Apresenta quatro pares de flagelos;
Giardíase
• Fatores de transmissão
• Fecal-oral:
• A contaminação é feita com o contato das fezes de pessoas
contaminadas;
• Através de água contaminada (baixo saneamento básico);
• Através de alimentos contaminados;
• De pessoa a pessoa:
• Por meio das mãos contaminadas;
• Através de contato sexual oral-anal;
Giardíase Ingestão de
cistos;

O ciclo se completa pelo


encistamento do parasito Desencistamento
e sua eliminação para o parcial no estômago do
meio exterior. hospedeiro;

• Parasito monóxeno
de ciclo direto: Os trofozoítos
multiplicam-se por divisão Liberação de uma célula
• Possui apenas binária longitudinal e,
assim, colonizam o
flagelada tetranucleada
no intestino (excitozoíto);

um hospedeiro; intestino;

Cada excitozoíto faz duas


Este organismo divide-se
divisões nucleares sem
e origina quatro
replicação do material
trofozoítos binucleados;
genético;
Giardíase
• Apresenta um espectro clínico diverso que inclui:
• Indivíduos assintomáticos;
• Pacientes sintomáticos:
• Podem apresentar um quadro de diarreia aguda e autolimitante;
• Ou um quadro de diarreia persistente;
• Com evidência de má absorção e perda de peso;
• A maioria das infecções é assintomática e ocorre tanto em adultos
quanto em crianças.
Giardíase
• A maioria das infecções é assintomática e ocorre tanto em adultos
quanto em crianças.
• De acordo com observações clínicas:
• Em 50% dos indivíduos a infecção é resolvida de forma espontânea;
• Em 5 a 15% a infecção é assintomática e o indivíduo pode eliminar
cistos nas fezes por um período de até 6 meses;
• Enquanto um grupo menor pode apresentar sintomas decorrentes
de uma infecção aguda ou crônica.
Giardíase
• Em indivíduos não imunes, isto é na primoinfecção, a ingestão de um
elevado número de cistos:
• Provoca diarreia do tipo aquosa, explosiva, com odor fétido;
• Gases com distensão e dores abdominais;
• Muco e sangue raramente aparecem nas fezes;
• Essa forma aguda dura poucos dias e seus sintomas iniciais podem ser
confundidos com os quadros associados às diarreias virais e
bacterianas.
Giardíase
• Nas infecções crônicas, os sintomas podem persistir por muitos anos,
manifestando-se com episódios de diarreia contínuos, intermitentes ou
esporádicos.
• Especialmente em crianças pode vir acompanhada de esteatorreia:
• Presença exagerada de gordura nas fezes, devido à má absorção:
• Pode causar problemas como:
• Perda de peso;
• Baixa absorção de vitaminas lipossolúveis;
• Podem causar problemas de desenvolvimento corporal.
Giardíase
• O número de casos é subestimado por falta de diagnóstico,
principalmente dos casos assintomáticos;
• Os assintomáticos representam cerca de 90% dos casos e são
importantes fontes de infecção;
Giardíase
• DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
• Em crianças de 8 meses a 10-12 anos, a sintomatologia mais indicativa
de giardíase é:
• Diarreia com esteatorreia;
• Irritabilidade;
• Insônia;
• Náuseas e vômitos;
• Perda de apetite (acompanhada ou não de emagrecimento);
• Dor abdominal.
• Embora os sintomas sejam muito característicos, é conveniente a
comprovação por exames laboratoriais.
Giardíase
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARASITOLÓGICO:
• Exame coproparasitológico;
• Método mais utilizado;
• Questionável, pois gera muitos falsos negativos;
• Um aspecto importante a ser considerado no diagnóstico da
giardíase é o fato de que indivíduos parasitados não eliminam
cistos de forma contínua.
Giardíase
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARASITOLÓGICO:
• Esta eliminação caracteriza-se por ser intermitente e denomina-se
“período negativo”, podendo durar em média, 10 dias.
• O padrão de excreção de cistos varia de indivíduo para indivíduo, e
nos baixos excretores as amostras de fezes podem permanecer
negativas por 20 dias consecutivos.
Giardíase
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARASITOLÓGICO:
• Esta eliminação caracteriza-se por ser intermitente e denomina-se
“período negativo”, podendo durar em média, 10 dias.
• O padrão de excreção de cistos varia de indivíduo para indivíduo, e
nos baixos excretores as amostras de fezes podem permanecer
negativas por 20 dias consecutivos.
