INSTITUTO POLITÉCNICO MEDIO

DE MOÇAMBIQUE (INSPOM)

Curso: TEG - 2022

Disciplina: Microbiologia e
Parasitologia

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Sub. Modulo 2:Introdução a Bateriologia Medica

SUMARIO
CORYNEBACTERIUM
MICOBACTÉRIAS

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Medica
Objetivos de aprendizagem
 Caracterizar as baterias
 Citar as principais doenças causadas por baterias
 Identificar os principais métodos de estudo das
baterias de interesse clínico.
 Indicar os principais sintomas causados pelas
baterias;
 Indicar as formas de contágios das baterias;
 Indicar as formas de prevenção;

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Medica
BACILOS Esporulados GRAM POSITIVOS
•Principais bacilos Gram positivos de importância
clínica.
Bactérias consideradas:
•Corineformes Arcanobacterium spp.,
•Corynebacterium spp.,
•G. vaginalis, Oerskovia spp.,
•Rhotia spp.

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BACILOS Esporulados GRAM POSITIVOS

• Bacilos Gram positivos regulares - Erisipelotrix

spp., Listeria spp., Kurthia spp.
• Esporulados - Bacillus spp.
• Bacilos ramificados (Actinomycetos) - Nocardia
spp., Rhodococcus spp., Streptomyces spp.

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CORYNEBACTERIUM - Principais características:

• bacilos , gram-positivas da família Corynebacteriaceae.
• Podem ser aeróbicas ou anaeróbicas facultativas;
• são quimiorganotróficas,
• Não esporulantes e pleomórficas
• Não se ramificam
• Não são alcool-ácido resistentes
• Catalase positivas
• Imóveis

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CORINEBACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA
• Considera-se fundamental o laboratório de
microbiologia poder caracterizar ou afastar a
possibilidade de isolamento das espécies de C.
diphtheriae e C. ulcerans que podem produzir a
toxina diftérica.
• Outra espécie de importância em infecções
hospitalares e frequentemente isolada em
material clínico é a C. jeikeium.

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Corynebacterium diphtheriae
• É uma bactéria comensal da pele e mucosas da
orofaringe;
• A distribuição mundial desta bactéria mantém-se
em portadores assintomáticos e não-vacinados.
• É um anaeróbio facultativo;
Transmissao
• Por inalação ou contacto com feridas ou pele
infectada.
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Patologias
• Difteria Respiratória: doença do tracto
respiratório superior caracterizada por inchaço
da garganta, febres baixas e com a presença de
pseudomembranas nas tônsilas, faringe e/ou
cavidades nasais.
• Pode causar complicações tóxicas disseminadas.
• Difteria Cutânea.
• Faringite e Endocardite: em estirpes não
toxigénicas.
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Prevenção
• Antigamente comum, a vacina DTPHib tem ajudado a
erradicar a doença (que está espalhada mundialmente e
onde a taxa de vacinação é baixa).
Terapêutica
• Em caso de infecção pode-se optar pela
penicilina/eritromicina ou pela antitoxina da difteria.
Diagnóstico
• É feito a partir da observação microscópica de culturas,
ou pelo teste de Elek por toxicidade.

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Medica
BACILOS Esporulados GRAM POSITIVOS
MICOBACTÉRIAS – MORFOLOGIA
• Mycobacterium ou micobactéria é um gênero
de actinobactérias bacilares ou são germes com
formato de bacilos finos;
• Aeróbicas obrigatórias;
• Imóveis e altamente patogênicas;
• Causam diversas doenças, sendo as mais
famosas Hanseníase e Tuberculose.
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Micobactérias – características
• Existem três espécies de micobactérias com uma
significante expressão clínica:
1. Mycobacterium tuberculosis (agente etiológico da
tuberculose);
2. M. leprae (agente etiológico da hanseníase) e
3. M. bovis (agente etiológico da tuberculose em bovinos,
mas que pode contaminar o homem, causando a
tuberculose intestinal).
PATOGENICIDADE
• São disseminadas entre os indivíduos por meio de
gotículas de saliva contaminadas;
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BACILOS Esporulados GRAM POSITIVOS

Mycobacterium tuberculosis
 Isolado em 1882 por Robert Koch (‘bacilo de
Koch’), é um patogénio intracelular;
 Fagocitado por macrófagos a nível dos alvéolos
pulmonares.
 A doença provocada por esta bactéria deve-se
essencialmente à resposta do hospedeiro à
infecção.
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BACILOS Esporulados GRAM POSITIVOS

Patologias - Tuberculose:
• É uma das doenças infecciosas documentadas
desde mais longa data e que continua a afligir a
humanidade nos dias atuais.
• Contatos próximos (pessoas que tem contato
frequente) têm alto risco de se infectarem (taxa
de infecção de 22%).

