Você está na página 1de 11

Resumos Microbiologia e Imunologia

• RISCOS FÍSICOS (VERDE):


“Energia” –
equipamentos/radiação/ umidades /ruídos...

• RISCOS QUÍMICOS: (VERMELHO):


➢ MICRORGANISMOS: são seres vivos
Contaminantes do ar, substâncias tóxicas,
bastantes pequenos, que só podem ser vistos
explosivas, corrosivas, fumos, névoas,
com o auxílio de um microscópio.
gases...
OS microrganismos pertencem a três dos cinco
reinos: • RISCOS BIOLÓGICOS: (MARROM):
Provenientes de seres vivos, vírus, bactérias,
• MONERA BACTÉRIAS fungos e parasitas.
• PROTOZOÁRIOS E ALGAS PROTISTAS
• FUNGOS FUNGI. • RISCOS ERGONÔMICOS: (AMARELO):
• CÉLULA COMUM A TODOS OS SERES Elementos físicos e organizacionais. ex.
VIVOS. postura/ iluminação/assédio moral.

➢ Procariontes são encontrados em hospedeiros • RISCOS DE ACIDENTES: (AZUL):


humanos saudáveis: *primário: própria fonte de risco (p.f.r), ex.
perfuro. *secundária: p.r.f + condição
insegura ligada ao ser humano. ex. perfuro
descartado em lixo comum.

Fluido cerebroespinhal: líquor ou LCR;


sangue; bexiga; útero; trompas; ouvido • Como minimizar os riscos? Barreiras de
médio; SEIOS PARANASAIS; RINS. contenção: uso de EPIS e EPCS.

➢ LIMPEZA/DESINFECÇÃO/
ESTERILIZAÇÃO:
 Microg. Podem ser maléficos, benéficos e
servem como barreira para os seres humanos • Limpeza: remove sujidade por meio de
(laboratório, medicina entre outros). ação física: detergente/água. Material
não crítico (aparelhos de pressão....)
• Desinfecção: destrói 99%dos
microrganismos. Semicrítico. Níveis:
DE alto/médio e baixo. Indicação
respectivamente: hospital/ubs/nutrição.
➢ Conjunto de ações voltadas para prevenir, • Esterilização: destrói ou remove tudo.
minimizar ou eliminar riscos inerentes a Realizada por meios físicos ou
químicos (instrumentos). Crítico.
qualquer atividade de pesquisa e a saúde do
homem.
➢ Laboratório realiza: planeja, executa, ➢ Calor (método mais importante): desnatura
acompanha, registra, arquiva e apresenta o proteínas/ elimina por processo de oxidação/
resultado. lesão dos ácidos nucleicos.
➢ Química: inibição do metabolismo.
➢ RISCOS DO LABORATÓRIO: ➢ Necrose: ruptura da membrana.
➢ Medida primária e pilar para prevenção e
controle de infecções Hospitalares (IRAS).
• As bactérias de importância médica são
caracterizadas:

❖ Tamanho:

❖ Forma:
➢ MICROBIOTA DA PELE:
• Transitória: bactérias, fungos e vírus. • ESFÉRICA cocos grupo homogênio
Sobrevive em curto período. Adquirida em células menores;
contato com paciente.
• Resistente: aderida a camadas mais
profundas, resistente a remoção. Bactérias • CILÍNDRICA bacilos forma de bastão
da microbiota. longos ou delgados, pequenos ou grossos,
extremidade reta ou redonda;
 IRAS: infecção relacionada a assistência a
saúde: grande problema para segurança do • ESPIRALADA ESPIRILOS corpo
paciente. 2002: criado protocolo de rígido e se movem ás custas de flagelos
higienização das mãos. 2004: OMS criou externos;
programa de segurança do paciente.

5 MOMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS • ESPIROQUETAS são flexíveis e


MÃOS: 2 ANTES (AT) E 3 APÓS(AP). locomovem-se as custas de contrações do
1. At do contato com o pact; citoplasma;
2. At de realizar procedimento asséptico;
3. Ap exposição de fluidos corporais;
4. Ap contato com pact;
5. Ap contato com ambiente próximo ao pact.