Giardíase
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL IMUNOLÓGICO:
• desenvolvimento de culturas axênicas (culturas puras) de Giardia,
(obtenção de antígenos puros).
• Os métodos imunológicos mais empregados são a
imunofluorescência indireta e o método ELISA (Enzyme Linked
Immuno Sorbent Assay – Ensaio de Imunoabsorção Enzimática).
Giardíase
• TRATAMENTO:
• Atualmente, as principais drogas empregadas no tratamento da
infecção incluem compostos derivados dos:
• 5-nitroimidazóis (metronidazol, tinidazol, omidazol, secnidazol);
• Nitrofuranos (furazolidona);
• Corantes de acridina;
• Benzimidazóis (albendazol);
• 5-nitrotiazóis.
Giardíase
• PROFILAXIA:
• São recomendadas medidas de higiene pessoal (lavar as mãos);
• Destino correto das fezes (fossas, rede de esgoto);
• Proteção dos alimentos e tratamento da água;
• Detecção da fonte de infecção;
Amebíase
Amebíase
• Agente etiológico:
• Entamoeba histolytica;
• Apresenta duas formas evolutivas:
• O trofozoíto e o cisto;
• Existem várias espécies de amebas que são diferenciadas
principalmente pelo seus tamanhos e pela quantidade de núcleos
nos cistos;
Amebíase
• Agente etiológico:
• Trofozoíto:
• Mede de 20 até 40 μm, mas pode chegar a 60 μm nas formas
obtidas de lesões tissulares (forma invasiva);
• Geralmente tem um só núcleo, bem nítido nas formas coradas e
pouco visível nas formas vivas.
• Examinando a fresco, apresenta-se pleomórfico, ativo, alongado,
com emissão contínua e rápida de pseudópodes, grossos e
hialinos;
Amebíase
• Agente etiológico:
• Trofozoíto:
• Costuma imprimir movimentação direcional, parecendo estar
deslizando na superfície, semelhante a uma lesma.
• Quando proveniente de casos de disenteria, é comum encontrar
eritrócitos no citoplasma;
• O trofozoíto não invasivo ou virulento apresenta bactérias, grãos
de amido ou outros detritos em seu citoplasma, mas nunca
eritrócitos.
Amebíase
• Agente etiológico:
• Trofozoíto:
• O citoplasma apresenta-se dividido em ectoplasma, que é claro
e hialino, e endoplasma, que é finamente granuloso, com
vacúolos, núcleo e restos de substâncias alimentares.
Amebíase
• Agente etiológico:
• Pré-cisto:
• É uma fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto.
• É oval ou ligeiramente arredondado, menor que o trofozoíto.
• O núcleo é semelhante ao do trofozoíto. No citoplasma podem
ser vistos corpos cromatoides, em forma de bastonetes, com
pontas arredondadas.
Amebíase
• Agente etiológico:
• Metacisto:
• É uma forma multinucleada que emerge do cisto no intestino
delgado, onde sofre divisões, dando origem aos trofozoítos.
Amebíase
• Agente etiológico:
• Cisto:
• São esféricos ou ovais, medindo 8 a 20 μm de diâmetro.
• Em preparações sem coloração ou a fresco, eles aparecem como
corpúsculos hialinos, claros, às vezes de coloração palha, com
as paredes refringentes.
• Os núcleos são pouco visíveis. Quando corados pelo lugol ou
pela hematoxilina férrica, os núcleos tomam-se bem visíveis e
variam de um a quatro, tomando a cor castanho-escuro;
Amebíase
• Agente etiológico:
• Cisto:
• A locomoção se dá através de pseudópodes;
• A ingestão de alimentos por:
• Fagocitose (partículas sólidas: hemácias, bactérias ou restos
celulares); Pinocitose (ingestão de partículas líquidas);
• A multiplicação se dá através de divisão binária dos trofozoítos;
Amebíase
Amebíase
• FATORES DE TRANSMISSÃO:
• Ingestão de cistos maduros em alimentos (sólidos ou líquidos).
• O uso de água sem tratamento, contaminada por dejetos humanos;
• Ingestão de alimentos contaminados (verduras cruas - alface, agrião;
frutas - morango) e importante veículo de cistos.
Amebíase
• FATORES DE TRANSMISSÃO:
• Alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados nas
patas de baratas e moscas (essas também são capazes de regurgitar
cistos anteriormente ingeridos).
• Além disso, falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de
cistos dentro da família.
• Os “portadores assintomáticos” que manipulam alimentos são
importantes disseminadores dessa protozoose.
