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Formas

Elementares
de vida

Prof. Dra. Aline Helen Corrêa Garcia


▪ Organismos eucariontes do reino Protoctista –
protozoários: características e reprodução
.
EMENTA ▪ Algas unicelulares: características e importância
ecológica.

Organismos procariontes do Reino Monera.


▪ Os microrganismos e a engenharia genética;
▪ Morfologia e estruturas bacterianas. ▪ Vírus: Características gerais, Bacteriófagos, Isolamento
e cultivo.
▪ Nutrição e crescimento bacteriano. ▪ Patogênese viral e quimioterápicos virais.
▪ Metabolismo bacteriano. ▪ Terapia Gênica.

▪ Ecologia de bactérias. ▪ Prions.


▪ Fungos: Características gerais, Morfologia, Reprodução
▪ Genética microbiana: e Classificação.

▪ Hereditariedade e mutações e Transferência ▪ As relações ecológicas dos fungos, a importância


econômica e biotecnológica dos fungos.
de genes e recombinação.
▪ Relação entre microbiologia e saúde: principais
▪ Antimicrobianos agentes patogênicos, seus respectivos sítios
preferenciais de infecção e as doenças causadas.
Bibliografia básica
INGRAHAM, J. L.; INGRAHAM, C. A. Introdução à Microbiologia: uma abordagem baseada em estudos de
casos. São Paulo: Cengage, 2011.
MARTINKO, J. M.; DUNLAP, P. V.; CLARK, D. P.; MADIGAN, M. T. Microbiologia de Brock. 12ª ed. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
PELCZAR JR., M. J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R.; EDWARDS, D. D.; PELCZAR, M. F.; NAKAMURA, C. V.
Microbiologia: conceitos e aplicações. 2 ed. São Paulo: Pearson, 2011.
Periódico Filosofia e História da Biologia. Disponível em: http://www.abfhib.org/FHB/edicoes.html.
2006-2019.
Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. Disponível em: http://reec.uvigo.es/. 1990-2019.
D. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ENGELKIRK, P. G. e ENGELKIRK, J. D. Microbiologia para Ciências da Saúde. 9ª ed. São Paulo: Guanabara
Koogan, 2012. PUTZKE, J.; PUTZKE, M. T. L. Os reinos dos fungos. Santa Cruz do Sul, RS: EDUNISC, 2013.
SCHAECHTER, M.; INGRAHAM, J. L.; NEIDHARDT, F. C. Micróbio: uma visão geral. Porto Alegre: Artmed,
2010. TORTORA, G. J. Microbiologia. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2027. TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM, F.
Microbiologia. 5ª. ed., Ed. Atheneu, 2015.
O que é microbiologia ?

▪ Mikros: pequeno
▪ Bios : vida
▪ Logos: ciência
▪ “Estudo da vida microscópica”
▪ “Ciência que estuda os microrganismos”
Microrganismos: seres de dimensões microscópicas
Microscópico: dimensões invisíveis a olho nú (< 1 mm)
INTRODUÇÃO

Divisão dos Reinos (Atual): O Microscópico


O olho humano é incapaz de perceber um objeto com um
1. Eubactérias (células procarióticas) diâmetro menor que 0.1 mm, a uma distância de 25 cm. Os
2. Arqueobactérias (células microrganismos tem dimensões de μm (1μm = 10-3mm)
procarióticas) - microrganismos primitivos Os microscópicos são classificados dependendo do princípio no
qual a ampliação é baseada:
3. Eucariótos (células eucarióticas)
ópticos (empregam dois sistemas de lentes, ocular e objetiva,
A teoria endosimbiótica propõe a maneira através das quais a imagem ampliada é obtida) e
pela qual as células eucarióticas tem
evoluido: origem das organelas eletrônicos (empregam um feixe de elétrons para produzir a
eucarióticas (cloroplastos e mitocôndrias) imagem ampliada)
a partir dos procariótos.
TAMANHOS
• A microscopia óptica é a mais comumente
utilizada no laboratorio de microbiologia. Em
geral, o microscópico óptico amplia o objeto até
certo limite (1.000 a 2.000 vezes). Esta limitação
é devida ao poder de resolução.