➢ Higienização das mãos com água e sabão /  Formas de transição: cocobacilos e vibriões;
com anti-sépticos/e das mãos cirúrgicas
(retirar anéis, relógios e pulseiras). ❖ ARRANJO: COCOS:
• Diplococos: cocos agrupados aos
pares;
• Tétrade: agrupados de 4 cocos; • Atípica: micobactérias, espiralados,
sarcina: 8 cocos em forma cúbica; clamídias e riquétsias.
• Estreptococo: cocos agrupados em
cadela
• Estafilococos: cocos em arranjos
irregulares.

❖ ARRANJO: BACILOS:
A. Bacilo isolado;
Principais colorações:
B. Bacilo diplobacilos;
C. Estreptobacilos; ➢ Coloração de gram; esfregaço bacteriano,
fixado pelo calor, com os reagentes: crista
violeta; lugol; etanol-acetona; fuscina.
• FLAGELO: o flagelo é um longo filamento que Caracteriza-se em classificar as bactérias em
se estende externamente até a parede celular, estrutura e composição, pelo teor lípidico da
constituído por proteína flagelina e funciona parede célular.
como uma estrutura de locomoção.
Técnica da coloração de gram:
TIPOS:
1- Preparo esfregaço
2- Aplicação do corante primário; (violeta de
genciana)
3- Aplicação do fixador; (iodo)
4- Descoloração; (lava e aplica acetona)
5- Aplicação do corante secundário; (fucsina
básica)
6- Microscopia;

• FIMBRIAS E PILI: Fímbrias (pili), são


microfibrilas (curtas e delgadas) proteicas,
características das bactérias gram-negativas,
auxiliam as células a aderirem a superfícies. O
pili sexual une as células para transferência de
DNA. As fímbrias fixam as bactérias ao
substrato e em outras células.

• CÁPSULA OU SBSTÂNCIA LIMOSA: tem


matriz polissacarídea (polímeros de açúcar).
sua função é impedir que a célula seja
fagocitada por células de defesa; proteger
contra desidratação; torna a bactéria
impermeável. ➢ Coloração de ziehl-neelsen (pesquisar de baar);
coloração de esporos; de cápsula; de
• BACTÉRIAS: espiroquetas;
• Sem parede célular: micoplasmas e
ureaplasmas;
• Com parede célular:
• Típica: gram+ e gram-;
• Pré-sintomáticas: período de incubação:
1° contato com vírus até manifestação do
primeiro sintoma (0 a 14 dias).
• Sintomáticas: apresenta sintomas da
doença, podem ser leves ou graves.

“A SAÚDE É UM ESTADO DE COMPLETO BEM ESTAR


FÍSICO, MENTAL E SOCIAL, E NÃO SOMENTE
❖ A interação patógeno-hospedeiro é descrita
AUSÊNCIA DE DOENÇA OU ENFERMIDADE”. OMS-
07/04/1948. como a maneira em que os microorganismos
ou vírus sustentam-se dentro de seus
➢ Doença é o conjunto de sinais e sintomas hospedeiros, em um nível molecular, celular,
específicos que afetam um ser vivo, alterando o organismo e/ou populacional.
seu estado normal de saúde.
❖ Parasita organismo que vive em outro
➢ Tríade epidemiológica das doenças: organismo e vive através de seus recursos,
Desequilíbrio desse sistema leva ao como nutrientes. Outros tipos de parasitas:
surgimento e /ou aumento de casos de bactérias, vermes e protozoários.
doenças.

➢ hospedeiro (assexuado / sexuado)


(pessoa) susceptível

Imunologia estuda o sistema imunológico e as


condições que podem afetá-lo. Composto por
linfócitos, leucócitos e fagócitos (realizam a
defesa).

VETOR ➢ Imunidade: sistema imune e a resposta imune.