Amebíase
• FATORES DE TRANSMISSÃO:
• Alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados nas
patas de baratas e moscas (essas também são capazes de regurgitar
cistos anteriormente ingeridos).
• Além disso, falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de
cistos dentro da família.
• Os “portadores assintomáticos” que manipulam alimentos são
importantes disseminadores dessa protozoose.
Amebíase
• CICLO
BIOLÓGICO:
• Monoxênico
e bem
simples;
Amebíase
• CICLO PATOGÊNICO:
• Em situações que não estão bem conhecidas, o equilíbrio parasito-
hospedeiro pode ser rompido;
• Trofozoítos invadem a submucosa intestinal, multiplicando-se
ativamente no interior das úlceras;
Amebíase
• CICLO PATOGÊNICO:
• Através da circulação porta, atingem outros órgãos, como o fígado, o
pulmão, o rim, o cérebro ou a pele, causando amebíase extra
intestinal;
• O trofozoíto presente nestas úlceras é denominado forma invasiva
ou virulenta. Na intimidade tissular, não forma cistos, são
hematófagos e muito ativos.
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• As manifestações clínicas são geralmente difíceis e arbitrárias:
• Formas sintomáticas;
• Formas assintomáticas;
• Amebíase intestinal: a) forma diarreica; b) forma disentérica; c)
amebomas; d) apendicite amebiana. Complicações e sequelas
da amebíase intestinal: perfuração, peritonites, hemorragia,
invaginação, colites pós-disentéricas e estenoses;
• Amebíase extraintestinal;
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• As manifestações clínicas são geralmente difíceis e arbitrárias:
• Amebíase hepática: a) aguda não supurativa; b) abscesso
hepático ou necrose coliquativa;
• Amebíase cutânea;
• Amebíase em outros órgãos: pulmão, cérebro, baço, rim etc.;
• Complicações do abscesso hepático: ruptura, infecção
bacteriana e propagação para outros órgãos.
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• As manifestações clínicas são geralmente difíceis e arbitrárias:
• Amebíase hepática: a) aguda não supurativa; b) abscesso
hepático ou necrose coliquativa;
• Amebíase cutânea;
• Amebíase em outros órgãos: pulmão, cérebro, baço, rim etc.;
• Complicações do abscesso hepático: ruptura, infecção
bacteriana e propagação para outros órgãos.
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• As manifestações clínicas são geralmente difíceis e arbitrárias:
• Amebíase hepática: a) aguda não supurativa; b) abscesso
hepático ou necrose coliquativa;
• Amebíase cutânea;
• Amebíase em outros órgãos: pulmão, cérebro, baço, rim etc.;
• Complicações do abscesso hepático: ruptura, infecção
bacteriana e propagação para outros órgãos.
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• Forma assintomática:
• A grande maioria das infecções humanas por E. histolytica/E.
dispar: 80 a 90% são completamente assintomáticas;
• A infecção é detectada pelo encontro de cistos no exame de
fezes.
• O número deve ser subestimado, pois há muita subnotificação.
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• Forma sintomática diarreica:
• E uma das formas clínicas mais frequentes no nosso meio.
• A forma diarreica se manifesta por duas a quatro evacuações,
diarreicas ou não, por dia, com fezes moles ou pastosas, às vezes
contendo muco.
• Desconforto abdominal ou cólicas podem ocorrer.
• Raramente há manifestação febril.
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• Forma sintomática diarreica:
• O que caracteriza esta forma no nosso meio é a alternância entre
a manifestação clínica e períodos silenciosos, com
funcionamento normal do intestino.
• A maioria das amebas provenientes deste quadro clínico foi
identificada como E. dispar.
• Ao exame físico os achados geralmente são inespecíficos,
podendo o abdome se mostrar levemente dolorido
principalmente no hipocôndrio direito, e com peristaltismo
aumentado.
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• Forma sintomática disentérica – colite amebiana:
• A disenteria amebiana aparece mais frequentemente de modo
agudo, acompanhada de muco ou de sangue, cólicas intensas,
tenesmo, náuseas, vômitos, podendo haver calafrio e febre.
• Usualmente ocorrem oito a dez, ou mais evacuações por dia.
• Nos casos mais graves observam-se inúmeras evacuações
mucossanguinolentas, febre elevada e persistente, prostração,
dor abdominal e grave desidratação.