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BACILOS Esporulados GRAM POSITIVOS
Transmissão
Se dissemina através de gotículas no ar que são
expelidas quando pessoas com tuberculose
infecciosa tossem, espirram, falam ou cantam.
• Ocorre somente a partir de pessoas com
tuberculose infecciosa activa (e não de quem
tem a doença latente).

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Diagnóstico ,
• Radiográfica da patologia e na detecção laboratorial
do Mycobacterium
• Ziehl-Neelsen ou fluorocromo auramina.
Prevenção:
• A vacina BCG, contendo M. bovis atenuado, é utilizada
para prevenir a infecção e é administrada a todos os
recém-nascidos.
Tratamento
• antibióticos

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Manifestações clínicas da tuberculose.
• Tosse (por mais de 15 dias);
• Febre (mais comumente ao entardecer),;
• Suores noturnos,
• Falta de apetite,
• Emagrecimento,
• Cansa€o fcil e, em casos terminais,
• Hemoptise (regurgita€‚o de sangue).

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BACILOS Esporulados GRAM POSITIVOS
Mycobacterium leprae
• De maneira semelhante ao M. tuberculosis, esta bactéria
sobrevive no interior de macrófagos e a patologia
causada deve-se essencialmente à resposta imunitária do
hospedeiro.
Patologias
• Lepra ou Hanseníase
Transmissão
• Gotículas respiratórias;
• Contacto com a pele de pacientes com a forma
lepromatosa
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Sintomas
• Lesões da pele, mucosas e nervos periféricos.
• Redução ou ausência da sensibilidade
Diagnóstico
• Directamente a partir de raspado nasal ou das
lesões.
• Ziehl-nelsen
Tratamento
• Antibióticos.
Prevencao: não há vacina
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M. tuberculosis
a Bateriologia
M. leprae
Medica
Doenca Tuberculose Lepra
Caracteristica Bastonetes alcol-acido Bastonetes aerobios acido- alcool
resistentes, catalase-positive, resistentes
aerobios.
Habitat Pulmoes humanos O corpo do ser humano
Transmissao Goticulas respiratoriasa Goticoluas respiratorias, contacto com
a pele de pacientes com a forma
lepromatosa
Diagnostico Coloracao de ziehl-Nielsen. Teste de lepromina para os com a
Cultura em Lowenstein- forma tuberculoide. Ziehl-nelsen
Jensen.PPD (mantu)
Tratamento Rifampicina, isoniazida e Dapsona e rifampicina para forma
pirazinamida por 6 a 9 meses tuberculoide mais clofazamina para a
lepromatosa por 2 anos.

Prevencao BCG previne ou limita a Nao ha vacina. Dapsona para os

extensao da doenca mas nao individuos de risco.quarentena no inicio
evita a infeccao. INSPOM - Amuza Gramane
do tratamemto.
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Bacilos gram-positivos - Género Clostridium
• Formadores de esporos.
• Alguns formam cápsula e podem ser móveis –
flagelos perítricos.
• São anaeróbios estritos, mas alguns são
aerotolerantes.
• Eles são ubiquitários: podem encontrar-se em
diversos lugares como no solo, na água, nos
esgotos, na flora gastrointestinal do homem e de
diversos animais.
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Clostridium perfringens
• Amplamente distribuído na natureza - solo, água e TGI
• Gangrena gasosa ou mionecrose
• Ocorre geralmente após trauma ou ferimento – rápida
progressão e alta taxa de mortalidade
• Destruição tecidual com toxicidade sistêmica –
decorrente da produção de metabólitos e dispersão da
bactéria para outros sítios
• Causada por toxinas

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Clostridium perfringens
 Os factores de virulência (estruturas, produtos
ou estratégias que as bactérias utilizam para
“driblar” o sistema de defesa do
hospedeiro e causar uma infecção}
 são imensos, pois esta bactéria produz muitas
toxinas, desde fosfolipases (toxina α), proteases
(toxina λ) até toxinas hemolíticas (toxina δ).
Transmissão
 Inoculação em tecidos profundos lesados
(onde não haja O2).
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Patologias
• Celulite;
• Miosite supurativa ou fasciite, com exsudato purulento
com cheiro fétido;
• Mionecrose: causa destruição rápida e dolorosa de
tecidos musculares, com elevada mortalidade se se
espalhar sistemicamente;
• Intoxicação alimentar;
• Enterite necrosante;
• Septicémia.