TRANSPORTA
agente AGENTE meio sistema imune: conjunto de células, tecidos,
ETIOLÓGICO E órgãos e moléculas que mantém a homeostasia
TRANSMITE ambiente
DOENÇAS do organismo. Função de proteção contra vírus
e bactérias.
Células (células estaminais - tem origem na
➢ Agente etiológico: é o causador ou médula óssea), m.o dá origem e matura todas as
responsável por uma doença. Agente células do sist. Imune, plaquetas e eritrócitos.
infeccioso. (tempo) Somente os linfócitos t que a maturação é no
➢ Meio ambiente: lugar (mudanças timo.
climáticas, condições socioeconômicas e Resposta imune: defesa do corpo através do
culturais). sistema imunológico/ sist. Imune. Existe dois
PATOGÊNESE X VIRULÊNCIA tipos: existe numerosas conexões entre as duas.

➢ Patogênese: determina se uma bactéria é capaz • Inata, natural ou não específica:


ou não de causar doença. Virulência: é primeira linha de defesa, resposta
contínua e refere a intensidade do dano rápida, não requer exposição prévia,
causado. não são modificados por exposições
➢ Infecções sintomáticas e assintomáticas: repetidas ao patógeno. Estimula a
• Assintomáticas: sem sintomas clínicos; adaptativa. Mecanismos e componentes
da resposta inata: barreira física e
química (epitelial e antimicrobiana);
células (fagócitos, dendríticas e nks);
proteínas sanguíneas (sistema ➢ LEUCÓCITOS: Importante papel na resposta
complemento- mecanismo efetor mais imune; grânulos citoplasmáticos; mediadores
importante - combate micror. Por meio inflamatórios e antimicrobianos; ação contra
de duas reações: recrutamento de helmitos e reações alérgicas:
fagócitos e destroem microrganismos
no processo inflamação); • Mastócitos: localização marginal e
tecidual a vasos sang.; responde
• Adaptativa: imunidade adquirida ou rapidamente a agressores; origem na
específica: mais lenta e específica mo; células inatas; não encontrados na
(mediada por linfócitos); requer circulação; receptores membranosos
exposição prévia; resposta aumentada de alta afinidade a ige;
por exposições repetidas ao patógeno;
reconhecem e reagem a substâncias e • Basófilos: células que apresentam
tem especificidade de memória (células grânulos maiores que os dos neutrófilos e
de memória são mais numerosas que os eosinófilos e núcleo grande e de formato
linfócitos); irregular que lembra a letra “s”. Sua
• Intensificam e capacitam os função é liberar histamina e heparina,
mecanismos protetores da imunidade funcionando, respectivamente, em
inata. Erradicam infecções. respostas alérgicas e evitando a
coagulação do sangue.

➢ EOSINÓFILOS: defesa contra infecção;


proteínas básicas que se ligam a corantes
acídicos; derivados da mo; atuam contra
parasitas e agentes infecciosos;