Amebíase
• SIMATOLOGIA:
• Forma sintomática disentérica – colite amebiana:
• Ao exame físico pode-se encontrar além de distensão abdominal
e hepatomegalia, sinais de irritação peritoneal, ou seja, abdome
agudo, que pode ser devido à perfuração intestinal.
• Estes pacientes podem estar com o quadro de síndrome de
resposta inflamatória sistêmica (sepse).
• Os grupos mais vulneráveis para a evolução de formas graves são
crianças de baixa idade, grávidas, indivíduos em terapia com
corticoides e desnutridos.
Amebíase
• DIAGNÓSTICO:
• Manifestações clínicas atribuídas à E. histolytica podem ser
errôneas devido à grande superposição de sintomas comuns à
várias doenças intestinais.
• Na maioria dos casos, principalmente na fase aguda, pode ser
facilmente confundida com a disenteria bacilar, salmoneloses,
síndrome do cólon irritado e esquistossomose.
• Por essas dificuldades de diagnóstico, este só deverá ser
considerado definitivo pelo encontro de parasitos nas fezes.
Amebíase
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
• Usualmente é feito com fezes, soros e exsudatos.
• Embora o exame de fezes seja laborioso, consuma muito tempo na
sua execução e dependa da competência do microscopista, é, sem
dúvida, o mais usado.
• Tem como objetivo identificar trofozoítos ou cistos.
Amebíase
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
• A coleta e o condicionamento das fezes são muito importantes;
• Deve ser coletada sem urina e sem contaminação com outros
materiais e nunca após contato com o solo, pois pode haver
contaminação com amebas de vida livre.
• As fezes podem ser coletadas em conservadores, como Schaudinn,
SAF, álcool prolivinílico, quando estão liquefeitas ou diarreicas e em
formol a 10%, MIF, SAF, quando são formadas ou pastosas.
Amebíase
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
• As fezes devem ser colocadas no fixador, tão logo sejam emitidas e
na proporção de uma parte de fezes para três de conservante;
• Devem ser bem homogeneizadas, para que o conservante atinja
todo o material coletado.
• A verificação do aspecto e da consistência das fezes é muito
importante, principalmente se ela é disentérica e contém muco e
sangue.
• A utilização de fezes liquefeitas após o uso de purgativos (fezes
purgadas) é frequente e, em muitos casos, aumenta a positividade
dos exames.
Amebíase
• DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO:
• Os métodos mais utilizados são:
• ELISA;
• Imunofluorescência indireta;
• Hemaglutinação indireta;
• Contraimunoeletroforese;
• Imunodifusão em gel de ágar;
• Radioimunoensaio;
Amebíase
• DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO:
• Os métodos mais utilizados são:
• Mais utilizados para amebíase extraintestinal;
• As limitações na utilização dos métodos imunológicos são:
• Dificuldades ao preparo e obtenção de antígenos;
• Persistência dos títulos durante meses, e mesmo anos, após
o tratamento.
• Geralmente dão resultado negativo nos casos
assintomáticos.
Amebíase
• TRATAMENTO:
• Os medicamentos utilizados no tratamento da amebíase podem ser
divididos em três grupos:
• Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal.
• Amebicidas tissulares.
• Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal quanto nos tecidos.
Amebíase
• PROFILAXIA:
• Está intimamente ligada à engenharia e à educação sanitária.
• Contudo, mesmo nos países desenvolvidos, ainda encontramos
grande disseminação da E. histolytica, indicando ser o “portador
assintomático” o grande responsável pela manutenção do parasito
no ambiente.
• Portanto, seria de grande valia o exame frequente dos
“manipuladores de alimentos” para a detecção e o tratamento de
algum possível “portador assintomático” que estivesse atuando
como fonte de infecção.
Amebíase
• PROFILAXIA:
• O combate às moscas, especialmente a Musca domestica e a
Chrysomya sp., que frequentam lixos, dejetos humanos e também
alimentos dentro das casas;
• Lavar bem e tratar todos os alimentos crus:
• As verduras devem ser mergulhadas por 15 minutos numa
solução de 0,3 g de permanganato de potássio para 10 litros de
água ou três gotas de iodo por litro de água.
• Lavar as verduras em água corrente, limpa.
Tricomoníase
• Agente etiológico:
• Trichomonas vaginalis;
• É uma célula polimorfa, tanto no hospedeiro natural como em meios
de cultura.
• Os espécimes são elipsoides ou ovais e algumas vezes esféricos.
Tricomoníase
• Agente etiológico:
• O protozoário é muito plástico, tendo a capacidade de formar
pseudópodes, os quais são usados para capturar os nutrientes e se
fixar em partículas sólidas.