• Existem diferentes tipos de bactérias, como vamos ver


mais para frente, e elas podem variar normalmente de 1 a
10μm. Mas, em casos extremos, podem ser de 0,2μm,
como nas espécies pertencentes ao gênero Chlamidia, a
250μm em células de espiroquetas. Curiosamente, 0,2
μm é a medida do limite de resolução do microscópio
ótico.
“A microbiologia é um universo maravilhoso compreendido por
diversas espécies de bactérias, vírus, protozoários e fungos.
Embora microscópicos esses seres habitam nosso universo a
milhares de anos e são verdadeiros heróis da resistência. A evolução
dos micro-organismos e a capacidade mutagênica resultam em um
grande desafio para humanidade na possível prevenção e cura de
doenças infecciosas. Entretanto, os microrganismos não se
apresentam apenas como agentes nocivos, eles podem ser
utilizados em diversas atividades produtivas à saúde como o
desenvolvimento de medicamentos, biotecnologia e produção de
alimentos”.
Daniel de Azevedo Teixeira
O QUE VEM A SUA MENTE,
QUANDO PENSA EM
BACTÉRIAS?
BREVE HISTÓRIA DA MICROBIOLOGIA

▪ TEXTO
Bacteria X Archaea
Bacteria Archaea
▪ Maior grupo ▪ Menor grupo
▪ Inclui todos os procariotos de ▪ Até agora não se conhece nenhuma
importância clínica espécie de importância médica
▪ Pequeno número de espécies ▪ Alta proporção habita ambientes de
habitam ambientes de condições extremas (halófilos
condições extremas extremos e termo-acidófilos)

▪ Algumas espécies são ▪ Nenhuma espécie é fotossintética


fotossintéticas ▪ Todas as espécies produtoras de
metano estão neste grupo
▪ Nenhuma espécie produz
metano ▪ Paredes celulares com estrutura
química diferente do peptideoglicano
▪ Possuem parede com
peptideoglicano ▪ Lipídeos: cadeias laterais hidrofóbicas
ligadas ao glicerol por ligações éter
▪ Lipídeos: ac. graxos ligados ao
glicerol por ligações ester
Grupos de Archea

▪ Habitat: ventos termais e superfícies de oceanos, condições extremas


de salinidade extremas e/ou acidez, locais de altas temperaturas
(regiões vulcânicas) .

▪ Principais grupos:
▪ Halófilas
▪ Metanógenas
▪ Extremo termófilas
Tamanho

▪ as espécies de maior
interesse médico medem
entre 0,5 a 1,0 μm por 2 a
5μm.
▪ Chlamidia, – 0,2 μm

▪ 250μm em células de
espiroquetas.
https://ufmg.br/comunicacao/noticias/primeiro-ca
so-mundial-de-reinfeccao-pelo-coronavirus-com-
mutacao-e484k-exige-atencao

https://www.fundep.ufmg.br/centro-microscopia-ufmg-melhores-imagens-cientificas/
MORFOLOGIA BACTERIANA
Formas
Arranjos de bactérias:
a) cocos

▪ DIPLOCOCOS
▪ cocos agrupados aos pares.
▪ Ex: Neisseria meningitides (meningococo).

▪ ESTREPTOCOCOS
▪ Cocos en cadeias, se dividem segundo um plano, permanecem unidas
▪ Streptococcus lactis, Streptococcus pneumoniae (pneumococo),
Streptococcus mutans.
Arranjos de bactérias:
a) cocos

∙ TETRADES
– Cocos en grupos de quatro se dividem
segundo 2 planos que forman ângulo
reto entre si
– Cocos do gênero Gaffkys comun no
solo e Pediococcus.