➢ FAGÓCITOS: Recruta/reconhece/ativa/
ingere e fagocita. (promove e regula resposta
imune). ❖ células apresentadoras de antígenos (apcs):
• Neutrófilos: glóbulos brancos na apresenta antígeno ao linfócito t. comunica
corrente sanguínea; primeira linha de células do sistema imune inato e adaptivo;
reconhecimento e defesa; realizam principais tipos de células apcs: células
diapedese; produzidos na mo; morrem dendriticas, macrófagos e linfócitos b;
por apoptose após fagocitose.
❖ células dendriticas: receptores que reconhecem
moléculas produzidas pelos microrganismos e
• Fagócitos mononucleares: respondem com a produção de citocinas; em
Macrófagos (tecidos) /monócitos resposta a ativação por patógenos tornam-se
(sangue): núcleo em formato de móveis, migram para os ganglios linfáticos e
feijão; produzem mediadores apresentam os antígenos aos linfócitos t.
inflamatórios; ativados por desenvolvimento dependente de citocina;
citocinas, matam micror. Na
ativação clássica e na ativação ❖ linfócitos: principal célula funcional; células da
alternativa remodela e repara o imunidade adaptativa; expressam receptores
tecido; no tecido realizam antígenos, encontram-se nos lifonodos; faz
fagocitose; age de forma específica; parte do grupo das células dos leucócitos;
alerta o sist. Imune. combate agente infec. por resposta humoral e
• Linfócitos: leucócitos que podem ser citotóxica mediada por células; produzida na
divididos em linfócitos b e t. mo; as principais funções dos linfócitos t
incluem a ativação de fagócitos, componentes do sangue: as hemácias
morte de células infectadas e auxílio para (glóbulos vermelhos), os leucócitos
as células b. (glóbulos brancos) e as plaquetas. No
embrião (por volta da 7° e 8° semana) a
❖ subgrupos de linfócitos: são diferentes em hematopoiese ocorre principalmente na
funções e produtos proteicos; vesícula vitelínica, no fígado, baço e
medula óssea, onde continua até a vida
morfologicamente iguais; marcadores que
adulta. Hematopoese pós-nascimento: o
identificam e diferenciam vírus de bactérias;
único local de produção dos eritrócitos,
linfócitos b: responsáveis por uma modalidade granulócitos e plaquetas é na mo. A
de defesa chamada imunidade humoral hematopoiese extramedular, feita pelo
produzem anticorpos e tem tempo de vida fígado e baço, é considerada um
variável; linfócitos t: funções imunológicas de mecanismo fisiológico
efetuação de respostas antivirais, seja através compensatórioquando ocorre lesão ou
da produção de citocinas ou eliminando neoplasia na médula.
ativamente células infectadas. produzidos na
mo e completam a maturação no timo; • Timo: é um órgão linfático situado na
parte anterior e superior da cavidade
❖ ativação dos linfócitos: as células dendriticas torácica, próximo ao coração; local de
são as principais ativadoras dos linf t; linf b maturação das células t;
imaturo é uma célula b que não foi exposta a
um antígeno, quando exposto o linf b se torna • Sistema linfático: principal sistema de
uma célula b de memória ou um plasmócito defesa; são órgãos encapsulados e
vascularizados; vasos especializados para
(célula secretora de anticorpos) com
drenagem de fluidos dos tecidos para os
especificidade para esse antígeno; principais
linfonodos; favorecem a resposta das
células efetoras da imunidade inata respostas imunes adaptativas; os linfócitos
são: macrófagos, neutrófilos, células t e b maduros localizam-se em regiões
dendríticas e células natural killer – nk; diferentes dos órgãos linfóides
secundários; estímulo antigênico –
❖ células de memória: no final de cada batalha folículos crescem – folículos secundários –
para interromper uma infecção, aumenta os linfonodos durante o processo
alguns linfócitos t e linfócitos b se transformam infeccioso.
em linfócitos t e b de memória,
respectivamente. • Baço: altamente vascularizado; remove
células sanguíneas velhas e danificadas;
inicia resposta imune adaptativa.

• Tecidos linfóides associados à mucosa:


Tecidos linfóides não encapsulados na
superfície das mucosas gastrointestinais,
respiratório e trato geniturinário são
➢ Órgãos geradores/ linfóides primários/ centrais coletivamente chamados de tecido
(mo e timo): produzem receptores e atingem associado à mucosa – malt. Galt / balt /
nalt.
maturidade;

➢ Órgãos periféricos/ linfóides secundários: onde


ocorre a resposta imunologica, são órgãos onde
os linfócitos existem em grande
quantidade: linfonodos, baço, sistema imune
cutâneo e sistema imune cutoso.
➢ Defesa inicial;
• Médula óssea: local onde a célula b inicia
maturação e são produzidos os
➢ Conjunto celular e molecular: • 70%: bactérias do gênero
streptomyces;
• 20%: por fungos filamentos
penicilium e cephalosporim;
• 10%: outras bactérias e fungos.
➢ Espectro de ação é o percentual de espécies
sensíveis (número de espécies/ isolados
sensíveis);
➢ Espectro de atividade:
Toxicidade seletiva: tóxico para o agente
infeccioso, não para o ser humano;
➢ Espectro restrito: afetam determinados
microrganismos;
➢ Amplo aspectro: ampla variedades de batérias;
gram positivas e negativas. Antibióticos inibem
o crescimento de bactérias potentes.
➢ Funções da imunidade inata:
PREVINIR, CONTROLAR ➢ Os antibióticos podem ser classificados em dois
OU ELIMINAR A
INFECÇÃO. grandes grupos: os bactericidas são antibióticos
responsáveis por causar a morte de bactérias;
enquanto os bacteriostáticos atuam impedindo
a multiplicação.
3
FUNÇÕES
➢ Os antibióticos têm vários mecanismos de
ESTIMULAR AS
ELIMINAR CÉLULAS
DANIFICADAS E RESPOSTAS ação: inibição da síntese da parede celular
INICIAR O REPARO IMUNES
TECIDUAL; ADAPTATIVAS; (fármacos b-lactâmicos) principalmente para
gram-positivas; aumento da permeabilidade da
parede celular; interferência na síntese proteica
e no metabolismo do ácido nucleico e outros
➢ Resposta inflamatória e resposta antiviral; processos metabólicos.