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Diagnóstico
• Observação microscópica de culturas em
anaerobiose, ou do exame directo das amostras
biológicas.
Prevenção
• A limpeza cuidada e o tratamento das feridas,
acompanhada pelo uso de antibióticos previne a
maioria das infecções.
Terapêutica
• deve-se efectuar o desbridamento cirúrgico das
feridas e usar penicilina.
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Clostridium tetani
• É um bacilo móvel e formador de esporos.
• são anaeróbios estritos (difíceis de isolar a partir de
especímenes clínicos).
• Como colonizam o tracto gastrointestinal dos animais,
muitos dos seus esporos vão-se encontrar no solo.
Patologias:
• Tétano generalizado, localizado ou neonatal (mais de
metade); a mortalidade é de 30-50%.
Transmissão
• Por inoculação dos esporos em tecidos lesados.
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Medica
Sintomas
• Rigidez muscular, espasmos musculares e dificuldade de
engolir
Diagnóstico
• Apresentação clínica.
Prevenção
• Existe vacina para o tétano, com doses de reforço a cada
10 anos.
Terapêutica
• Penicilina ou metronidazol e pelo desbridamento da
ferida
Controle: vacina
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Clostridium botulinum
• É um bacilo anaeróbio estrito, com um crescimento
fastidioso.
• É ubiquitário, sendo encontrado no solo e na água por
todo o mundo.
• As estirpes associadas com doença humana produzem
lipase, proteínas digestivas de leite, hidrolisam gelatina
e fermentam glucose.
• Produz uma das sete toxinas botulínicas (A-G). A cadeia
leve ou A é uma neurotoxina que bloqueia a
neurotransmissão, impedindo a libertação de
acetilcolina, o que causa uma paralisia flácida.
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Patologias:
• Botulismo alimentar: intoxicação alimentar (conservas,
mel);
• Botulismo infantil: quadro clínico muito disperso,
incluindo morte súbita;
• Botulismo de feridas;
• Botulismo inalatório: maior rapidez dos sintomas e
maior mortalidade.
A morte acontece por paralisia respiratória.

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Sintomas
• Fraqueza muscular
• Vómitos
• Tremores
• Boca seca
• dificuldade de engolir.
Diagnóstico
• O diagnóstico é feito pelo isolamento do bacilo
em cultura de fezes e de alimentos ou pela
detecção da toxina no soro.
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Prevenção
• Manutenção dos alimentos refrigerados ou em pH
ácido (evita a germinação dos esporos) e/ou
aquecimento a 60-100°C para destruir as toxinas.
• Para evitar o botulismo infantil, deve-se evitar o
consumo de alimentos contaminados (particularmente
o mel, que não deve ser dado a crianças com menos de
1 ano de idade).
Terapêutica
• Penicilina ou metronidazol, antitoxina botulínica
trivalente (A, B e E) e suporte ventilatório.
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 Bibliografia
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Guanabara Koogan, 2002.
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3. - LIMA, F.A; Sampaio, M. C. O papel do timo no desenvolvimento do sistema
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4. - JANEWAY, C.; TRAVERS, P.; WALPORT, M.; SHLOMCHIK, M. J. Imunobiologia.
O sistema imunológico na saúde e na doença. 7. ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.
5. - Mayer, G; Tradução: Myres Hopkins. Imunidade inata (não específica).
Disponível em: http://pathmicro.med.sc.edu/portuguese/immuno-port-
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Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/antigeno-
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• TORTORA, G.J, FUNKE, B. R, CASE, C. L. Microbiologia. -8. ed.-Porto Alegre:
Artmed, 2005.
• HÁRSI, C.M. Patogênese Viral. Instituto de Ciências Biomédicas
Departamento de Microbiologia. BMM-280 – 2009.
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