• Em preparações fixadas e coradas, o parasito é tipicamente
elipsoide, piriforme ou oval medindo em média 9,7 pm de
comprimento (variando entre 4,5 a 19 pm) por 7 pm de largura
(variando entre 2,5 a 12,5 pm).
• Os organismos vivos são um terço maiores.
Tricomoníase
• Agente etiológico:
• Contrariando o que ocorre na maioria dos protozoários, não há
formação de cistos e, como todos os tricomonadídeos, T. vaginalis
apresenta somente o estágio de trofozoíto.
• Muitos autores têm descrito pseudocistos ou formas endoflageladas
como estruturas arredondadas, imóveis, aparentemente com os
flagelos internalizados.
• Porém, ainda existe dúvida sobre o papel dessas formas no ciclo
biológico do parasito.
Tricomoníase
• Agente etiológico:
• Local da Infecção
• T. vaginalis habita o trato geniturinário do homem e da mulher,
onde produz a infecção e não sobrevive fora do sistema
urogenital.
• Reprodução
• A multiplicação, como em todos os tricomonadídeos, ocorre por
divisão binária longitudinal.
Tricomoníase
• FORMAS DE TRANSMISSÃO:
• É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST);
• Alta frequência de infecção da uretra e/ou próstata em parceiros
de mulheres infectadas;
• Nestes casos, a cura da vaginite somente é atingida quando os
parceiros também aderem ao tratamento;
• A infecção é observada com mais frequência em mulheres
assistidas em clínicas de DSTs e em prostitutas que em mulheres
no período pós-menopausa e virgens;
Tricomoníase
• FORMAS DE TRANSMISSÃO:
• É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST);
• Atualmente, admite-se que a transmissão não sexual é incomum
e pode ser aceita para explicar a tricomoníase em crianças
incluindo os recém-nascidos, como também em virgens;
• Estima-se que 2 a 17% de meninas recém-nascidas de mães
infectadas por T. vaginalis podem adquirir infecção no trato
urinário ou na vagina;
Tricomoníase
• T. vaginalis tem se destacado
como um dos principais
patógenos do trato urogenital
humano;
• Associado a sérias complicações
de saúde;
• Vários estudos mostram que T.
vaginalis promove a transmissão
do vírus da imunodeficiência
humana (HIV);
Tricomoníase
• É causa de baixo peso de bebês
tem como de nascimento
prematuro;
• Predispõe mulheres à doença
inflamatória pélvica atípica,
câncer cervical e infertilidade.
Tricomoníase
• SIMATOLOGIA:
• T. vaginalis apresenta alta especificidade de localização, sendo
capaz de produzir infecção somente no trato urogenital humano,
pois não se instala na cavidade bucal ou no intestino;
• Causa sintomas diferenciados em homens e mulheres;
Tricomoníase
• SIMATOLOGIA:
• Mulheres:
• O espectro clínico da tricomoníase varia da forma assintomática (80%
dos casos) ao estado de vaginite aguda;
• Poderá ser observada uma secreção cervical mucopurulenta em
infecções genitais associadas a Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia
trachomatis ou herpes simples.
• Provoca uma vaginite que se caracteriza por:
• um corrimento vaginal fluido abundante de cor amarelo-
esverdeada;
• Bolhoso;
• Odor fétido;
• Mais frequente no período pós-menstrual.
Tricomoníase
• SIMATOLOGIA:
• Mulheres:
• O processo infeccioso é acompanhado de prurido ou irritação
vulvovaginal de intensidade variável e dores no baixo ventre.
• A mulher apresenta dor e dificuldade para as relações sexuais
(dispareunia de introito);
• Desconforto nos genitais externos;
• Dor ao urinar (disúria);
• Aumento da frequência miccional (poliúria);
• A vagina e a cérvice podem ser edematosas e eritematosas, com
erosão e pontos hemorrágicos na parede cervical, conhecida como
colpitis macularis ou cérvice com aspecto de morango.
Tricomoníase
• SIMATOLOGIA:
• Homens:
• Comumente assintomática;
• Ou apresenta-se como uma uretrite com fluxo leitoso ou
purulento e uma leve sensação de prurido na uretra.
• Pela manhã, antes da passagem da urina, pode ser observado
um corrimento claro, viscoso e pouco abundante, com
desconforto ao urinar (ardência miccional) e por vezes hiperemia
(vermelhidão) do meato uretral; durante o dia, a secreção é
escassa.