 Teste de sensibilidade antimicrobiano?

❖ O antibiograma, também conhecido por teste de


sensibilidade a antimicrobianos ou exame tsa,
normalmente é realizado após a identificação
de microrganismos em grande quantidade no
sangue, urina, fezes e tecidos.

❖ Os testes de concentração inibitória mínima


(mic) e concentração bactericida mínima (mbc)
➢ Antibióticos produzidos por microrganismos: definem a potência de um material de teste em
termos da concentração que irá inibir seu plasmídeos, que geralmente não dependem de
crescimento (concentração inibitória mínima hiperexpressão.
ou mic) ou matá-lo completamente
(concentração bactericida mínima ou mbc). ❖ Alteração do sítio alvo (de ligação) do
antibiótico a maioria dos antibióticos liga-se
❖ Principal enzima que destroi o fármaco são as especificamente a um ou mais alvos na célula
betalactamases; bacteriana. Alterações na estrutura do alvo do
antibiótico impedem a eficiente ligação ou
❖ Resistência bacteriana é feita através da diminuem a afinidade dessa interação, desse
prevenção da entrada da bactéria no sítio-alvo modo o antibiótico não reconhece mais o alvo
(local onde o fármaco interage e produz um na célula bacteriana. geralmente, alterações do
efeito farmacólogico). sítio alvo têm origem em mutações em genes da
própria bactéria. essas alterações impedem a
❖ Redução da permeabilidade da membrana ligação dos antimicrobianos, mas não
externa: as bactérias gram-negativas são interferem na função do alvo (ex.: proteína)
intrinsecamente menos permeáveis a muitos alterado. assim, a bactéria mantém suas funções
antibióticos por possuírem membrana externa e escapa da ação dos antibióticos, um dos
na constituição de sua parede celular, o que não principais exemplos são as mutações
existe na parede celular de bactérias gram- cromossômicas em regiões determinantes de
positivas. Dessa forma, a redução da resistência às quinolonas, outro exemplo é a
permeabilidade da membrana externa é um alteração nas proteínas ligadoras de penicilina,
mecanismo de resistência exclusivo de enzimas bacterianas que atuam no processo de
bactérias gram-negativas. biossíntese da parede celular bacteriana.

❖ A redução da permeabilidade da membrana ❖ A proteção ou bloqueio pode funcionar pela