∙ SARCINA
– Cocos dispostos em cubos de 8,
resultam da divisão em três planos
perpendiculares entre si.
– Microrganismos do solo, bacterias
metanogênicas
Arranjos de bactérias:
a) cocos

∙ ESTAFILOCOCOS
– Cocos en cachos, resultam da divisão en planos desordenados.
– Staphylococcus aureus
Staphylococcus sp. na pele humana
Arranjos de bactérias
b) Bacilos
▪ Diplobacilos
▪ Estreptobacilos
Arranjos de bactérias
b) Bacilos

▪ Paliçada: Corynebacterium spp., bacilo


da difteria

● Rosetas: Caulobacter (bacilo


aquático)
Arranjos de bactérias
C) Espirilos- Não apresentam arranjo característico

▪ Espirilos: possuem corpo rígido

▪ Espiroquetas: São flexíveis

Ex: Aquaspirillium

Ex: Treponema pallidum


Formas de transição
▪ Cocobacilos: bacilos são muito curtos, podem se assemelhar aos cocos.
Ex: Brucella melitensis.
▪ Vibrião: formas espiraladas muito curtas, assumindo a forma de vírgula.
Ex: Vibrio cholerae.
Célula Bacteriana Procariótica Típica

Estruturas Essenciais ____

Estruturas Não Essenciais ____


Parede celular - Funções

▪ Estrutura complexa, semi-rígida, 10 a 40% do peso seco da célula


▪ Confere rigidez e mantém a forma da célula
▪ Prevenir a ruptura da célula (lise osmótica devido a pressão de
turgor)
▪ Ancoragem do flagelo
▪ Fator de virulência
▪ Local de ação de alguns antibióticos
▪ Composição química usada para diferenciar tipos de bactérias
(Gram + e -)
▪ Local de fixação de bacteriófagos (vírus de bactérias)
Composição da parede celular Peptideoglicano
2 açúcares (ß
1-4)

Aminoácidos-tet
rapeptídeo
Estrutura da parede
celular
- Cada camada do peptideoglicano é formado por uma fina lamina composta
por 2 derivados de açúcares interligados por meio de ligações peptídicas
cruzadas formadas pelos aminoácidos (rigidez).
Paredes celulares
Bactérias GRAM positivas
ácido teicóico

Peptideoglicano

Membrana
Citoplasmática

▪ parede mais espessa e rígida - 20 a 25 nm de espessura


▪ > quantidade de peptideoglicano - 40 camadas (90%)
▪ sensíveis à lisozima, altamente sensíveis a antibióticos β-lactámicos
▪ Contém lipídeos, proteínas e ácidos teicóicos
Funções do LPS
▪ Escapar das defesas imunitárias do organismo (anticorpos)

▪ As bactérias Gram negativas podem mudar a estrutura do antígeno O aumentando


ou diminuindo a sua dimensão ou modificar a ordem dos monossacárideos .

▪ O LPS é um potente estimulador do sistema imunológico. Quando as células do


sistema imunológico, como os macrófagos, detectam o LPS, eles desencadeiam uma
resposta inflamatória, liberando citocinas e outras moléculas envolvidas na resposta
imune.

▪ Em algumas circunstâncias, o LPS pode ter efeitos tóxicos, levando a uma resposta
inflamatória excessiva, conhecida como choque séptico. Isso pode resultar em danos
graves aos tecidos e órgãos do hospedeiro. Determinante de patogênicidade
(Lípido A = endotoxina).
Composição da parede celular

Parede atípicas: Archaea


▪ Proteínas, glicoproteínas ou polissacarídeos complexos
▪ Não contém peptideoglicano típico
▪ Com ausência ácido N-acetilmurâmico e D-aminoácidos.
∙ Pseudo-peptideoglicano (metanogênicas)
Composição da parede celular

Micoplasma spp.
▪ Ausência de parede- - estabilidade da membrana é conferida por lipídeos
esteróis: protege a célula da lise osmótica.
▪ bactérias de tamanho extremamente pequeno e desprovidas de parede
celular rígida. Eles são conhecidos por sua capacidade de parasitar
diversos tipos de hospedeiros, incluindo humanos, animais e plantas.
▪ Devido a ausência da parede não são afetados por certos antibióticos como
a penicilina ou outros antibióticos b-lactâmicos que bloqueiam a síntese da
parede celular. Conhecidas como: pleuro-pneumonia-like organisms,
ou PPLOs .
Composição da parede celular