Tricomoníase
• SIMATOLOGIA:
• Homens:
• Nos portadores assintomáticos, o parasito permanece na uretra
e talvez na próstata.
• As seguintes complicações são atribuídas a este organismo:
• Prostatite;
• Balanopostite (inflamação da glande e do prepúcio);
• Cistite;
• Este protozoário pode se localizar ainda na bexiga e na vesícula
seminal.
Tricomoníase
• DIAGNÓSTICO:
• Clínico:
• O diagnóstico da tricomoníase não pode ser baseado somente
na apresentação clínica, pois a infecção poderia ser confundida
com outras DSTs;
• A investigação laboratorial é necessária e essencial para o
diagnóstico da tricomoníase uma vez que leva ao tratamento
apropriado e facilita o controle da propagação da infecção.
Tricomoníase
• DIAGNÓSTICO:
• Laboratorial:
• Coleta da Amostra
• Homem: para que os procedimentos de diagnóstico tenham
sucesso:
• Os homens deverão comparecer ao local da coleta pela
manhã, sem terem urinado no dia e sem terem tomado
nenhum medicamento tricomonicida há 15 dias.
• O material uretral é colhido com uma alça de platina ou com
swab de algodão não absorvente ou de poliéster.
• O organismo é mais facilmente encontrado no sêmen do que
na urina ou em esfregaços uretrais.
Tricomoníase
• DIAGNÓSTICO:
• Laboratorial:
• Coleta da Amostra
• Homem: para que os procedimentos de diagnóstico tenham
sucesso:
• Uma amostra fresca poderá ser obtida pela masturbação em
um recipiente limpo e estéril.
• Também deve ser examinado o sedimento centrifugado (600 g
por 5 min) dos primeiros 20 mL da urina matinal.
• A secreção prostática e o material subprepucial são coletados
com um swab molhado em solução salina isotônica (0,15 M)
tépida.
Tricomoníase
• DIAGNÓSTICO:
• Laboratorial:
• Coleta da Amostra
• Mulher: as mulheres não deverão realizar a higiene vaginal durante
um período de 18 a 24 horas anterior à coleta do material;
• Não devem ter feito uso de medicamentos tricomonicidas, tanto
vaginais (géis e cremes) como orais, há 15 dias.
• A vagina é o local mais facilmente infectado e os tricomonas são
mais abundantes durante os primeiros dias após a menstruação.
• O material é usualmente coletado na vagina com swab de algodão
não absorvente ou de poliéster, com o auxílio de um especulo não
lubrificado.
Tricomoníase
• DIAGNÓSTICO:
• Laboratorial:
• O exame microscópico convencional de preparações a fresco e
de esfregaços fixados e corados, junto com os métodos de
cultivo, são os procedimentos laboratoriais mais comumente
empregados no diagnóstico da tricomoníase urogenital.
Tricomoníase
• TRATAMENTO:
• O tratamento mais comum é feito com Metronidazol, um
antiprotozoarico;
• T. vaginalis não é sensível aos antibióticos e atualmente existe um
• aumento nos casos de isolados resistentes ao metronidazol.
• Em gestantes esses medicamentos não devem ser usados via oral
somente pela aplicação local de cremes, géis ou óvulos.
Tricomoníase
• PROFILAXIA:
• Incontestavelmente, o mecanismo de contágio da tricomoníase é a
relação sexual, portanto o controle da mesma é constituído das mesmas
medidas preventivas que são tomadas no combate às outras DSTs.
• Na abordagem dos pacientes com DST são essenciais os dados sobre:
• A data do último contato sexual;
• Número de parceiros;
• Hábitos e preferências sexuais;
• Uso recente de antibióticos;
• Métodos anticoncepcionais e história pregressa desse tipo de
doença.
Tricomoníase
• PROFILAXIA:
• Convém salientar que a presença de uma DST é fator de risco para
outra. Preconizam-se estratégias de prevenção às DSTs, tais como:
• Prática do sexo seguro, que inclui aconselhamentos que auxiliam
a população a fazer as escolhas sexuais mais apropriadas para a
redução do risco de contaminação com os agentes infecciosos;
• Uso de preservativos;
Tricomoníase
• PROFILAXIA:
• Abstinência de contatos sexuais com pessoas infectadas;
• Limitação das complicações patológicas mediante
administração de um tratamento imediato e eficaz, tanto para os
casos sintomáticos como para os assintomáticos, ou seja,
tratamento simultâneo para parceiros sexuais, mesmo que a
doença tenha sido diagnosticada em apenas um dos membros
do casal.

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