externa pode ocorre por alterações na estrutura produção de enzimas ou presença de estruturas
das porinas ou mesmo pela perda da porina, celulares bacterianas que impedem a ligação do
respectivamente, resultando em antibiótico ao sítio alvo. A proteção ou
permeabilidade mais seletiva ou até mesmo bloqueio do alvo de ligação do antibiótico é um
impermeabilidade às drogas (figura 1). Este mecanismo de resistência que ocorre em
mecanismo pode afetar principalmente a bactérias gram-positivas tais como o s. Aureus
entrada de antibióticos beta-lactâmicos e de que tem resistência intermediária (visa/gisa) ou
fluoroquinolonas. total (vrsa/grsa) à vancomicina. Este
mecanismo também pode interferir na
❖ Sistemas de efluxo hiperexpressos: nas capacidade antimicrobiana de quinolonas.
bactérias gram-negativas, por conta da
presença de membrana externa, o sistema de
efluxo é geralmente composto por uma proteína
transmembrana interna (que é uma bomba de
efluxo), uma proteína transmembrana externa
(que é uma porina) e uma proteína que faz a
ligação dessas duas proteínas transmembrana e ❖ O objetivo do teste é verificar a sensibilidade /
que compõe o sistema de efluxo da bactéria
resistência do microrganismos a antibióticos,
gram-negativa, geralmente chamado sistema
com isso pode aplicar a o antibiótico adequado
tripartido ou multicomponente. Em bactérias
gram-positivas, que não têm a membrana e dose certa.
externa, o sistema de efluxo é a própria bomba
de efluxo, sistema de componente simples. A ❖ Métodos do teste: e-test, sistema vitek (bio-
atividade dos sistemas de efluxo pode ser meriuex), diluição seriada: cim – concentração
inespecífica e excretar diferentes antibióticos, inibitória mínima (método da microdiluição,
de diferentes classes ou subclasses, ou pode ser que consiste na determinação da menor
uma atividade específica para uma droga, quantidade da amostra necessária para inibir o
classe e subclasse de antibiótico. Existem crescimento microbiano visível
também mecanismos de efluxo adquiridos por
– objetivo de verificar a menor concentração do
antibiot. Para prevenir o crescimento de ➢ Os principais mecanismos de resistência
microrgn.in vitro, resistente ou sensível) e cbm bacteriana conhecidos são:
– concentração bactericida mínima (equivale a • Produção de enzimas que destroem ou
menor concentração da amostra capaz de matar modificam a ação dos antibióticos;
o microrganismo teste – mais baixa • Redução da permeabilidade da membrana
concentração capaz de eliminar o externa;
microrganismo) e o método de difusão segundo • Sistemas de efluxo hiperexpressos
(excreção de substâncias tóxicas);
kirby-bauer (difusão em disco – método
• Alteração, bloqueio ou proteção do sítio
qualitativo, antibióticos em pequenos discos de
alvo do antibiótico.
papel, resultado por zona de inibição: sensível,
• A melhor maneira de prevenir a resistência
intermediário e resistente). aos antibióticos é incentivar seu uso
Procedimento: responsável, além da adoção de condutas
1. 4 a 5 colônias crescidas em meios de preventivas.
cultura;
2. adiciona sol salina estéril; ➢ SISTEMA COMPLEMENTO: o sistema
3. semear bactéria em meio mueller- complemento (sc) é um conjunto de proteínas
hinton; séricas que atuam de maneira altamente
4. técnica de espalhamento com swab; regulada em diferentes tipos de reações imuno
5. após 15 min da semeadura; inflamatórias junto aos anticorpos. o