Micoplasma spp.
▪ Nos seres humanos, micoplasmas podem causar infecções respiratórias,
geniturinárias e outras doenças. Uma das espécies mais conhecidas é o
Mycoplasma pneumoniae, que pode causar pneumonia atípica. Também
existem outras espécies de micoplasmas que afetam animais e plantas,
causando doenças como mastite em vacas e infecções em culturas
agrícolas.
▪ Devido à sua capacidade de sobreviver e se multiplicar em ambientes de
hospedeiros variados, os micoplasmas podem ser difíceis de tratar com
antibióticos tradicionais. O diagnóstico geralmente envolve culturas de
tecidos ou testes moleculares para identificar o organismo.
Composição da parede celular

Mycobacterium sp
▪ - bactérias alcool-ácido resistentes. Conteúdo de lipídeos > 60%-
ácidos micólicos e glicopeptídeos.
▪ (TUBERCULOSE E LEPRA).
▪ Mycobacterium é um gênero de bactérias que são conhecidas por sua
parede celular única e por causarem várias doenças em humanos e
animais. Algumas espécies notáveis de Mycobacterium.
▪ Presentes no solo e usadas biotecnologicamente e degradação de
poluentes.
▪ Eles são tipicamente ácido-álcool-resistente, não produzem
endosporos ou cápsulas e são geralmente considerados bactérias
gram-positivas.
Coloração de culturas bacterianas
A coloração de culturas bacterianas é uma técnica usada em microbiologia para
visualizar e diferenciar diferentes tipos de bactérias com base em suas características de
coloração.
Duas das colorações bacterianas mais comuns são a coloração de Gram e a coloração de
Ziehl-Neelsen.
Coloração de Gram: Essa é uma das técnicas de coloração mais importantes em
microbiologia. Ela divide as bactérias em dois grupos principais:
▪ Gram-positivas e Gram-negativas. As bactérias Gram-positivas retêm a cor violeta
quando coradas, enquanto as Gram-negativas coram de vermelho/rosa. Isso ajuda os
microbiologistas a identificar diferentes tipos de bactérias com base em suas
características de parede celular.
Coloração de culturas bacterianas

Coloração de Ziehl-Neelsen:
▪ Essa técnica é usada para detectar bactérias do gênero Mycobacterium, incluindo a
bactéria causadora da tuberculose. Nessa coloração, as bactérias são coradas com um
corante vermelho chamado fucsina básica. Ela é importante para a detecção de bactérias
álcool-ácido resistentes.
Além dessas, existem outras técnicas de coloração bacteriana, cada uma com um propósito
específico, como a coloração de esporos, a coloração de cápsulas e a coloração de flagelos.
Essas técnicas de coloração são essenciais para a identificação e caracterização de bactérias,
auxiliando os microbiologistas na classificação e diagnóstico de doenças bacterianas.
Etapas da Coloração de Gram
Christian Gram em 1884
Características tintoriais

COLORAÇÃO DIFERENCIAL- GRAM


•Diferenças na estrutura da parede celular das bactérias Gram (+) e
Gram (-)
•Camada de peptideoglicano
•Cristal Violeta (CV)
•Iodo
•Mordente: Aumentam afinidade, espessamento
•Complexo Cristal Violeta- Iodo (Lugol)- CVI

Características tintoriais
COLORAÇÃO DE GRAM
•Álcool
•- Desidrata e desidrata a parede celular das bactérias. Nas
bactérias Gram-positivas, o álcool desidrata a camada de
peptidoglicano denso, fazendo com que ela retenha o corante.
Nas bactérias Gram-negativas, o álcool dissolve a camada mais
fina de peptidoglicano e remove o corante.
–Rompe a camada lipopolissacarídica
–G(-) não retém CVI
•Contra-coradas Fucsina/safranina (Vermelhas)
Características tintoriais
Gram positivo
Gram negativo
Morfologia e Estrutura Bacteriana

•Gram –
–Menos espessa, mais complexa
–Membrana externa
•Barreira seletiva
•Efeito tóxico
•Composição: fosfolipídios, lipoproteínas,
lipopolissacarídeos (LPSs)
Morfologia e Estrutura Bacteriana

•LPS (3 segmentos)
–Lipídio A
•Endotoxina (porção lipídica)
–Febre, diarréia, destruição hemácias, choque
ULTRA- ESTRUTURA BACTÉRIAS

