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Cryptosporidium sp.

• Pertence ao filo Apicomplexa e a família Cryptosporidiidae;


• Espécies de importância médica principais:
o Cryptosporidium parvum– mamiferos
o C. hominis – homem
• Baixa especificidade de hospedeiros
• Pode causar reinfecção em um mesmo hospedeiro
• Habitat: intestino delgado. Indivíduos imunocomprometidos: estômago, sistema
biliar, pâncreas e sistema respiratório.
• É um protozoário considerado intracelular, mas extracitoplasmático.
• Oocistos já são eliminados infectantes.
• Morfologia:
o Oocistos são arredondados ou ovóides e possuem em seu interior 4
esporozoítas alongados
o Resistem à filtração e à cloração normal da água
• Ciclo biológico:
o Possui uma fase de reprodução assexuada por esquizogonia e uma fase
de reprodução sexuada por gametogonia e esporogonia;
o Apresenta duas divisões esquizôgonicas: a primeira resulta em
esquizontes tipo I, que se diferenciam em merozoítos;
o Os merozoítos geram os esquizontes tipo II, que geram em média 4
merozoítos tipo II;
o Os merozoítos tipo II dão início ao ciclo sexuado, gerando gametócitos e
gametas;
o Após a fecundação o zigoto se diferencia em oocisto com 4 esporozoítos
em seu interior;

• Patogenia e manifestações clínicas:


o O estado imunológico do hospedeiro determina evolução da infecção:
Imunocompetentes x imunocomprometidos
o Não há ruptura da célula mas há destruição das microvilosidades
(atrofia das vilosidades): redução na absorção de alimentos, síndrome da
má absorção.
o Indivíduos imunocompetentes: assintomático e infecção auto limitante;
o Sintomatologia clínica principalmente em indivíduos imunocomprometidos,
sendo os sintomas mais frequentes: diarréia aquosa; cólicas abdominais,
perda de peso, febre, vômito, anorexia, dor de cabeça e fadiga
o Os sintomas agudos começam abruptamente e podem persistir 1 a 2
semanas. O número médio de evacuações é de 6 vezes ao dia, mas há
relatos de até 20 vezes.
o Sintomas podem aparecer em ciclos.
• Confirmação de diagnóstico:
o Amostras biológicas
• Fezes (a fresco ou conservadas em formalina 10% tamponada)
• Escarro, lavado bronco-alveolar
o São várias as metodologias utilizadas para coloração dos oocistos: Antes
de proceder a técnica de coloração, as amostras podem ser concentradas
ou não por técnicas de centrífugo-sedimentação (Ex:Ritchie modificado)
ou centrífugo-flutuação (Ex: Sheather)
o Confecção de esfregaços fecais e coloração através do Ziehl-Neelsen,
Tricrômica ou Safranina-azul de metileno: coloração avermelhada
o Testes imunológicos: ELISA e IFI
o Diagnóstico Molecular.
• Epidemiologia:
o Distribuição cosmopolita;
o É uma zoonose;
o Ocorrência maior em climas quentes e úmidos e em países em
desenvolvimento;
o Principal fonte de infecção é a água (Passivo oral). Fontes de infecção
menos importantes são: ingestão de alimentos contaminados, inalação dos
oocistos e contato com pessoas ou animais infectados.
• Profilaxia:
o Dificultada devido ao fato dos oocistos serem resistentes aos principais
processos de tratamento da água;
o Água deve ser fervida ou filtrada através de filtros especiais. Os
alimentos devem ser lavados e bem cozidos;
o Emprego de medidas de saneamento básico e educação sanitária;
o Higiene pessoal.

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