6. discos em distância de 2cm; complemento é formado por proteínas solúveis
7. levar estufa até o momento da leitura, no plasma como expressas na membrana
18 a 48 hrs. celular, e é ativado por diversos mecanismos
por três vias: via clássica, via alternativa e via
8. Leitura do resultado: verificar presença
da lectina. essas três vias de ativação do
ou ausência de halo dos discos; medir complemento diferem em como são iniciadas,
diâmetro do halo e zona clara, com mas compartilham as etapas finais,
régua, comparar com a tabela brcast. desempenhando as mesmas funções
efetoras. as vias alternativas e das lectinas são
mecanismos efetores da imunidade inata, ao
passo que a via clássica é um dos principais
mecanismos de imunidade humoral adaptativa.
RESUMO: RESISTÊNCIA BACTERIANA o sc participa da fagocitose, opsonização,
➢ Fenômeno caracterizado pela capacidade de quimiotaxia de leucócitos, liberação de
histamina dos mastócitos e basófilos e de
microrganismos (bactérias, fungos, parasitas
espécies ativas de oxigênio pelos leucócitos,
etc.) Resistirem à ação de antimicrobianos.
vasoconstrição, contração da musculatura lisa,
aumento da permeabilidade dos vasos,
➢ Como as bactérias se tornam mais resistentes? agregação plaquetária e citólise.
• Destruição da parede celular bacteriana;
• Inibição de cromossomos; Todas as vias iniciam uma cascata de
• Alteração da permeabilidade da membrana eventos proteolíticos resultando na
plasmática: mecanismos, desenvolvidos formação de c5 convertase. Esta por sua
pela própria bactéria, para impedir a ação vez, cliva a molécula de c5 em c5b e
do medicamento. c5a. enquanto c5a sai para induzir
• A resistência das bactérias aos antibióticos inflamação, o c5b liga-se, por sua vez, a c6,
é resultado de mudanças na estrutura c7 e c8 para formar o complexo c5b-8. a
genética desses organismos. Esse processo ligação de c9 forma o c5b-9 ou clm. Esse
pode acontecer, basicamente, de duas complexo liga-se à membrana das células-
formas: alvo e provoca a formação de “poros”, que
permitem um influxo descontrolado de
-Mutações genéticas aleatórias água e íons, com turgência e lise celular
-Aquisição de material genético de outro subsequentes.
organismo;
• Padrões Moleculares Associados a
Patógenos (PAMP’s); Padrões
➢ REGULAÇÃO DO SISTEMA Moleculares Associados a Patógenos
COMPLEMENTO (PAMP’s)
• Receptores de Reconhecimento de
• Para controlar a atividade do sc, há Padrões;
inibidores endógenos regulados pela
própria citólise. Quando c3b reconhece a
célula do hospedeiro, essas proteínas
reguladoras, que têm uma afinidade por ADQUIRIDA: ANTICORPOS E
c3b, se ligam a ele e impedem a sua ação. a VACINAS.
cascata é interrompida imediatamente e as ➢ À partir da exposição;
células autólogas são protegidas do ataque ➢ Específica;
do sc. Outro mecanismo que dificulta o ➢ Aumenta a intensidade com a exposição;
reconhecimento das células do hospedeiro ➢ Memória;
pelas proteínas do complemento é a
existência de uma proteína chamada de
properdina. A properdina é responsável ➢ Principais componentes celulares da imunidade
pela estabilização da c3-convertase da via
adaptativa são os linfócitos t do tipo αβ (cd4+
alternativa e possui uma afinidade pela
ou helpers e cd8+ ou citotóxicos) ou linfócitos
célula do microrganismo, mas uma baixa
afinidade pelas células naturais do t do tipo γδ encontrados em mucosas.
hospedeiro.