Estruturas celulares externas

•Glicocálice
–Camada viscosa (polímeros)
–Camada limosa
•Acoplado frouxamente

•Cápsula
–Externa à parede celular
–Confere patogenicidade à bactéria
–Resistência ao hospedeiro
Membrana Citoplasmática
▪ Membrana citoplasmática: 4 a 5 nm de espessura
▪ constituída principalmente de fosfolipídeos e proteínas
▪ Eucariotos: carboidratos e esteróis
Estrutura
▪ Pode conter esteróides de estrutura similar ao colesterol.
*em Archaea, membranas adaptadas a condições extremas - éteres
de alcóol isoprenóide, algumas monocamadas

Região de ácidos
graxos (hidrofóbica)

Porção do glicerol
do fosfolipídeo
(hidrofílica)
Funções da membrana citoplasmática
▪Permeabilidade seletiva

▪Sede de numerosas
enzimas do metabolismo:
respiração
▪Pigmentos e enzimas
envolvidas na fotossíntese
▪Controlar a ÷ bacteriana
▪Enzimas envolvidas no
transporte de substâncias
Permeabilidade
MESOSSOMOS
▪ Invaginações da membrana citoplasmática; parecem estar
envolvidos na replicação de DNA e divisão celular,
▪ Atualmente, são considerados “artefatos”
Estruturas externas à parede
celularAQUIIII

▪ Flagelo
▪ Fimbrias
▪ Cápsula
Disposição dos flagelos
∙ Monotríquio: um único flagelo polar
Vibrio comma, Pseudomona aeruginosa

∙ Anfitriquios: um flagelo em cada extremidade


Disposição dos flagelos
∙ Flagelos lofotríquios: 2 ou mais flagelos em um polo da célula
Pseudomonas fluorescens, Spirillum

∙ Flagelos peritríquios: distribuídos por toda a superficie da célula.


Escherichia coli, Proteus vulgaris, Salmonella
FÍMBRIAS

▪ Filamentos protéicos mais curtos e delicados do que os flagelos;


Uma célula bacteriana pode estar envolvida por mais de
500-1000 fímbrias.
▪ São compostos por um único tipo de proteína- a pilina
▪ São determinados por genes cromossômicos.
▪ mais comuns em bactérias Gram negativas;
▪ funções de adesão a superficies e colonização do hospedeiro;
▪ Especificidade para célula, tecidos e hospedeiro;
▪ Neisseria gonorheae
Pili sexuais

▪ estruturas ocas e geralmente lineares com


diâmetro de 3 a 10 nm
▪ constituídas de proteínas chamadas de
pilina.
▪ união entre a célula receptora e doadora
durante a conjugação para troca de
material genético -pili sexual.
▪ 1 ou 2 por célula
Cápsulas

▪ Algumas bactérias secretam materiais viscosos- polissacarídeos, polipeptídeos


e complexos de proteínas e polissacarídeos

▪ Cápsula: o material está disposto de modo compacto ao redor da célula

▪ Camada mucosa: o material é solto, forma apenas uma camada difusa.


Cápsulas
A cápsula bacteriana tem diversas funções:
▪ protege a célula da desidratação e de materiais tóxicos do ambiente (metais
pesados, radicais livres) e promove a concentração de nutrientes na superfície da
célula bacteriana.

▪ Contribui para a aderência das bactérias às células e a superfícies. Esta aderência é


necessária em muitos organismos para o estabelecimento de infecções em
hospedeiros apropriados ou para a manutenção da célula bacteriana em uma
determinada superfície no ambiente

▪ As cápsulas de algumas bactérias patogênicas atuam protegendo-as da fagocitose


por leucócitos polimorfonucleares. O material capsular é geralmente antigênico e a
detecção sorológica da cápsula é a base do teste de Quellung.
Cápsulas - funções

▪ Entre os microrganismos produtores de cápsula, temos as bactérias:


Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Haemophilus influenzae e
Neisseria meningitidis.
▪ Bactérias capsuladas são mais virulentas;
▪ Proteção contra protozoarios, contra fagos, toxinas, ação de agentes
antimicrobianos, detergentes, etc.