• Quando há suspeita de imunodeficiência ➢ A resposta imune inata é


em algum indivíduos, deve-se investigar uma resposta primária, rápida e inespecífica,
outras causas mais comuns como hiv e pronta para atacar a qualquer momento.
deficiência de auto anticorpos, pois as
deficiências do complemento não são muito ➢ A resposta imune adaptativa tem os
prevalentes. linfócitos T e B como principais células de
➢ ROLAMENTO: Características da Resposta defesa, desenvolvida após contato com vários
Imune Inata X Adquirida: INATA: antígenos imunogênicos.
➢ Presente ao nascer;
➢ Não-específica;
➢ Não muda de intensidade com a exposição;  DIAPEDESE:
➢ Não há memória; • A diapedese permite que os leucócitos
TRÊS IMPORTANTES: funções: 1. Resposta com capacidades fagocitárias
inicial para prevenir infecção no hospedeiro; 2. (granulócitos e monócitos) e os
Os mecanismos efetores da imunidade inata são linfócitos, produtores de anticorpos,
sempre usados para eliminar micróbios mesmo possam combater a infeção do
durante a resposta imune adaptativa; 3. organismo imediatamente, in situ,
Estimula a resposta imune adaptativa e pode contendo assim a sua proliferação e
influenciar sua natureza tornando-a mais minimizando os danos.
efetiva contra diferentes tipos de micróbios.
COMPONENTES DA IMUNIDADE INATA:
• Componentes da Imunidade Inata:
Funcionais o tempo todo - Epitelios
(pele, revestimentos do trato intestinal e
respiratório) - BARREIRAS; Ativam-
se na presença do micro- organismo - • É a passagem dos leucócitos do sangue
Fagócitos e Sistema Complemento para o tecido conjuntivo. Faz-se
atravessando os vasos capilares. a
diapedese ocorre quando há um dano constituintes lipoproteicos da membrana,
tecidual (infeccioso e/ou inflamatório) destruindo sua barreira osmótica seletiva.
que gera a liberação de substancias Com a permeabilidade seletiva alterada, a
vasoativas e quimiotáticas para o vaso bactéria perde a vitalidade. A ação ocorre
sanguíneo que induz a expressão de sobre bactérias gram-negativas, já que
moléculas de adesão e a vaso dilatação, possuem maior conteúdo lipídico. Quanto
os leucócitos vão começar o processo maior o conteúdo de fosfolipídios da
de rolamento, se ligar com as moléculas membrana citoplasmática, maior a
de adesão e irão para o espaço sensibilidade bacteriana a estas drogas.
intersticial realizarem a fagocitose. Este Drogas disponíveis: Conforme mencionado
processo ocorre quando uma parte do anteriormente, há duas drogas para uso
organismo fica lesionada. Também clínico, a polimixina B e a colistina. A
pode ocorrer passagem dos polimixina B está disponível na formulação
componentes do sangue para o espaço parenteral, podendo ser administrada via
intersticial formando edemas e em intramuscular ou intravenosa, e ainda na
casos patológicos, como a diátese formulação tópica (colírio, soluções
hemorrágica. auriculares e pomadas). No entanto, por ser
 Resumidamente, a diapedese é a saída dos bastante dolorosa, a administração
glóbulos brancos dos vasos sanguíneos. Por intramuscular deve ser evitada. A colistina
quimiotaxia, os neutrófilos e monócitos são está disponível na formulação parenteral e
atraídos até o local da inflamação, passando a tópica, sendo possível também seu uso em
englobar (emitindo pseudópodes) e a destruir terapia inalatória. Ambas as formulações
os agentes invasores. Este fenômeno designa- podem ser administradas via intratecal. Não
se fagocitose. A diapedese e são absorvíveis por via oral. Apresentam-se
a fagocitose fazem dos macrófagos a linha de ativas contra grande parcela dos bacilos
frente no combate às infecções. gram-negativos de relevância clínica.
sobretudo Pseudomonas aeruginosa,
Acinetobacter baumannii, Enterobacter,
❖ POLIMIXINAS: São polipeptídeos catiônicos Klebsiella, Escherichia coli. Não têm
cíclicos descobertos em 1947, que caíram em atividade sobre bactérias gram-positivas,
desuso na década de 1980 por conta da sua cocos gram-negativos e contra a maioria
toxicidade e desenvolvimento de opções mais dos anaeróbios.
seguras para uso clínico. Entretanto, com a
Usos clínicos Atualmente: estas drogas são
emergência de bactérias gramnegativas
utilizadas para o tratamento de infecções
multidroga resistentes e a consequente escassez
causadas por bacilos gram-negativos
de opções terapêuticas tem havido necessidade
multidroga resistentes. Estes microrganismos
do uso frequente desta classe de drogas no
são responsáveis por diversas infecções
âmbito hospitalar. Há duas formulações de
nosocomiais, como infecções de corrente
polimixina: a colistina ou polimixina e
sanguínea, pneumonias, infecções do trato
(colestimetato de sódio) e a polimixina b, que
urinário, infecções de sítio cirúrgico, o que
apresentam eficácia equivalente. As
motiva o crescente uso das polimixinas no
polimixinas são consideradas drogas
âmbito hospitalar. No entanto, é importante
bactericidas, tendo como mecanismo de ação a
mencionar que sua distribuição em líquor, trato
interferência na propriedade de
biliar, pleura e líquido sinovial é pobre. Há
permeabilidade seletiva da membrana
preocupação crescente sobre resistência a este
citoplasmática bacteriana. Ligam-se aos
fármaco, bem como sobre maneiras de
constituintes lipoproteicos da membrana,
otimização do seu uso clínico.
destruindo sua barreira osmótica seletiva.
Mecanismo de ação:
As polimixinas são consideradas drogas
bactericidas, tendo como mecanismo de
ação a interferência na propriedade de
permeabilidade seletiva da membrana
citoplasmática bacteriana. Ligam-se aos

Você também pode gostar