Streptococcus Enterobacter aerogenes


Cápsulas - funções

▪ Proteção contra dessecação (solo)


▪ Constituem reserva de carboidratos
▪ Atuam como depósito para produtos de escória.
▪ reservatório de água e nutrientes
Funções da cápsula

▪ Papel na aderência a superfícies


▪ Ajudam na formação de biofilmes: infecção e
biocorrosão, (bactérias, micro algas, fungos e
protozoários)
▪ formação de biofilme - ↑ resistência a biocidas

Biofilme com P. aeruginosa em


lente de contato
Estruturas Celulares
Internas
Área Citoplasmática

▪ Citoplasma: 80% de água, contém enzimas, carboidratos, lipídeos, íons


inorgânicos e compostos de baixo PM e estruturas citoplasmáticas

70S, alto número-granular


Sm, gentamicina (30S)
cloranfenicol (50S)
Material genético - DNA

Núcleoíde
▪ Está associado com a membrana citoplasmática
▪ DNA dupla fita circular, 1mm de comprimento (10000 X)
▪ Proteínas semelhantes às histonas
Material genético - DNA

Plasmídeos
● Moléculas de DNA circulares
● Genes não determinam funções
essenciais, mas conferem vantagens
seletivas às células:

- Pasmídeos F – fator de fertilidade


- Plasmídeos R – resistência a antibióticos, metais pesados e
toxinas celulares
- Plasmídeos colicinogênicos – síntese de bacteriocina
- Plasmídeos de virulência: Toxina exfoliativa – Staphylococcus
aureus, neurotoxina de Clostridium tetani.
- Plasmídeos catabólicos – Pseudomonas – tolueno, fenol,
hidrocarbonetos do petróleo
Plasmídeos
bacterianos
Ribossomo
▪ Célula procatiota – 70S
▪ Citoplasma - aspecto granular (milhares)
▪ Constituídos de proteínas e de rRNA
Endosporos de Bacillus
subtilis
Esporos bacterianos

• Produzidas por bactérias gram + , principalmente pelos gêneros


Bacillus e Clostridium
• Estruturas de resistência, capazes de sobreviverem vários anos,
• Os endosporos são muito resistentes às seguintes condições de
stress ambiental: Calor, Radiação U.V. e Desinfectantes químicos e
Dissecação
• Formação é ativada por stress, e a disponibilidade de nutrientes
dispara a germinação e crescimento
A posição do endosporo na
célula

▪ Difere de acordo com as espécies bacterianas sendo, portanto, um


elemento útil de identificação. Assim os esporos podem ter
localização:
Formção de camada
adicional de
proteína-exospório

Endosporula
ção –
resposta a
stress
ambiental
como a falta
A Membrana invagina
formando um septo
de
individualizando o DNA nutrientes,
dessecação,
temperatura
A Membrana
continua a crescer e alta.
engolfa o esporo
Dura cerca
de 10h no
Bacillus
Camada de
peptideoglicano é megaterium.
formada entre as duas
membranas-Cortex
Resistência intrínseca dos endosporos
bacterianos aos biocidas e calor

▪ Os endosporos são as formas bacterianas mais resistentes aos agentes biocidas.


▪ Tanto os invólucros do esporo como o cortex são importantes na resistência do
esporo aos biocidas.
▪ DNA protegido pela formação de complexos com o dipicolinato de cálcio e
proteínas SASPs
▪ SASPs parecem ser determinantes para a resistência do endosporo às radiações
ultravioletas e aos biocidas químicos (ex. peróxido de hidrogénio)
▪ SASPs podem ser utilizadas como fontes de C e energia no desenvolvimento de
uma nova célula vegetativa-germinação
▪ Desidratação do protoplasto
Passagem de um endosporo a uma célula vegetativa
▪ Ocorre em três fases:

) Ativação – Processo reversível que prepara o esporo para a germinação e que


normalmente resulta de tratamentos diversos como, por exemplo, o
aquecimento.
2) Germinação – Caracterizada pelo intumescimento do endosporo, ruptura do
invólucro do esporo, perda de resistência ao calor e a outros stress ambientais,
aumento de atividade metabólica, é ativada pela adição de nutrientes (ex.
aminoácidos e açucares).
- Perdem o dipicolinato de cálcio e os componentes do cortex e degradação de
PPASs
3) Crescimento – o protoplasto fabrica novos componentes, emerge do invólucro
e origina-se uma nova forma vegetativa.

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